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PONTA GROSSA
2019
ALEFE JOAS SANTOS
EDINAN FERNANDES DANIUK
EDUARDO ALEXANDRE GANASSOLI
JOÃO PEDRO CORRÊA GIROTO
RAUL SCHIAVETTO MARTURANO
PONTA GROSSA
2019
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 7
3. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 8
3.1. MATERIAIS .................................................................................................... 8
3.2. MÉTODOS ..................................................................................................... 8
4. RESULTADOS .................................................................................................... 10
4.1. AMOSTRA DE POLIPROPILENO TRANSPARENTE ................................... 10
4.2. AMOSTRA DE POLIPROPILENO VERDE ................................................... 12
4.3 AMOSTRA DE POLIESTIRENO ................................................................... 14
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 17
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1. INTRODUÇÃO
A calorimetria exploratória diferencial (DSC) é uma técnica derivada da
análise térmica diferencial (DTA) e se trata de uma técnica de caracterização de
materiais que consiste em medir as diferenças de fluxo de calor em uma amostra
e em um material de referência, enquanto ambos são submetidos a uma
programação rigorosamente controlada de temperatura (aquecimento ou
resfriamento). A amostra e referência são mantidas em cápsulas idênticas,
posicionadas sobre um disco termoelétrico e aquecidas por uma única fonte de
calor. O calor então é transferido para as cápsulas de amostra e referência por
meio do disco, sendo que o fluxo de calor diferencial entre ambas as cápsulas é
controlado por meio de termopares conectados ao disco, uma vez que a
diferença de temperatura em um certo momento é proporcional à variação de
entalpia, à capacidade calorífica e à resistência térmica total ao fluxo calórico. 1,2
Em um instrumento de DSC por fluxo de calor, registra-se a diferença em
fluxo de calor entre a amostra e a referência, enquanto a temperatura da amostra
é aumentada ou diminuída linearmente. A energia dirigida aos aquecedores é
ajustada continuamente em resposta aos efeitos térmicos da amostra, mantendo
assim amostra e referência à mesma temperatura. Assim, a área do pico fornece
a medida exata da energia elétrica necessária para manter ambas à mesma
temperatura, independentemente das constantes térmicas do instrumento ou
mudanças no comportamento térmico da amostra. 1
Contudo, antes de se iniciar um experimento por DSC, o operador deve
conhecer a linha base das curvas geradas pelo equipamento, o qual é obtido
realizando um ensaio com duas cápsulas vazias ou então deixado sem as
cápsulas de amostra e referência. As condições experimentais (programação de
temperatura, atmosfera do forno e vazão de gás) utilizadas na obtenção da linha
base tem que ser as mesmas dos experimentos com as amostras. 1
A confiabilidade e reprodutibilidade dos dados medidos por DSC
dependem da eliminação de variáveis que podem acabar interferindo nas curvas.
Essas variáveis podem ser divididas em fatores instrumentais e características
da amostra. 1
A ainda eventos térmicos os quais geram modificações em curvas DSC,
que consiste basicamente em transições de primeira e de segunda ordem.
Sendo que as transições de primeira ordem apresentam variação de entalpia
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2. OBJETIVOS
Determinar através da Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) as
transições térmicas e o grau de cristalinidade de duas amostras de polipropileno
e uma de poliestireno.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. MATERIAIS
Os materiais utilizados para a realização da prática foram: Amostra de
Polipropileno (PP) extraída de copos verde e transparente, amostra de
Poliestireno (PS), cadinho de alumínio, prensa para cadinho de alumínio, forno
de DSC (calorimetria diferencial de varredura), Shimadzu DSC 60, nitrogênio
PGR-86-N, balança de precisão Shimadzu, pinça para manuseio das amostras
e tampa para cadinho de alumínio.
3.2. MÉTODOS
Primeiramente foram preparadas as amostras para a realização do ensaio
de calorimetria diferencial de varredura. A primeira etapa do preparo consiste no
corte das amostras de PP, de um copo verde e um copo transparente, assim
como nas amostras de PS.
Deste modo, após o corte das amostras em pequenas seções, pesaram-
se os polímeros obtendo 3,1 mg (miligrama) para o PP do copo verde, 3,8 mg
para o PP do copo transparente e 7,6 mg para o PS. Prensando as amostras
junto aos cadinhos e suas tampas de alumínio, para assim colocá-las no
equipamento de DSC para a realização do ensaio.
Logo foram levados os cadinhos para o forno de DSC, um dos cadinhos
vazio para a referência e outro contendo o polímero prensado. Desta forma o
sistema do DSC foi aquecido em uma corrida, partindo inicialmente de 30°C até
215°C, para as amostras de polipropileno, e para as amostras de poliestireno
utilizou-se 150°C. Colocando-se uma taxa de 10°C/min e um fluxo de 50ml/min
de nitrogênio, permanecendo nesta temperatura e fluxo por aproximadamente
três minutos e em seguida resfriando na mesma taxa e fluxo.
Foi realizado uma corrida inicial para apagar a história térmica do material,
pois o mesmo já tinha sido processado anteriormente. Sendo desconhecido os
procedimentos utilizados para tal processo podendo variar os dados obtidos pelo
ensaio de DSC.
Determinando a curva de calorimetria diferencial de varredura, com
auxílio das normas ASTM D3418, demarcando-se a temperatura de início, pico
e final de fusão, obtendo-se a faixa de temperatura para cada transição térmica.
¹
9
4. RESULTADOS
Como descrito nos métodos do item 3.2, foram realizados dois
aquecimentos e dois resfriamentos nas duas amostras de PP e na de PS. O
primeiro aquecimento e resfriamento, representado pela primeira corrida do
experimento, foi realizado para apagar a história térmica pois não se sabe a
origem da amostra e como foi processada, e a segunda corrida para determinar
as transições térmicas do material.
Fonte: os autores.
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Fonte: Os autores.
De acordo com a Tabela 1, tem-se que a temperatura de fusão obtida para
a amostra de polipropileno de cor transparente foi de 165,99°C, sendo esta, um
valor ligeiramente acima da faixa de valores que se encontra na literatura (160 a
165°C). Esta pequena discrepância de valores pode estar associada com a
calibragem do aparelho e/ou algum desgaste do mesmo devido a algumas
condições de uso que o danificam.
Os valores encontrados do pico de cristalização do PP transparente foram
tabulados e estão apresentados na Tabela 2.
Tabela 2 - Picos de cristalização para o PP transparente
Fonte: Os autores.
De acordo com a Tabela 2, o valor da temperatura de cristalização da
amostra de polipropileno transparente é de 126,71°C.
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Fonte: Os autores
13
Fonte: os autores.
De acordo com a Tabela 3, tem-se que a temperatura de fusão obtida para
a amostra de polipropileno de cor transparente foi de 165,99°C.
Nos termogramas de DSC são fornecidos valores de entalpia de fusão e
cristalização (ΔHf e ΔHc) do polímero, e a partir do valor de entalpia de fusão
que é 79,86 J.g-1 e do valor de entalpia de fusão padrão para um polímero 100%
cristalino (ΔHf0) que é de 209 J.g-1 é possível calcular a porcentagem de
cristalinidade da amostra polimérica analisada. De acordo com a Equação 1, a
porcentagem de cristalinidade da amostra de PP verde é de 38,21%. A diferença
de cristalinidade entre as duas amostras de polipropileno se dá provavelmente
pela presença de aditivos. Visto que a cor da segunda amostra de polímero era
verde, esta certamente teve a incorporação de corantes.
Este valor obtido para a porcentagem de cristalinidade desta amostra está
fora do valor apresentado pela literatura para o polipropileno, este sendo de 40%
à 70%.
A temperatura de transição vítrea para o polipropileno (TG) não pode ser
determinada devido a esta temperatura se encontrar em valores menores do que
o equipamento foi operado.
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Fonte: os autores.
Tem-se para esta amostra de polipropileno, uma temperatura de
cristalização (TC) de 123,95°C.
Fonte: Os autores
Ao comparar o gráfico a Figura 5, nota-se que diferentemente dos
termogramas anteriores, este não apresenta picos bem definidos, isso se dá pelo
poliestireno ser um polímero amorfo, sendo assim, este não possui temperaturas
de fusão e cristalização. A transição térmica de maior importância para este
polímero é a temperatura de transição vítrea (T G), e esta por não promover
transformação de fase no material (transição de segunda ordem), não se
apresenta na forma de picos, e sim como um deslocamento da linha base do
fluxo de temperatura pelo tempo. Os valores destes deslocamentos foram
fornecidos pelo DSC na faixa de 2000 a 3000 segundos e estes foram dispostos
na Tabela 5.
Tabela 5 - Transição vítrea do PS
Fonte: Os autores.
O valor de TG é dado pelo valor médio do deslocamento da linha base do
termograma, assim, este valor é dado por 98,17°C. Este valor difere ligeiramente
do valor apresentado na literatura, este sendo de 100°C.
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5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS