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Apologia de Sócrates – Platão

Atividade avaliativa 1 – Filosofia


Professor Roberto Blatt

Crie um post no seu blog pessoal apresentando uma síntese dissertativa em terceira
pessoa do capítulo abaixo. Essa síntese deve conter todas as principais informações, de
preferência contextualizadas, sem ser mera cópia do texto. Atente para o fato de que
você deve escrever um trabalho jornalístico e claro para que os leitores (terceiros)
compreendam o conteúdo e a fala de Sócrates.

Mínimo: 5 linhas digitadas.

Capítulo 1.

Homens de Atenas, não sei quanto vos afetaram os meus acusadores. Eu, por mim, quase
cheguei as esquecer-me de quem sou, tao convincente foi o discurso deles. E, contudo,
nada do que disseram é verdade. O que mais me espantou, entre o muito que inventaram,
foi dizerem-vos que ficásseis de sobreaviso contra a minha habilidade no falar, de modo
que eu não vos enganasse. Parece-me o cúmulo da falta de vergonha não terem pejo de
ser refutados pelos meus atos, ao mostrar que, pelo contrário, não tenho jeito para falar, a
não ser que chamem hábil a falar àquele que diz a verdade. Se é isso que acham,
concordo que sou um orador, embora não à maneira deles

Estes homens, garanto-vo-lo, pouca ou nenhuma verdade disseram. Da minha boca, pelo
contrário, ouvireis só a verdade. Decerto que não, por Zeus, discursos aprimorados como
os deles, com palavras e frases bem arranjadas. As palavras que ouvireis de mim são as
que me vierem à boca, porque acredito que aquilo que digo é justo. Nenhum de vós
espere outra coisa! Pois não seria próprio, homens, que com minha idade viesse junto de
vós fazer discursos como fazem os garotos. Mais uma razão, Atenienses, para que vos
peça que me perdoeis, se me ouvirdes defender-me com as mesmas palavras que
costumo usar na praça, junto dos vendedores e noutros lugares onde muitos de vós me
ouvistes. Não vos espanteis ou protesteis por causa disso. Aos setenta anos de idade é a
primeira vez que venho a um tribunal. Sou, por isso, estranho ao modo como aqui se
fala. Mas também, se fosse estrangeiro, ma havíeis de perdoar se eu falasse no dialeto
em que fora criado. Peço-vos o que me parece justo, que me desculpeis o meu modo de
falar – por melhor ou pior que seja – e examineis se o que o digo é ou não justo: pois
essa é a excelência de um juiz. Dizer a verdade é a excelência de um orador.

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