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Teoria dos
Literários
Henrique Landim
Teoria dos Gêneros Literários | Henrique Landim
A) GÊNERO LÍRICO
O Poeta que Desafiou a Morte
Na mitologia grega, Orfeu emerge como uma figura singular, um poeta e músico
cuja arte transcendeu os limites da mortalidade. Sua história é repleta de paixão,
tragédia e uma busca incansável pela eternidade. Desde cedo, sua habilidade musi-
cal era notável. Ele tocava a lira com uma destreza que encantava deuses e mortais.
Suas melodias eram como fios de prata que teciam emoções e sonhos. O gênero
lírico encontrou em Orfeu seu mais ardente defensor. Ele não apenas cantava, mas
também sentia cada nota, cada verso. Sua voz poética era uma extensão de sua
própria alma.
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ca comoveu até mesmo o carrasco das almas, Caronte, que o conduziu através do
rio Estige. Perante Hades e Perséfone, Orfeu suplicou pela vida de Eurídice. Sua voz
lírica tocou os corações dos deuses. Eles concordaram em devolver Eurídice, mas
com uma condição: ele não deveria olhar para trás enquanto a conduzia de volta ao
mundo dos vivos. Orfeu, tomado pela ansiedade, não resistiu. No último instante,
olhou para trás. Eurídice desapareceu, tragada de volta às sombras.
Orfeu perdeu sua amada duas vezes: uma vez pela morte e outra por sua própria
fraqueza. Desolado, ele vagou pelas florestas, cantando canções de tristeza. Os ani-
mais o cercavam, as árvores se inclinavam. Sua lira chorava em harmonia com sua
alma dilacerada. Até que, finalmente, ele encontrou seu próprio fim. As Mênades,
seguidoras de Dionísio, o desmembraram em um frenesi.
Orfeu, o poeta que desafiou a morte, tornou-se uma constelação no céu. Sua
lira brilha como uma estrela solitária, lembrando-nos da beleza e da fragilidade da
vida. Seus versos ecoam ainda hoje, sussurrando sobre amor, perda e a busca pela
eternidade.
O eu lírico é a voz ficcional que se manifesta nos poemas. Essa voz não relata
fatos objetivos, ela compartilha emoções, reflexões e intimidades. Há uma tendência
natural, do gênero lírico, à representação do mundo interior do sujeito poético por
meio de emoção e beleza estética.
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não são apenas veículos de comunicação; elas se tornam cores, sons, texturas. Cada
verso se apresenta como um verdadeiro potencial estético. Assim, o poeta escolhe
cada palavra com precisão. Ele busca a harmonia entre os sons, criando uma me-
lodia que ressoa na mente do leitor. - A rima, a aliteração e o ritmo são ferramentas
desse ofício. O poeta é um artesão da linguagem.
A função poética nos permite ver com os olhos da mente. O poeta pinta paisagens,
rostos, sentimentos:
Em resumo, a função poética é a alma da poesia. Ela nos leva além das palavras,
nos faz dançar com os versos e nos conecta com a essência da existência.
Se liga no texto
O poema começa afirmando a devoção total do eu lírico ao seu amor. Ele promete
ser atento e dedicado em todos os aspectos do relacionamento, independentemente
das circunstâncias. O eu lírico expressa o desejo de viver intensamente cada momento
ao lado de seu amor, dedicando-se a ele em todas as situações, sejam elas de alegria
ou tristeza. No último verso, o eu lírico aceita a natureza efêmera do amor humano,
reconhecendo que o amor pode não ser eterno, mas ainda assim é infinito enquanto
exista. Essa é uma das características mais marcantes do poema, que contrasta a fi-
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“Soneto de Fidelidade” é um
poema poderoso que captura a
intensidade e a beleza do amor
humano, ao mesmo tempo em
que reconhece sua fragilidade e
transitoriedade. Essa dualidade
entre a efemeridade da vida e a
eternidade do amor é uma das
razões pelas quais o poema con-
tinua a ressoar com os leitores
ao longo do tempo.
TIPOS DE POESIA
1) Soneto: Um poema de forma fixa com catorze versos, geralmente divididos em
dois quartetos e dois tercetos. O soneto é conhecido por sua estrutura rígida e
expressão lírica intensa.
2) Ode: Uma composição poética que exalta algo ou alguém. As odes podem ser
dedicadas a temas como o amor, a natureza ou a arte.
3) Balada: Um poema narrativo que conta uma história. Muitas vezes, as baladas
líricas têm um tom melancólico ou trágico.
4) Haicai: Um tipo de poema breve de origem japonesa, geralmente com três
versos. O haicai foca na observação da natureza e na captura de momentos
fugazes.
5) Canção: Poema lírico destinado a ser cantado. As canções muitas vezes têm
ritmo e melodia.
6) Elegia: Um poema lírico que expressa luto ou tristeza pela perda de alguém ou
algo.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01| Qual é a principal diferença entre o gênero lírico e o épico?
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03| Com base no texto motivador, qual das seguintes afirmações melhor descreve
o papel da poesia na vida humana?
04| Com base no texto motivador, qual metáfora é usada para descrever a poesia?
A) “A poesia é uma bússola que nos orienta nos mares revoltos da existência.”
05| Explique como o gênero lírico difere dos gêneros narrativo e dramático na litera-
tura. Forneça exemplos de obras de cada gênero para ilustrar suas explicações.
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B) GÊNERO DRAMÁTICO
O palco humano
O drama tem raízes profundas na Grécia Antiga, berço do teatro ocidental. Naque-
la época, as celebrações em honra ao deus Dionísio (ou Baco) incluíam competições
teatrais, onde dramaturgos apresentavam suas peças. Essas festividades, chamadas
de Dionísias, marcavam o início do gênero dramático. A palavra “drama” em grego
significa “ação”, e é exatamente isso que o teatro proporciona: ação, movimento, vida.
No gênero dramático, os personagens ganham vida através das palavras que pro-
ferem, isto é, o discurso direto é o elemento essencial do gênero dramático. A comu-
nicação é essencial, e essa interação verbal é um dos elementos mais marcantes do
teatro. No palco, os personagens se comunicam uns com os outros por meio de falas.
Os diálogos são trocas de palavras entre duas ou mais personagens. Essa interação
verbal cria tensão, revela conflitos e avança a trama. Por isso, podemos dizer que o
teatro é uma narração sem narrador.
Outro elemento muito importante de uma peça de teatro são as rubricas, instru-
ções detalhadas inseridas nos textos dramáticos para orientar os atores e diretores
durante a representação no palco. O termo “didascália”, outro nome dado às rubri-
cas, deriva do grego e significa “ensinar” ou “instruir”. As rubricas podem indicar
as descrições do espaço, posicionamento dos personagens e movimentos, sugestões
sobre tom de voz, expressões faciais, entonação e gestos. Enfim, esse elemento cênico
pode indicar uma enorme gama de elementos presentes num texto dramático.
Os atos em uma peça de teatro são divisões ou unidades que compõem a estrutu-
ra da obra teatral. Esses atos são igualmente importantes para o desenvolvimento da
trama e podem variar em quantidade, geralmente de um a diversos. Os atos são como
marcos estratégicos que dividem a peça em partes. Cada ato tem certa autonomia em
relação à ação, tempo, espaço e estrutura da intriga.
Uma das peças de teatro mais conhecidas do mundo é Édipo Rei, de Sófocles.
Esse livro é uma das grandes tragédias gregas da Antiguidade Clássica, foi escrita
por volta de 427 a.C. A peça narra a trágica vida de Édipo, um homem que, sem sa-
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A peça Édipo Rei explora temas como destino, livre-arbítrio, cegueira metafórica
e a inevitabilidade do sofrimento humano. A busca pela verdade leva à destruição, e
Édipo enfrenta as consequências de suas ações de forma devastadora.
Rodrigues é conhecido por seu estilo provocativo e por suas tramas intensas
e carregadas de conflitos emocionais. Suas peças frequentemente apresentam per-
sonagens em situações extremas, confrontando tabus e expondo as camadas mais
sombrias da psique humana.
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Entre suas obras mais famosas estão peças como Vestido de Noiva, considerada
uma das mais importantes do teatro brasileiro, Álbum de Família, Perdoa-me por me
Traíres e Toda Nudez Será Castigada. Nelson Rodrigues deixou um legado duradouro
na literatura e no teatro brasileiros, sendo reconhecido como um dos grandes mes-
tres da dramaturgia nacional.
Se liga no texto
ÉDIPO
Que pais? Espera um momento!... Dize: quem me deu a vida?
TIRÉSIAS
Este dia mesmo far-te-á sabedor de teu nascimento, e de tua morte!
ÉDIPO
Como é obscuro e enigmático tudo o que dizes!
TIRÉSIAS
Não tens sido hábil na decifração de enigmas?
ÉDIPO
Podes insultar-me... Hás de me engrandecer ainda.
TIRÉSIAS
Essa grandeza é que causa tua infelicidade!
ÉDIPO
Se eu já salvei a cidade... O mais, que importa?
TIRÉSIAS
Eu me retiro. Ó menino! Vem guiar-me!
ÉDIPO
Sim... é prudente que ele te leve! Tua presença me importuna; longe daqui não me
molestarás. TIRÉSIAS Vou-me embora, sim; mas antes quero dizer o que me trouxe
aqui, sem temer tua cólera, porque não me podes fazer mal. Afirmo-te, pois: o homem
que procuras há tanto tempo por meio de ameaçadoras proclamações, sobre a morte
de Laio, ESTÁ AQUI! Passa por estrangeiro domiciliado, mas logo se verá que é teba-
no de nascimento, e ele não se alegrará com essa descoberta. Ele vê, mas tomar-se-á
cego; é rico, e acabará mendigando; seus passos o levarão à terra do exílio, onde ta-
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teará o solo com seu bordão. Ver-se-á, também, que ele é, ao mesmo tempo, irmão
e pai de seus filhos, e filho e esposo da mulher que lhe deu a vida; e que profanou o
leito de seu pai, a quem matara. Vai, Édipo! Pensa sobre tudo isso em teu palácio; se
me convenceres de que minto, podes, então, declarar que não tenho nenhuma inspi-
ração profética.
(Sai TIRÉSIAS)
TIPOS DE TEATRO
1) Tragédia: Um tipo de drama que apresenta um conflito sério e muitas vezes fa-
tal entre personagens principais. As tragédias frequentemente exploram temas
como destino, honra, poder e conflitos morais. Exemplos famosos incluem
Hamlet, de William Shakespeare, e Édipo Rei, de Sófocles.
2) Comédia: Ao contrário da tragédia, a comédia busca provocar risos e entre-
tenimento no público. Ela geralmente lida com situações cotidianas, persona-
gens excêntricos e humor. Exemplos incluem A Comédia dos Erros de William
Shakespeare.
3) Tragicomédia: Uma forma de drama que mescla elementos de tragédia e co-
média. Essas peças podem apresentar situações tanto trágicas quanto cômi-
cas, refletindo a complexidade da vida e das relações humanas. Exemplos
incluem O Mercador de Veneza de William Shakespeare.
4) Auto: Tipo específico de texto dramático que tem suas raízes na tradição tea-
tral medieval e renascentista. Essas peças eram frequentemente encenadas em
festivais religiosos e representavam eventos religiosos ou morais. Um exemplo
famoso de auto é O Auto da Compadecida, uma peça escrita por Ariano Suas-
suna, que incorpora elementos da cultura popular brasileira e da tradição tea-
tral medieval em uma história que mistura comédia, sátira e temas religiosos.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01| Analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se
que:
02| Qual dos seguintes elementos NÃO faz parte da estrutura de uma peça teatral?
A) Personagens.
B) Ação dramática.
C) Cenário.
D) Tema.
E) Público.
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04| Leia o seguinte trecho da peça teatral Álbum de Família, escrito por Nelson Ro-
drigues:
Cena 1 (Palco menor: cena mostra ângulo de um dormitório de colégio. Glória e
Teresa entram rindo muito, como se brincassem de esconde-esconde)
05| Explique a importância do cenário em uma peça teatral. Como ele contribui
para a compreensão da história e a imersão do público?
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C) GÊNERO ÉPICO
Os textos épicos têm uma longa história que remonta às antigas tradições poéti-
cas de muitas culturas ao redor do mundo. Um dos exemplos mais antigos de épico
é a Epopeia de Gilgamesh, da antiga Mesopotâmia, que data do terceiro milênio a.C.
e narra as aventuras do herói Gilgamesh em sua busca pela imortalidade. Outros
exemplos famosos incluem a Ilíada e a Odisseia, atribuídas ao poeta grego Homero,
que contam os eventos da Guerra de Troia e as aventuras do herói Odisseu em sua
viagem de volta para casa.
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O perfil do herói épico é uma figura ar quetípica que aparece em muitos épicos ao
longo da história da literatura. Embora as características específicas possam variar
de uma obra para outra, há certos traços comuns que definem o herói épico. Aqui
estão algumas características do perfil do herói épico. O herói épico é conhecido por
sua coragem e valentia diante de
desafios e perigos. Ele enfrenta
adversidades com determinação
e bravura, muitas vezes arris-
cando sua própria vida em prol
de um objetivo maior. O herói
épico geralmente possui uma
força física excepcional e habili-
dades sobrenaturais ou extraor-
dinárias. Ele é capaz de realizar
feitos heroicos, como derrotar
monstros, enfrentar exércitos
inimigos ou superar obstáculos
aparentemente impossíveis. O
herói épico é motivado por um
senso de dever e honra, muitas
vezes colocando os interesses de
seu povo ou de sua causa aci-
ma dos seus próprios. Ele é um
símbolo de virtude e nobreza,
agindo com integridade e respei-
to pelos outros. O herói épico é
caracterizado por sua determi- Figura 5 Lutas humanas
nação e persistência em alcan-
çar seus objetivos, mesmo diante de dificuldades e desafios aparentemente insupe-
ráveis. Ele não desiste facilmente e está disposto a enfrentar qualquer obstáculo em
seu caminho. Além de sua força física, o herói épico muitas vezes demonstra astúcia
e inteligência em suas ações. Ele é capaz de elaborar estratégias elaboradas, superar
armadilhas e resolver enigmas complexos para alcançar seus objetivos.
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entanto, permanece fiel a Odisseu e espera pelo seu retorno. Durante sua jornada,
Odisseu enfrenta muitos desafios e perigos, incluindo a resistência dos ciclopes, a
sedução das sereias, a ira de Posseidon e as armadilhas dos deuses. Ele também vi-
sita a ilha da feiticeira Circe e o reino dos mortos, onde consulta o profeta Tirésias.
Enquanto isso, em Ítaca, Telêmaco, filho de Odisseu, parte em busca de notícias de
seu pai e para escapar dos pretendentes que ameaçam sua família e sua herança.
Figura 6 Mercantilismo
Por fim, Odisseu é reconhecido por Penélope, e juntos, eles retomam o controle de
Ítaca. A história termina com a restauração da ordem e da paz na terra de Odisseu,
após anos de luta e sofrimento.
A Odisseia é uma obra-prima da literatura épica que explora temas como a cora-
gem, a astúcia, a lealdade, a vingança e a busca pela identidade. É uma história rica
em aventuras, mitos e símbolos que continua a cativar leitores ao redor do mundo
até os dias de hoje.
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Se liga no texto
As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
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01| Epopeia: é um gênero literário que se caracteriza por narrar grandes feitos
heroicos e aventuras extraordinárias de personagens geralmente lendários ou
históricos. Essas narrativas, frequentemente compostas em versos, são marca-
das por sua extensão e complexidade, abordando temas épicos, mitológicos e
históricos. O termo “epopeia” deriva do grego “epos”, que significa “palavra” ou
“discurso”, e “poiein”, que significa “fazer” ou “criar”. As epopeias muitas vezes
retratam a jornada de um herói em busca de glória, vingança, conhecimento
ou redenção, enfrentando desafios, perigos e inimigos formidáveis ao longo do
caminho. Essas narrativas podem envolver batalhas grandiosas, viagens ma-
rítimas, encontros com deuses e seres sobrenaturais, além de reflexões sobre
questões profundas da condição humana. Um dos exemplos mais famosos de
epopeia é a Ilíada e a Odisseia, atribuídas ao poeta grego Homero. A Ilíada
narra os eventos da Guerra de Troia, enquanto a Odisseia conta as aventuras
do herói Odisseu em sua jornada de volta para casa após a guerra. Outros
exemplos incluem Eneida, de Virgílio, A Divina Comédia, de Dante Alighieri, e
Os Lusíadas, de Luís de Camões.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01| Em relação ao gênero épico, é podemos dizer que:
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Leia a lira a seguir retirada da obra Marília de Dirceu, de Tomas Antônio Gon-
zaga, para responder ao que se pede:
LIRA XI
Busquemos, ó Musa,
Empresa maior;
Deixemos as ternas
Fadigas do Amor.
Busquemos, ó Musa,
Empresa maior;
Deixemos as ternas
Fadigas do Amor.
(...)
(Tomas Antônio Gonzaga)
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03| No trecho “Ouve-se a Lira, e o som do claro Clarim, / Correr nos campos o veloz
cavallo,” a comparação é estabelecida entre a lira e o clarim. Qual é o propósito
dessa comparação?
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06| Analise o papel da expressão “Por mares nunca de antes navegados” no de-
senvolvimento do tema de exploração e descoberta no trecho de Os Lusíadas.
Como essa frase contribui para estabelecer a grandiosidade das conquistas
dos navegadores portugueses?
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D) GÊNERO NARRATIVO
O texto narrativo em prosa pode ser considerado derivado do texto épico em ter-
mos de sua transformação histórica e influências literárias. O texto épico é uma das
formas mais antigas de narrativa, caracterizada pela narração de eventos heroicos e
grandiosos, frequentemente centrados em figuras lendárias ou mitológicas.
O texto narrativo em prosa permitiu aos autores contar histórias de maneira mais
detalhada e complexa, explorando uma variedade de temas e estilos literários. Ele se
tornou o principal veículo para a criação de romances, contos, novelas e outras for-
mas de narrativa em prosa que são populares até os dias de hoje.
Os elementos fundamentais
de uma obra narrativa são os
componentes básicos que con-
tribuem para a construção e de-
senvolvimento da história. Eles
fornecem a estrutura essencial
para a narrativa e ajudam a
criar uma experiência significa-
tiva para o leitor.
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Se liga no texto
Ao acordar, disse para a mulher:
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um ba-
nho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um
café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como esti-
vesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de ar-
riscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore
do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos,
porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo
vento.
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“O Homem nu”, de Fernando Sabino, é uma crônica que combina humor e re-
flexão de maneira habilidosa, oferecendo uma visão humorística de um momento
constrangedor na vida do personagem central. A crônica começa com uma situação
trivial, a dívida do conserto de uma televisão, para desencadeia em inúmeras situa-
ções inusitadas.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01| Quais são os elementos fundamentais de uma obra narrativa em prosa?
03| Qual é o termo literário que descreve um tipo de narrador que conhece os pen-
samentos e sentimentos de todos os personagens na história?
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04| Qual é o termo literário que descreve uma técnica na qual uma história é con-
tada fora da ordem cronológica tradicional, com eventos sendo apresentados
fora da sequência temporal natural?
05| Compare e contraste o gênero narrativo em prosa com o gênero épico em ter-
mos de estrutura, estilo e propósito. Analise como esses dois gêneros literários
diferem em sua abordagem da narrativa e discuta como cada um deles influen-
cia a percepção do leitor sobre os eventos e personagens da história.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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02| Leia o trecho abaixo, retirado de I-Juca Pirama, obra de Gonçalves Dias.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
sou filho do norte,
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
Trata-se de um:
A) poema lírico
B) poema épico
C) cantiga de amigo
D) novela de cavalaria
E) auto de fundo religioso
“Catar Feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e o oco, palha eco,”
Alguidar: recipiente de barro, metal ou material plástico, usado para tarefas domésticas
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04| Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o sus-
peitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à
chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para
contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em re-
dor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadu-
ra, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva
face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários
atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso
Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...) Assim gostaria eu de
ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos:
à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se
orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.
A) épico.
B) lírico.
C) satírico.
D) técnico.
E) teatral.
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05| Leia o trecho abaixo, de “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto.
“— Severino retirante,
deixa agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
(…)
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06| Os gêneros literários são empregados com finalidade estética. Leia os textos a
seguir.
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
A) Épico e lírico.
B) Lírico e épico.
C) Lírico e dramático.
D) Dramático e épico.
E) Lírico e narrativo
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Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a
asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era
doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito
perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão
e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação taba-
jara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia
a terra com as primeiras águas.
(ALENCAR, José de. Iracema: lenda do Ceará. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 15.)
A) dramático
B) cômico
C) lírico
D) épico
E) trágico
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AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa)
A) O texto mostra uma visão irônica do eu-lírico sobre as pessoas com as quais
convive.
B) A palavra autopsicografia exclui qualquer possibilidade de envolvimento do
autor como o poema.
C) O foco do eu-lírico é mostrar para o leitor suas desventuras amorosas.
D) A principal intenção do autor é estabelecer um diálogo como os leitores.
E) É possível observar, através da análise dos elementos, que o poema apre-
senta um contraponto entre o autor e o eu-lírico.
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RESOLUÇÕES E RESPOSTAS
A) GÊNERO LÍRICO
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01| Resposta D: O gênero lírico geralmente apresenta textos mais curtos, enquanto
o épico é caracterizado por narrativas extensas.
03| Resposta C. O texto motivador ressalta a importância da poesia como uma fon-
te de inspiração e consolo, sugerindo que ela oferece abrigo nas tempestades
da vida e nos guia em nossa jornada.
05| O gênero lírico difere dos gêneros narrativo e dramático principalmente em sua
abordagem e foco. Enquanto o gênero lírico se concentra na expressão subje-
tiva de sentimentos e emoções do eu lírico, os gêneros narrativo e dramático
tendem a priorizar a narração de histórias e a representação de ações e confli-
tos, respectivamente. No gênero lírico, o autor ou o eu lírico compartilha seus
pensamentos, emoções e reflexões pessoais de maneira emotiva e subjetiva.
Um exemplo claro é o poema “Soneto de Fidelidade”, de Vinicius de Moraes,
que explora o tema do amor e da fidelidade de forma intensamente pessoal e
emotiva. Por outro lado, no gênero narrativo, como o romance Dom Quixote,
de Miguel de Cervantes, a ênfase está na narração de uma história, com per-
sonagens, enredo e ambientação desenvolvidos ao longo do texto. Neste caso,
acompanhamos as aventuras e desventuras do cavaleiro andante Dom Quixote
e seu fiel escudeiro Sancho Pança. Já no gênero dramático, exemplificado pela
peça teatral Romeu e Julieta, de William Shakespeare, a ação e o conflito são
os elementos-chave. Através do diálogo entre personagens e da representação
de eventos dramáticos, a peça aborda temas como amor proibido, rivalidade
familiar e destino trágico. Em resumo, enquanto o gênero lírico é marcado pela
expressão emocional e subjetiva, os gêneros narrativo e dramático priorizam,
respectivamente, a narrativa de histórias e a representação de ações e conflitos.
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B) GÊNERO DRAMÁTICO
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
02| Resposta E. O público não faz parte da estrutura interna da peça teatral, mas
é fundamental para sua realização.
04| Resposta A. O trecho apresenta uma ação cênica, indicando a entrada das
personagens Glória e Teresa em um dormitório de colégio. Além disso, a men-
ção a diálogos entre as personagens também reforça a característica do gênero
dramático.
05| O cenário é fundamental no teatro, pois cria o ambiente onde a ação se desen-
rola. Ele não apenas fornece informações sobre o local e a época da história,
mas também influencia o estado de espírito dos personagens e do público.
Por exemplo, um cenário sombrio pode sugerir tragédia, enquanto um cenário
colorido e alegre pode indicar comédia. Além disso, detalhes como móveis, ob-
jetos e adereços no cenário podem revelar aspectos da vida dos personagens.
Assim, o cenário contribui para a compreensão da trama e a imersão emocio-
nal do público.
06| O gênero dramático se destaca por ser especificamente criado para ser encena-
do. Diferentemente do gênero lírico (que expressa emoções subjetivas) e do
épico (que narra eventos), o dramático envolve diálogos entre personagens.
Esses diálogos não apenas avançam a trama, mas também revelam conflitos,
motivações e características dos personagens. Além disso, a representação cê-
nica é essencial no gênero dramático, pois é no palco que os atores dão vida
aos personagens, utilizando gestos, expressões e movimentos para comunicar
com o público.
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C) GÊNERO ÉPICO
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
05| A expressão “As armas e os barões assinalados” é uma referência aos feitos he-
roicos e aos líderes destacados que serão exaltados ao longo do poema épico Os
Lusíadas. “As armas” sugerem as batalhas e conquistas militares, enquanto
“os barões assinalados” se refere aos nobres, líderes e heróis que desempenha-
ram papéis significativos na história de Portugal. Essa expressão introduz os
temas principais do poema, destacando a importância dos feitos heroicos e da
liderança dos navegadores portugueses durante a Era dos Descobrimentos.
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D) GÊNERO NARRATIVO
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
03| Resposta B. O narrador onisciente é aquele que tem conhecimento total dos
pensamentos, emoções e motivações de todos os personagens na história. Ele
pode revelar informações sobre qualquer personagem e fornecer uma visão
ampla e detalhada dos acontecimentos, tornando-se uma fonte confiável de
conhecimento para o leitor.
04| Resposta E. A estrutura não linear é uma técnica narrativa em que os eventos
são apresentados fora da ordem cronológica tradicional. Isso pode envolver
flashbacks, flashforwards ou uma mistura de diferentes períodos de tempo
para criar uma narrativa mais complexa e intrigante, desafiando as expectati-
vas do leitor e fornecendo uma nova perspectiva sobre a história.
05| O gênero narrativo em prosa e o gênero épico são duas formas de narrativa que
diferem significativamente em termos de estrutura, estilo e propósito. Enquan-
to o gênero narrativo em prosa se caracteriza pela apresentação de eventos e
personagens em uma prosa contínua e acessível, o gênero épico é marcado por
uma narrativa poética que descreve feitos heróicos e grandiosos. Em termos de
estrutura, o gênero narrativo em prosa geralmente segue uma sequência linear
de eventos, com foco no desenvolvimento de personagens e enredo. Por outro
lado, o gênero épico muitas vezes apresenta uma estrutura mais fragmentada,
com episódios distintos que destacam as realizações do herói central em dife-
rentes contextos e cenários. Em relação ao estilo, o gênero narrativo em prosa
tende a ser mais direto e objetivo, com uma linguagem acessível e próxima da
linguagem cotidiana. Em contraste, o gênero épico emprega uma linguagem
poética e ornamentada, repleta de metáforas, imagens vívidas e elementos épi-
cos como epítetos e fórmulas repetitivas. Quanto ao propósito, o gênero nar-
rativo em prosa muitas vezes busca explorar temas e questões humanas de
forma mais intimista e contemporânea, enquanto o gênero épico visa celebrar
valores heroicos e mitológicos, transmitindo um sentido de identidade cultural
e coletiva.
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06| O gênero narrativo e o gênero dramático são duas formas de expressão literá-
ria que divergem em termos de forma, apresentação e propósito. Enquanto o
gênero narrativo se caracteriza pela narração de eventos e ações em uma prosa
contínua, o gênero dramático é marcado pela representação de conflitos e di-
álogos em forma de peça teatral. Em termos de forma, o gênero narrativo fre-
quentemente apresenta uma estrutura linear, com uma sequência de eventos
organizados de maneira cronológica, enquanto o gênero dramático adota uma
estrutura mais fragmentada, com diálogos que podem ocorrer simultaneamen-
te em diferentes partes do palco. Quanto à apresentação, o gênero narrativo
é geralmente lido individualmente pelo leitor, permitindo uma experiência de
imersão mais íntima e pessoal com a obra. Por outro lado, o gênero dramático
é projetado para ser encenado em um palco, com atores interpretando os per-
sonagens e dialogando diante de uma plateia.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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05| Resposta E. As opções [A], [B], [c] e [D] são incorretas, pois o fragmento
[A] transcreve a fala em forma de verso;
[B] transmite os sentimentos do personagem, por isso apresenta forte carga
lírica, além de ser elaborado em linguagem culta;
[C] os versos apresentam métrica regular: redondilhas maiores;
[D] a epopeia é um poema extenso, cuja narração descreve e relata os feitos
de um herói histórico, representante de um povo.
06| Resposta B. Lírico é o gênero de poesia em que o poeta expõe suas emoções e
sentimentos. Exemplo desse gênero é o primeiro texto, cujo tema é o amor.
O épico pode ser definido como um gênero constituído de longo poema acer-
ca de assunto grandioso e heroico. Os Lusíadas, de Camões, é considerado o
grande épico da Língua Portuguesa e canta os atos heroicos dos portugueses,
durante as grandes navegações marítimas no século XV.
07| Resposta C. O romance Iracema, de José de Alencar, embora seja uma pro-
dução narrativa, apresenta alguns aspectos típicos do gênero lírico como, por
exemplo, a musicalidade, polissemia e refinamento estético. Por isso, a obra é
nomeada de prosa-poética.
09| Resposta E. Existem alguns elementos no poema, como a própria palavra au-
topsicografia, que denotam o diálogo entre o autor do poema e o eu-lírico, as-
sim como a reflexão sobre o próprio fazer literário. O texto é uma inteligente
reflexão literária sobre o exercício da escrita e, portanto, não apresenta uma
visão irônica sobre as pessoas aos quais ele convive com afirma erroneamente
o item A. O item B equivoca-se ao dizer que o título do poema exclui qualquer
relação do texto com o autor. O enunciado C está errado, pois o poema não
discute questões de ordem afetiva. Como dizemos anteriormente, o poema de
Pessoa lança-mão de importantes reflexões metapoéticas, condição que permi-
te afirmar que o item D está errado.
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