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EXISTENCIAL
AVALIAÇÃO DE MITOLOGIA E
PSICANÁLISE
“Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram
entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a
prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com
eles? Quem são eles?”
(VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar.
São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode
ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa CORRETA.
A) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação.
B) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico
para estabelecer suas verdades.
C) As explicações míticas constroem-se de maneira argumentativa e autocrítica.
D) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua
verdade independe de provas.
E) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais
como a lei de não contradição.
Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de
uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la,
ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo,
ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse.
Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para
evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com
Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e
matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro
pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ela decifrou o
enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que
desconhecia.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010
(adaptado).
“Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também Terra de amplo seio, de todos sede
irresvalável sempre, dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado, e
Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias, e Eros: o mais belo entre
Deuses imortais solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos ele doma no
peito o espírito e a prudente vontade”.
Sobre o exposto acima, podemos afirmar que se trata de um texto:
Nas práticas arcaicas, o discurso não constata o real, ele performativamente o faz ser. (...)
No discurso "racional" diz-se que as coisas são tais; logo, diz-se a verdade: subordina-se a
verdade ao real que ela enuncia. (...) A passagem às práticas racionais de veridicidade
pode, portanto, ser descrita como uma inversão: da autoridade do mestre como
abonador da realidade daquilo que ele fala à autoridade da realidade como abonadora
da veridicidade do que diz o locutor.
QUESTÕES DISCURSIVAS