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ENGENHARIA CIVIL
PAULO RAMOS
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof º Clovis Norberto Savi – Mestre – UNESC – Orientador
_______________________________________________
Prof ª. Ângela Costa Piccinini – Mestre – UNESC – Banca
_______________________________________________
Prof º. Edson Luiz da Silva – Mestre – UNESC - Banca
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AGRADECIMENTOS
• À DEUS por ser a razão da minha vida, pela ajuda em todos os momentos, por
ser o meu melhor amigo.
• Aos meus familiares, Pai, Mãe, meu irmão (Andy) e Tia Vanda que me ajudaram
com muito amor, carinho, respeito, paciência, incentivo.
• À minha noiva Samanta que com suas palavras de ânimo, amor, carinho me
ajudaram a chegar até aqui com muito sucesso.
• Ao meu orientador Prof º Clovis pela motivação e apoio para a realização deste
trabalho e sempre disponível para as orientações.
• À BUNGE FERTILIZANTES S.A por disponibilizar a empresa para a realização
da pesquisa deste trabalho, assim como a atenção e ajuda de todos funcionários do
setor de Segurança do Trabalho, RH, Manutenção, Mina, à Gerencia Industrial e a
todos que me ajudaram.
• Aos colegas de faculdade que estiveram ao meu lado com incentivo,
companheirismo até chegar ao dia tão esperado da formatura.
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LISTA DE ILUSTRAÇÃO
RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. ..........12
2 TEMA............................................................................................................. .........13
2.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA...................................................................................13
3 PROBLEMA DE PESQUISA ...................................................................... ...........14
4 JUSTIFICATIVA......................................................................................................15
5 OBJETIVOS............................................................................................................16
5.1 Objetivo Geral....................................................................................................16
5.2 Objetivos Específicos .......................................................................................16
6 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA..............................................................................17
6.1 Acidente do Trabalho ................................................. ......................................17
6.1.1 Causas de Acidente do Trabalho ................................................. ................20
6.1.1.1 Atos Inseguros ............................................................................................20
6.1.1.2 Condições Inseguras ..................................................................................22
6.2 Segurança do Trabalho ................................................. ...................................24
6.2.1 Segurança do Trabalho na Construção Civil................................................25
6.3 Prevenção de Acidentes ...................................................................................27
6.4 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ...................................28
6.5 Análise de Risco da Tarefa (ART) ....................................................................32
6.6 Observação de Risco no Trabalho (ORT)........................................................34
6.6.1 Procedimento da ORT....................................................................................35
6.7 Permissão de Serviço Seguro (PSS)................................................................37
6.7.1 Procedimento da PSS.....................................................................................38
6.8 Diálogo Diário de Segurança (DDS)............................. ....................................40
6.9 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)................................................. ....42
6.9.1 Tipos de EPC ..................................................................................................43
6.10 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)..................................................50
6.10.1 Tipos de EPI..................................................................................................53
6.11 Quase Acidente................................................................................................65
6.11.1 Importância do Quase Acidente para a Construção Civil......................... 68
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA......................... ............69
7.1 Local da Pesquisa......................... ....................................................................69
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1 INTRODUÇÃO
2 TEMA
3 PROBLEMA DE PESQUISA
4 JUSTIFICATIVA
5 OBJETIVOS
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Mas o acidente não pode ser tratado quando apenas há ferimentos, morte
ou lesão pode ocorrer quando não houver essas causas, como exemplo a queda de
energia elétrica, furo no pneu, etc.
Também de acordo com a lei, o acidente do trabalho é considerado
quando ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa de acordo com as
seguintes circunstâncias, conforme De Cicco (1982,p.2):
• Salários pagos durante o tempo perdido por outros trabalhadores que não o
acidentado: em geral, após o acidente, por menor que seja, os companheiros
do acidentado deixam de produzir durante certo tempo, seja para socorre-lo,
seja para comentar o ocorrido, seja por curiosidade, ou porque necessitam
da ajuda do acidentado para a execução de sua tarefa, ou a máquina em que
operavam ficou danificada no acidente;
• Salários adicionais pagos por trabalhos em horas extras: em virtude do
acidente, atrasos na execução da obra podem exigir trabalhos em horas
extraordinárias, representando um adicional de 20% sobre o salário
correspondente ao horário normal de trabalho;
• Salários pagos a funcionários, durante o tempo gasto na investigação do
acidente;
• Diminuição da eficiência do acidentado de volta ao serviço produz menos
(por receio de sofrer novo acidente, por desambientação, por falta de
treinamento muscular, etc.). Em qualquer dos casos, a empresa pagará o
mesmo salário para um trabalhador produzindo menos, o que representa,
portanto, um outro custo adicional;
• Custo de material ou equipamento danificado no acidente;
• Multas contratuais, decorrentes de atrasos na execução da obra, devidos à
queda de produção resultante de acidente.
Mesmo com um alto preço a ser pago pela segurança com treinamentos
de utilização de EPC, EPI, técnicas de prevenção e com o fornecimento dos
melhores EPC’s e EPI’s, ainda há empresas que não dão a importância devida.
Alem destas empresas entra o fator dos funcionários que não se interessam com a
sua própria segurança e saúde.
Ao contrário dos pensamentos antigos como cita Zocchio (2002), Sem
acidente ou com acidente, o trabalho é realizado. De fato que este pensamento era
muito aplicado antigamente, mas nos dias de hoje os pensamentos são outros, onde
a segurança este em primeiro lugar, muito acima até mesmo da produção, tanto que
muitas das empresas utilizam outras frases muito mais adequadas para a realidade
que estamos vivendo, conforme a Bunge Fertilizantes AS utiliza: “Não há trabalho
tão importante ou urgente que não possa ser feito com segurança“ ou também ,“
Segurança em primeiro lugar “.
Esta não é uma prática muito comum na indústria da construção civil, pois
a prevenção necessita de investimento, claro que terá um retorno muito grande na
diminuição do acidente, e quando falamos de investimento com relação à segurança
28
• Cabe ao Vice-Presidente:
A palavra risco nos mostra uma situação insegura que poderá ocorrer um
acidente, desde que esse risco seja analisado e tomado às devidas precauções para
que não haja uma perda, seja ela física ou material. O risco pode estar presente de
diversos modos como em gases, produto químico, trabalho em altura ou até mesmo
em uma simples caminhada pela área de trabalho. Por esse motivo deve-se tomar o
devido cuidado para os riscos existentes no ambiente de trabalho, assim fazendo
uma analise de cada risco existente no ambiente de trabalho e em cada atividade
executada.
De acordo com que cita Zocchio (2002,p.179),
Mas esta análise não se deve apenas ser feita para ser um documento
burocrático da empresa, mas sim um processo contínuo, pois a cada mudança
34
tecnológica que ocorre no mercado de trabalho podem surgir novos riscos e estes
devem ser analisados e tomados às devidas precauções.
caso de dúvidas, o técnico da empresa poderá ser acionado, para ajudá-lo no que
couber.
• Observar
• Informar
• Corrigir as Irregularidades
• Relatar
Trata-se de uma prévia análise dos riscos identificados nos serviços não
rotineiros onde são aqueles que não são realizados com freqüência ou sob
condições de risco variadas como: trabalho a quente, trabalhos elétricos, entrada em
espaço confinado, abertura de linhas, trabalho em local elevado e outros que
38
A PSS tem validade até o término do serviço, devendo ser revalidada pelo
solicitante e pelo responsável pelos executantes nas seguintes situações:
• A cada alteração do solicitante, do responsável pelos executantes ou
da equipe executante;
• A cada mudança da equipe de trabalho, seja na entrada de novos
integrantes ou saída dos mesmos;
• Quando houver interrupção na execução do serviço,
independentemente do tempo desta interrupção.
O chefe que tem por hábito dialogar com os subordinados sobre segurança
do trabalho, corrigindo falhas e ensinando a maneira segura de executar as
tarefas, além de prevenir acidentes, promove, ao mesmo tempo, o equilíbrio
da produtividade nas atividades sob sua responsabilidade.
Assim a melhor conclusão para o EPC é que esta proteção não atrapalha
em nada o trabalhador, são dispositivos que ajudam e pode até aumentar a
produção do trabalhador.
• Sinalização
• Plataforma de Proteção
• Telas de Proteção
não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.
As empresas adotam um sistema para a distribuição e fiscalização dos
EPI’s através de uma ficha, onde essa visa atender, não só as necessidades de
controles administrativas, mas, principalmente, os aspectos legais. Nesta ficha
consta além do termo de responsabilidade do empregado e da empresa, os tipos de
EPI’s requisitados, seus C.A’s (Certificado de Aprovação) e as datas de entrega e
substituição. Todos os EPI’s utilizados pelo empregado deverão ser anotados nessa
ficha. As fichas de Controle de EPI’s ficarão arquivadas no setor de Segurança do
Trabalho enquanto o empregado estiver trabalhando na empresa, após o
desligamento do empregado, sua ficha deverá ser enviada ao setor de RH para
arquivamento junto ao prontuário do empregado desligado.
Outro sistema a ser adotado para a fiscalização e principalmente para a
instrução dos funcionários de acordo com a sua função é uma planilha onde
constam os riscos para cada função e principalmente porque consta o EPI a ser
utilizado na rotina de trabalho ou se a sua utilização é uma eventualidade, conforme
a planilha no ANEXO 5. É muito importante a fixação desta planilha em vário locais
de trabalho para todos os funcionários ficarem instruídos quanto a utilização dos
EPI’s.
O equipamento deve conter o CA (Certificado de Aprovação), que é
expedido pelo ministério do trabalho e emprego. Também quando não é dado o
devido treinamento o funcionário fica com o equipamento, mas, desprotegido, pois
utilizam incorretamente.
Os funcionários devem responsabilizar-se pela guarda e conservação dos
equipamentos de proteção individual e comunicar ao setor de segurança, quando o
EPI tornar-se impróprio para o uso. Além disto, é necessária a sua utilização após o
treinamento e orientação do setor de segurança da empresa.
De acordo com Oliveira Ayres e Peixoto Corrêa (2001,p.26),
A variedade de tipos de EPI são imensas, abaixo estão algum dos tipos
de EPI mais utilizados:
• Capacete de proteção
FIGURA 15: Capacete tipo aba frontal com protetor tipo concha
FONTE: CPNSP,2005
55
FIGURA 17: Óculos de segurança para proteção com lente de tonalidade escura
FONTE: CPNSP,2005
56
• Protetor auditivo
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos para evitar algumas doenças causadas pelo ruído
como: perda auditiva, cansaço físico, mental, stress, fadigas, pressão arterial
irregular, impotência sexual nos homens e descontrole hormonal nas mulheres e
excesso de nervosismo. É recomendado a utilização desta proteção durante todo o
período de trabalho, assim causando um maior conforto para o trabalho. Na
indústria da construção civil existe alguns setores onde a utilização desta proteção
torna muito necessária como no caso do operador da betoneira, utilização de
ferramentas elétricas como serra circular, serra mármore. Quando não utilizado essa
proteção pode gerar doenças ao longo do tempo. (Figura 19 e 20).
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• Respirador purificador de ar
• Luva de proteção
• Cinto de segurança
• Calçados de segurança
ACIDENTES
GRAVES
1
ACIDENTES
10 LEVES
ACIDENTES COM
PERDA
30 MATERIAL
QUASE
600 ACIDENTE
7.1 Pesquisa
quase acidente e ser punido pela gerência de mostrar alguns atos inseguros feitos
por eles mesmos.
Após a conscientização dos funcionários e gerência, da importância da
aplicação do quase acidente na empresa, fato que levou 1 (um) ano
aproximadamente, outras dificuldades surgiram como tomar as ações de correção
para os atos inseguros e condições inseguras, pois todos os registros são colhidos
pelos setores da empresa e no final de cada mês é entregue para o setor de
segurança que tomará as ações corretivas através de prioridades que são colocadas
pelos técnicos de segurança e supervisionado pelo engenheiro de segurança do
trabalho.
Uma técnica utilizada no início do programa de prevenção Quase
Acidente foi o incentivo aos funcionários para poder alcançar metas de registros,
como o sorteio de brindes para os funcionários que mais registrassem. Essa
estratégia no início foi muito boa para despertar o interesse e a responsabilidade em
registrar, mas com o passar do tempo começaram a aparecer registros falsos para
poderem participar dos sorteios, algo que estava maquiando os resultados.
A partir de 2008 a estratégia foi mudada para a estipulação de metas por
funcionários que deve ser de 2 registros de Quase Acidente, assim apesar de muitos
funcionários registrarem apenas 2 acontecimentos pela obrigação de fazê-los, os
resultados não estão sendo maquiados como anteriormente, pois a filtragem deveria
ser muito mais rigorosa anteriormente, caso que ocorre nos dias de hoje, mas em
menor quantidade.
Na FIGURA 39 mostra o resultado do comprometimento dos funcionários
em relatar os quase acidentes ocorridos na Bunge.
74
FIGURA 39: Comprometimento com o registro do Quase Acidente na Bunge Fertilizantes S.A.
FONTE: Bunge Fertilizantes S.A.,2009
114
120
100
80 Estatísticas de
60 37 Acidentes
40 19 Bunge Fertilizantes S.A -
20 6
2004
0
Afastamento
Afastamento
Afastamento
Afastamento
Terceiros
Terceiros
Bunge
Bunge
Com
Com
Sem
Sem
FIGURA 41: Estatística de Acidente na Bunge Fertilizantes – Unidade de Cajati-SP em 2004
FONTE: da pesquisa,2009
90 81
80
70 Estatísticas de
60
50 Acidentes
40 Bunge Fertilizantes
30 21
20 13 S.A - 2005
5
10
0
Afastamento
Afastamento
Afastamento
Afastamento
Terceiros
Terceiros
Bunge
Bunge
Com
Com
Sem
Sem
60 53
50
40 Estatísticas de
23 Acidentes
30
Bunge Fertilizantes S.A
20
- 2008
10 0 1
0
Afastamento
Afastamento
Afastamento
Afastamento
Terceiros
Terceiros
Bunge
Bunge
Com
Com
Sem
Sem
O gráfico acima relata uma diminuição muito boa, chegando a zero nos
acidentes com afastamento, na Bunge Fertilizantes S.A. e com apenas 1 acidente
nas empresas terceiras, assim constata-se a importância do tempo para o programa
ser aplicado e visto através de números os resultados satisfatórios para os
funcionários e para a empresa.
Os números mostram que o trabalho de prevenção está muito bom, mas a
cada dia é necessário melhorar e intensificar através de palestras, treinamentos,
DDS,etc., a importância da prevenção de acidentes para todos os funcionários da
empresa.
O retorno da aplicação do Quase Acidente é notório para todos os
funcionários através de fotos das condições inseguras e estes problemas sendo
solucionados conforme mostrado no ANEXO 9.
16 15
14
12
12
10 ago/09
8 7 set/09
6 out/09
4
2
0
Número de registros
9 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS