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Igreja do Evangelho Quadrangular

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Secretaria Geral de Educação e Cultura

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Pastora Mara Cristina Lau

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LIDERANÇA

INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR


CURSO MÉDIO – 3º ANO

Revisão 2004
APRESENTAÇÃO
A Secretaria Geral de Educação e Cultura é o órgão destinado a desenvolver a ação educativa da Igreja como instrumento de
transformação espiritual, moral e social e atua através dos vários departamentos, visando ter efeito na família e na Igreja local
( Artigo 95- estatuto da IEQ) .
Entre os objetivos da SGEC destacam-se:
Criação e desenvolvimento do Sistema Nacional de Educação.
Garantia da padronização e qualidade da educação da Igreja, no Brasil.
Valorização da educação como instrumento de transformação.
No cumprimento do Estatuto a SGEC através do Departamento de Educação Teológica Pastoral dispõe às Unidades de
Ensino a presente apostila de LIDERANÇA.
Disciplina que pretende através do seu estudo levar o indivíduo a SABER conceitos modernos de liderança identificados com a
Bíblia – a Palavra de Deus, para SER um líder eficiente na igreja imprimindo um modelo bíblico e cristão de liderança e FAZER
da sua oportunidade de liderar uma expressão do caráter divino .
Pastora Mara Cristina Lau
Secretária Geral de Educação e Cultura
“ Importa que Ele, Cristo, cresça e eu diminua” João 3:30
Curitiba, dezembro de 2003.
“QUALQUER SUGESTÃO DE CORREÇÃO, ALTERAÇÃO, ACRÉSCIMO OU RETIRADA DE CONTEÚDO DESTA APOSTILA
DEVE SER ENVIADA POR ESCRITO À SGEC”.
E.MAIL : ieqsgec@uol.com.br
ENDEREÇO: Rua 13 de maio 336, 6º andar, conj 61
Centro – Curitiba – PR – 80020-270
FONE / FAX: (41) 224-7550 / 224-4116
Site: www.ieqeducacao.cjb.net
CRÉDITOS DO AUTOR
DIONÍZIA LUVIZOTTO
2a. Vice-Presidente do CED-SP - Superintendente da II região Eclesiástica de Osasco – SP -Pastora fundadora da IEQ
Rochdalle em Osasco – SP - Fundadora, Diretora e Professora do ITQ em Osasco – SP - Presidente e Fundadora da UNIORA
– União Internacional de Oração - Palestrante em Conferências e Seminários Nacionais e Internacionais - Conselheira
Fundadora do CPEO – Conselho de Pastores Evangélicos de Osasco
JACKSON LUVIZOTTO
Engenheiro Eletricista - MBA Intercional em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas FGV e Universidade de Ohio –
EUA
Auditor Certificado pelo IRCA – Londres – Inglaterra
Gerente Divisional de Multinacional alemã instalada em São Paulo – SP - Gerente Geral da Ambiente Natural Ecoturismo em
Alphaville – SP
Professor das disciplinas de Liderança e Métodos de Estudos Bíblicos no ITQ - Coordenador de Jovens e Ação Política da II
Região eclesiástica de Osasco - Pastor auxiliar na IEQ Rochdalle em Osasco – SP - Pastor da Rede de Jovens e
Adolescentes da IEQ Rochdalle em Osasco
ROSIÊ CARNEIRO
Ministra do Evangelho, pastora auxiliar da IEQ sede em Cascavel; pedagoga, pós graduada em Fundamentos e Teorias da
Educação; professora do ITQ desde 1987, Coordenadora Pedagógica do Estado do Paraná de 1994 à 2000; diretora
fundadora do ITQ em Maringá-PR em 1992, vice-diretora do ITQ em Cascavel-PR e Diretora Nacional do ITQ e DETEP de
agosto de 2001 a dezembro de 2003.
REVISÃO
Pastora Mara Cristina Lau- Secretária Geral de Educação e Cultura.
SUPERVISÃO GERAL PASTORA MARA CRISTINA LAU
PROJETO PEDAGÓGICO PASTORA ROSIÊ MAXIMIANO CARNEIRO

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Liderança – Revisão 2004
ÍNDICE

I UNIDADE - LÍDER E LIDERANÇA CRISTÃ _______________________________________________________________ 5


O QUE É SER LÍDER _______________________________________________________________________________ 5
LÍDER E LIDERANÇA CRISTÃ _______________________________________________________________________ 5
O INDIVÍDUO NASCE OU TORNA-SE LÍDER? ___________________________________________________________ 5
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: _____________________________________________________________________ 6
LEITURA COMPLEMENTAR E ATIVIDADES ____________________________________________________________ 7
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 11
II UNIDADE - A LIDERANÇA CONFORME OS MÉTODOS DE JESUS __________________________________________ 12
A BUSCA DO CONHECIMENTO _____________________________________________________________________ 12
TER SEMPRE UM PLANO __________________________________________________________________________ 12
O LÍDER DEVE ESTAR SEMPRE PREPARADO ________________________________________________________ 13
ESCOLHA E CONQUISTE SUA EQUIPE _______________________________________________________________ 13
TRANSFORME OS OBSTÁCULOS EM RAMPAS________________________________________________________ 14
ENSINAR SEMPRE, SEMPRE E SEMPRE _____________________________________________________________ 14
TENHA UM TRATAMENTO PARTICULAR COM SEUS LIDERADOS ________________________________________ 15
ESTABELECENDO AUTORIDADE ___________________________________________________________________ 15
TENHA E CUIDE DE SUA PROGRAMAÇÃO ___________________________________________________________ 15
ELIMINE O ERRO E A CORRUPÇÃO IMEDIATAMENTE __________________________________________________ 15
JAMAIS DOURE A PÍLULA _________________________________________________________________________ 16
ESTABELEÇA SEU DESCANSO _____________________________________________________________________ 16
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 17
III UNIDADE - RELAÇÕES INTERPESSOAIS _____________________________________________________________ 18
COMUNICAÇÃO UM-A-UM _________________________________________________________________________ 18
COMUNICAÇÃO NA EQUIPE________________________________________________________________________ 18
COMUNICAÇÃO NA IGREJA ________________________________________________________________________ 18
LEITURA COMPLEMENTAR ________________________________________________________________________ 21
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 23
IV UNIDADE – PADRÃO DE LIDERANÇA ________________________________________________________________ 24
PADRÕES PARA LÍDERES _________________________________________________________________________ 24
BUSCAR SER EXCELENTE _________________________________________________________________________ 24
BUSCAR SER EFICAZ _____________________________________________________________________________ 24
BUSCAR SER VITORIOSO _________________________________________________________________________ 24
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 29
V UNIDADE - RECURSOS HUMANOS NA IGREJA_________________________________________________________ 30
COMO SELECIONAR PESSOAS PARA CARGOS DE LIDERANÇA _________________________________________ 30
COMO TREINAR ESTAS PESSOAS __________________________________________________________________ 31
ETAPA DE MOLDAGEM ___________________________________________________________________________ 31
COMO LIBERAR ESTAS PESSOAS PARA O MINISTÉRIO ________________________________________________ 32
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 34
VI UNIDADE – AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE _____________________________________________________ 35
A AUTORIDADE E A RESPONSABILIDADE DO LÍDER __________________________________________________ 35
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 42
VII UNIDADE – LIDERANÇA E PLANEJAMENTO __________________________________________________________ 43
PLANEJANDO AS ATIVIDADES DA LIDERANÇA COM ANTECEDÊNCIA ____________________________________ 43
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 47
VIII UNIDADE - LIDERANDO E ADMINISTRANDO DE FORMA PARTICIPATIVA _________________________________ 48

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LIDERANÇA PARTICIPATIVA NA IGREJA _____________________________________________________________ 48
COMO IDENTIFICAR E TRABALHAR DE FORMA PARTICIPATIVA _________________________________________ 48
OS DONS ESPIRITUAIS E A LIDERANÇA PARTICIPATIVA _______________________________________________ 49
BASE BÍBLICA PARA A LIDERANÇA PARTICIPATIVA NA IGREJA ________________________________________ 50
LIDERANÇA PARTICIPATIVA, REQUER CONHECIMENTO DO TRABALHO EM GRUPO _______________________ 51
ATITUDES DESEJÁVEIS NO LÍDER PARTICIPATIVO COM RELAÇÃO À TAREFA-EQUIPE-INDIVÍDUO: __________ 54
EXERCÍCIOS __________________________________________________________________________________ 55
GABARITO ____________________________________________________________________________________ 56
BIBLIOGRAFIA ________________________________________________________________________________ 59

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I UNIDADE - LÍDER E LIDERANÇA CRISTÃ

O QUE É SER LÍDER


Existem muitas definições sobre o que é ser um líder, ou sobre o que é liderança; consultando o dicionário Aurélio XXI, on-line
você vai encontrar, estas definições:*
LÍDER
1. Indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta, em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de idéias.
2. Guia, chefe ou condutor que representa um grupo, uma corrente de opinião, etc.
LIDERANÇA
1. Função de líder.
2. Capacidade de liderar; espírito de chefia.
3. Forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos dirigidos
LIDERADO
1. aquele que está sob a liderança de outrem, que obedece a um líder.

LÍDER E LIDERANÇA CRISTÃ


Sobre este tema podemos bem colocar uma definição em poucas palavras, mas que ao ser refletida e analisada nos dá uma
profundidade de estudo muito grande.
Esta definição é:
LÍDER É AQUELE QUE POSSUI EM SI A CAPACIDADE DE SONHAR E ALMEJAR, TRANSFORMAR ISTO EM META,
CONTAGIAR E MOTIVAR OS OUTROS CONVENCENDO-OS A AJUDÁ-LO A CONQUISTAR ESTE SONHO OU
REALIZAR O ALMEJADO.

Como se pode ver na definição acima, ser líder não está em momento algum relacionado a um cargo que se ocupe ou a
posições sociais e econômicas, mas sim às habilidades que se possui e à capacidade de converter estas habilidades em
ferramentas para a vitória no dia-a-dia.
Na palavra de Deus temos diversos exemplos de líderes que conseguiram sonhar, transformar seu sonho em meta e através
de sua habilidade de líder trazer toda uma geração a vestir este sonho como eles o tivessem sonhado e assim, todos
contribuíram para que estes sonhos fossem realizados.
Jesus Cristo e seu pai, nosso Deus eterno tiveram um sonho há muito tempo atrás e através de sua palavra têm compartilhado
deste sonho conosco, que é o sonho de ver toda humanidade salva e remida pelo sangue do cordeiro, tendo Jesus como seu
único e suficiente salvador. Um líder da igreja de Jesus, somente poderá afirmar ser realmente um líder, quando tiver vestido
este sonho como seu e tiver a capacidade de plantar em outros este sonho, de modo a formar um exército que lute para que o
sonho de salvação de Jesus se torne realidade.
Se alguém não reunir esta capacidade, deve buscar isto incansavelmente, pois do contrário, esta pessoa poderá até ocupar
um posto ou cargo que deveria ser de um líder, mas ela jamais poderá dizer que é um líder da obra de DEUS.

O INDIVÍDUO NASCE OU TORNA-SE LÍDER?


Se observarmos alguns exemplos da Bíblia, vemos que Deus toma homens comuns, simples, com ou sem cultura e faz deles
grandes líderes, por longos anos ou por pequenos períodos. Para cargos de reis, sacerdotes, militares, pregadores, enfim para
cumprir os seus desígnios, Deus conta com um coração disponível e coloca nele as características e o perfil necessário para
realizar a obra que Ele já planejou.
O plano, a obra, o sonho é de Deus. Enfatizamos que Deus não precisa de líderes precisa de pessoas para realizar seus
planos. O que importa não é a vontade de Deus na vida da pessoa, o que importa é a vontade de Deus!
O autor do livro “Seja um Líder de Verdade” John Haggai tece algumas considerações sobre líderes cristãos que atuam não só
na igreja, mas na sociedade em que vivem fazendo “a diferença”, o autor destaca aspectos importantes que fazem do cristão
um líder influente.
O Líder Exerce Influência
Um verdadeiro líder exerce uma influência especial. Essa influência não é forçada sobre os outros. Muitos que se acreditam
líderes, não passam de prepotentes a pressionar outros. As pessoas os seguem por medo. A força do verdadeiro líder,
entretanto, deriva da profunda confiança que seus seguidores depositam nele. Estão convencidos de que, com ele e por meio
dele, podem alcançar objetivos pessoais, humanitários, enobrecedores que glorificarão a Deus, os quais, de outra maneira,
parecem improváveis ou inatingíveis. Os que seguem um verdadeiro líder o fazem por amor e respeito, porque ele revela

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amor, humildade, e autocontrole; Jesus Cristo, naturalmente, constitui nosso maior exemplo a esse respeito. Ele disse aos
seus discípulos: “Se me amais, guardareis os meus ensinamentos” (Jo 14.15) .
O líder cristão exerce influência positiva.
O Líder Percebe as Semelhanças e Afinidades do Grupo
Pessoas que são, de algum modo, homogêneas, constituem um grupo. Possuem alguma característica em comum. Talvez
sejam membros de uma mesma família ou tribo, tendo os mesmos avós ou ancestrais. Talvez sejam membros da mesma
igreja. Talvez sejam ex-alunos de uma escola e, portanto, todos receberam igual formação educacional. Ou, quem sabe, sejam
cidadãos do mesmo país. É essencial que o líder compreenda a similitude do grupo bem como todas as suas implicações.
O Líder Encoraja a Unidade de Propósitos
Mais importante do que ter a mesma origem, educação ou nacionalidade, entretanto, é ter unidade de propósito. As pessoas
se sentem como um grupo quando compartilham um mesmo objetivo. Esse objetivo pode ser o de aumentar o número de
membros de uma igreja, ou impedir que determinada lei seja aprovada. Um exemplo de unidade de propósito para o mal foi a
unificação dos nazistas efetuada por Hitler com o propósito de exterminar os judeus e estabelecer o controle do mundo.
O fator mais importante para formar um grupo coeso é a unidade de propósito. A capacidade do líder no sentido de encorajar
tal unidade é um fator importante para seu sucesso à frente dele.
O Líder tem Visão e Metas
A palavra metas tem dois significados. De um modo geral, ela se refere à visão do líder, a algo que ele quer que o grupo seja
ou faça.
É a visão que distingue uma pessoa e faz dela um líder. Sua missão é empenhar-se no sentido de atuarem em função da
visão. Mas o termo metas aplica-se também a uma série de realizações específicas mensuráveis destinadas a levar a cabo a
missão.
A idéia de permanência tem a ver com o fato de que a visão de um líder deve focalizar mudanças que permaneçam, durem e
resistam - pelo tempo e pela eternidade. Usamos a expressão permanente benefício contrastando com permanente malefício.
Houve muitos que exibiram todas as características ou princípios de um líder, mas que buscaram metas prejudiciais ao grupo
em vez de benéficas.
Os princípios de liderança podem ser usados para o bem ou para o mal. Idi Amin, Hitler e Nero revelaram notáveis
características de liderança, mas sua influência corrompia, destruía e arruinava. Sua liderança resultou em malefício
permanente. Quando os pais impedem que os filhos tenham total acesso ao conhecimento de Deus, estão criando um
malefício permanente.
O Ideal de Líder
Cristo, a liderança que mais honra a Deus e beneficia toda a humanidade, é o critério máximo que os líderes devem buscar ser
semelhante.
Um líder deve ter boa compreensão das necessidades reais dos outros. Ele mantém uma sensibilidade, uma percepção
aguçada, em relação às pessoas que Deus lhe confiou e pelas quais é responsável. Ele está sintonizado com seu ambiente,
avalia meticulosamente a situação e se prepara antes de entrar em ação. Mas sua sensibilidade em relação aos outros é
sempre focalizada pela perspectiva da visão que Deus lhe deu. Ele procura conduzir o grupo para as metas que atenderão às
necessidades dessas pessoas - quer o grupo tenha ou não consciência delas. Para se exercer esse tipo de liderança é preciso
previsão, sabedoria, determinação e conhecimento da vontade de Deus. A História está cheia de exemplos de grupos que
quiseram algo que não atendia à sua real necessidade. Samuel, por exemplo, obteve permissão de Deus para deixar os filhos
de Israel escolherem um rei de modo que pudessem ser como seus vizinhos pagãos - ainda que isso não estivesse atendendo
às suas reais necessidades. Por outro lado, Abraão Lincoln conduziu os Estados Unidos a metas que atenderam às reais
necessidades do povo - união com liberdade para todos os cidadãos - embora muitas pessoas não entendessem o
permanente benefício que resultaria disso.
O autor John Haggai conclui o que vem a ser liderança:
“A liderança. então, é o esforço de exercer conscientemente uma especial influência dentro de um grupo, a fim de levá-lo a
atingir metas de permanência benéfica que atendam às suas reais necessidades”.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:


Liderança é um esforço? Por que? Justifique a sua resposta com exemplos conhecidos.
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Liderar é um esforço consciente de influenciar pessoas. Você concorda com esta idéia? Em que você baseia sua opinião?
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Você acha que a mídia influencia pessoas? Explique como e porque de sua resposta.
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LEITURA COMPLEMENTAR E ATIVIDADES


TEXTO – MODELOS BÍBLICOS DE LIDERANÇA
ATIVIDADES:
1-Leia o texto abaixo; enquanto seus colegas de equipe também fazem a leitura.
2-Reúna com sua equipe em sala de aula e trace um perfil bíblico de liderança cristã para os dias de hoje.
3-Anote o que cada texto fala sobre os traços do caráter dos personagens bíblicos;
4-E acrescente aqueles traços de caráter que você encontrar em outros textos bíblicos.
5-Após organizar a lista de traços de personalidade desejáveis no líder cristão, apresente para a classe; com exemplos de
atitudes e práticas na vida diária.
O LÍDER CRISTÃO E A CRUZ
Juan Molina Hueso
Habitualmente, as lideranças, são formadas por pessoas capacitadas para motivar, preparar e orientar determinados grupos
na conquista de objetivos. Certamente que em se tratando de liderança espiritual cristã, a situação reveste-se de especial
peso e responsabilidade. A Bíblia revela diversos requisitos que deveriam constituir os líderes da casa de Deus. Abordaremos
alguns que julgamos serem os mais essenciais, usando como parâmetro personagens bíblicos que marcaram a história. O
referencial supremo é a Pessoa de Jesus. Os requisitos presentes nestas figuras marcantes são na verdade preciosos
elementos ligados à cruz de Cristo, vidas que percorreram e assimilaram o espírito da cruz.
1. A liderança amorosa de José
José governou sobre o Egito investido de uma autoridade ímpar. Ele era o primeiro, abaixo de Faraó, chefe supremo. Em Gn
41:40-44 registra-se seu status nas palavras de Faraó: “Administrarás a minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu
povo; somente no trono eu serei maior do que tu. Disse mais Faraó a José: Vês que te faço autoridade sobre toda a terra do
Egito. Então tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao
pescoço um colar de ouro. E fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: inclinai-vos. Desse modo o constituiu
sobre toda a terra do Egito. Disse ainda Faraó a José: Eu sou Faraó, contudo sem a tua ordem ninguém levantará mão ou pé
em toda a terra do Egito”.
Chegada a época de grande escassez de alimentos sobre a terra, o povo egípcio clamava a Faraó por pão. E Faraó somente
dizia: “Ide a José”. Podemos aquilatar a dimensão do poder outorgado a José? Sabemos o quanto é difícil para a natureza
humana caída administrar a posição de grandeza. E mais do que isso, manter uma postura de brandura e misericórdia em
pleno exercício do poder. Assim foi José!
A liderança, em amor, exercida por José, encontra seu clímax ao tratar com seus irmãos, que de maneira extremamente vil o
venderam aos ismaelitas. O momento de dar “o troco”, até por direito, enfim chegara. Ele, soberano, no controle absoluto da
situação, diante de seus irmãos que sem piedade o traíram, procede de forma incomum. Vemos um homem cheio do amor
divino, reconhecedor da soberania de Deus, demonstrando seu amor, acompanhado de forte emoção afetuosa : “Eu sou José;
vive ainda meu pai? E seus irmãos não puderam responder, porque ficaram atemorizados perante ele. Disse José a seus
irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então disse: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendeste para o Egito.
Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haver vendido para aqui; porque, para
conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós...E, lançando-se ao pescoço de Benjamim, seu irmão, chorou; e,

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abraçado com ele, chorou também Benjamim. José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles; depois, seus irmãos
falaram com ele” (Gn 45:3-5; 14,15 ) .
A docilidade deste líder expõe francamente lideranças insensíveis e indiferentes, embriagadas pelo poder. O apóstolo Pedro
exorta os presbíteros: “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como
Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes,
tornando-vos modelos do rebanho” (1Pe 5:2,3) . Líderes dominadores são totalmente isentos de amor. Em geral, a aspereza
utilizada, decorre de figuras fracas que se sentem ameaçadas, procurando impor-se pela força. Estas pessoas costumam
apresentar indisposição em ouvir os outros, não são ensináveis, e agem sozinhas, como se fossem detentoras da verdade.
Que a figura de José seja inspiração para conduzir ao arrependimento tais homens enfermos pelo poder.
2. Deus capacitou Moisés em sua incapacidade
Moisés constitui-se em um personagem modelo quanto a postura inicial de alguém vocacionado para liderar. Quando Deus
fala com ele do meio da sarça ardente, dando-lhe autoridade para tirar os filhos de Israel do Egito, vemos sua surpreendente
reação: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel”? (Ex 3:12) . Não é admirável a postura ética deste
grande líder de Deus? Ele se considerava completamente incapaz para a tarefa. Ora, analisando seu perfil humano, não havia
sobre a face da terra ninguém tão capaz para atender ao chamado de Deus. Homem versado, criado na melhor educação da
época, com acesso pleno aos corredores da alta corte egípcia, de caráter forte e decidido (At 7:20-29 ) . Mas diante de
Deus ele exclamou: “Quem sou eu”?
Volumoso obstáculo para servir a Deus como líder é a auto-confiança. Ela subestima os outros, “incha” o indivíduo, e afasta-o
da dependência de Deus, e conseqüentemente do próprio Deus. O livro de Provérbios diz: “O que confia no seu próprio
coração é insensato” (Pv 28:26a) . O líder auto-suficiente é tentado a fazer coisas de forma impulsiva, precipitada e ansiosa. O
procedimento é resultado de sua prepotência e auto-capacitação, e quase invariavelmente é dotado de justiça própria. Deus
usou um homem no Novo Testamento semelhante a Moisés. A diferença com este, é que antes de sua conversão, era um
homem arrogante, um “super-homem”, que se destacava dos demais pelas suas potencialidades humanas. Creio que você já
sabe a quem me refiro. Paulo bem conhecia este terreno, e após seu encontro com Jesus, um dos aspectos mais fortes de seu
arrependimento, foi o reconhecimento deste pecado arraigado em seu coração, o qual ele considerou como lixo. Em Fp 3:4 ele
disse: “Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais”. Um
vaso que confia em si mesmo não está apto para governar. Deus não pode usar alguém assim, pois manifesta uma disposição
carnal. Justamente por haver tratado seriamente este aspecto em sua vida, Paulo foi um instrumento muito abençoado nas
mãos de Deus.
3. A liderança pacífica de Davi
Gene Edwards a respeito de Davi comentou1: “Ao contrário de qualquer outro na história do arremesso de lanças, Davi não
sabia o que fazer quando uma era atirada contra ele. Não arremessava as lanças de Saul de volta contra o rei. Nem fabricava
ele mesmo lanças para as atirar de volta. Havia algo diferente em Davi. Só fazia desviar-se”.
O autor se refere à passagem de 1Sm 18:5-16 cuja narrativa expõe o ciúme de Saul por Davi, ovacionado pelas mulheres ao
regressar vitorioso de suas batalhas. O contraste entre estes dois líderes quanto ao caráter é diametralmente oposto. Saul,
vaidoso, prepotente, iracundo, arrogante, ambicioso e insubmisso. Por outro lado, Davi, é um homem sem pretensões, amável,
pacífico, temente a Deus e submisso.
Os relatos bíblicos sobre estes dois homens comunicam importantes lições para aqueles que desejam crescer em liderança
espiritual. Um traço fundamental que deve fazer parte do obreiro cristão consiste em sua capacidade de suportar afrontas sem
revidar; alguém que não se importa consigo mesmo no sentido de advogar em causa própria. Sua visão a respeito de um Deus
soberano deve transpor todas as provocações ou ameaças. Davi enxergava acima das circunstâncias. Ele conhecia a Deus de
fato. Ele aprendera os caminhos que regem os princípios da autoridade espiritual. Sabia reconhecer autoridade, e jamais se
rebelou contra Saul pois o via como tal. Davi já havia sido ungido por Samuel para ser rei em Israel, segundo a vontade de
Deus, mas nunca, apesar de ter tido oportunidades, usou de força natural para depor a Saul. Ele esperou a ação soberana de
Deus sobre sua vida.
Outro evento histórico, que revelou como Davi sabia suportar provocações, acha-se no incidente com um homem chamado
Simei. Este homem atirava pedras e amaldiçoava a Davi enquanto caminhava, dizendo: “O Senhor te deu agora a paga de
todo o sangue da casa de Saul” (2Sm 16:8) . Nada disso era verdade! Porém Davi evitou que seus homens de guerra
matassem a Simei dizendo: “Deixai-o, que amaldiçoe, pois o Senhor lhe ordenou” (2Sm 16:11) . Watchman Nee neste
incidente comentou2: “ O homem de autoridade que Deus estabelece é capaz de suportar provocação. Se a autoridade que
você possui é incapaz de ofender-se você está qualificado para ficar em autoridade”.

1 Perfil de tres reis, Gene Edwards, p.29, edit. Vida


2 Autoridade espiritual, Watchman Nee, p.211, edit. Vida

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As cartas pastorais de Paulo, 1 e 2 Timóteo e Tito, com várias exortações para lideranças, advertem para que tais homens
sejam inimigos de contendas (1Tm 3:3) ; alerta para o espírito dos falsos mestres que têm mania por questões e contendas de
palavras, provocações (1Tm 6:4) . O homem de Deus deve fugir e evitar este tipo de confronto (Tt 3:9,10) .
4. Jesus, o líder que serviu em humildade
O modelo supremo e perfeito do exercício de liderança é notoriamente visto na Pessoa de Jesus. Não é tarefa nada fácil tecer
comentários a respeito de Sua postura frente aos liderados. Ele é incomparável! Ele desnuda por completo a nossa vulnerável
forma de liderar.
Todas as virtudes enumeradas nos homens de Deus acima descritas, são magnificadas e encontradas de forma plena no
Servo sofredor. Elas acabam desaguando na fonte de todas as virtudes: a humildade de Cristo!
Penso ter sido o teste mais cruel que acometeu ao Filho de Deus, o de não reivindicar a prerrogativa de ser Deus, ainda que
sempre fosse. O deserto é Sua morada antes de desempenhar o Seu ministério, sendo ali tentado pelo diabo em proporções
gigantescas, não aquilatadas pela mente humana.
Jesus foi tentado a demonstrar o poder de Sua divindade, provocado de forma variada, sem trégua. Entretanto, Ele estava
determinado a se esvaziar da Sua glória, reduzindo-se a nada, unicamente voltado para a glória do Pai. Henri J.M. Nouwen
chama a atenção para a grande tentação que acomete os líderes cristãos: o desejo de ser espetacular e causar impacto. Ser
relevante, notado, referido, popular, destacado, bombástico, compõe um pacote com o seguinte nome: The best (o melhor) .
Ao examinar a vida de Jesus, neste particular, estremeço. Observe algumas de Suas palavras: “No meio de vós, Eu sou como
quem serve” (Lc 22:27) ; “O Filho nada pode fazer de Si mesmo” ( Jo 5:19) ; “Eu não aceito glória que vem dos homens”( Jo
5:41) ; “Eu desci do céu não para fazer a Minha própria vontade” ( Jo 6:38 ) ; “O Meu ensino não é Meu” (Jo 7:16) ; “Não vim
de Mim mesmo” (v.28) ;“Nada faço por Mim mesmo”(Jo 8:28 ) ; “Eu não procuro a Minha própria glória” (v.50) . Acredito, que
de forma geral, há necessidade urgente de arrependimento por parte daqueles que estão em posição de autoridade no Reino
de Deus. Arrepender, de fato, é estar disposto a ser como nada. Henri J.M. Nouwen ressaltou3: “Estou profundamente
convencido de que o líder cristão do futuro é chamado para ser completamente irrelevante e a estar neste mundo sem nada a
oferecer a não ser a sua própria pessoa vulnerável”.
Jesus jamais perseguiu a fama, pelo contrário, vivia fugindo dela. Dar testemunho de si mesmo é um pecado grosseiro, pois
revela a necessidade carnal de ser o centro das atenções. Disse Jesus: “Quem fala por si mesmo está procurando a sua
própria glória” (Jo 7:18a) . Russell P. Shedd em seu livro “O líder que Deus usa”, teceu o seguinte comentário4: “O que
determina a grandeza de um líder não é quanto poder ele tem, mas o quão eficiente ele é em usufruí-lo. Um líder, que é servo,
não busca poder para auto-enriquecimento, mas para a glória do seu Mestre. Um servo que serve bem não se preocupa com
sua fama ou bem-estar, conquanto, possa realizar os desejos de seu Senhor”.
A qualidade de um líder na casa de Deus é medida pela sua disposição em servir, sem esperar recompensa, assumindo para
a glória de Deus a posição de servo. John MacArthur Jr. destacou a disponibilidade absoluta para servir de um conhecido
servo do Senhor, D.M. Lloyd-Jones. Ele foi um excelente pregador, tendo deixado numerosas e ricas mensagens. No entanto,
ele era alguém que se importava com os membros da igreja, sendo um incansável ajudador. Foi de Spurgeon a seguinte
máxima: “Os ministros são para a igreja, e não a igreja para os ministros”. E outro consagrado irmão, Andrew Murray salientou:
“Não há nada tão divino e celestial como ser um servo e ajudador de todos”.
Retornando Àquele que de forma inigualável assumiu a forma de servo, Jesus, sendo a genuína humildade encarnada,
deparamo-nos com a nobreza de Seu serviço. A mensagem da cruz nos traz essencialmente uma lição de humildade plena.
Somente aqueles que se identificam com o espírito da cruz estão aptos para servirem a Deus. As Escrituras atingem o
ápice deste assunto em Fp 2:3-8: “Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando os outros
superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou
como usurpação ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança
de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”.
Particularmente, tenho sido fulminado ao ver a beleza de nosso Senhor, Sua vida sofrida, Seu serviço sacrificial voluntário, o
abandono de Si mesmo em função do próximo, e profundamente envergonhado com a disposição de meu coração, ainda tão
misturado, necessitado de purificação no plano das motivações. Minha esperança reside no fato de que a humildade não é
uma questão de simples contrição, mas de participar da vida de Jesus. Estou plenamente convencido de que minha real
necessidade para desenvolver meu ministério, é Cristo. Meu desejo é manter gravada em minha memória permanentemente a
imagem do Amado Servo sofredor, para governar minha vida, a fim de servi-Lo de forma a agradá-Lo. Enxergar que não há
meio termo, que humilhar-se deve chegar ao estágio de morte, do ego mortificado, é o caminho para que a humildade de
Cristo seja em nós aperfeiçoada.

3 O perfil do líder cristão no século XXI, Henri J.M. Nouwen, p.19, Worship produções
4 O líder que Deus usa, Russell P. Shedd, p.51, edições Vida Nova

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Liderança – Revisão 2004
A cruz deve ser o motivo da meditação diária principalmente daqueles que possuem lugar de destaque no serviço a Deus, a
fim de que temam e compreendam que nada mais são do que servos. Calvino, ao afirmar que a cruz nos torna humildes,
alertou5: “Somos inclinados por natureza a depositar total confiança em nossas próprias capacidades, a menos que
aprendamos lições de nossa própria estupidez, formaríamos uma noção exagerada de nossa força, dando por certo que,
passemos o que passarmos, seguiremos permanecendo invencíveis. Não há nenhuma maneira melhor de reprimir esta
vaidade do que provando o quanto somos estúpidos e o quanto é frágil e vulnerável nossa natureza humana. Neste caso, é
necessário passar pela experiência da aflição. Portanto, ele nos aflige com humilhação, pobreza, perda de entes
queridos,enfermidades ou outras provações”. Poderíamos ser tentados a pensar que Calvino aqui exagerou nas reprimendas.
Mas, para o coração obstinado e arrogante, o remédio divino tem que ser mais amargo. A Palavra de Deus indica em muitas
referências o tratamento dado a este caso: “Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada; só o
Senhor será exaltado naquele dia. Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo, e contra todo o que se
exalta, para que seja abatido” (Is 2:11,12) .
Aqueles porém, que reconhecem a soberba do coração, e voluntariamente aplicam em suas vidas a realidade da cruz,
aprendendo a considerar os outros superiores a si mesmo (Fp 2:3) , não julgando serem sábios aos seus próprios olhos (Rm
12:16) , fugindo da glória humana (Jo 12:43) , assumindo a condição de servos (Jo 13:14-16) , experimentam gozo do céu e
certamente estão aptos para servirem a Deus.
Aprecio a forma como Andrew Murray, homem piedoso e versado nas Escrituras, referiu-se à verdadeira humildade6: “Ela vem
quando, à luz de Deus, vemos a nós mesmos como nada sendo, consentindo em desistir e nos desfazer de nós mesmos, para
permitir que Deus seja tudo. A alma que fez isso e pode dizer: Eu me perdi encontrando a Ti, não mais se compara com
outros. Ela desistiu para sempre de todo pensamento do ego na presença de Deus; ela encontra os homens comuns como
alguém que não é nada e não busca nada para si mesmo; ela é um servo de Deus e, por causa Dele, um servo de todos... O
espírito Daquele que lavou os pés dos discípulos faz com que nos seja, de fato, uma alegria sermos os menores, sermos
servos uns dos outros”.
Que o sentimento que houve em Cristo Jesus, de servir sempre, sem o alvo de ser servido, seja o pulsar contínuo de cada um
daqueles que desejam agradar a Deus. Amém!

Texto retirado da internet


http://www.pensador.cristao.nom.br/juan10.htm

5 A verdadeira vida cristã, João Calvino, p.46, Novo século


6 Humildade, Andrew Murray, p.56,57; CCC edições

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Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS

Líder e Liderança Cristã

1) Marque a alternativa incorreta:


Segundo o Dicionário Aurélio XXI
Líder – indivíduo que ouve a voz de comando do grupo e o guia.
Liderança – função do líder, capacidade de liderar, espírito de chefia.
Liderado – que está sob a liderança de outrem, e pode guiar um grupo.
Líder – indivíduo que guia, chefe ou condutor que representa um grupo.

2) Complete as lacunas conforme o texto da apostila:


___________ é aquele que possui em si a capacidade de sonhar e almejar ______________ isto em ____________, contagiar
e ___________ os outros, _______________ e ajudando-os a conquistar este sonho ou ______________ o almejado.

3) Responda objetivamente com Certo ou Errado.


Pela leitura da Bíblia podemos afirmar que:
_____________ Líderes já “nascem prontos”.
_____________ Deus toma homens simples e os “torna líderes”.
_____________ Alguns homens nunca serão líderes por isto Deus não os capacita.

4) Marque as afirmativas abaixo, com V para verdadeiro e F para falso:


(a) ( ) O líder verdadeiro não deve influenciar as pessoas.
(b) ( ) A força de um verdadeiro líder deriva da confiança que seus
seguidores depositam nele.
(c) ( ) Os que seguem o verdadeiro líder o fazem por amor e respeito.
(d) ( ) Pessoas que nada tem em comum compõem um grupo homogêneo.

5) Complete as lacunas:
Os verdadeiros _____________ sentem um ______________ interno para assumirem suas _____________, eles percebem
um senso de ______________________.

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Liderança – Revisão 2004
II UNIDADE - A LIDERANÇA CONFORME OS MÉTODOS DE JESUS

Neste capítulo iremos analisar as ações de nosso mestre


Neste capítulo iremos analisar as ações de nosso mestre em busca de um modelo de liderança inigualável que foi o de Jesus,
e como aplicar estas lições em nosso dia-a-dia para aprimorarmos cada vez mais nossa posição de Líder e a prática de nossa
liderança.

A BUSCA DO CONHECIMENTO
O líder, como sendo aquele que conduzirá seus liderados, deve ter o mais profundo conhecimento daquilo pelo qual ele atua e
leva seus liderados a atuar, se não for desta maneira ele será um líder evasivo e sem determinação, pois não poderá conduzir
soldados a guerra sem saber bem quais são as conquistas a serem buscadas nem tão pouco sem saber ao certo quem são os
inimigos.
Em função desta realidade exposta no parágrafo acima o líder deve buscar de forma constante o conhecimento, pois se
formos analisar o preparo de Jesus para o exercício de sua liderança aqui na terra, veremos o relato na palavra de Deus que
Jesus “....crescia em estatura e conhecimento...” se não fosse desta maneira Ele jamais teria atraído para si multidões que ao
ouví-lo falar com tamanha propriedade dos assuntos que abordava em seus sermões não titubeavam em crer que Ele
realmente era um líder em que eles podiam confiar e que aquilo que Ele passava realmente deveria ser seguido.
O líder da obra do Senhor não deve ser jamais atraído pelo engano de que ao sentir a certeza do seu chamado para liderar,
este deve sair a realizar a obra sem antes buscar o conhecimento. Ninguém pode ter maior certeza do que a que Jesus tinha
sobre o seu propósito diante de Deus Pai, mas Ele o nosso mestre buscou primeiramente o conhecimento para depois exercer
sua liderança.
A busca de conhecimento pode ser concretizada de diversas maneira. A seguir citaremos algumas que são essenciais para
quem almeja ser um líder da obra de Deus:
O líder necessita conhecer muito bem a BÍBLIA;
Conhecer a história de sua igreja, sua doutrina, seus símbolos, sua organização, o que ela prega, o que ela defende, seus
estatutos e tudo mais que a identifique perante os demais;
O líder precisa ser e estar sempre “Antenado” aos acontecimentos do mundo;
O líder precisa cultivar o hábito da leitura;
O líder precisa passar conhecimento;
Ser um equipador, treinador, capacitador é a oitava macro-competência do perfil de um Líder Pastoral Capacitado e em
Amadurecimento descrito por TOPIC Brasil – Aliança Internacional de Capacitadores de Pastores.
O conhecimento está para um líder como a água está para o peixe, pois um líder sem conhecimento envergonha a Jesus, sua
obra e o seu evangelho uma vez que não poderá demonstrar ao mundo o poderio da palavra do nosso Deus, pois não a
conhece muito bem; não poderá expor os relatos da vida de Jesus por não os conhecer; não poderá defender sua igreja e o
que ela prega por não conhecê-la, ou seja, um líder sem conhecimento dificilmente trará contribuições para o reino de Deus e
para sua obra, mas muito provavelmente poderá tumultuar e atrapalhar a obra de Deus, pois além de não poder realizar de
forma exemplar o que lhe foi confiado, estará ocupando o lugar de outro que melhor preparado faria o que o nosso mestre
espera. Provérbios 4:7.
TER SEMPRE UM PLANO
“UM PLANO FAZ COM QUE VOCÊ ASSUMA O CONTROLE SOBRE SUAS ENERGIAS E ATIVIDADES, OU SEJA,
DEFINE ONDE INVESTIR E NÃO INVESTIR”.

Quando observamos Jesus realizando sua obra e aplicando sua liderança podemos ver que, em tudo e para tudo Ele possuía
um plano definido e com o tempo certo a ser realizado; em cada milagre, em cada pregação, em cada parábola, e cada ação
e palavra Ele estava cumprindo um plano preparado com cuidado e carinho por Ele e por Deus Pai antes de sua vinda a terra,
plano este que não é outro a não ser o plano da salvação da humanidade.
Por muitas vezes somos induzidos a entrar em uma maré de realizações, onde aplicamos esforços gigantescos, investimos
nossa energia, sacrificamos nossos dias e muitas vezes afetamos nossas famílias e ao fim não alcançamos o resultado que
esperávamos e quando nos damos conta disso somos tomados de tristeza, frustração e sentimos até que não somos
chamados para fazer o que estamos nos propondo.
Mas na verdade isto aconteceu por que nos faltou um plano, plano este que deve ser devidamente detalhado para que nossos
esforços e energias, que são tão importantes para a obra de Deus na terra não sejam gastos e empreendidos de forma
errônea e somente nos desgastem sem jamais alcançarmos o resultado esperado.

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Liderança – Revisão 2004
O líder necessita ter sempre um plano, desde a menor até a maior e mais importante tarefa a ser realizada, este plano
permitirá que ele direcione suas energias e esforços de maneira correta nas tarefas que realmente necessitam de uma atenção
maior para que o resultado final seja o esperado.
Quantos de nós já não nos defrontamos com situações onde a pessoa que conduzia tal situação, se tivesse um plano teria
cumprido o prazo acordado, teria feito a coisa de forma correta ou até mesmo teria sido vitorioso como esperado; contudo por
não ter um planejamento foi mal sucedida?
O plano precisa conter no mínimo os seguintes pontos expostos abaixo:
Objetivo ou meta da tarefa ou ação;
Data de início e prazo de conclusão
Detalhamento de cada etapa a ser realizada
Responsável por cada etapa quando esta tiver sido delegada a outro;
Investimentos necessários (esforço, energia e finanças) ;
Avaliação final sobre o cumprimento do objetivo ou meta;
Quando o líder se organiza desta maneira ele consegue direcionar seus esforços, delegar aquilo que precisa ser delegado,
cumprir os prazos acordados e atingir os objetivos e metas esperadas.
Lembremos da definição - o líder deve converter os sonhos em metas e ou objetivos, sonhos não possuem planos, pois são
só sonhos, mas quando transformamos os sonhos em objetivos e metas a serem perseguidos e alcançados se não tivermos
um plano, muito provavelmente fracassaremos e nos frustraremos.
Muitas lideranças foram paralisadas por frustrações e fracassos que poderiam ser evitados se antes de agir, um plano tivesse
sido definido e elaborado.
Ponto de reflexão: Quantos sonhos se perderam em nossas vidas e nunca chegamos a realizá-los única e exclusivamente por
que nos faltou um plano?

O LÍDER DEVE ESTAR SEMPRE PREPARADO


A questão é: estamos como líderes preparados para toda e qualquer situação que o exercício da liderança possa vir a nos
proporcionar?
O líder só pode se considerar realmente um líder se ele puder exercer influência em toda e qualquer situação a que seus
liderados sejam expostos; para isso ele precisa possuir preparo, pois estas situações podem ser de ordem física, material e
principalmente espiritual, desta maneira o líder deve possuir preparo em todas elas, pois não há como prever quando elas
surgirão e nem tão pouco em que ordem acontecerão.
A liderança exige uma dedicação toda especial por parte de quem a deseja já que sua responsabilidade deixa de ser
unicamente por si só, mas passa a ser por si e por seus liderados.
Se em uma guerra o general demonstrar medo e falta de preparo, este exército estará fadado à morte e à derrota, pois jamais
este líder estimulará em seus liderados a confiança de que é possível alcançar a vitória. Porém se este general no momento
em que o inimigo apontar suas armas tiver tudo preparado para o combate, este colocará seus liderados em uma posição de
confiança tal que muito dificilmente serão derrotados.
“PREPARO INADEQUADO PRODUZ RESULTADO INADEQUADO”

Jesus jamais tinha vivido em um corpo de carne e em forma humana antes, porém em momento nenhum vemos Jesus se
surpreendendo ou tendo uma atitude de quem não esperava que algo viesse a acontecer, isto só foi possível ao nosso mestre
porque Ele sempre estava preparado para tudo, até para enfrentar o momento de sua morte; Ele foi buscar preparo junto ao
Pai.

ESCOLHA E CONQUISTE SUA EQUIPE


Um líder jamais atua de forma isolada e solitária, a prova disto nos foi dada por nosso mestre o Senhor Jesus Cristo que para
realizar seus intentos, alcançar suas metas e objetivos, escolheu e conquistou sua equipe.
Esta postura de Jesus fica tão nítida para nós que por sua capacidade de escolher e conquistar sua equipe. Ele escolheu doze
para a sua equipe, mas ao lermos a palavra de Deus observamos que quase nunca estavam somente os que pertenciam aos
doze junto de Jesus o ajudando, sempre havia alguém mais, disposto a contribuir para que Jesus cumprisse o seu propósito e
objetivo, que era o plano da salvação.
O líder deve desenvolver esta capacidade de escolher, e ao escolher atrair seus liderados para junto de si, conquistando estes
de maneira tal que eles passem a sonhar os sonhos do líder, desejar as vitórias do líder e quererem cumprir a qualquer custo o

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Liderança – Revisão 2004
plano a eles passado pelo líder. Se desenvolvermos esta capacidade a obra de Deus ganhará muito tempo, pois poderemos
aplicar nossos esforços de forma conjunta e os resultados virão de forma muito mais rápida.
Uma equipe coesa significa resultados concretos e duradouros, que são conseqüência de ações estruturadas e embasadas,
pois o líder pode exercer um controle de cada etapa de sua realização já que não há dissidências entre os que compõem a
equipe.

TRANSFORME OS OBSTÁCULOS EM RAMPAS


O líder quando olha para Jesus como exemplo de sua liderança deve ter em si a capacidade de converter os obstáculos que
surgem à sua frente em rampas que lhe permitirão saltos ainda mais altos. Este exemplo é dado muito claramente por Jesus
no episódio da conversão de Saulo.
Saulo era naquele momento o maior obstáculo que o crescimento da igreja e do evangelho de Jesus enfrentava na terra,
porém Jesus enxergou neste obstáculo uma oportunidade de crescimento que nenhum outro havia imaginado, Jesus olhou
para Saulo e viu que se Ele fizesse com que Saulo passasse a trabalhar pró evangelho Ele alcançaria através de Saulo
lugares que sozinho seria necessário uma permanência muito maior na terra para que Ele o fizesse.
Ao enxergar isso Jesus não teve dúvida de que o obstáculo deveria ser confrontado e que este teria que ser convertido em
uma rampa que possibilitaria um salto ainda maior para o crescimento da igreja e do evangelho e, como conhecemos a história
sabemos que quando Saulo foi confrontado por Jesus e a partir de então tornou-se um aliado do evangelho, a palavra de
Deus chegou a lugares que jamais tinha chegado antes, pois Saulo era um obstáculo muito grande diante do evangelho, mas
quando transformado em rampa, sua proporção foi maior ainda no salto permitido.
Como líderes não devemos jamais olhar o tamanho do obstáculo que está a nossa frente como empecilho, mas devemos sim
visualizar através da fé na ação do nosso Senhor Jesus Cristo, as distâncias antes jamais percorridas e que ao transpormos
este obstáculo nos será possível percorrer.
Façamos então de cada obstáculo uma rampa para saltos ainda maiores e o reino e a obra de Deus ganhar muito quando
agirmos assim.

ENSINAR SEMPRE, SEMPRE E SEMPRE


Jesus a todo o momento estava ensinando, podemos ver isto desde sua adolescência quando aos doze anos estava expondo
diante dos doutores seu conhecimento sobre Deus e seus propósitos. Esta é uma lição maravilhosa que todo líder deve
absorver e praticar no seu dia-a-dia.
Os discípulos de Jesus foram tão ensinados e instruídos por Ele que passaram a falar como Ele, andar como Ele e a se
parecerem com Ele, isto nos fica muito claro quando Pedro é questionado sobre se ele era um dos que andavam com Jesus,
pois possuía todas as características de Jesus.
Atos 4:1-13 é outro impressionante relato do resultado de andar com Jesus.
Este é um dos pontos em que o exercício da liderança requer mais responsabilidade do líder que a exerce, pois se o líder não
possuir conhecimento aprofundado não poderá formar liderados com conhecimento, pois não terá muito a ensinar. Também
outro ponto é sobre as características pessoais do líder, pois se o líder não for firme em seus propósitos com relação a Deus e
sua palavra, este formará liderados também sem propósito com relação a Deus e sua palavra.
Ensinar é essencial para o exercício da liderança, mas nos remete a um dos primeiros preceitos visto neste material que é o de
buscar o conhecimento, ou do contrário, estaremos discipulando nossos liderados de forma contrária à palavra e aos
propósitos de Deus.
Todo líder deve ter a habilidade de ensinar e através do ensino estimular seus liderados a serem multiplicadores da palavra de
Deus e de seus ensinamentos nela contidos, quando o líder exerce este papel seus liderados estarão prontos para liderar
quando necessário.
Ensinar através do exemplo de vida é um dos maiores desafios do líder. O perfil do Líder Pastoral Capacitado e em
Amadurecimento - LPCA descreve oito grandes áreas, denominadas macro competências, que necessitam ser desenvolvidas
afim de influenciar os liderados. São elas:
O LPCA e seu relacionamento com Deus
O LPCA e seu relacionamento consigo próprio
O LPCA e seu relacionamento com sua família
O LPCA e seu relacionamento com sua liderança
O LPCA e seu relacionamento com a igreja
O LPCA e seu relacionamento com o mundo
O LPCA como comunicador da Palavra
O LPCA como equipador, treinador e capacitador

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Liderança – Revisão 2004
TENHA UM TRATAMENTO PARTICULAR COM SEUS LIDERADOS
Cada liderado é um indivíduo e deve ser tratado como tal, o líder não pode cometer o erro de tratar seus liderados como uma
massa total, mas deve sempre lembrar que cada um é diferente do outro e em função disto deve ter um tratamento particular.
O líder deve ter em si a capacidade de corrigir os seus liderados sempre que necessário, mas deve fazê-lo de maneira
particular e que não exponha negativamente o liderado e sua imagem diante da equipe.
Ao se dirigir de maneira particular para o liderado, mesmo que seja para corrigí-lo, o líder faz com que o liderado se sinta que
há uma preocupação especial para com ele e que há interesse por seus resultados dentro da equipe. Cultivar relacionamento
com a equipe de liderança é a 4ª macro-competência dentro do perfil do LPCA.
Os liderados são pessoas e por isso possuem sentimentos que sempre devem ser levados em consideração pelo líder quando
se dirigir a eles.
Jesus sempre testava individualmente com seus discípulos o entendimento de seus ensinamentos e com isso Ele os
aproximava mais e os ganhava dia após dia para o seu propósito.

ESTABELECENDO AUTORIDADE
Jesus assumiu suas responsabilidade e com isso Ele estabeleceu sua autoridade, em diversos momentos dos evangelhos é
possível observar que por mais liberdade que Jesus desse a seus discípulos para que tomassem decisões sozinhos, ou
decisões compartilhadas, sendo Ele o líder e tendo Ele estabelecido sua autoridade, sempre os discípulos recorriam a Ele
antes de agirem.
Jesus não encontrou dificuldade em fazer isto, pois Ele estava adaptado a interagir com Deus Pai, mas sempre mantendo a
autoridade do Pai sobre Ele em evidência. Quando Ele responde dizendo que não era Ele que era bom, mas sim o Pai que O
enviou, Ele estava atribuindo que o resultado de seu trabalho era fruto de uma autoridade que estava sobre Ele. Quando o
líder quer estabelecer sua autoridade, ele precisa primeiramente identificar qual é a sua autoridade, e isso só é possível
através de consultar junto a seu líder maior quais são os seus limites e os limites de sua autoridade.
Notemos que todo e qualquer líder sempre terá um líder acima dele, e isso define os limites da autoridade antes que ela seja
exercida, se porventura um líder chegar a ocupar um posto que supostamente não há um líder sobre ele, humanamente
falando, Deus sempre será líder sobre todos nós, ele se defrontará com a maior das lideranças sobre ele, que é a
responsabilidade sobre seus liderados. Não há liderança nem tão pouco autoridade, se antes não houver responsabilidade.
Toda tomada de decisão conjunta só é válida se houver uma autoridade no topo do conjunto e se todos que compõem este
conjunto tiverem a nítida noção de suas responsabilidades.

TENHA E CUIDE DE SUA PROGRAMAÇÃO


Jesus tinha uma programação de tudo que iria fazer, isto é um complemento do plano que ele tinha, mas em momento algum
deixava de agir ou realizar um milagre, pois tudo estava dentro de sua programação.
Em momento algum podemos encontrar Jesus dizendo, estou sobrecarregado e o meu resultado está sendo comprometido
por isso, mas pelo contrário, vemos nos relatos dos evangelhos uma precisão milimétrica nas ações de Jesus ao ponto de Ele
prever até quem estaria onde e quando para que então Ele agisse.
Vejamos com exemplo sua entrada em Jerusalém, imaginemos se Jesus chegasse em um dia em que ninguém estivesse na
cidade, qual seria o impacto que esta entrada causaria? Porém, quando seguimos o exemplo de nosso mestre e programamos
nossas ações e seguimos esta programação o impacto no reino espiritual, material, sobre nossos liderados e sobre os
resultados esperados são os mais positivos possíveis. Imaginemos um evangelismo de massa em um dia de grande
concentração popular no centro de uma cidade, com certeza terá muito mais resultados do que se apenas decidirmos ir e
fazer este evangelismo sem antes verificarmos se realmente haverá a grande massa presente.
O outro grande benefício de uma programação bem elaborada é o fato de ela nos permitir dosar exatamente a medida de
energia que iremos desprender em cada uma das atividades a realizar, sem nos faltar tempo nem tão pouco energia.
O líder da obra de Deus precisa de uma programação bem definida para não cair no hiper-ativismo o que o levaria a prejudicar
seus liderados, pois não teria tempo suficiente para dedicar a eles e o pior de todos os resultados da falta de programação
está sobre a família, pois esta é a que mais sente quando um líder que faz parte dela não consegue se programar, pois este
deixa de ser parte integrante de sua família e passa a ser um membro virtual.

ELIMINE O ERRO E A CORRUPÇÃO IMEDIATAMENTE


Podemos ver nos relatos da palavra de Deus que Jesus combatia o erro e a corrupção de forma imediata e firme.

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Liderança – Revisão 2004
Jesus, o líder da obra, não pode jamais ser complacente com a corrupção e o erro, pois estes componentes minam a
santidade da obra de Deus e prejudicam diretamente o resultado. O crescimento da igreja e a salvação das almas dependem
de ação da liderança promovendo a Santidade, assim como Jesus fez.
Muitos líderes são complacentes com o erro e a corrupção em troca de ter estas pessoas sob seu domínio, uma vez que a
pessoa sabe que seu líder tem conhecimento e não age de forma a eliminar o erro e a corrupção, ao invés de se colocar sob o
domínio do líder como ele esperava, na verdade esta pessoa passa a ter seu líder como membro de seu erro e de sua
corrupção, este ponto é o estopim do fim de uma liderança, pois toda sua credibilidade construída durante algum período, seja
ele curto ou longo, acaba de ser destruído pela complacência com o erro.
Agir de forma firme perante o erro e a corrupção é necessário, porém o líder deve fazê-lo de forma sábia e conforme os
padrões bíblicos e jamais de forma precipitada. Uma boa forma de saber como agir diante de uma situação de erro e
corrupção é se colocar no lugar de Jesus e estudar em sua palavra como Ele agiria diante daquela situação.
Vale lembrar que agir imediatamente não é igual a agir precipitadamente, nenhuma ação será tão urgente em sua vida que
não lhe permita um bom e aprofundado raciocínio antes, e por que não dizer uma boa busca de Deus antes de agir, pois com
certeza o Espírito Santo sempre orientará o Líder a agir de forma coerente com a palavra de Deus.

JAMAIS DOURE A PÍLULA


Observando nosso mestre em sua trajetória de 33 anos pela terra, jamais O veremos dourando a pílula, mascarando a
realidade sobre qualquer assunto fosse ele qual fosse, muito pelo contrário, O encontramos dizendo que no mundo teríamos
aflições, e que dias maus viriam e muitas outras expressões honestas e realistas que Jesus usou para preparar nosso dia-a-
dia.
O líder jamais deve “dourar a pílula”, ou seja, esconder a realidade, para seus liderados, mas deve ser o mais honesto e
sincero possível sobre todos os assuntos, pois é isso que seus liderados estão esperando ao surgirem situações difíceis ou
adversas caso contrário todo o vínculo de confiança antes estabelecido será quebrado e dificilmente será restabelecido.
Quando somos sinceros e realistas com nossos liderados estamos dando a eles a possibilidade de buscarem mais preparo
para quando a dificuldade ou situação adversa surgir, muito provavelmente eles terão melhores resultados, e por que não dizer
terão vitória.
Jesus foi sincero com seus discípulos sobre as dificuldades que eles enfrentariam, porém isto lhes permitiu se prepararem
melhor e quando retornaram a Jesus, este lhes perguntou “porventura lhes faltou alguma coisa?” Se Jesus tivesse “dourado a
pílula” para seus discípulos, jamais teria tanta certeza de que eles venceriam as dificuldades, pois não estariam preparados
para isto.

ESTABELEÇA SEU DESCANSO


Jesus nos deu o exemplo ao estabelecer por diversas vezes seu período de descanso, um destes momentos que nos chama
mais a atenção é aquele em Ele está dormindo em meio a tempestade enquanto todos estavam atribulados. Com isto Jesus
está nos ensinando que, se realmente confiamos, temos que saber descansar nele, e descansarmos também o nosso corpo.
Vale lembrar que as leis da natureza foram criadas por Deus, e se alguém que jamais estimularia alguém a desobedecer a
uma lei, este alguém é o nosso Deus, então quando não separamos o tempo necessário para o nosso descanso e para o
cuidado devido para com o nosso corpo estamos desobedecendo uma lei estabelecida por Deus, e conseqüentemente
estamos pecando e no dia final de nada adiantará dizer, “ – Senhor, eu pequei ao desobedecer a lei da natureza e descansar o
meu corpo, mas fiz isso pela sua obra....”
De que vale ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma? Devemos como líderes ter tempo para o descanso, esta
lição nos vem sendo dada desde a Criação; quando Deus criou o mundo em seis dias no sétimo descansou.

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Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS

A Liderança Conforme o Métodos de Jesus

1) Existem inúmeras maneiras que o líder pode buscar o conhecimento, algumas são essenciais, para quem almeja ser um
líder na obra de Deus.
Conforme o texto da apostila cite estas maneiras:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2) Complete conforme o texto da apostila:


“Um _____________ faz com que você _______________ o ____________ sobre suas _________________ e
________________ ou seja, ________________ onde investir e não investir”.

3) Cite os pontos que o plano de líder deve conter.


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4) Marque com X as alternativas corretas.


a) ( ) O líder na obra de Deus precisa de uma programação bem definida.
b) ( ) Jesus parava com tudo para realizar um milagre por isto não tinha uma programação exata, ou plano.
c) ( ) Jesus assumiu suas responsabilidades, e com isto estabeleceu sua autoridade.
d) ( ) Nem todo o líder terá um líder acima dele.
e) ( ) Não há liderança sem autoritarismo.

5) Cite os doze princípios para liderar como Jesus liderou.


1- ________________________________________________________________
2- ________________________________________________________________
3- ________________________________________________________________
4- ________________________________________________________________
5- ________________________________________________________________
6- ________________________________________________________________
7- ________________________________________________________________
8- ________________________________________________________________
9- ________________________________________________________________
10- _______________________________________________________________
11-_______________________________________________________________
12-_______________________________________________________________

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Liderança – Revisão 2004
III UNIDADE - RELAÇÕES INTERPESSOAIS

O líder deve desenvolver a habilidade de relacionar-se com os demais, isto abrangendo o contato um-a-um e também os
comunicados à equipe que lidera e à igreja.
COMUNICAÇÃO UM-A-UM
A comunicação individual é ponto chave para o sucesso de qualquer liderança e de quem a exerce. Saber como e quando se
comunicar e de que forma fazê-lo estabelece o bom ou mau andamento de uma liderança.
Quando um líder desenvolve a habilidade de tratamento e relacionamento interpessoal individual que chamamos de um-a-um,
em paralelo ele está construindo a base de sua liderança, pois não há liderança sem comunicação efetiva, e não há resultados
ou vitórias sem uma comunicação efetiva.
Para que uma comunicação um-a-um seja efetiva ela deve considerar os seguintes aspectos ao ser aplicada:
stado emocional de quem será contatado;
Situação que gerou a comunicação;
Regras de conduta e etiqueta do local onde a comunicação ocorrerá;
Regras de educação e fineza;
O tom de voz deve ser sempre moderado;
Os ouvidos nos permitem algo muito especial, o ouvir;
Ter foco na comunicação;
Jamais envolver terceiros que não estejam presentes;
Jamais falar em nome de um terceiro que não lhe tenha dado tal permissão;
Lembrar que o respeito ao outro deve estar acima de todo e qualquer argumento;
Se estas regras acima descritas forem seguidas em toda comunicação individual que um líder for realizar, com certeza ele
obterá êxito em sua comunicação e muito provavelmente passará a mensagem que era esperada.
COMUNICAÇÃO NA EQUIPE
Toda comunicação só pode ser considerada completa quando esta seguir o preceito mundial de comunicação que é o
seguinte:
Toda comunicação somente será tida como tal quando nesta houver um emissor, uma mensagem e um receptor conforme
diagrama abaixo:
EMISSOR → MENSAGEM → RECEPTOR

A comunicação será tida por completa quando o receptor, neste caso a equipe, tiver absorvido totalmente a mensagem que o
emissor se propôs a passar. Para que isto aconteça certos pontos devem ser observados. Que são:
A mensagem deve ser passada de forma pausada e clara;
O vocabulário utilizado pelo emissor deve ser coerente com o grau de conhecimento do receptor;
Palavras rudes e torpes jamais devem ser utilizadas;
O entendimento da mensagem transmitida deve ser testado de tempo em tempo pelo emissor;
A comunicação deve ser concentrada e focada na mensagem a ser transmitida;
A comunicação deve ser feita de forma direta ao receptor;
Se os preceitos acima descritos forem observados e seguidos na comunicação com a equipe, muito provavelmente a
mensagem que se desejava transmitir será recebida de forma clara e de fácil entendimento pela equipe.
COMUNICAÇÃO NA IGREJA
Para que a comunicação na igreja possa fluir facilmente, devemos evitar alguns equívocos que, pelo fato de tratarmos com
várias pessoas, acabamos por praticar. Alguns deles são:
Devemos lembrar que nem todos os irmãos já têm conhecimento do que desejamos ou pensamos, mesmo que já tenhamos
comunicado a alguns;
Devemos lembrar que embora sejamos todos irmãos isto não nos dá o direito de esquecermos que estamos tratando com
pessoas que possuem sentimentos e que eles devem ser levados em conta na nossa comunicação;
O líder não deve falar ou comunicar em nome de Deus, algo que ele deseja, para que isso seja melhor aceito;
A comunicação de um líder na igreja fluirá muito mais quando suas ações e resultados falarem por si, ou seja, se desejamos
comunicar à igreja a importância de fazermos algo na casa de Deus, devemos como líderes, fazê-lo através do exemplo e isto
será mais rapidamente entendido por todos.

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A cautela também deve fazer parte da estratégia de comunicação na igreja, Jesus deu sua vida para salvar a alma da pessoa
que estará recebendo nossa comunicação, será que a forma e o conteúdo da comunicação na igreja contribuirá para que esta
alma continue salva?
A comunicação na igreja deve abolir todo e qualquer tipo de boato, fofoca e avaliação da vida de terceiros, pois isto está
totalmente fora do propósito para um líder que foi chamado na casa do Senhor.
Se os preceitos listados acima forem observados muito provavelmente a comunicação na igreja fluirá dentro dos padrões
esperados e acrescentará ao reino de Deus.
Não existe relacionamento líder – liderados sem que haja comunicação efetiva, podemos compreender melhor a importância
da comunicação para o relacionamento interpessoal lendo o que Le Roy Eims escreveu em seu livro “Seja um Líder Que
motiva”, o autor fala sobre a necessidade que o grupo tem de estar sendo informado pelo “líder comunicativo”. (páginas 92-
97) .
UM LÍDER INFORMA
Le Roy Eims
Seja um líder que motiva (Ed. Atos) .
Tanto no caso de eventos internacionais ou das realizações de um grupo de pessoas, todos gostam de ser bem informados.
Os líderes devem estar conscientes dessa necessidade das pessoas com quem trabalham.
Manter pessoas informadas é uma característica divina. Deus poderia nos ter deixado no escuro a respeito de como o mundo
veio a existir, mas ele não o fez. “No princípio Deus criou os céus e a terra" (Gn 1.1) .
Ele poderia nos ter deixado na ignorância a respeito de como o pecado entrou no mundo, mas não o fez.
O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. E o Senhor Deus ordenou ao homem:
"Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em
que dela comer, certamente você morrerá" (Gn2. 15-17) .
Ele poderia nos ter deixado especulando a respeito da origem da Bíblia, mas não o fez. "Toda a Escritura é inspirada por
Deus" (2 Tm 3.16) . "Pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos
pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21) .
Ele não nos deixou à mercê de nossas imaginações a respeito dessas coisas, pois teríamos imaginado toda sorte de teorias.
Mas Deus, em sua misericórdia, acendeu a luz. Escolheu revelar para nós os grandes mistérios do Universo. O que você acha
que o levou a fazer isso? Porque faz parte de sua natureza manter seu povo informado. Por alguma razão ele quer que
saibamos. É a sua maneira de fazer as coisas. "Ele manifestou os seus caminhos a Moisés, os seus feitos aos israelitas" (Sl
103.7) . O líder será bem-sucedido se lembrar disso. Qualquer grupo, qualquer organização, qualquer conselho de lideres,
diáconos, qualquer equipe de professores da escola bíblica funciona melhor quando se sente atualizada e informada.
Certa vez, eu li a respeito de uma equipe atlética profissional que estava perdendo os jogos. A confiança e a motivação esta-
vam baixas, e havia discussões e conflitos entre os atletas. Quando um repórter sondou a situação, descobriu a raiz do proble-
ma: os jogadores não sabiam o que a direção estava pensando e por isto viviam de boatos. O clube iria permanecer na cidade
onde estava jogando ou seria deslocado de lugar em lugar? Os jogadores estavam seguros em seus empregos, ou seriam
trocados? O proprietário pretendia despedir o diretor? E assim por diante. Ninguém tinha respostas. Apenas perguntas. Os
membros do time sentiam-se ansiosos e temerosos e isso afetava seus jogos. Sabiam que não estavam jogando bem, e isso
os deixava mais furiosos porque também sabiam que podiam jogar melhor. E seu fraco desempenho irritava os técnicos. Era
um círculo vicioso que parecia não ter fim. O problema real era um problema de gerenciamento. Seus líderes não estavam
fazendo seu trabalho.
É interessante notar que o apóstolo Paulo usava equipes de pessoas para prover informações.
Tíquico lhes informará todas as coisas a meu respeito. Ele é um irmão amado, ministro fiel e cooperador no serviço do
Senhor. Eu o envio a vocês precisamente com o propósito de que saibam de tudo o que se passa conosco, e para que ele lhes
fortaleça o coração. Ele irá com Onésimo, fiel e amado irmão, que é um de vocês. Eles irão contar-Ihes tudo o que está
acontecendo aqui “(Cl 4.7-9) .
Era importante para Paulo que as pessoas soubessem o que estava acontecendo, quem estava indo ou ficando, e para onde,
e como as diversas pessoas estavam passando. Note a freqüência com que situações desse tipo aparecem em suas cartas:
"Erasto permaneceu em Corinto, mas deixei Trófimo doente em Mileto" (2 Tm 4.20) . "Timóteo, meu cooperador, envia-lhes
saudações, bem como Lúcio, Jasom e Sosípatro, meus parentes" (Rm 16.21) . "Só Lucas está comigo" (2 Tm 4.11) .
O que ele estava tentando realizar com tudo isto? Ajudar a todas essas pessoas a se sentirem parte do movimento? Levantar
apoio de oração? Mantê-las motivadas? Fazê-las se sentirem importantes na obra de Cristo? Provavelmente tudo isso e mais.
E qualquer bom líder de hoje seguirá seu exemplo.
Um tolo retém informações
SALOMÃO disse: “As palavras dos sábios espalham conhecimento; mas o coração dos tolos não é assim" (Pv 15.7) . Outra
versão usa a palavra dispersar, que significa “esparramar ou difundir". Uma pessoa sábia espalha a palavra, enquanto o tolo

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não o faz. Já estive envolvido em vários empreendimentos onde o segredo parecia ser a ordem do dia, e pelas razões erradas.
Em uma ocasião, a informação foi retida porque dava uma sensação de superioridade para aqueles que a tinham. Era um
símbolo de status, e aqueles que estavam de fora se sentiam inferiores ao grupo que tinha as informações privilegiadas.
Aqueles formavam o grupo “de dentro"; e todos os outros eram cidadãos de segunda classe. Isso é devastador para a auto-
estima e desmoralizante para aqueles que são tratados de maneira tão injusta. Como regra geral, é melhor dispersar
conhecimento do que retê-lo. Aquilo que é comunicado com humildade e prudência é uma benção para todos os que o
recebem. As pessoas anseiam por informações que afetam suas vidas – e o líder sábio entende como comunicá-las
prudentemente.
Um líder informa continuamente
Quando tive o privilégio de falar em um culto de adoração matutino de uma Igreja em Evergreen, fiquei surpreso em ver um
garoto de quatorze anos lendo as Escrituras, dando os anúncios, e dirigindo a congregação em oração. O pastor estava
sentado ao meu lado, e perguntei-lhe sobre o garoto. Ele explicou que se tratava de uma prática que seguia há muitos anos.
Aquela semana era a vez do departamento de jovens de dirigir o culto. Na semana seguinte as senhoras da igreja dirigiriam,
na outra os homens, e assim por diante. Sua afirmação foi significante: "Quando eu deixar a igreja, eles saberão tanto quanto
eu sobre como dirigir a igreja". Aqui estava um homem que estava distribuindo conhecimento entre o seu povo.
É especialmente importante que um líder informe as pessoas no início de um projeto. Isso ajudará o líder a descobrir como os
outros se sentem a respeito daquilo. Se estiverem entusiasmados para começar, poderão apontar alguns para trabalhar junto
com o líder na formulação dos planos. Depois de algum tempo, quando o líder tiver o retorno das pessoas e o pensamento de
Deus sobre o assunto, ele deve reunir o grupo e entregar o plano desta forma.
Aqui está minha sugestão a respeito do que devemos fazer agora - e a razão da minha opinião. O que vocês acham?
É isso que creio que Deus quer de nós, e o que precisaremos para cumprir a tarefa.
Aqui estão minhas sugestões sobre as pessoas que deverão assumir responsabilidades nas várias fases do projeto, e as
razões pela sua escolha.
Eis o quanto vai nos custar em tempo e dinheiro.
Eis a data em que eu espero ter a obra completada.
O líder deve espalhar a palavra para todos os que serão envolvidos. E o líder deve fazer tudo o que for possível para manter
às pessoas informadas em cada fase do empreendimento.
O líder deve ter em mente que as pessoas anseiam por informação, e ficam satisfeitas quando são informadas. "As palavras
agradáveis são como favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos" (Pv 16.24) . Quantas coisas você co-
nhece que sejam saudáveis e doces? Não muitas. Somos informados desde crianças: "Não coma isso, vai engordar... Não
coma isso, vai apodrecer seus dentes... Não coma aquilo, não é bom para você".
Mas não funciona assim com as palavras agradáveis, pois são saudáveis e doces. Quando o líder aplica este princípio,
descobrirá que as pessoas se agradarão de obter informações e serão muito saudáveis - motivadas, com seu entusiasmo no
máximo.
Salomão ofereceu conselhos sobre o tipo de informação valiosa.
1. Informação oportuna. "Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa!" (Pv 15.23) .
A palavra oportuna é uma bênção - tanto para quem a entrega quanto para quem a recebe, e o líder encontrará alegria em
compartilhar o que é de grande ajuda. Mas existe a hora certa de falar. Muito freqüentemente, as palavras do líder não são tão
eficientes quanto poderiam ser porque são ditas na hora errada. Existe um "tempo de calar e tempo de falar" (Ec 3.7) . Se um
líder se precipitar e compartilhar antes que as pessoas estejam prontas, cometerá um erro. Por outro lado, se esperar demais,
os boatos podem dominar a situação. E quando os boatos voam a uma velocidade maior do que a verdade, o empreendimento
pode estar em apuros.
Tiago nos lembra que muito prejuízo pode ser feito através da língua.
Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande
bosque é incendiado por uma simples fagulha. Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniqüidade. Colocada entre
os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada
pelo inferno (Tg 3.5,6) .
Enquanto muito prejuízo pode ser feito através da língua, se for usada corretamente, dispersa as bênçãos de Deus.
2. Informação precisa. O líder é preservado pela lealdade e pela verdade. "A bondade e a fidelidade preservam o rei; por sua
bondade ele dá firmeza ao seu trono" (Pv 20.28) . Quando o líder tem a prática de falar a verdade para as pessoas em toda e
qualquer situação, a estabilidade e a confiança são geradas. Mas se as pessoas nunca têm certeza se sabem da verdade,
toda a operação é abalada. As pessoas não seguirão um mentiroso conscientemente. O engano e a falsidade trazem morte
para um líder.
Um amigo meu me contou a respeito de um incidente que ilustra esta questão. O pastor de uma igreja era, freqüentemente
chamado para ir a outras igrejas para dirigir campanhas evangelísticas.

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E quando retomava a sua congregação, relatava os resultados. Mas havia um problema - seus relatórios eram sempre
exagerados. O que os membros de sua igreja ouviam das pessoas que estiveram presentes nas campanhas do pastor sempre
era diferente dos relatórios dele. Alguns o achavam engraçado, mas outros se indignaram. "Se ele mente para nós a respeito
disso, diziam estes, provavelmente está mentindo a respeito de outras coisas também". Ficaram chateados, e logo se
convenceram de que deviam se livrar dele. Foi feita uma votação e ele mandado embora. É essencial que os seguidores de
um líder possam confiar na sua palavra.
3. Informação apropriada. Um líder pode algumas vezes compartilhar informação demais com o povo. Existem algumas coisas
que é melhor não falar ou compartilhar apenas com poucas pessoas. Se o líder compartilha certas coisas com não cristãos,
pode lhes causar prejuízo espiritual. Eles podem não saber como processar a informação, e podem se ofender, pode plantar
sementes de dúvidas ou medo em suas mentes e se entenderem da maneira errada, podem se tornar amargurados. Vemos
aqui novamente a importância do líder conhecer as pessoas com quem trabalha. Salomão disse: "A língua dos sábios torna
atraente o conhecimento" (Pv 15.2) . Essa é a essência da questão. Um líder deve compartilhar o que as pessoas podem
aceitar, assimilar, e entender.
4. Informação motivadora. Salomão tinha uma percepção precisa quando disse: "O coração do sábio ensina a sua boca, e os
seus lábios promovem a instrução" (Pv 16.23) . Este é um dos mais poderosos versículos em toda a Bíblia no que diz respeito
à motivação. Quando as palavras de um líder são motivadas por seu coração, elas são persuasivas. Quando o líder apenas
cita o general Fulano, ou o Dr. as palavras não têm o mesmo impacto do que dizer: "Aqui está uma verdade que experimentei
em minha vida", e então compartilhar algo de coração. Todos podemos falar da grande diferença entre uma pessoa que
meramente fala o que leu ou ouviu e alguém que compartilha o que sentiu e provou. A verdade oportuna a ser compartilhada
deve vir do coração. Deve haver convicção dando suporte ao conhecimento que é compartilhado. O coração é o melhor
comunicador. Quando o coração está ensinando os lábios do líder, acrescenta persuasão ao seu discurso. Há convicção, vida,
fervor, sinceridade - e isso é chamado de coração.
Comunicação exige pensamento, esforço e planejamento, mas vale muito a pena.
LEITURA COMPLEMENTAR
ATIVIDADES
Leia o texto, faça um resumo das principais idéias do autor.
Faça uma análise de cada perigo que o pastor ou líder corre ao se tornar um “profissional”.
Os alunos devem se reunir formando um grande círculo na sala de aula, onde todos possam se ver, para debater sobre estes
perigos.
O professor deve ser o moderador , ou indicar algum aluno para que seja o moderador, afim de intervir para que o debate não
seja monopolizado por um aluno, ou para “aquecer”o debate caso os alunos fiquem apáticos; ou ainda fazer com que todos
participem mesmo os mais tímidos .
TEXTO
Ricardo Barbosa de Souza
Alguns dias atrás ouvi um pastor afirmar, até com certo orgulho, que atendia uma média de 30 pessoas por dia em seu
gabinete pastoral A princípio, aquela afirmação me deixou pasmo. Nunca tinha ouvido falar de alguém que tivesse conseguido
tal façanha.
Considerando que este pastor trabalha ininterruptamente (sem parar para almoço, água, cafezinho, banheiro etc.) das 8 da
manhã às 6 da tarde, ou seja, 10 horas, ele disporia apenas de 20 minutos para cada pessoa, isso sem contar o tempo que se
perde entre a saída de um e a entrada de outro.
Vinte minutos para ouvir os dilemas da alma e do coração, aconselhar, orientar e orar com cada um. De duas uma: ou há um
certo exagero nos números, comum das estatísticas dos pastores no Brasil, ou o significado da vocação pastoral foi
completamente perdido.
Não pretendo, aqui, analisar este fato específico, mas fazer algumas considerações em torno da figura do pastor no mundo
moderno. As mudanças pelas quais o mundo vem passando são profundas e rápidas e, inegavelmente, afetam tanto a igreja
como o sacerdócio.
A Igreja moderna transformou-se num negócio, numa empresa, e o pastor num executivo que luta para manter-se no mercado.
Esta é, talvez, uma das mudanças mais significativas e sérias que estamos atravessando.
Somos agora executivos eclesiásticos, circulando com agendas eletrônicas, telefones celulares, secretárias, auxiliares e
assistentes, para atender a um volume cada vez maior de reuniões, entrevistas, conferências, aconselhamentos, etc. Ser
ocupado tornou-se um símbolo de "status" e sucesso tanto no mundo secular como no religioso. Ter uma agenda repleta de
compromissos é sinal de competência; afinal, ninguém considera um médico competente, cuja sala de espera do consultório
encontra-se absolutamente vazia, e ele, confortavelmente sentado em sua cadeira lendo uma boa revista. Para ser
competente, precisa estar com a agenda dos próximos meses completamente cheia. Este sim é um bom profissional. Nesta
busca por sucesso e "status" não temos mais tempo para construirmos amizades verdadeiras e profundas, nem tempo para

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Liderança – Revisão 2004
caminharmos com nossos amigos no caminho do discipulado. Não temos tempo para ouvir as histórias dos velhos, os dramas
dos mais novos e as crises da alma humana. Dispomos apenas de 20 minutos.
Vivemos hoje um processo de profissionalização do sacerdócio, o qual vem deixando de ser uma vocação para tornar-se numa
profissão, e isto faz uma diferença tremenda nos resultados. Henri Nouwen em seu livro "Creative Ministry" apresenta três
perigos ou armadilhas que estes líderes profissionais enfrentam.
O primeiro é o perigo do concretismo.
Trata-se da tendência ou inclinação de ter como motivação principal os resultados objetivos e concretos decorrentes das ações
do ministério.
Muitos líderes encontram-se frustrados porque os resultados que esperam nem sempre aparecem com rapidez e objetividade
que gostariam. O profissionalismo nos induz a avaliar o ministério por resultados mensuráveis. No entanto, o ministro da
reconciliação que atua na promoção do encontro do homem com Deus, com o próximo e consigo mesmo, não pode avaliar seu
ministério por resultados mensuráveis estatísticamente.
O segundo perigo é o do poder.
Líderes profissionais encontram-se constantemente diante do perigo de criarem pequenos reinos para eles mesmos. O
profissional necessita ser reconhecido, admirado, aclamado.
Precisa sentir-se e preservar-se superior aos outros para mantê-los cativos e dependentes. Geralmente o líder profissional é
cercado de admiradores e não de discípulos, de dependentes emocionais e não de amigos. O poder impede que as pontes de
amizade e comunhão sejam estabelecidas. O líder profissional que cai na armadilha do poder acaba tornando-se um
antiministro da reconciliação.
O terceiro perigo é o do orgulho.
O profissional reconhece que as mudanças precisam acontecer, empenha-se em converter as pessoas, mas é tentado a
pensar que ele próprio não precisa de conversão. Ao invés de reconhecer que é parte da comunidade que serve, veste a
fantasia de "messias", intocável, sempre correto e justo.
A natureza da vocação é essencialmente relacional! Somos chamados para promover a reconciliação. Este chamado envolve
mais do que a capacidade de execução de projetos de natureza religiosa ou de conversas de 20 minutos; envolve a arte de
penetrar nos lugares secretos da alma humana e trazer para dentro deles a presença divina, conduzi-los à experiência da
oração e ao encontro com o Criador. Isto exige tempo. A profissionalização do ministério torna-nos desumanos, mais
preocupados conosco e nosso sucesso do que com a vida e seus afetos.
Algum tempo atrás uma senhora abordou-me mais ou menos assim: "Sei que você é uma pessoa bastante ocupada, e que
quase nunca tem tempo, mas gostaria de poder conversar um pouco". Talvez devesse ficar contente com este "elogio", mas,
se não tenho mais tempo para conversar com as pessoas, se estou tão absorvido com meus "negócios" que já não disponho
de tempo para o pastoreio, se minha agenda anda tão cheia a ponto de não poder sentar e ouvir um pouco as conversas sobre
a vida, que tipo de pastor sou? Precisamos resgatar a natureza da vocação da igreja e do pastor. Não fomos chamados
apenas para cumprir agendas.

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Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS

Relações Interpessoais

1) Responda :
Qual é o ponto chave para o sucesso de qualquer liderança?
_________________________________________________________________________________

2) Cite os dez aspectos, descritos na apostila, para que a comunicação seja efetiva:
a) _______________________________________________
b) _______________________________________________
c) _______________________________________________
d) _______________________________________________
e) _______________________________________________
f) _______________________________________________
g) _______________________________________________
h) _______________________________________________
i) _______________________________________________
j) ________________________________________________

3) Coloque V para verdadeiro e F para falso, conforme o texto da apostila


É especialmente importante que um líder informe as pessoas no início de um projeto... ele deve reunir o grupo e entregar o
plano desta forma.

a-_________Aqui está minha sugestão a respeito do que devemos fazer agora - e a razão da minha opinião. O que vocês
acham?
b-_________Todos devem seguir o meu plano a risca, para que tenhamos bons resultados.
c-________ É isso que creio que Deus quer de nós, e o que precisaremos para cumprir a tarefa.
d-_________Os que não quiserem participar devem sair imediatamente do grupo.
e-_________Somente devem participar aqueles que forem seguir o meu plano na totalidade.

f-_________Aqui estão minhas sugestões sobre as pessoas que deverão assumir responsabilidades nas várias fases do
projeto, e as razões pela sua escolha.
g-_________Eis o quanto vai nos custar em tempo e dinheiro.
h-_________Eis a data em que eu espero ter a obra completada.

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Liderança – Revisão 2004
IV UNIDADE – PADRÃO DE LIDERANÇA

O padrão de qualidade para os líderes deve ser buscado sempre em qualquer fase do ministério e a qualquer tempo, seja para
os que estão iniciando ou para aqueles que já estão muitos anos na liderança.É importante estar sempre revendo as
características fundamentais que todo líder deve cultivar para ser EXCELENTE, EFICAZ e VITORIOSO.

PADRÕES PARA LÍDERES


O líder deve buscar a cada dia um padrão de ação e conduta que o faça refletir a conduta que Jesus teria em seu lugar. Neste
capítulo estaremos tratando este padrão em três pontos que o líder deve buscar ser constantemente que são:
ser EXCELENTE,
ser EFICAZ e
ser VITORIOSO.

BUSCAR SER EXCELENTE


A Bíblia cita por diversas vezes as expressões “ser testemunha” e “ser exemplo”, baseado nestas expressões estudaremos o
modelo de conduta que o líder segundo o padrão de Deus deve buscar no seu dia-a-dia. Quando voltamos ao Velho
Testamento e estudamos a vida de Davi, podemos observar que tudo que ele tinha à sua mão procurava fazer de forma
excelente e quando utilizava algum material, sempre procurava utilizar um material de excelente qualidade.
Nós, líderes devemos seguir a este e a muitos outros exemplos que a palavra de Deus nos dá sobre o padrão das nossas
ações, ou seja, não podemos nos acomodar na mediocridade, mas devemos buscar dia após dia a excelência em tudo quanto
fazemos, principalmente se fazemos na obra e para a obra de Deus.
Devemos lembrar que ao escolher alguém para ser sacrificado no lugar da humanidade Deus não procurou algo mediano ou
medíocre, mas sim Ele escolheu o que tinha de melhor, corrigindo, o que Ele tinha de EXCELENTE que era Jesus Cristo.
Assim também devemos ser com relação ao que fazemos e ao que utilizamos na obra e na casa de Deus, devemos prezar
sempre por fazer e utilizar o que há de excelente ao nosso alcance.
Como líderes devemos buscar constantemente termos como padrão de ação e resultados a excelência, assim como Jesus se
destacava por fazer tudo quanto fazia de forma excelente, como líderes da obra dele devemos buscar o mesmo.

BUSCAR SER EFICAZ


A eficácia é algo que o líder da obra de Deus deve buscar constantemente, pois somente adicionaremos algo ao reino de Deus
se nossas ações forem eficazes.
Por muitas vezes podemos presenciar ações eficazes citadas na Bíblia, ações que comprovam seus resultados através dos
tempos.
Um grande exemplo de eficácia é Neemias que em 52 dias recontruiu os muros da cidade e estes ficaram firmes como prova
da eficácia de Neemias. O líder deve buscar ser como Neemias, que ao se propor para fazer algo, o fez de forma eficaz ao
ponto de deslumbrar muitos até os dias de hoje.
Vale lembrar que a forma mais simples de medir se nossas ações têm ou não sido eficazes, é comparar a Situação antes e
depois de eu agir, e medir se houve ou não ganho e acréscimo para a obra de Deus após minha ação e, se houve, qual o
impacto positivo que este ganho ou acréscimo gerou. Se sempre nos auto-avaliarmos quanto a nossa eficácia não
precisaremos que outros venham nos avaliar, nossos resultados falarão por nós.

BUSCAR SER VITORIOSO


O líder deve ter lições de vitória para passar aos seus liderados, em outras palavras, não adianta o líder ensinar a seus
liderados que estes devem ter experiências de convívio com Deus e de experimentar da obra de Deus em suas vidas se o
histórico do líder não demonstrar isso.
É vital para qualquer líder na obra de Deus que este tenha tido experiência vitoriosa em sua vida de fé, sua vida particular, sua
vida material e sua vida como líder.
Como visto outras vezes neste material, a liderança começa a ser exercida pelo exemplo, sendo assim se torna impossível
imaginar um líder que ensine seus liderados para terem uma vida ordeira e organizada e ao mesmo tempo este líder está
vivendo situação de derrota em sua vida de fé, em sua vida familiar, sua vida financeira e até mesmo na sua vida particular.
Uma situação não é compatível com a outra, ou se experimenta a vitória com Cristo ou não se está apto para liderar na obra
de Deus.

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Liderança – Revisão 2004
A situação vitoriosa de um líder começa a ser medida por seus liderados no instante seguinte em que lhe foi anunciado que ele
estaria sob a liderança deste líder, e o primeiro ponto que todo liderado irá olhar, pois são os mais aparentes serão a situação
de organização da vida externa deste líder e a situação de seus familiares, pois todo liderado espera que seu líder na casa de
Deus comece sua liderança em seu lar, pois é lá que realmente se sabe se este líder vence como diz e vive tudo que diz.
Modelo de Jesus para a Liderança Servil
O autor Gene Wilkes, escreve em seu livro-O Ultimo Degrau da Liderança- sobre o modelo de liderança servil, baseado no
exemplo do homem que lavou os pés dos apóstolos (Jesus) : “O que aprendi quando pus de lado todos os modelos de lide-
rança que havia lido ou de que ouvira falar? Quem era esse Jesus que voltei a conhecer quando tirei os sapatos e andei com
ele pelas páginas da Bíblia? Quero contar-lhe.
A principal lição que aprendi de Jesus sobre a liderança foi que ele ensinou e personificou a liderança como serviço. Jesus era
um Líder-Servo em todos os sentidos do conceito. Eu o descreveria como alguém que serviu à sua missão (na linguagem
bíblica, "a vontade do Pai") e guiou, servindo aos que ele recrutou para cumprir essa missão.
PARA JESUS, A MISSÃO ERA SER O MESSIAS. Ele foi enviado para trazer salvação ao mundo como o Ungido de Deus.
Serviu a essa missão, vivendo como o Servo Sofredor, o Messias. Essa missão era tudo para Jesus. Era o seu propósito e
direção para tudo o que fez enquanto esteve na terra – inclusive a sua morte.
Se observarmos a vida de Jesus de um nível mais elevado, veremos que tudo o que ele fazia estava a serviço da sua missão.
PARA JESUS, O MODELO DE LIDERANÇA ERA O SERVIÇO. Ele jamais serviu a si mesmo. Num primeiro momento, liderou
como servo do Pai celestial, o qual lhe dera a missão. Se observarmos a vida de Jesus de um nível mais elevado, veremos
que tudo o que ele fazia estava a serviço da sua missão. Sua missão pessoal era servir, não à sua própria vontade, mas à
vontade do Pai. Jesus disse: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade; e, sim, a vontade daquele que
me enviou"(Jo 6:38) .
A MISSÃO E A VISÃO
Qual era a vontade do Pai? Como ela foi manifestada na missão da vida de Jesus? Pelo menos três vezes, Jesus forneceu o
que chamaríamos de declaração de missão:
Quando Jesus se encontrava na sinagoga da sua cidade natal, ele leu sua declaração de missão em Isaías: "O Espírito do
Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os
quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável
do Senhor" (Is 61: 1-2; Lc 4: 18-19) .
Quando Jesus se achava entre os discípulos, definindo grandeza e como ser um líder no reino de Deus, ele formulou a sua
missão deste modo: "Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos" (Mc 10:45) .
Quando Jesus foi à casa de Zaqueu, o cobrador de impostos, ele fez outra declaração: "Porque o Filho do homem veio buscar
e salvar o perdido" (Lc 19: 10) .
Jesus articulou sua missão a fim de definir o que ele era como Messias. A maneira como liderava tinha como base, em primei-
ro lugar, uma clara noção do motivo de sua vinda a este mundo.
Se Jesus era servo da sua missão, ele liderava com a visão de como as coisas seriam quando essa missão fosse completada.
"Como as coisas seriam" era a sua visão do chamado do Pai para a sua vida. Jesus deu uma idéia de como as coisas
poderiam ser para os seus seguidores, caso eles o aceitassem como o Messias enviado por Deus. Jesus descrevia
freqüentemente essa visão das coisas vindouras como "O reino de Deus/dos céus". Ele fazia uma descrição figurada, na forma
de histórias, para mostrar às pessoas a perspectiva de Deus para a vida delas.
Essas histórias, ou parábolas, permitiram que as pessoas vissem em suas vidas as implicações de Jesus ser o Enviado de
Deus. Os capítulos 13 e 25 do Evangelho de Mateus são coleções de histórias com uma visão. Lucas 15 está igualmente re-
pleto de histórias sobre a razão de Jesus ter vindo e como seria a vida das pessoas quando o amor divino reinasse no coração
delas. Jesus liderou outros dando uma idéia de como as coisas poderiam ser quando ele completasse sua missão.
Sete Princípios para Liderar como Jesus Liderou
Depois de buscar compreender os elementos do estilo de liderança de Jesus, procurei princípios eternos que descrevessem
como Jesus liderava e que pudessem ser aplicados às minhas necessidades como líder entre o povo de Deus. Estas são as
sete observações que encontrei e que descrevem como Jesus liderava no papel de servo.
Jesus se humilhou e permitiu que Deus o exaltasse.
Jesus obedeceu à vontade do Pai em vez de almejar uma posição.
Jesus definiu o que é alcançar a grandeza sendo servo e como ser o primeiro tornando-se escravo.
Jesus arriscou-se a servir os outros por confiar que era o Filho de Deus.
Jesus abandonou seu lugar na mesa principal para servir às necessidades de outros.
Jesus compartilhou responsabilidade e autoridade com aqueles a quem chamou para liderar.

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Liderança – Revisão 2004
Jesus formou uma equipe para pôr em prática uma visão para o mundo inteiro.
Essas sete observações sobre como Jesus liderou são o fundamento dos nossos sete princípios de liderança servil. Cada
princípio se baseia num ensinamento ou num exemplo de Jesus enquanto vivia a sua missão e liderava aqueles que recrutara
como seus colaboradores. Antes de poder liderar como Jesus, você e eu devemos ultrapassar o que chamo de "síndrome da
mesa principal".
Síndrome da Mesa Principal
Encontrei-me certa vez na mesa principal de um evento, aquela onde se sentam as pessoas importantes. Minha tarefa era
apresentar o orador, depois de o músico ter cantado. Quando o orador começou a falar, todos na mesa principal levantaram-se
e foram sentar-se entre os presentes à conferência. Todos menos eu! O orador, que viu as pessoas saírem da mesa principal,
disse:
- Quem estiver na mesa principal e quiser sair, pode fazê-lo agora. - Fiquei de pé, sozinho, e declarei:
- Eu gostaria muito! - Todos riram e, com o rosto vermelho, fui sentar-me à mesa dos funcionários da cozinha. Da mesa prin-
cipal para a posição de funcionário da cozinha - na frente do grupo dos meus companheiros! Que decadência!
Quando o sangue voltou ao resto do meu corpo, a história de Jesus sobre onde se sentar nos banquetes me veio à mente. Ele
ensinou:
Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um
convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás,
envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o
que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas. Pois todo
o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado.
Lucas 14:8-11
Enquanto refletia sobre minha gafe social e sobre as palavras do orador a respeito de liderança, compreendi que fizera o que
era típico de muitos que se sentam à mesa principal. Quando adquirimos uma posição, aceitamos de bom grado tudo o que ela
inclui e passamos a crer que não precisamos mais nos aproximar da cozinha. Eu estava sofrendo da síndrome da mesa prin-
cipal. Aceitara o mito de que os que a ela se sentam são de algum modo mais importantes do que os serviçais da cozinha. Eu
até perpetuara esse mito ao resistir de modo não-verbal a um lugar entre os que serviam. Fiquei imaginando se as pessoas da
minha igreja sofriam dessa síndrome.
Compreendi que nós, líderes, esquecemo-nos muitas vezes de que o verdadeiro lugar da liderança cristã é no meio da
multidão, não na mesa principal. Os que seguem o modelo de liderança de Cristo jamais se envergonhariam de estar no meio
dos servidores da cozinha. Tal líder sente-se à vontade trabalhando com os que servem nos bastidores e colabora
alegremente com eles até que completem sua tarefa. As mesas principais são opcionais para os líderes que seguem Jesus.
Serviço, não posição, é a meta desse tipo de líder.
Tragam De Volta a Toalha e a Bacia de Lavar
Grande número de organizações, lares, negócios e escolas enfrentam problemas por falta de homens e mulheres que liderem
como Jesus. As mesas principais substituíram a toalha e a bacia de lavar como símbolos de liderança entre o povo de Deus.
Os que são reconhecidos como líderes da igreja, por exemplo, muitas vezes ocupam posições indicadas por amigos e pela
família. Alguns desses líderes gostam de sentar-se à mesa principal, mas jamais se aproximam da cozinha (ou do berçário) .
Os líderes de grupos cívicos talvez até procurem impor seu estilo particular em vez de trabalhar com os que estão sob os seus
cuidados para cumprir os objetivos do grupo.
Igrejas, organizações e comunidades às quais servem precisam, porém, de líderes que saibam como Deus os fez e como lhes
concedeu talentos para servir, e que sirvam de boa vontade a Cristo e aos que foram postos sob os seus cuidados. Esses
grupos necessitam de líderes que tenham habilidades para preparar outros e que "tornem-se parceiros deles" no ministério.
Precisamos de líderes que saiam da mesa principal e sirvam na cozinha. Os ministérios e organizações sobreviverão no
século XXI quando homens e mulheres deixarem de seguir conceitos próprios de liderança e adotarem os ensinamentos e
exemplos de Jesus.
As mesas principais substituíram a toalha e a bacia de lavar como símbolos de liderança entre o povo de Deus.
A liderança centrada no serviço foi introduzida nas discussões atuais sobre liderança. Artigos escritos por empresários
importantes convocaram os líderes para um modelo de liderança orientado para o serviço. No mercado, o pêndulo mudou da
liderança concentrada na personalidade para a liderança baseada no caráter. Creio que o interesse nos princípios da liderança
servil surgiu do desejo de as organizações serem lideradas por aqueles que não servem a si mesmos, mas aos que são
liderados por eles. Nossa cultura já se cansou dos modelos de liderança de Átila, o huno, e de guerreiros astuciosos.
Buscamos líderes que nos considerem mais do que um meio para alcançar um fim.
Chegou o momento de introduzir os princípios de liderança de Jesus na discussão desse tema. Isso deve acontecer
especialmente na igreja, porque seus líderes - que deveriam estar pavimentando o caminho para a liderança orientada para o
serviço - gravitaram, na verdade, em direção a formas de liderança auto gratificantes as quais são agora descartadas pelo
pensamento secular”. WILKES, pg 21-27. Ed.Mundo Cristão.

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Liderança – Revisão 2004
O Líder Participativo Serve
Proporcionar bons exemplos devem ser atitudes naturais no líder, ao final desta unidade estaremos apresentando algumas
atividades práticas para ajudá-lo a ser naturalmente um líder exemplar, que circula com muita naturalidade entre seus
liderados.
Contudo o objetivo da liderança participativa não é que o líder fique circulando e “desfilando” entre o grupo ou equipe,
SEMPRE com roupas caras, cabelo impecável, perfumado, mas que este esteja promovendo exemplos, agindo, trabalhando e
sobretudo servindo. Ainda que determinados momentos o líder deva estar bonito e apresentável, pois afinal de contas ele
representa um grupo, uma equipe, o corpo de Cristo, e o desleixo não combina com ninguém, menos ainda com um servo de
Deus.
Para alguns líderes a palavra servir está diametralmente oposta a autoridade ou status de liderança, contudo para o líder
eclesiástico ou líder cristão não é concebível outro tipo de liderança que não siga a risca o modelo de Jesus, do líder-servo.
Jesus, tirou a túnica e a amarrou a cintura, o que hoje significaria, arregaçar as mangas, ou ainda tirar o paletó do terno de
domingo, afrouxar a gravata nova, e pegar a bacia e a toalha e ir lavar os pés dos discípulos,
Você consegue imaginar seu pastor fazendo isto?
E você? Consegue se ver agindo assim?
Ao pensar no que a palavra servir significa, você imagina uma atividade desempenhada por pessoas de capacidade
relativameme baixa, que ocupam as posições inferiores na escala hierárquica? Se você pensa assim, tem uma impressão
errada. Ser prestativo não é urna questão de posição ou capacidade. É uma questão de atitude. Sem dúvida você já encontrou
pessoas que trabalham com atendimento ao público, cuja atitude ao servir é péssima: o funcionário rude do órgão público; o
garçom que não se importa em pegar seu pedido; o balconista que conversa com o amigo ao telefone em vez de atender você.
Assim como você pode perceber quando um atendente não deseja ajudar as pessoas, também consegue detectar facilmente
se um líder tem um coração prestativo. Na verdade, os melhores líderes desejam ser prestativos com os outros e não com eles
mesmos.
O que significa servir, ser prestativo? Um líder verdadeiramente prestativo:
Coloca os outros acima de seus compromissos pessoais
O primeiro sinal de que alguém é prestativo está na habilidade de colocar os outros acima de si próprio e de seus desejos
pessoais. Significa mais do que colocar seus compromissos de lado. Significa estar deliberadamente consciente das
necessidades das pessoas, disponível para ajudá-las e disposto a encarar seus desejos como importantes.
Possui a confiança para ser prestativo
A segurança é o ponto verdadeiramente crucial quando a questão é ser prestativo. Mostre-me alguém que pensa ser
importante demais para servir, e lhe mostrarei alguém basicamente inseguro. A forma como tratamos os outros de fato reflete
o que pensamos sobre nós mesmos. O filósofo e poeta Eric Hoffer escreveu esse pensamento:
O mais notável é que nós realmente amamos o próximo como a nós mesmos; fazemos aos outros como fazemos a nós
mesmos. Odiamos os outros quando nos odiamos. Toleramos os outros quando nos toleramos. Perdoamos os outros quando
nos perdoamos. Não é o amor próprio, mas sim o ódio próprio que reside na raiz dos problemas que afligem nosso mundo.
A Lei da Delegação do Poder diz que só líderes seguros delegam poder aos outros. Também é verdade que só líderes seguros
demonstram ser prestativos.
Tem a iniciativa de servir
Praticamente todas as pessoas serão prestativas se compelidas a fazê-lo. Algumas são prestativas em momentos de crise.
Entretanto, você realmente pode ver o coração de alguém que toma iniciativa de servir aos outros. Grandes líderes percebem
a necessidade, aproveitam a oportunidade e servem sem esperar nada em troca.
4. Não se preocupa com posição
Ao verdadeiro líder o fato de estar numa posição hierárquica superior confere um desejo maior de servir, de ser prestativo ao
seu grupo, uma obrigação íntima de ser solidário.
Serve por amor
O ato de servir não é motivado pela manipulação ou autopromoção. Ele é estimulado pelo amor. No final, o alcance de sua
influência depende da profundidade de seu interesse pelos outros. Por isso é tão importante que o líder tenha disposição de
servir.
Você Tem o Perfil de um Líder?
Faça um exercício de auto análise, pense no cargo ou função que você exerce, ou no que deseja exercer, e responda as
perguntas abaixo.
Onde fica seu coração quando a questão é servir?
_________________________________________________________________________________

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Liderança – Revisão 2004
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Quais são os privilégios e benefícios que esta função traz?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Você deseja se tornar um líder por causa dos privilégios e benefícios? Explique e justifique sua resposta.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Se você quer se tornar de fato o tipo de líder que as pessoas desejam seguir, terá de resolver a questão do servir. Se sua
atitude é de ser servido, em vez de servir, pode estar indo ao encontro dos problemas.
Na verdade aqueles que devem ser grandes precisam ser os mais humildes entre todos.

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Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS

Padrão de Liderança

1) Complete
É importante estar sempre revendo as características fundamentais que todo líder deve cultivar para ser
_______________________________

2) Responda
Qual o grande exemplo bíblico de eficácia? O líder que construiu os muros da cidade de Jerusalém em 52
dias?____________________

3) Complete
A ________ de deve ser algo que o ______da obra de Deus deve buscar ______________, pois somente _____________
algo ao ______de Deus se nossas _____ forem _________

4) Responda:
Quais são os sete princípios para liderar como Jesus liderou?
a-____________________________________________________________
b-____________________________________________________________
c-____________________________________________________________
d-____________________________________________________________
f-____________________________________________________________
g-____________________________________________________________
h-____________________________________________________________

5) Marque com x a alternativa correta


Qual o verdadeiro lugar dos líderes?
a- no altar, pregando com o microfone.
b- bem ao centro, no meio do povo, das multidões, em destaque.
c- num lugar solitário, em oração, mas que possa ser visto por todos.
d- servindo no meio do povo, não na mesa principal

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Liderança – Revisão 2004
V UNIDADE - RECURSOS HUMANOS NA IGREJA

O líder somente poderá ser assim chamado se possuir liderados, ou seja, se houverem pessoas sob seus cuidados e
liderança, sendo assim, faz-se necessário que o líder desenvolva habilidades de Gestão de Pessoas como parte integrante do
exercício de sua liderança.
A seguir veremos alguns pontos de extrema importância na Gestão de Pessoas na Igreja.

COMO SELECIONAR PESSOAS PARA CARGOS DE LIDERANÇA


O sonho de muitas pessoas é assumir cargos de liderança, principalmente quando esta pessoa possui alguma visão ou plano
com relação ao ministério da casa de Deus, porém a intenção somente não pode reger a escolha de alguém para tal função;
além da busca do conhecimento que deve ser presente, o preparo contínuo de todos os outros pontos que vimos no decorrer
do estudo deste material, alguns pontos das características pessoais precisam ser levadas em conta no ato da escolha de
alguém para um cargo ou posto de liderança.
Estes pontos são:
Capacidade de Comunicação: Existe uma pesquisa de um instituto internacional que diz que em um ambiente comunitário e
associativo (as igrejas se incluíam neste ponto na pesquisa) as pessoas consideram a comunicação ruim, sendo que, 78%
delas dizem não conseguir entender exatamente o que seus líderes desejam deles.
Os membros e participantes querem saber o que seus líderes esperam deles e desejam ter o “feed-back” sobre seu
desempenho, além de entender o papel que eles devem exercer ao fazer parte deste grupo e como podem contribuir para o
atendimento às metas e objetivos estabelecidos.
Um bom líder pode fornecer estas informações, mas isso requer tática específica e perfil adequado para a fluência da
comunicação. Não estamos falando de saber usar as palavras corretamente e na hora certa. Um excelente comunicador sabe
ouvir e tem o senso de percepção altamente desenvolvido, ou seja, consegue entender as mensagens por trás dos gestos
faciais e corporais.
A pessoa que intenta ocupar um cargo ou posição de liderança possui estas habilidades? Esta pessoa sabe gerenciar
conflitos, não só entre pessoas, mas também os de ideais? Ela se sente confortável ao pregar ou conduzir uma fala em
público?
Se você respondeu sim para todas as questões anteriores muito possivelmente você estará escolhendo pessoas adequada
para tal função.
Vale lembrar a importância desta escolha, pois ao escolher a pessoa errada você poderá estar colocando uma carga superior
que ela não está apta a suportar e com isso poderá frustrá-la para o trabalho na casa de Deus, sem dizer que pode também
comprometer sua vida de fé com esta frustração.
Comprometimento com a causa: Não poucas vezes ouvi de alguns colegas de ministério a seguinte afirmação: “Investi tanto
tempo em um líder de minha igreja e após algum tempo me decepcionei com o vê-lo abandonar tarefas que deveria realizar”.
Este é um caso típico de má avaliação de comprometimento.
Existem inúmeras pessoas que estão envolvidas com a causa do Senhor Jesus Cristo e com sua igreja local, porém poucas
são as que verdadeiramente estão comprometidas e, estas são as que estao aptas para ocupar funções e cargos na obra de
Deus, principalmente os de liderança.
O exemplo mais claro da diferença entre o envolvido e o comprometido pode ser dado através da ilustração do “bife com
ovos”.
Quando analisamos o envolvimento e o comprometimento do boi e da galinha com o resultado final a ser obtido que é o “bife
com ovos” entendemos que a galinha somente está envolvida com o resultado final, pois deixa seu ovo no ninho e daí por
diante se alguém pretende ter o resultado final terá de processar todo o ovo, fritá-lo e colocá-lo junto ao bife, porém no caso do
boi é diferente, pois para que o resultado final seja possível o boi necessitou deixar um pedaço de si mesmo, já que o “bife com
ovos” jamais existirá sem o pedaço do boi.
A pessoa que você pensa em escolher para posição de liderança em sua igreja se encontra em qual destas realidades, está
apenas envolvida com o que acontece, mas os demais é que fazem a coisa acontecer, ou se preciso for deixará um pedaço de
sua vida no desenvolvimento e realização da obra de Deus e em pról da igreja a qual hoje pertence?
Se caso sua resposta for afirmativa para a segunda realidade, esta pessoa muito possivelmente estará apta a ocupar o
pretendido posto.
Poder de recuperação: Este é um ponto mais que importante na escolha de alguém para uma posição de liderança, ou seja,
uma posição estratégica para a obra de Deus.
Os líderes nem sempre conseguem o que querem. As pressões internas e externas pelos resultados ou pela realização de
determinado projeto dentro da casa de Deus são constantes e elevadas. Conflitos interpessoais às vezes parecem não ter
solução. Os líderes devem estar emocionalmente preparados para lidar com situações desgastantes sem deixar que elas o

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Liderança – Revisão 2004
abalem. Aqueles que preferem preencher o tempo com reclamações não são e não serão bons líderes. Para assumir essa
posição, é preciso habilidade para aceitar o desapontamento sem ficar desencorajado. Os líderes devem criar soluções e não
apenas identificá-las.
Esta pessoa tem coragem e convicção suficiente para ver suas sugestões e pedidos negados pela liderança maior mais de
uma vez e mesmo assim continuar tentando? É capaz de lidar com os desapontamentos sem descontar em outras pessoas?
Aceita os grandes desafios ou eles consomem sua energia? Conseguem não se deixar influenciar por aparentes injustiças as
quais podem estar presentes em todo ambiente que possui pessoas?
Portanto, antes de escolher alguém para ser líder apenas pela vontade de o ser, pense bem. Será que a segurança ou a
exposição que um cargo de liderança pode proporcionar é suficiente para deixar esta pessoa satisfeita? Ou a primeira situação
adversa dentro dos pontos relatados acima o fará parar e prejudicar todo um planejamento da obra e da casa de Deus.

COMO TREINAR ESTAS PESSOAS


Como jamais poderia deixar de ser nosso maior professor sempre será o Senhor Jesus Cristo, e neste assunto em específico
temos lições esplêndidas e maravilhosas deixadas por Jesus nas escrituras.
Se nos direcionarmos para a palavra de Deus encontraremos a seguinte ordenança de Jesus: “Ide por todo o mundo e fazei
discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo...”. Eis aqui a chave do sucesso de qualquer
treinamento dentro da casa de Deus, ou seja, o discipulado.
Discipular tem sido usado por diversos pregadores e autores com objetivos que divergem completamente do que Jesus quis
nos ensinar, pois Jesus teve, em sua decisão em conjunto com Deus Pai de que Ele deixaria os céus para vir habitar esta terra
e aqui viver por 33 anos, uma decisão pelo ensinamento através do discipulado, isto é, através do exemplo.
Jesus nos mostra através dos relatos das escrituras que sua vida era em todo o momento usada como parâmetro de avaliação
por seus discípulos e pelos demais, sendo que em vários pontos podemos observar questionamentos, sejam eles positivos ou
negativos com relação ao comportamento do Senhor Jesus Cristo.
Não há outra maneira de se treinar um bom líder se sobre ele não houver alguém que o ensine com a experiência da boa
liderança.
Hoje quando nos deparamos com os novos convertidos, diferentemente de em outras épocas, recebemos uma enxurrada de
questionamentos e argumentações sobre nossa conduta, nossa declaração de fé, sobre o que nos identifica como cristãos,
sobre quais são nossos princípios e valores e muitos outros pontos de extrema relevância na vida cristã. Isto faz com que a
pessoa que se dispõem a treinar futuros líderes necessite ter muito bem estabelecidas e determinadas suas convicções de
vida e conduta cristã.
Nenhum treinamento será eficaz e proveitoso na casa de Deus se este não puder ser estabelecido sobre a coluna do exemplo
próprio. De nada adianta inúmeras teorias e afirmações, se o preceito básico de Jesus não for seguido. Ele viveu nossas
situações para nos ensinar e treinar para o que é possível, vencer o mundo e seus prazeres; desta mesma maneira, ao treinar
alguém para obra de Deus precisamos poder apresentar nossa vida como livro texto para este treinamento, ou de nada valerá
o tempo despendido em qualquer outro método de ensino.
A igreja precisa estabelecer uma estrutura de ensino adequada para cada fase da vida espiritual e maturidade de ministério,
pois desta maneira, garantir-se-á que, todas as pessoas dispostas a aprender serão contempladas com algo novo em suas
vidas e poderão ter algo mais a por em prática nas suas atividades dentro da obra de Deus.
Fundamental a participação das pessoas que estão sendo treinadas para posições de liderança em trabalhos da igreja local
como, escola bíblica, seminários, congressos, programa de discipulado dirigido, curso de teologia entre outros, é essencial
para a boa formação deste líder, pois através disto, além de se receber uma nova carga de conhecimento a cada trabalho, a
participação e observação do líder que o está treinando o moldará adequadamente para o trabalho do posto ou posição para
qual ele está sendo indicado.
O Sistema Nacional de Educação da IEQ criado pela SGEC tem o objetivo de formar líderes desde o ensino da membresia até
os cursos de formação teológica pastoral.

ETAPA DE MOLDAGEM
Existe um período na vida do líder ou do líder em treinamento que chamamos de ETAPA DE MOLDAGEM, em muito dos
casos acaba por representar o primeiro ano de seu preparo, onde tudo que lhe for fornecido como conhecimento, atividade,
envolvimento, possibilidade, informação, responsabilidade servirá para a moldagem de sua liderança e isto tem influência
direta sobre seus resultados na obra do Senhor no decorrer de seu ministério.
É necessário que se tome atenção a este ponto, pois podemos prejudicar a moldagem de um líder se não a conduzirmos
corretamente.
Neste período devemos envolver o líder em atividades e responsabilidades que realmente testem sua competência e
determinação para com o resultado da obra de Deus, ao darmos o devido suporte para o líder em treinamento, acompanhando

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Liderança – Revisão 2004
suas tarefas e resultados, possibilitamos a eles terem um retorno de suas ações com lições práticas do dia-a-dia, sem que
seus possíveis erros prejudiquem e tenham impactos negativos sobre o bom andamento da obra de Deus e da igreja.
Por muitas vezes devemos levar nossa estratégia de treinamento e compará-las com estratégias de sucesso do mundo
corporativo também, pois por mais fria que esta afirmação possa parecer, a igreja quando observada no ponto de sua
administração é uma mega corporação com mais segmentos e áreas que a maioria das empresas existentes no mercado
formal.
Ao realizarmos esta comparação chegamos è seguinte pergunta: será que é em vão que as grandes empresas e as de
melhores resultados possuem programas de “trainee” (treinamento de líderes) estabelecidos?
Estes programas variam de duração de um a três anos em média e tem como função preparar alguém que tenha apresentado
características que o torna apto a ocupar postos e posições de lideranças dentro das empresas, sendo que, durante esta
preparação suas ações e decisões sempre serão suportadas por alguém que já exerça esta atividade e possui a devida
experiência, desta maneira, se permite que o treinando vivencie a situação real, mas não corra o risco direto do fracasso e de
comprometer os resultados da empresa.
Trazendo esta idéia para dentro da igreja, seria, por exemplo, permitir que um possível coordenador do grupo de homens
possa passar um período de um ano acompanhando o atual coordenador, permitindo que ele aprenda todos os pontos
necessários de forma também prática, fazendo que quando no ano seguinte ele assuma em definitivo as suas funções o
resultado para a obra de Deus seria melhor do que se ele tivesse que aprender já com a pressão da necessidade do resultado.
É muito importante que quem está sendo treinado seja orientado a explorar ao máximo suas novas informações e a aproveitar
este período de moldagem para praticá-las e testá-las.

COMO LIBERAR ESTAS PESSOAS PARA O MINISTÉRIO


Em primeiro lugar, antes de entrarmos no assunto relatado pelo título é necessário fazermos a seguinte reflexão:
O que me faz ter convicção e a esta pessoa de que ela deve ir para o ministério?
Quais os motivos reais que a levam a desejar o ministério?
Qual o histórico de comprometimento desta pessoa?
Como vejo esta pessoa em uma posição e situação onde ela não possuirá mais o suporte direto de um pastor ou um líder que
diga a ela exatamente o que fazer?
Qual a posição desta pessoa frente ao ganhar almas? E que grau de importância isto tem para ela?
Se após responder todas estas questões você ainda assim se sentir confortável para enviar esta pessoa ao ministério, vá em
frente, treine, prepare e libere, pois Deus levantou mais um ceifeiro para sua obra.
Preparo Teológico
Como observado anteriormente, nosso maior exemplo sempre será o Senhor Jesus Cristo, desta forma, precisamos perceber
a importância do preparo teológico para aquele que desejar e aspira ir para o ministério.
Ao prepararmos alguém para ser enviado ao ministério precisamos despertar nesta pessoa o interesse constante pelo
aperfeiçoamento da palavra de Deus e das doutrinas e estatutos de sua igreja, pois esta pessoa somente estará apta para ser
enviada para o ministério quando este desejo pelo crescimento relativo ao conhecimento for presente a cada momento de sua
vida.
Deus quer usar mulheres e homens para sua obra, mas Deus jamais usa vaso preparado de qualquer maneira, o preparo
precisa ser profundo e consistente, pois quando enviamos alguém ao ministério estamos permitindo que esta pessoa dê frutos,
porém jamais um limoeiro produzirá abacaxi, sendo assim, se enviarmos para o ministério alguém que não busca o preparo
teológico e o conhecimento contínuo da palavra de Deus, permitiremos que seja gerada uma geração de outros
desinteressados na palavra de Deus, pois aqueles a quem esta pessoa gerar serão frutos iguais a ele.
Comunicação e Nível de Linguagem
No exercício do ministério a comunicação e o nível de linguagem é extremamente importante.
Quando voltamos aos relatos das escrituras observamos que, mesmo querendo passar desapercebido na noite em que negou
a Jesus por três vezes, Pedro não conseguiu, pois as pessoas identificavam em sua forma de comunicação e nível de
linguagem que ele era um dos que haviam estado com Jesus.
Assim deve ser o preparo antes de enviarmos alguém ao ministério, pois esta pessoa deverá apresentar através de sua
comunicação e do seu nível de linguagem, características que o identifique com discípulo e servo do Senhor Jesus Cristo.
Não estamos aqui dizendo que, somente quem possui pleno domínio da língua portuguesa está apto para o exercício do
ministério da obra e da casa de Deus, porém isto também não deve servir de apoio aos que nunca se interessam em aprimorar
seu nível de linguagem e sua forma de falar corretamente.
O problema da falta de interesse em melhorar o nível das palavras utilizadas e o conhecimento da língua portuguesa não é
somente pelo fato de termos um sermão simplório e cheio de palavras faladas de maneira errada, corremos também o risco de

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Liderança – Revisão 2004
palavras serem mal utilizadas por não se saber exatamente que significado possuem dentro de determinado contexto e
comprometermos a integridade da casa de Deus e do que é pregado nela.
Antes de enviarmos alguém ao ministério precisamos moldá-lo no que diz respeito a gírias e dizeres popular. Não fica bem a
um membro do ministério o uso de gírias e expressões chulas nem em seu cotidiano e menos ainda na condução da obra de
Deus no exercício de seu ministério.
Preparemos os que irão ao ministério de forma a serem identificados, por sua comunicação e nível de linguagem, como servos
honrados do Senhor e dignos de plena confiança dos que os ouvem.
Traje e Estilo
A Bíblia Sagrada ensina a moderação. A roupa de um líder deve primar por este fruto do Espírito Santo.
A Igreja do Evangelho Quadrangular não prega costumes, portanto o parâmetro do líder deve ser exatamente a virtude
colocada no primeiro parágrafo.
O zelo com a saúde e a aparência são bíblicos. O “templo do Espírito Santo” merece cuidados internos e externos. Manter-se
no peso, vestir-se com elegância sinalizam uma postura equilibrada e denotam o cuidado.
Desde que observada a moderação e o zelo não haverá equívocos em criar um estilo moderno, fino e elegante no vestir.
Prática Ministerial e Liderança Aplicada
Antes de se enviar alguém para o ministério é necessário desenvolver em conjunto com o postulante a prática ministerial e a
liderança aplicada, isto podemos fazer de diversas maneira.
Uma maneira muito adequada e que produz ótimos resultados é envolver previamente o postulante em atividades mais
abrangentes na igreja em que este atua hoje, desta maneira, será possível iniciá-lo às práticas que são pertinentes ao
exercício do ministério propriamente dito.
Outra maneira muito eficaz é abrir campo para que o postulante atue junto a congregações é colocá-lo como auxiliar nas
atividades ministeriais, lembrando da orientação deixada por nosso mestre “sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te
colocarei”, desta maneira também, além de permitir a prática junto aos membros, novos convertidos e no ganhar almas,
poderá também avaliar o verdadeiro ponto motivador que leva esta pessoa a desejar ingressar no ministério.
O envolvimento do postulante em trabalhos evangelísticos de massa também permite que este desenvolva habilidade de
comunicação e de relacionamento interpessoal que terão impactos altamente positivos no exercício do ministério.

I.E.Q - Secretaria Geral de Educação e Cultura 33


Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS

Recursos Humanos na Igreja

1) Preencha as lacunas de acordo com o texto da apostila:


O __________ somente poderá ser assim chamado se possuir __________ , ou seja, se houverem _______ sob seus
_________e liderança, sendo assim, faz-se necessário que o líder desenvolva ____________de _________________ como
parte integrante do exercício de sua ___________.

2) Marque a alternativa correta:


Quais características pessoais precisam ser levadas em conta no ato da escolha de alguém para um cargo ou posto de
liderança:
a-capacidade de comunicação
b-desejo ardente de ser um grande um grande líder
c-comprometimento com a causa
d-poder de recuperação

3) Responda:
Qual a diferença entre pessoas envolvidas e pessoas verdadeiramente comprometidas com a causa do Senhor?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4) Marque com um X a alternativa correta:


O que identificou Pedro como um discípulo de Jesus, quando este estava preso e o apóstolo se aquecia ali próximo?
a- as vestes
b- a linguagem
c- a companhia de outros apóstolos
d- ele se apresentou como seguidor de Jesus

I.E.Q - Secretaria Geral de Educação e Cultura 34


Liderança – Revisão 2004
VI UNIDADE – AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE

A AUTORIDADE E A RESPONSABILIDADE DO LÍDER


Estas duas palavras se relacionam diretamente entre si e estabelecem a base de qualquer liderança bem sucedida que possa
existir.
Ao ser investida de autoridade a liderança só virá a se estabelecer quando o líder assumir as responsabilidades do cargo ou
função para o qual foi designado. Autoridade e responsabilidade são inseparáveis.
O líder sabe que tem responsabilidades, e que estas são bem maiores do que a de seus liderados, se a equipe falhar ele deve
se responsabilizar, e se for o caso dar o exemplo e recomeçar novamente, animando e encorajando sua equipe ou seu grupo;
ou ainda se a equipe falhou, é o líder quem deve nortear novas estratégias para que todos tenham êxito.
É grande a responsabilidade de um líder, e proporcional ao seu grau de autoridade; a medida que o nível hierárquico da
autoridade vai aumentado, vão se somando novas responsabilidades. Embora um líder não deva trabalhar sozinho, mas
delegar tarefas ao grupo, a responsabilidade final é dele; mesmo que os louros da vitória pertençam à equipe, e devem ser
divididos com ela, contudo a responsabilidade é da autoridade: o líder.
Parece incoerente que os resultados negativos sejam responsabilidade do líder e o êxito nos resultados pertencem à equipe,
contudo é assim que o líder deve se apresentar , como um maestro que rege uma orquestra. Ele administra os resultados, e se
gratifica com as vitórias do grupo.
Toda pessoa que almeja ser um líder tem que de antemão estar disposta a assumir um grande número de responsabilidades,
as mais diversas possíveis, desde sua vida financeira, sua vida familiar, sua vida profissional, sua vida de fé, com inúmeros
compromissos que resultam da prática da liderança, do cuidado com seus liderados, da atualização constante, e muitos outros
pontos de responsabilidade que a liderança nos impõem.
Um ponto é muito importante lembrar sobre definição de autoridade. A autoridade nada tem a ver com medo ou repreensão, a
autoridade se estabelece a partir da conquista, ou seja, ninguém impõe ou obriga que alguém aceite sua autoridade, esta deve
surgir através do reconhecimento por parte dos liderados.
A autoridade requer do líder habilidades adicionais principalmente no que diz respeito ao seu comportamento diante de seus
liderados, pois o uso da autoridade tem que ser feito de forma a não permitir que ela venha prejudicar o relacionamento
interpessoal do líder para com seus liderados, o uso da autoridade deve ser algo que flua tranqüilamente dentro da equipe que
permita um vínculo ainda maior de comprometimento entre ambos permitindo assim facilitar a conquista do objetivo ou metas
esperados pelo grupo.
Modelo Bíblico de Autoridade
Vale sempre lembrar que Jesus estabeleceu sua autoridade através de seu exemplo, o líder cristão deve almejar o mesmo,
estabelecer através do exemplo sua autoridade junto a seus liderados, pois através do exemplo se conquista a propriedade
para exercer a autoridade. Desta maneira podemos até afirmar que para que se exerça autoridade de forma excelente, o
exemplo de vida pessoal passa a ser mais uma responsabilidade do líder.
A Autoridade de Jesus
Estevão Canfield, escreveu sobre a autoridade a de Jesus como um modelo que precisa ser seguido pelos líderes cristãos:
“O evangelho que mais enfatiza as obras e os milagres de Jesus é o evangelho de Marcos. O evangelista aqui “pinta um
quadro especialmente poderoso e interessante para os novos crentes...
Três dos milagres de Jesus aparecem logo no primeiro capítulo. Eles mostram o poder de Jesus, seu amor pelo indivíduo e o
indiscutível fato de que Ele é Deus.”
Jesus tinha uma peculiaridade no seu ensino. O texto bíblico diz que “Ele ensinava como tendo autoridade.” (Marcos 1.15)
Esta característica contrastava com a característica dos demais mestres do seu tempo, aqui no caso, os escribas.
Era uma maneira que chamava a atenção dos ouvintes, costumeiros freqüentadores da sinagoga, a ponto de “se maravilharem
da sua doutrina.”(vs.22) A palavra autoridade, segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, significa: “Direito ou poder
de se fazer obedecer, de dar ordens, de tomar decisões, de agir, etc. 2. Aquele que tem tal direito ou poder.” Gostaria de ficar
com esta última definição: “aquele que tem poder.”
Diante da palavra de autoridade de Jesus as forças das trevas se manifestam. João na sua primeira epístola diz: “Para isso o
Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo.”(I João 3.8) Os demônios estavam perguntando o mesmo:
“Viestes nos destruir?” (vs. 23.) Onde o poder e a autoridade de Jesus se manifestam o poder do mal tem que sair. Usando as
mesmas palavras do texto, têm que ser destruídos. É uma posição radical, não existem meios termos!
Jesus tinha autoridade para dizer e determinar, por que tinha poder, ou seja, fazia cumprir o que era dito. Não era uma palavra
teórica, mas uma palavra que se concretizava na prática. Ele se impunha e se fazia obedecer pelos espíritos demoníacos. Por
que? Porque além de Jesus ter o poder eles sabiam quem era Jesus: “Bem sei quem és, o Santo de Deus.”(vs. 23.)

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Por isso quando Jesus fala imediatamente os espíritos imundos obedecem. A congregação não só ouviu, mas viu a
demonstração do poder do próprio Deus. Conseqüentemente o nome de Jesus correu toda a província da Galiléia. (Vs. 28.) A
manifestação dos demônios evidenciava a presença do próprio Deus. E isto é simplesmente maravilhoso!
As pessoas precisam ouvir, mas também precisam ver o poder de Deus. Hoje, mais do que nunca, precisamos do poder e da
autoridade que procede do nome de Jesus, como ele mesmo disse:
"...sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e
se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão
curados.”(Marcos 16. 15-18.)
Tipos de Autoridade e Seus Relacionamentos
“Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava
como quem tem autoridade e não como os escribas”. Mateus 7.28-29
O Reverendo Carlos Alberto Henrique, também faz uma abordagem da autoridade de Jesus, através de uma análise
comparativa de outros modelos ou tipos de autoridade que se apresentam em nosso meio, atitudes autoritárias muitas vezes
criticadas em nossos líderes, ou em outros líderes, podem estar sendo largamente utilizadas por nós mesmos. Leia com
atenção o texto deste autor:
“Jesus foi uma personagem ímpar na história da humanidade. A sua maneira dócil no falar, as suas respostas sábias às
armadilhas dos escribas e fariseus, a sua extrema dedicação às pessoas, prova do seu amor intenso pelo ser humano, fazem
de Cristo um líder extraordinário, um mestre acima de qualquer outro que já tenha existido. Uma das coisas que marcava o
“modus vivendi” de Jesus era a sua autoridade. Cremos que existem três tipos de autoridade, que geram os seus devidos tipos
de relacionamentos.
Autoridade Imposta
Em primeiro lugar encontramos a autoridade imposta, aquela que é fruto de uma função que uma pessoa ocupa, que vem em
decorrência do cargo que alguém possa ter. Esta autoridade, que era própria dos escribas e fariseus, é exercida de forma
ditatorial, de cima para baixo. Ela exige das pessoas uma obediência fundamentada no medo, visto que é sempre exercida na
base da imposição do tipo: “Eu sou seu chefe, por isso você deve me obedecer”. Ou: “Aqui quem manda sou eu”. Esse tipo de
autoridade produz uma obediência doentia, fruto do medo e somente de presença, visto que na ausência da autoridade as
pessoas não obedecem. Nesse tipo de autoridade não há espaço para o diálogo, para a conversa, para se ouvir a opinião do
outro, visto que o outro é sempre objeto, jamais sujeito.
Autoridade Dissimulada
Por outro lado, temos a autoridade dissimulada, aquela que é usada de forma covarde, visto que a pessoa que a tem, não tem
consciência de que a tem e por isso usa a sua autoridade de maneira equívoca, sempre usando de chantagens para
conquistar o que quer, chantagens do tipo: “Filho, se você não obedecer, a mamãe vai passar mal”. Ou: “Se você não dormir
agora o bicho-papão vem pegar”. Ou, ainda: “Se você não ficar quieto eu não compro aquele presente que eu lhe prometi”.
Essa autoridade produz um tipo de obediência por pena, por dó ou por interesse e somente de presença também.
Autoridade Autêntica
Por fim, temos a autoridade autêntica, aquela que não precisa de títulos, de cargos ou de posições para ser exercida. Essa é
uma autoridade legítima, que respeita o outro, que vê no outro não um objeto apenas, mas, um parceiro. Ela é autêntica
porque o discurso não é diferente do “modus vivendi”. Ela é autêntica porque é uma coisa só, pois consegue amalgamar na
mesma massa “atitude e discurso”.
Logo, ela é responsável, é séria, é amiga, é companheira. Ela é autêntica porque consegue conquistar pelo respeito e não pela
imposição, isso gera uma obediência verdadeira, fruto do reconhecimento e não do medo ou da piedade. Ademais, temos uma
obediência de presença e de ausência, visto que o que está em disputa não é a autoridade, mas, antes, a fidelidade daquele
que obedece para com aquele que é obedecido.
Por isso Jesus era diferente. Por isso ele conseguiu ter relacionamentos tão saudáveis. Por isso as pessoas ouviam
atentamente aquilo que Jesus falava, pois as suas palavras não eram um mero discurso, visto que a sua vida falava por si
mesmo. Cremos que só conseguiremos ter relacionamentos saudáveis, quando conseguirmos restaurar o princípio de
autoridade em nós mesmos, pois onde não há autoridade autêntica, verdadeira e saudável, o que impera é a desobediência
que gera baderna, desequilíbrio e crises tremendas.
Logo, que resgatemos esse estilo de autoridade autêntica, que a mesma seja exercida em amor e assim tenhamos
relacionamentos saudáveis, abençoados e construtivos, pois aí está a verdadeira sabedoria e um dos fundamentos da
Educação que é: Aprender a conviver”.
Autoridade Interior e Autoridade Exterior
Como podemos desenvolver autoridade autêntica em nossas vidas? É preciso cultivar a autoridade interior que nos é
concedida de forma sobrenatural, e administrar bem a autoridade exterior que nos é delegada por outras autoridades em grau
hierárquico maior que o nosso.

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Estes conceitos e princípios de autoridade interior e exterior serão abordados a seguir, e estes focalizam o indivíduo em
relação a si mesmo e ao grupo que lidera.
Em seu livro Seja um Líder de Verdade, o reconhecido autor John Haggay faz uma abordagem sobre este assunto em todo o
capítulo 12; recomendamos a leitura de todo o livro, mas vamos “pinçar” alguns trechos.
Segundo Haggay....
A autoridade interior faz com que uma pessoa obtenha o respeito de outras, e por meio da qual esse líder pode exercer uma
poderosa influência sobre outros por virtude do seu próprio carisma e de sua personalidade. Ela é bem perceptível. Não
depende do clube de que é sócio, nem de sua posição social, nem de sua raça, nem de sua capacidade intelectual.
A autoridade interior é o carisma, o amor-próprio, a personalidade que leva uma pessoa a conquistar a liderança no grupo. É o
elemento que caracteriza todos os "líderes naturais". Essa autoridade interior distingue quem a possui das outras pessoas, e é
diferente da autoridade exterior.
A autoridade exterior é a que leva uma pessoa a exercer influência sobre outras por virtude de símbolos ou posição. A exterior
pode ser retirada de uma pessoa; a interior, não. A autoridade exterior pode servir para impressionar outros, mas não faz com
que seu possuidor obtenha respeito dos outros e exerça uma influência especial a ponto de levar um grupo a buscar metas de
permanente benefício que atende às suas reais necessidades. Isso vem somente da autoridade interior.
O princípio de autoridade reconhece a distinção entre a autoridade interior e a exterior, e estabelece que o líder deve
desenvolver e aumentar a interior. Eu estou firmemente convencido de que toda pessoa de mente, espírito e corpo normais
possui as sementes da autoridade interior, alguns em maior medida do que outros. Também estou convencido de que ela pode
ser desenvolvida para o benefício das pessoas lideradas e, acima de tudo, para a glória de Deus.
A Autoridade Interior
É difícil definir a autoridade interior. Nesse aspecto, ela é como a própria vida, que parece desafiar uma definição científica e
legal. Entretanto, a autoridade interior é a qualidade que faz de uma pessoa um líder. Vejamos o que a autoridade interior não
é, dando alguns exemplos dela, identificando algumas de suas características.
A autoridade interior nada tem a ver com atos ou características físicas. Aquele que possui autoridade pode ser baixo ou alto;
pode ser gordo ou magro; bonito ou feio; e pode ter um discurso eloqüente ou hesitante.
A autoridade interior tem muito pouco a ver com riqueza, posição social ou status. A pessoa com autoridade interior pode ser
rica ou pobre, famosa ou desconhecida, socialmente proeminente ou não. Alguém pode usar essa autoridade para obter
riquezas, fama e proeminência social, se essas são as suas metas na vida, e eu acho que o número das pessoas ricas,
famosas e socialmente proeminentes que exibem autoridade interior é maior do que as que não são nada disso. Mas é
importante compreender que essas coisas constituem o resultado da autoridade interior - não a causa dela.
A autoridade interior tem pouco a ver com o sucesso. Como as riquezas, a fama e a proeminência social, o sucesso pode ser o
resultado dela, e quem possui forte autoridade interior tem maior chance de sucesso do que quem não a possui. Mas a
autoridade interior não constitui garantia de sucesso.
Ter autoridade interior não significa que a pessoa se acha melhor do que os outros. É, mais, exatamente, uma convicção de
que pode influenciar os membros do seu grupo para buscarem atingir as metas de permanente benefício. Não é orgulho, mas
a crença de que sua visão, suas idéias e sua liderança beneficiarão o grupo. Todo líder, em algum momento de sua vida,
descobre que é realmente capaz de influenciar outros. As pessoas agem e se modificam por causa do que ele diz e faz. E
assim que ele percebe que possui autoridade interior.
Evidentemente o apóstolo Paulo tinha essa autoridade. Ele tinha aparência comum, não possuía um físico marcante, e não era
eloqüente. Mas deve ter tido autoridade interior, já que foi capaz de prender a atenção dos líderes do mundo, bem como de
pessoas dos dois extremos do espectro social e econômico.
Naturalmente, Jesus foi o exemplo máximo de uma pessoa com autoridade interior. A Bíblia não diz se ele tinha uma presença
física imponente. Mas não teve riquezas, nem projeção social, nem status. Pelos padrões do mundo, ele não foi um sucesso.
E, no entanto, inspirava respeito nos outros e exercia poderosa influência sobre as pessoas por virtude de sua autoridade.
Depois de registrar o "Sermão do Monte", Mateus diz que Jesus "as ensinava como quem tem autoridade, e não como os
escribas" (Mt 7.29) .
Nicodemos era uma das setenta pessoas mais importantes do povo judeu na Judéia. Como membro do Sinédrio, ajudava a
governar a nação. Religiosamente, ele era inigualável. Sabia de cor 400 leis cerimoniais. Jejuava dois dias por semana e orava
quatro vezes por dia. Em contraste, Jesus não tinha posição, nem status. Nicodemos era mais velho que Jesus. E, no entanto,
quando os dois se encontraram, Jesus foi o líder inconteste. Logo no início do encontro deles, Nicodemos dirigiu-se a Jesus
chamando-o de "Rabi", que significa "Mestre". Jesus possuía uma autoridade' interior que ninguém negava, nem mesmo seus
caluniadores.
Quando Jesus expulsou do Templo os cambistas, foi confrontado pelos principais sacerdotes e anciãos na questão da
autoridade. Eles perguntaram: "Com que autoridade fazes estas cousas'? E quem te deu essa autoridade'?" (Mt 21. 23.) Jesus
não respondeu à pergunta deles embora sua autoridade viesse de Deus. Ele tinha, também, autoridade sobre os espíritos
imundos (Mc 1. 27) e podia comunicar aos seus discípulos o poder sobre os demônios e o de efetuar curas (Lc 9.1) .

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Um ingrediente da autoridade interior é a individualidade. Essa autoridade distingue seu possuidor das outras pessoas. Como
resultado, os outros o consideram singular, e não como parte de um grupo, classe, ou sociedade. Os outros querem estar na
presença daquela pessoa por causa dela mesma. Sua individualidade é visível. E essa autoridade existe sempre. Não é algo
de que a pessoa se reveste quando está na presença de outros.
O outro ingrediente é um senso de humildade e uma avaliação realista da autoridade pessoal do líder. Aquele que possui
autoridade interior não se deixa bajular, nem sente necessidade de bajular os outros sem motivo. Não julga ninguém superior,
nem menospreza ninguém. Embora seja receptivo e afável, não é lisonjeador e jamais condescende. O líder que se espelha
em Cristo, que possui essa autoridade simplesmente depõe todos os elogios aos pés de Jesus Cristo, a quem serve, como um
tributo a ele.
A pessoa com autoridade interior nunca é fraca, débil, ou sem personalidade. Pode estar fisicamente envelhecida e fraca, mas
deixa transparecer uma impressão de força.
E o que é mais importante: a pessoa com autoridade interior tem autoconfiança e um forte senso de amor próprio. A
consciência que tem de sua dignidade pessoal é sadia. Ela não depende do apoio de outros para determinar quem é, o quanto
já realizou, ou o que as pessoas pensam dela. Ela se controla a si mesma nos termos mais objetivos. Não precisa que alguém
lhe dê a chave da cidade para certificar-se da sua importância. Jamais teria a idéia de insinuar que fosse realizado um jantar
de homenagem em sua honra. Possui uma crença sincera em si mesma, que deriva do fato de compreender, perdoar, e
aceitar-se a si mesma. É esse amor próprio que dá ao líder natural a autoridade interior.
A Autoridade Exterior
A autoridade exterior, por outro lado, deriva sua influência não da força e da capacidade pessoal, como acontece à interior,
mas de sinais, símbolos e manipulação exteriores. É uma autoridade que pode ser retirada de uma pessoa, o que indica que
ela nunca a possuiu realmente. E uma autoridade imediatamente reconhecível por aqueles que sabem identificar os sinais
dela.
No exército, a autoridade relativa que cada um possui está indicada no peito ou na manga da farda, para ser vista por todos.
Um general é o mais importante e pode exercer mais influência sobre maior número de pessoas do que um sargento. Este, por
sua vez, é mais importante e pode exercer mais influência sobre maior número de pessoas do que um soldado raso. A
autoridade que cada um tem vem de sua posição que está refletida na farda. Um general pode fazer certas coisas porque é
general e possui autoridade exterior, não porque tenha a capacidade. a força de caráter ou a inteligência - a autoridade interior
- para fazê-las embora se espere que ele as tenha.
O líder que se espelha em Cristo procura desenvolver sua autoridade interior e não contar com a exterior. Entretanto, se ele
estiver consciente de sua liderança - e a desenvolver pelo cultivo da autoridade interior, estará cônscio, também, dos
elementos que são considerados símbolos e manipulações da autoridade exterior na sua situação. Embora ele subordine a
autoridade exterior à interior, utiliza a primeira de forma sábia.
Desenvolvendo a Autoridade Interior
Nós temos, dentro de nós, uma autoridade interior. Quem pretende ser líder, mas não exibe essa autoridade, seja por não
exercitá-la ou por não ter auto-estima, deve tomar providências para cultivá-la.
Primeiro, contudo, permita-me mencionar o seguinte: não creio que alguém seja capaz de exercer autoridade sobre outros
enquanto não aprender, primeiro, a aceitar autoridade sobre si mesmo. Além disso, mesmo quando uma pessoa está em
posição de autoridade, ela deve sentir-se responsável perante os outros. Ela pode ser responsável perante um indivíduo -
como numa companhia ou em igrejas com a forma de governo episcopal. Ou a pessoa com autoridade pode ser responsável
perante uma junta de diretores ou perante acionistas. Em algumas situações, há líderes cristãos que estão se tornando
participantes de um grupo de responsabilidade cujos membros se fazem responsáveis um perante o outro e buscam
orientação espiritual um do outro. A falta de responsabilidade deixa as pessoas que têm autoridade até as mais bem
intencionadas - vulneráveis ao mau uso de sua autoridade. Deus quer que cada um dos seus servos seja responsável não
somente perante ele, mas, também, perante os irmãos de maior maturidade espiritual.
Descobrir a Nós Mesmos
O desenvolvimento de nossa autoridade interior começa pela auto-descoberta. Precisamos saber quem somos, e precisamos
sentir-nos felizes com o que descobrirmos. Embora sejamos crentes, e compreendamos que somos pecadores salvos pela
graça, também percebemos que, tendo sido salvos, somos superiores aos anjos.
Você se conhece? Muitíssimas vezes nós tentamos ocultar, até de nós mesmos, nosso verdadeiro ego. A maioria das pessoas
acha alarmante a possibilidade de se descobrir. Elas se escondem atrás de imagens que criam para si mesmas ou atrás do
medo de rejeição, ou do temor do fracasso. Não tentemos ser outra pessoa. Nossa autoridade interior é somente nossa e
reflete nossa personalidade. Para usá-la eficientemente, precisamos descobrir-nos.
A única maneira de nos descobrirmos é ter uma íntima comunhão com Deus. Tenhamos comunhão com ele. Aprofundemo-nos
no estudo de sua palavra, a Bíblia, a ponto de começarmos a ver as coisas como Deus as vê. Depois, também, passemos
algum tempo diariamente refletindo sobre o que fizemos, bem como no que aprendemos durante o dia. Procuremos ver essas

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coisas não do ponto de vista dos nossos próprios interesses pessoais, mas do ponto de vista de Deus. Aos poucos iremos
descobrindo meios pelos quais nos veremos a nós mesmos.
Desenvolver a Autoconfiança
A autoconfiança ou amor-próprio é um dos mais importantes fatores que contribuem para a autoridade interior. Portanto, o
desenvolvimento da autoconfiança é essencial. E começamos a desenvolver a autoconfiança eliminando o medo de errar. O
medo de errar, em geral, não significa temer o erro em si mesmo, mas é o medo de que, se falharmos, nossos amigos nos
abandonarão, de que seremos humilhados e envergonhados e perderemos nosso amor-próprio. Podemos superar o medo de
falhar se percebermos que não perdemos os amigos, nem sofremos humilhação por causa do erro. Nossos amigos não nos
condenam por errarmos o alvo ou sermos malsucedidos, mas nos criticam se nem mesmo tentarmos. As pessoas boas nunca
abandonam um perdedor corajoso, honesto e empreendedor. Pelo contrário, elas admiram seu esforço em tentar a realização.
E só o abandonarão se seu medo de falhar o tiver levado a abandonar-se a si próprio. É muito melhor tentar fazer alguma
coisa grande e falhar, do que tentar não fazer nada. O primeiro passo para a autoconfiança é eliminar o medo de errar.
O sentimento de culpa também sufoca a autoconfiança. Talvez tenhamos sido condicionados para nos sentirmos culpados por
possuir dons especiais, ou poder, ou certas habilidades. Mas tudo isso são dons de Deus, e não deveríamos ter sentimentos
de culpa por causa deles. Talvez nos sintamos culpados por causa de nossos pecados e erros. Se você é crente, Deus já o
perdoou. "Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões" (Sl 103.12) . Deus já perdoou e
esqueceu nossos pecados. Precisamos, agora, nós também perdoar e esquecer. Devemos rejeitar o sentimento de culpa
causada por pecados que Deus já perdoou. Confirmemos o perdão dele. Proclamêmo-lo em alta voz!
Deus não somente nos perdoou, mas também nos aceitou como somos. Você já se aceitou a si mesmo? ___________
Talvez alguém não esteja contente com um certo hábito que cultiva. Talvez sua aparência pessoal ou uma deficiência física lhe
causem aborrecimento. Mas se não pudermos mudar essas coisas, temos que aceitá-las. Aceite-se a si mesmo tal como é.
A seguir, reconheçamos nossos méritos. Agradeçamos a Deus pelos nossos pontos positivos. Se nos aceitarmos a nós
mesmos tais como somos, descobriremos em n6s coisas pelas quais devemos ser gratos a Deus. Cada um de n6s tem pontos
negativos, mas todos nós temos também, pontos positivos. Reconheçamos esses atributos em voz alta. Digamos:
"Pela graça de Deus sou uma pessoa generosa", ou
"Deus me deu uma mente excepcional", ou sejam quais forem as coisas das quais mais nos alegramos. Somente depois de
nos aceitarmos e nos felicitarmos por nossos pontos positivos, devemos tentar aperfeiçoar-nos.
Primeiro, Deus aceita o crente assim como ele é, depois então começa a obra de santificação em sua vida, tornando-o mais
parecido com Jesus Cristo. Assim, também, devemos aceitar-nos como somos, e, depois então, começar a aperfeiçoar-nos.
Talvez devêssemos empreender um esforço para melhorar nosso vocabulário ou um regime para perder peso ou um plano de
aumento de nossos haveres. Seja o que for, nosso aperfeiçoamento deve significar uma mudança para melhor. E uma mu-
dança positiva significa esperança. Ter a visão de mudar, planejar a mudança, e vê-la acontecer, servirá para desenvolver
nossa autoconfiança, o que por sua vez fortalecerá nossa autoridade interior.
A segunda macro-competência do perfil de um Líder Pastoral Capacitado e em Amadurecimento é um relacionamento
saudável consigo mesmo.
Acreditar na Importância da Nossa Missão
Tenho observado que as pessoas que estão inteiramente convictas da importância da sua missão, e que se dedicam apenas à
realização dela, tendem a revelar uma autoridade interior maior que a de outros. A diferença está em que aquele que está
totalmente imerso em sua missão sabe para onde está indo. As outras, embora vejam de forma generalizada o que querem
realizar, parecem estar, incessantemente, à procura de algum modismo, de alguma nova atividade que chame a atenção do
público. Além disso, a pessoa que está totalmente imersa em sua missão compromete-se com pessoas, projetos e causas, e
tem oportunidade de assumir responsabilidades. Essas responsabilidades geram autoconfiança, pois tendo responsabilidade
ela realiza o anseio de ser necessária a outros.
Lembrar-nos de Nossa Relação com os Outros
Ao desenvolver a autoridade interior, o líder deve ser cuidadoso em suas relações com os outros, bem como com a impressão
que deixa neles.
Sejamos reservados. Às vezes, falar de nossas alegrias e desgostos, de nossos sucessos e reveses, e achar um ouvido
solidário, nos dá conforto, mas, exceto em casos raros - como entre esposo e esposa, ou entre uma pessoa e o seu
conselheiro - isso dilui a autoridade interior. Benjamin Franklin dizia: "Que ninguém te conheça completamente; os homens
vadeiam livremente quando vêem rios rasos". Isso não quer dizer que precisamos ser dissimulados ou esquivos; significa
simplesmente que somos donos de nosso ser. Devemos partilhar nossos segredos com Deus, naturalmente, mas com poucos
mais.
Respeitemos os direitos e as emoções dos outros. Eu poderia citar centenas de normas de relacionamento, mas me limitarei a
dar apenas algumas. Mostremos às pessoas que estamos cônscios delas. Sejamos sensíveis à sua individualidade, às suas
realizações, à posição delas. Demos "a quem honra, honra", mas não o façamos servilmente. Mostremos respeito às idéias, à
inteligência e às habilidades dos outros. Não queiramos ensinar um carpinteiro a fazer o trabalho dele, nem ao médico o

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Liderança – Revisão 2004
diagnóstico do nosso estado físico. Usemos de boas maneiras, sejamos corteses. Ponhamos em prática o que Paulo disse: "...
preferindo-vos em honra uns aos outros". Mostremos à pessoa que atende ao telefone em um escritório o mesmo respeito que
teríamos para com o presidente da empresa. Demonstremos conhecimento da cultura de outra pessoa e, ao mesmo tempo,
mostremos respeito por essa cultura. Quando estivermos em Roma, façamos como os romanos, a não ser que, assim fazendo,
violemos nosso próprio sistema de valores.
Respeitemos a personalidade dos outros, e, agindo assim, estaremos demonstrando o princípio do amor, pois o amor nos livra
de ser rudes, críticos e sem consideração. E mostrar amor é um dos melhores meios de desenvolvermos a autoridade interior.
Acreditemos em Nosso Sucesso
Vejamo-nos já como líderes que possuem atributos que fortalecem nossa liderança e glorificam a Deus. Enxerguemo-nos sob
a liderança dele, demonstrando o fruto do Espírito em cada faceta de nossa vida.
É vital que desenvolvamos uma forte crença em nossa capacidade de alcançar sucesso.
Responsabilidade, Sem Ela não Há Liderança
No início desta unidade falamos que sem autoridade e responsabilidade não há liderança; certamente um líder tem muito mais
responsabilidades que os integrantes do grupo, isto faz dele o líder, pode parecer o lado desagradável da liderança, quando
pensamos erradamente que, liderar é “mandar nos outros”, ou “mandar os outros fazerem”.
Cabe ao líder executar determinadas tarefas que só ele poderá fazê-lo, ainda que o trabalho em equipe pressupõem que
tarefas sejam divididas e delegadas, e ao dizer isto podemos entender quão grande é a responsabilidade do líder ao delegar:
escolher a pessoa certa, para o lugar certo, isto por si só já constitui uma grande responsabilidade.
John C. Maxwell, é especialista em liderança, e é o fundador de uma organização que se dedica a ajudar pessoas a
maximizar seu potencial de liderança –INJOY.
Em seu livro as 21 indispensáveis qualidades de um líder, ele aborda o assunto sobre a responsabilidade do líder.
Para Maxwell, hoje as pessoas concentram-se mais em seus direitos do que em suas responsabilidades. Ele escreve em seu
livro:
“ Refletindo sobre essas atitudes modernas meu amigo Haddon Robinson observou: "Se você deseja enriquecer, invista em
processos de indenização. Este é o setor que mais cresce nos Estados Unidos". Ele destaca que milhões de pessoas estão
enriquecendo por meio da identificação, representação, entrevista, tratamento, seguro e aconselhamento de vítimas.
Bons líderes jamais adotam a postura de vítima. Reconhecem que sua identidade e posição é de sua própria responsabilidade
- não de seus pais, cônjuges, filhos, governo, patrões ou colegas de trabalho. Enfrentam tudo o que a vida lhes apresenta e
fazem o melhor que podem, sabendo que só terão oportunidade de liderar o time se provarem que são capazes de tomar as
rédeas.
Observe as seguintes características das pessoas que assumem responsabilidade:
1. Executam a tarefa com empenho
Em um estudo sobre milionários que se fizeram por esforço próprio, o Dr. Thomas Sranley, da Universidade da Geórgia,
descobriu que todos têm uma coisa em comum: trabalham duro. Perguntaram a um milionário por que ele trabalhava de 12 a
14 horas por dia. Ele respondeu:
"Levei 15 anos, trabalhando em uma grande empresa, para perceber que em nossa sociedade você trabalha 8 horas por dia
para sobreviver, e se você trabalha apenas 8 horas por dia, tudo o que consegue é sobreviver... O que excede as 8 horas é um
investimento para seu futuro", Ninguém pode alcançar seu potencial máximo fazendo o mínimo.
Como as pessoas mantêm uma atitude pró-ativa e responsável? Elas se consideram autônomas. Se você deseja alcançar
mais e conquistar credibilidade com seus seguidores, adote esse modo de pensar. Ele pode levá-lo longe.
2. Estão dispostas a ir além
Pessoas responsáveis nunca reclamam: "Isso não é trabalho meu". Estão dispostas a fazer o que for preciso para finalizar o
trabalho necessário à empresa. Se você deseja ter sucesso, esteja disposto a colocar a empresa antes de seus
compromissos.
3. São impelidas pela excelência
A excelência é um grande agente motivador. As pessoas que desejam a excelência - e trabalham duro para alcançá-la - quase
sempre são responsáveis. Ao darem tudo de si, elas vivem em paz. O especialista em sucesso Jim Rohn diz: "O estresse é
resultado de se fazer menos do que se é capaz". Faça da alta qualidade seu objetivo, e a responsabilidade virá naturalmente.
4. Produzem, independentemente da situação
A qualidade mais importante de uma pessoa responsável é a capacidade de concluir. Em An Open Road, Richard L. Evans
afirma:. "É inestimável encontrar uma pessoa que assume responsabilidade, que conclui e observa diligentemente os detalhes
finais - saber que quando alguém aceitou uma tarefa ela será eficiente e conscientemente concluída”. Se você quer liderar,
terá de produzir.

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Liderança – Revisão 2004
REFLEXÃO "Quando um arqueiro erra o alvo, ele revê a ação e procura a falha em si mesmo. O fracasso em atingir o centro
do alvo nunca se deve ao alvo. Para melhorar sua pontaria, aperfeiçoe-se" .
RESPONDA E SE AUTO AVALIE
Você acerta o alvo no tocante à responsabilidade?
_________________________________________________________________________________

Os outros o vêem como alguém que conclui tarefas?


_________________________________________________________________________________

As pessoas olham para você como alguém capaz de tomar as rédeas em situações de pressão?
_________________________________________________________________________________

Você é conhecido pela excelência?


_________________________________________________________________________________

Segundo Maxwell, se você não tem obtido o mais alto desempenho, talvez precise desenvolver um senso mais forte de res-
ponsabilidade. Adote as seguintes atitudes para aperfeiçoar seu senso de responsabilidade:
Esteja Atento às Circunstâncias.
Apesar das situações difíceis, às vezes é possível que a incapacidade de deliberar se deva a um problema de persistência. A
próxima vez que você estiver numa situação em que deixará de cumprir um prazo, um contrato ou não conseguirá desenvolver
um programa, pare e pense em como obter sucesso. Pense nas opções não usuais.
Você pode virar a noite trabalhando?
_________________________________________________________________________________

Pode pedir ajuda a um colega?


_________________________________________________________________________________

Pode contratar um membro da equipe ou encontrar um voluntário para ajudá-lo?


_________________________________________________________________________________

A criatividade pode trazer responsabilidade à vida.

Admita o Que não está Suficientemente Bom.

Se você tem dificuldade em alcançar a excelência, talvez tenha reduzido seus padrões. Procure em sua vida pessoal as áreas
em que você perdeu o controle das coisas. Faça, então, mudanças para estabelecer padrões mais elevados. Isso o ajudará a
restabelecer a base da excelência para você mesmo.
Encontre Ferramentas Melhores.
Se você descobrir que seus padrões são elevados, sua atitude é boa e você trabalha duro e de forma coerente - e mesmo
assim não obtém êxito do modo que gostaria - equipe-se melhor. Aperfeiçoe sua habilidade participando de cursos, lendo
livros e ouvindo fitas. Procure um mentor. Faça o que for possível para se tornar melhor naquilo que faz “.
O mundo secular pode “aceitar” um líder pela força, pelo autoritarismo; poderá ter que conviver debaixo de uma liderança
irresponsável, mas o corpo de Cristo, não.
A responsabilidade e autoridade podem ser encontradas no perfil de líderes da Bíblia, e ainda hoje podem e devem ser
encontradas no líder cristão, pois estes dois fatores se completam para determinar o gabarito e qualidade do verdadeiro filho
de Deus.
Alguém que não apresente as características da autoridade e responsabilidade bíblicas não pode ser recebido no seio da
igreja como um líder que serve ao Senhor, e que determinará os caminhos que a igreja e o povo devem seguir.

I.E.Q - Secretaria Geral de Educação e Cultura 41


Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS
Autoridade e Responsabilidade

1) Responda
Qual o modelo bíblico de liderança que o cristão deve adotar?
_________________________________________________________________________________

2) De que forma Jesus estabeleceu sua autoridade?


_________________________________________________________________________________

3) O que o texto diz ser a autoridade imposta?


_________________________________________________________________________________

4) Marque com X as alternativas corretas:


A autoridade autêntica...
a) não precisa de títulos
b) consegue conquistar o respeito pela imposição
c) é séria, amiga e companheira
d) precisa ocupar altos cargos
e) vê no outro não um objeto apenas

5) Escreva ao lado da afirmativa Certo ou Errado:


As pessoas que assumem responsabilidade apresentam as seguintes
características:
a-_____________executam a tarefa com muita rapidez
b-_____________são cautelosas e preferem não arriscar indo muito além
c-_____________são impelidas pela excelência
d-_____________produzem independentemente da situação
e-_____________estão dispostas a ir além
f-_____________executam a tarefa com empenho

I.E.Q - Secretaria Geral de Educação e Cultura 42


Liderança – Revisão 2004
VII UNIDADE – LIDERANÇA E PLANEJAMENTO

PLANEJANDO AS ATIVIDADES DA LIDERANÇA COM ANTECEDÊNCIA


O planejamento adequado das atividades da liderança é o ponto crucial para o sucesso de um líder.
Como vimos na unidade dos métodos de Jesus, Ele sempre aplicava seus planos o que nos mostra que seus, planos eram
efetivos e que para tudo havia um plano. Jesus não se despiu de sua glória e veio a terra sem um planejamento pré-
estabelecido, Ele sabia exatamente o que havia de ser feito, quando e por quem. Jesus era organizado em suas tarefas.
Saber o que e quando fazer é função de todo líder, não podemos deixar a obra do Senhor Jesus ser guiada pelo acaso, deve
ser estabelecido um cronograma de atividade antes do final de cada ano já determinando as atividades do ano seguinte, assim
poderá se planejar também a quantidade de energia e esforços que serão direcionadas para cada prioridade da igreja, como
por exemplo, quantas atividades especiais de evangelismo serão realizadas durante o ano, quantos batismos serão realizados
durante o ano e assim por diante, isto torna a obra do Senhor organizada de igual modo que o Senhor da obra é organizado.
Por que Planejar?
Os planos mediante os conselhos têm bom êxito; faze a guerra com prudência.
(Pv 20.18 – O planejamento é a primeira grande função do processo de onde se deseja uma liderança compartilhada na igreja.
No Começo, tudo era mais Fácil.
Quando Jesus andava pelas estradas, cidades e aldeias da Palestina, um grupo de seguidores.
O acompanhavam para onde quer que fosse Mt 4.18-22 , Mc 1.16-20, Lc 5.l-11. Nascia, assim, a comunidade cristã. Nessa
época não havia, pois, necessidade de qualquer tipo formal de planejamento, organização e controle das atividades dos
discípulos de Cristo. Contudo Jesus estabeleceu para si mesmo e para os apóstolos, três grandes objetivos interdependentes,
como dissemos anteriormente o Senhor Jesus sabia do plano e o que viera fazer, ou seja:
Preparar os apóstolos para a missão que iriam desempenhar.
Anunciar a todo o povo a chegada do Reino de Deus entre os homens.
Ensinar as verdades a respeito de Cristo a todas as pessoas que dele se aproximassem, atendendo a seu convite.
Preparar, Anunciar e Ensinar.
Foi com esses três verbos de ação divina - vividos plenamente por Jesus Cristo - que novos seguidores foram se agregando
àqueles que, desde o início, optaram por uma nova vida de arrependimento e conversão a Cristo.
Surge, nesse contexto, a necessidade de Jesus distribuir tarefas e encargos aos apóstolos. Ler: Mt 10.5-15, Mc 6.7-13, Lc 9:1-
6
Para que pudesse atingir o maior número possível de pessoas conforme: Mt 9.35-38
Assim, os seguidores aumentavam a cada dia, fazendo com que Jesus designasse 70 discípulos para que, indo à frente, de
dois a dois, preparassem o terreno para a semeadura que o Filho de Deus iria fazer no cumprimento de sua missão. Lc 10.1-
12.
O crescimento da Igreja fez com que surgisse o planejamento das atividades dos seguidores de Jesus, embora em caráter
incipiente e embrionário.
Planejamento, o que Vem a Ser?
De uma forma ou de outra, todos nós planejamos nossas atividades, como por exemplo:
Programar uma viagem: disponibilidade de tempo e de dinheiro; roteiro a seguir; meios de transporte utilizados (carro próprio
ou alugado, ônibus, trem, avião, navio etc) ;
Dar uma palestra: definir o tema, duração, ilustrações, número e nível de participantes etc;
Escrever um artigo: título e subtítulos, tipo de linguagem, número de páginas etc.
Antes de ser uma função, o planejamento constitui-se numa atitude, num estado de espírito! Planejar é, pois, dar corpo às
idéias e aos propósitos, de maneira a localizar, identificar e estruturar as atitudes e atividades que nos levarão à consecução
das metas que nos propusemos a atingir.
Nessa linha de raciocínio, Mestre Aurélio caracteriza o planejamento como sendo o "trabalho de preparação para qualquer
empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados".
Embora aparentemente simples esse conceito tem muito a ver com a disposição interior de dirigir nossos esforços sobre o que
pretendemos conseguir.
Logo no início do Gênesis, encontramos um exemplo do planejamento como um processo dinâmico, identificando os
acontecimentos e transformando-os em decisões. Lemos que Deus criou o universo e tudo o que nele existe de forma
seqüenciada, por etapas sucessivas.
Por que será que o Todo-Poderoso agiu dessa forma, quando poderia ter criado o mundo de uma vez só? Pode-se inferir da
leitura do texto Gn 1.27-31 que o Senhor fez o que fez com uma finalidade: criar o homem, à sua imagem e semelhança, para

I.E.Q - Secretaria Geral de Educação e Cultura 43


Liderança – Revisão 2004
viver no Paraíso. Aí, o pecado instalou-se no coração do primeiro casal e Deus, reiterou o plano da redenção do ser humano
na promessa de que, um dia, o Messias estaria entre nós!
Dessa forma, podemos identificar o planejamento eclesiástico como sendo a função administrativa da Igreja, compreendendo a
utilização de processos, diretrizes e programas com vistas à consecução dos mandamentos de Jesus Cristo.
Mt 28.18-20 – “Chegando Jesus, lhes falou dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Portanto., ide e fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os a obedecer tudo o
que eu vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias, até a comsumação dos séculos.”
Mc 16.15-18 – “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e prtegai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será
salvo; quem porém não crer, será condednado. E estes sinais hão de seguir aos que crerem; em meu nome expulsarão
demônios, falarão nova línguas. Pegarão em serpentes e quando beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum,
imporão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.”
Lc 24.44-49 – “E Jesus lhes disse: Estas foram as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: era necessário que se
cumprisse tudo o que d mim está necessário que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na lei de Moisés, nos Profetas e
nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as escrituras. E lhes disse: Assim está escrito, que o Cristo
devia padecer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia. E que em seu nome se pregasse arrependimento para perdão doa
pecados a todas as nações.”
Fases Do Planejamento Na Igreja
Determinação dos objetivos
O primeiro passo no processo de planejamento na igreja é o estabelecimento de objetivos. A fixação de metas tem a máxima
importância em virtude de serem reflexos dos resultados a serem alcançados pelos membros da comunidade.
Diferentemente da empresa comercial, onde o objetivo central é o lucro, as metas principais da Igreja já foram determinadas
por Jesus Cristo. Mt 28.18-20, Mc 16.15-18, Lc 24.44-49.
As Metas Principais da Igreja Hoje
Tal como está escrito na palavra de Deus:
Salvação em Jesus Cristo.
Ensinar as verdades do Evangelho aos novos convertidos.
Esses dois objetivos centrais - anunciar e ensinar - devem ser os parâmetros de qualquer congregação viva do Senhor Jesus.
Todos os ministérios (serviços) , departamentos e atividades de uma igreja local contribuem, também, com suas metas, para a
consecução dos dois propósitos determinados por Jesus Cristo para o seu povo.
Na elaboração de qualquer plano de trabalho eclesiástico, é preciso não perder de vista o fato de que a igreja local, com seus
ministros, líderes e membros constitui meios, instrumentos de que Deus dispõe para anunciar e ensinar a sua Palavra.
O estabelecimento de objetivos claros, definidos e coerentes tem extrema importância em virtude dos mesmos serem reflexos
da fé, criando decisões e metas de planejamento eclesiástico.
Nesse sentido, a igreja que, na atualidade, permanecer firmemente apegada à tradição e à rotina, com todas as implicações
relativas à segregação denominacional e à exclusividade de seus dogmas, está condenada à estagnação e ao desvirtuamento
de suas finalidades principais (pregar e ensinar as verdades da mensagem de Jesus Cristo) .
Se esses dois objetivos não forem de fato levados em conta na prática eclesiástica, embora figurem no papel, a Bíblia, se
transformarão de instrumentos dinâmicos em peças de museu.
Dessa forma, a consecução das metas centrais da Igreja - pregar e ensinar - só é possível numa comunidade viva, presidida
pelo Espírito do Deus vivo. Por comunidade viva pode-se entender uma igreja que é mantida por iniciativa do Espírito Santo,
mantendo-se livre, vigilante, pronta a responder aos desafios que lhe são impostos pelo meio onde vive e atua. Esse, em
resumo, é o sentido e o fim de sua estrutura.
Escolha de procedimentos
Esta segunda fase do planejamento eclesiástico refere-se à indicação de como a igreja deve proceder para atingir seus
objetivos centrais.
A esse respeito é bastante instrutivo o ensino de Jesus contido nas orientações aos 12 apóstolos.
Mt 10.5-15 – “Jesus enviou estes doze com esta recomendações: Não tomeis o caminho dos gentios, nem entreis em cidade
de samaritanos. Dirigi-vos, antes, às ovelhas perdidas de Israel. E em vosso caminho pregai dizendo: o reino dos céus está
próximo. Curai os enfermos, purificai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça
dai. Não leveis ouro, nem prata, nem cobre nos vossos cintos. Nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias,
nem bordão, pois digno é o trabalhador do seu alimento. E em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber
quem nelas seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retires. Ao entrardes numa casa, saudai-a;. Se a casa for digna desça
sobre ela a vossa paz, e não for digna torne para vós a vossa paz. Se ninguém vos receber nem ouvir as vossas palavras,

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Liderança – Revisão 2004
saindo daquela cidade sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para
Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.”
Mc 6.7-13 – “ Chamou a si os doze e começou a envia-los de dois em dois, dando-les poder sobre espíritos imundos.
Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, exceto apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no cinto;.
Mas que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas. E recomendou –lhes “ Quando entrardes em alguma
casa, permanecei ali at´e vos vos retirardes daquele lugar. Se algum lugar não vos receber, nem vos ouvir, ao sairdes dali,
sacudi a poeira dos vossos pés, como testemunho contra eles. Em verdade vos digo, que mais tolerância haverá com Sodoma
e Gomorra, no dia do julgamento, do que para com aquela cidade.Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse.
E expulsavam muitos demônios, e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo.”
Lc 9.1-6. – “Convocando os doze, Jesus lhes deu poder e autoridade sobre todos os demônios e para curarem doenças. E os
enviou a proclamar o reino de Deus e a curar os doentes. Ele lhes disse: Nada leveis pa o caminho: nem bordão, nem alforje,
nem pão, nem dinheiro; nem deveis ter duas túnicas.Na casa em que entrardes, ali permanecei até partirdes do lugar. Onde
quer que não vos receberem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés como testemunho contra eles.
Assim eles as´ram e percorreram todas as aldeias, proclamando o evangelho e curando por toda parte.”
Cristo, a saber:
Dar preferência às cidades de Israel.
Pregar a proximidade do Reino de Deus.
Exercer o ministério da cura.
Evitar o recebimento de pagamentos e posses materiais.
Saudar as casas onde moram pessoas de bem.
Sacudir o pó dos pés ao sair de uma casa ou cidade onde há pessoas ímpias.
Os procedimentos adotados pela Igreja mostram um caminho ou caminhos em direção aos objetivos. Envolvem, entre outros
aspectos:
Distribuição de tarefas e atribuição de responsabilidades;
Metodologia operacional (como fazer isso?) .
Na verdade, os procedimentos são mais guias de ação do que de raciocínio, e especificam a maneira correta pela qual uma
atividade deve ser realizada.
Destinação De Recursos Financeiros
Todo segmento que lida com recursos financeiros deve ter uma LDO, ou seja uma lei de diretrizes orçamentárias que vai
nortear como vão ser aplicados os recursos captados. Com a igreja não deve ser diferente, uma vez que a nova legislação em
vigor exige que o líder saiba tratar destas questões sem amadorismo. Mas com conhecimento, sabedoria e parcimônia.
O estabelecimento da previsão orçamentária é o terceiro passo a ser considerado no planejamento da igreja.
Os orçamentos são concebidos como meios de controle administrativo de qualquer organização, inclusive da Igreja. Não se
deve aceitar um relatório financeiro baseado apenas em números. É preciso insistir na sua avaliação crítica, acompanhada de
prognósticos.
A alocação de recursos financeiros é uma fase extremamente importante e decisiva para que os planos da igreja se tornem
realidade em função dos objetivos principais do povo de Deus: proclamar e instruir acerca da mensagem remidora de Jesus
Cristo.
Muitos líderes desconhecem ou se omitem na hora de trabalhar com estas questões por considerarem pouco espirituais, mas
temos observado grandes talentos sucumbirem por não entenderem a necessidade do líder gerenciar com sabedoria e
capricho a área financeira de seu ministério; não podemos nunca deixar de lembrar da parábola dos talentos, e também do
que Jesus nos exorta: negociai, ou administrai até que eu venha.
O líder precisa entender as questões de administração de recursos, procurar aprender, ler, estudar mais sobre o
assunto,colocar pessoas conhecedoras do assunto em sua equipe, para que o êxito do projeto possa ser alcançado.
Estabelecimento de Controles
É na etapa do planejamento que devem ser estabelecidos os vários tipos de controles administrativos da igreja. Antes de ser
um documento chato, difícil de ser lido e interpretado, o controle constitui uma função administrativa para verificar e corrigir o
desempenho da igreja, assegurando que suas metas sejam plenamente atingidas.
Assim, o controle é a função pela qual a liderança da comunidade certifica-se de que o que está sendo feito (procedimentos)
está de acordo com os fundamentos éticos, teológicos e sociais da Igreja.
Henri Fayol, um dos papas da administração, dizia há algumas décadas:

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Liderança – Revisão 2004
Em um empreendimento, o controle consiste em verificar se tudo ocorre de conformidade com o plano adotado, as instruções
emitidas e os princípios estabelecidos. Tem por objeto apontar as fraquezas e erros para retificá-los e evitar sua ocorrência.
Funciona para tudo: coisas, pessoas e atos.
Dessa forma, o controle implica na existência de metas e planos. Nenhum dirigente pode controlar a não ser que haja planos.
Entre os requisitos de um sistema adequado de controles, se destacam:
O controle deve refletir a natureza e as necessidades da atividade. Exemplos de controles: orçamentos, relatórios setoriais das
atividades da igreja, gráficos etc.
O controle deve mostrar rapidamente os desvios dos planos. Como o dirigente eclesiástico não pode fazer nada com o passa-
do o melhor sistema de controle é o que mostra de imediato os desvios dos planos.
O controle precisa ser flexível, em face das modificações de planos, circunstâncias imprevistas ou puros fracassos.
O controle deve refletir o padrão da organização eclesiástica. Como os acontecimentos devem ser controlados através de pes-
soas, é necessário que o controle reflita a organização da igreja. O controle deve ter baixo custo, isto é, deve ser econômico,
deve valer e compensar o seu custo. Uma igreja pequena não pode ter o mesmo sistema extenso de controle de uma
comunidade de grande porte. Algumas igrejas estão informatizadas, possuem pessoal especializado nesta área, outras são
pequenas e o trabalho é feito por voluntários.
O controle deve ser perfeitamente compreendido por todos os que dele fizerem uso.
O controle deve apresentar como resultado uma ação corretiva para manter o plano e seus objetivos no rumo certo.
Bibliografia Recomendada e Indicada
– Para aprofundamento do assunto abordado nesta unidade sugerimos que os estudantes pesquisem no livro do autor abaixo
indicado.

Planejando e Administrando as Atividades da Igreja


Série – Manual de Administração
Antonio Vieira de Carvalho – Editora Exodus

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Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS
Liderança E Planejamento

1) Marque V para verdadeiro e F para falso:


Jesus estabeleceu para si mesmo e para os apóstolos, três grandes objetivos interdependentes, como dissemos anteriormente
o Senhor Jesus sabia do plano e o que viera fazer, ou seja:
a-( ) Preparar os apóstolos para a missão que iriam desempenhar.
b-( ) Ensinar o povo a guardar a lei e o sabado
c-( ) Anunciar a todo o povo a chegada do Reino de Deus entre os homens.
d-( ) Ensinar as verdades a respeito de Cristo a todas as pessoas que dele se aproximassem, atendendo a seu convite.
e-( ) preparar os apóstolos para formarem uma grande igreja em Roma

2) Responda:
Quais os três verbos da ação divina vividos plenamente por Jesus Cristo - que novos seguidores foram se agregando
àqueles que, desde o início, optaram por uma nova vida de arrependimento e conversão a Cristo.
a-_______________________________
b-_______________________________
c-_______________________________

3) Responda de acordo com o texto da apostila:


Qual os procedimentos que a igreja deve adotar dados por Cristo?
a-___________________________________________________________
b-___________________________________________________________
c-___________________________________________________________
d-___________________________________________________________
e- __________________________________________________________
f-___________________________________________________________

4) Descreva as três fases do planejamento da liderança eclesiástica:


1-
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2-
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3-
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

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Liderança – Revisão 2004
VIII UNIDADE - LIDERANDO E ADMINISTRANDO DE FORMA PARTICIPATIVA

Nos dias de hoje não é possível imaginar outro tipo de liderança que não seja a liderança participativa, ou seja, o líder que
apenas manda já não pode mais existir, qualquer liderança que se projetar neste sentido está determinada a ser uma liderança
fracassada.
O exemplo do “bife com ovos” fala do comprometimento e do envolvimento do líder em todas as atividades do grupo, ainda
que de forma indireta. Quando o grupo vê em seu líder o interesse e a dedicação a ponto deste líder se envolver em questões
que aparentemente possam ser pequenas, o grupo sente-se motivado a dar o devido valor a todas as tarefas por mais que
elas pareçam não ter tanta importância.
Na igreja observamos alguns líderes, que talvez até inconscientemente deixam de lado algumas atividades, pois entendem
que estas tarefas menos importantes devem ser executadas e administradas apenas pelos liderados; dependendo da situação,
este tipo de comportamento do líder promove um distanciamento da equipe, abrindo brechas no mundo espiritual, e permitindo
a ação do inimigo dentro do grupo.
Jesus sempre era presente e participava das atividades de seus liderados, podemos ver em sua declaração a pura e clara
expressão da participação que Ele tinha junto aos discípulos e o quanto Ele os valorizava “vou mas vos deixarei outro C
onsolador”.
Quando Jesus fez esta afirmação Ele estava tranqüilizando seus discípulos, pois eles poderiam sentir-se distantes de Deus,
era a participação de Jesus no dia-a-dia deles que os fazia sentirem-se ligados a Deus através dEle.
A liderança vitoriosa requer do líder a sua participação contínua, fazendo com que se sintam parte do grupo, parte do corpo de
Cristo, a igreja, e também continuamente ligados a Deus.
Um outro ponto muito importante que a liderança participativa de Jesus nos ensina é com relação à seleção e acepção de
pessoas.
Podemos ver Jesus em inúmeras vezes deixando coisas suas para dedicar-se a coisas que teriam importância aos que o
seguiam, como por exemplo, quando Ele pede para não impeçam as crianças de chegar até Ele, foi uma forma clara de Jesus
ensinar aos líderes e aos que anseiam por ser líder, que não importa a impressão que os demais possam ter de determinado
membro do grupo ou da importância de determinada atividade que ele faça, Jesus valorizava e participava junto com todos.
O líder na casa e na obra de Deus deve sempre participar das atividades organizadas e realizadas por seus liderados, desta
maneira ele poderá contar com uma equipe altamente motivada e disposta a estar com ele nos desafios que surgirem e nas
atividades que o líder venha a organizar ou realizar.
Não podemos deixar de dizer que, quando o líder exerce sua liderança de forma participativa também está possibilitando o que
durante todo este curso foi enfatizado: a liderança através do exemplo, pois quando os liderados observam a participação de
seu líder, sua dedicação às atividades realizadas pelo grupo e a valorização que o líder dá a eles, estes liderados serão
levados a agir da mesma maneira junto a outros que estejam sob sua liderança ou até mesmo com relação ao seu próprio
líder. Esta atitude proporciona uma reação em cadeia.

LIDERANÇA PARTICIPATIVA NA IGREJA


"Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de
Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria,
aos quais encarregaremos deste serviço”.
Atos 6:2-3
A liderança participativa é bíblica, acontecia de forma natural na igreja primitiva, é o mínimo que pode ocorrer na liderança
eclesiástica, de forma inteligente e ordenada, como requer a palavra de Deus.
O texto acima é parte do relato da eleição livre que ocorreu pela primeira vez na Igreja de Cristo nascente. Democraticamente,
os seguidores de Cristo elegeram os sete diáconos, e diz-nos Atos 6.7 que "crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se
multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé". Como se vê, tal como acontece com
qualquer outra organização que se expande, a liderança participativa é um fator vital para que a Igreja cresça com um mínimo
de ordenamento de suas funções.

COMO IDENTIFICAR E TRABALHAR DE FORMA PARTICIPATIVA


Identificamos como sendo um processo dinâmico, visando obter, de forma espontânea e contínua, a máxima eficiência (fazer
as coisas bem-feitas) e eficácia (fazer as coisas certas) dos membros de uma comunidade cristã.
O processo dinâmico, seja ele qual for, pressupõe um aprendizado permanente por parte de todos aqueles que dele tomam
parte. E a primeira e mais importante condição a ser considerada pela liderança participativa na igreja é assimilar, divulgar e
praticar os ensinamentos de seu Fundador e Sustentador: "Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e
achareis descanso para vossas almas" (Mateus 11.19) .

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Liderança – Revisão 2004
A característica central da liderança participativa na igreja é que seu aprendizado deve sempre levar a marca da eficiência e da
eficácia no emprego de técnicas,
O meio ambiente. a hierarquização social;
O momento histórico onde acontece o processo de liderança;
O tipo de organização onde se dá a manifestação da liderança, as relações entre os papéis do líder;
A rede de comunicações envolvendo a relação entre líder e liderados;
O grupo, sua composição e sua tarefa;
A atuação do líder propriamente dita;

OS DONS ESPIRITUAIS E A LIDERANÇA PARTICIPATIVA


Se existe uma organização dinâmica por sua própria natureza, é a Igreja de Cristo, exemplo típico em que se aplica a teoria
situacional de manifestação do processo de liderança. Como uma autêntica multinacional da fé, para a qual não existem
quaisquer formas de obstáculos - fronteiras, línguas, costumes, culturas, preconceitos -, a Igreja de Cristo é uma organização
onde o ir é o verbo de ação mais conjugado por seus líderes e membros (Mateus 28.19 - Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;) .
Infelizmente, esse processo dinâmico da Igreja tem encontrado dificuldades em seu próprio meio para se expandir ainda mais.
São as estruturas eclesiásticas arcaicas e ultrapassadas que, com seus dogmas estreitos, preceitos legalistas e casuísmos,
aprisionam o Espírito (João 3.8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde
vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito) , fazendo com que a essência dinâmica da Igreja transforme-se em
comunidades acomodadas, frias, mornas, verdadeiros clones de igrejas da Laodicéia
(Apocalipse 3.15-19 - Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és
morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho
falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado
no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os
teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te) .
Essas igrejas necessitam da liderança do Espírito de Deus inspirando seus dirigentes para que abram as portas, deixando
penetrar a aragem da renovação de suas mentes
(Apocalipse 3.20 - Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele
cearei, e ele comigo; Romanos 12.2 - E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deu.) .
Só assim se tornarão novamente dinâmicas e atuantes, dando testemunho de seu Senhor e Fundador (Colossenses 1.18 - E
ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência) .
O discípulo de Cristo não pode esquecer-se de que há, entre os dons espirituais relatados por Paulo, o de presidir (Romanos
12.8 - Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que
exercita misericórdia, com alegria) , significando "liderar", "dirigir pessoas", em que o apóstolo recomenda que esse ministério
seja exercido com "diligência", isto é, com "cuidado ativo, zelo, aplicação, investigação, pesquisa" (Dicionário Aurélio) .
Paulo ainda ensina que o cristão que receber o dom espiritual de presidir necessita desenvolvê-lo a serviço da Igreja de Cristo
(I Coríntios 3.6-9 - Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o
que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão
segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus) .
I Timóteo 5.17-22 revela uma série de normas de gestão prática para a Igreja, conforme recomendação que Paulo deu a seu
filho espiritual Timóteo. Entre essas normas, o versículo 17 menciona os "presbíteros métodos e procedimentos. Ao mesmo
tempo, o membro da igreja age motivado, isto é, tem uma disposição interior - "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em
mim" (Gálatas 2.20) - de realizar bem, e de forma espontânea, suas atividades como testemunha de Cristo na sociedade onde
vive e atua (Lucas 24.47-48) .
Desse modo, no nível da igreja local, o que identifica a liderança participativa na igreja é que seus membros devem ser
incentivados a encontrar, por inspiração do Espírito Santo, o desenvolvimento de seus dons espirituais, administrativos e
sociais a serviço do Evangelho de Cristo Romanos 12.38.
I Coríntios 12.1-31; Efésios 4.7-16) . Você notará que o pleno exercício desses dons visa sempre a um propósito de edificação,
de cooperação, de participação, de trabalho em equipe.
O dirigente eclesiástico (pastor, pastores auxiliares, CDL, diáconos, líderes de grupos missionários, educadores do DEBQ,
enfim, todos aqueles que exercem cargos de responsabilidade e autoridade) que necessita ser um líder, e não apenas um
gerente institucional, deve:
possibilitar a correta e inteligente utilização dos recursos humanos, materiais e financeiros de sua igreja, ou de seu grupo.

I.E.Q - Secretaria Geral de Educação e Cultura 49


Liderança – Revisão 2004
Incentivar a direção efetiva de equipes de trabalho integradas e motivadas.
Buscar a consecução qualitativa e quantitativa das metas da igreja previamente determinadas pelo líder maior.
A plena utilização dos recursos de apoio à liderança participativa na igreja, só se torna plenamente viável através de atuação
consciente e decisiva, que deve ser exercida pelo dirigente eclesiástico. Como líder, cumpre a ele assegurar a consecução dos
esforços dos membros da igreja num fluxo contínuo, em termos de qualidade e quantidade, de resultados produzidos pelos
liderados.
A liderança participativa na igreja, só pode ser entendida e praticada claramente a partir do momento que os membros da
igreja, devidamente motivados, agem voluntariamente no apoio e na prática à orientação do líder eclesiástico. Dessa maneira,
a liderança participativa é, basicamente, um processo que visa a interagir com os membros da igreja, envolvendo a relação
entre as tarefas e os recursos humanos da comunidade, grupo ou instituição.
Para podermos entender melhor a adoção da liderança compartilhada pela igreja, é preciso, antes, analisar alguns dos
princípios que contribuem para o aprendizado e a prática da liderança participativa na igreja.
Em sua opinião por que a igreja precisa de líderes? Qual a função principal dos líderes eclesiásticos?
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O que você acha da fórmula de liderança que apregoa "faça o que eu digo porque isto é bom para você"?
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Você concorda com a tese de que o líder deve obter meios de satisfazer as necessidades dos liderados para atingir os
objetivos do grupo? Por quê?
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O líder eclesiástico pode exercer bem sua missão, independentemente de ser ou não um homem vocacionado por Deus? Por
quê?
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BASE BÍBLICA PARA A LIDERANÇA PARTICIPATIVA NA IGREJA


“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir, e para curar
toda sorte de doenças e enfermidades."
Mateus 10.1
No texto acima, Jesus constitui o grupo dos 12 apóstolos, grupo este que, a exceção de Judas Iscariotes, teve a missão de
expandir a mensagem de salvação da humanidade.
As Escrituras relatam inúmeros exemplos de trabalho em grupo, com um número variado de participantes. Assim, quando os
judeus caminhavam pelo deserto rumo à Terra Prometida, Moisés estava afogado com muitos problemas no atendimento do
povo. Então, seu sogro Jetro sugeriu-lhe a constituição de grupos constituídos de mil homens, de cem, de cinqüenta e de dez
participantes (Êxodo 18) . Foi uma solução sábia, e fez com que Moisés, ajudado pelos líderes dos grupos, levasse a bom
termo sua missão.
Ainda antes de chegar à Terra Prometida, Josué nomeia dois homens para espionar a cidade de Jericó (Josué 2) . Já em
Canaã, Gideão lidera um grupo de dez homens, destruindo o altar a Balaão (Juízes 6.27-28) . Logo a seguir, com um grupo de
300 homens, Gideão vence os midianitas (Juízes 7) .

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Liderança – Revisão 2004
O rei Davi contou com o apoio decisivo de um grupo de fiéis guerreiros - os "37 valentes de Davi" - para governar Israel (II
Samuel23.8-39; I Crônicas 11.10-47) . Notável também foi o trabalho em grupos coordenado por Neemias na reconstrução do
Templo de Jerusalém (Neemias 3 e 4) . No Novo Testamento, a expansão da Igreja Primitiva deu-se em razão do trabalho em
grupo nas casas dos primeiros cristãos (Atos 2.46; 5.42; 16.40; 20.20; Romanos 16.5; etc.)

LIDERANÇA PARTICIPATIVA, REQUER CONHECIMENTO DO TRABALHO EM GRUPO


À medida que as organizações em geral, e as igrejas em particular, tornam-se mais complexas, mais e mais a vida
organizacional gira em torno de grupos. As várias unidades internas de uma igreja (departamentos, serviços, sociedades etc.)
constituem exemplos de grupos que devem interagir face aos seus objetivos centrais, conforme Mateus 28.18-20. Neste
sentido, a explosão de informações a que assistimos garante que ninguém poderá dispor de todos os fatos necessários para
tomar decisões, tarefa central do processo de liderança. Daí a multiplicação de comitês, grupos de desenvolvimento de
projetos, reuniões intermitentes de trabalho, equipes, centros de estudos etc. que surgem nas igrejas em geral.
É na organização eclesiástica que acontece com maior freqüência a renovação do interesse pelo trabalho em grupo. Muitas
igrejas e entidades afins começaram a adotar o princípio da ampliação das tarefas eclesiásticas centradas no grupo,
considerado responsável por uma tarefa completa e por auto-organização.
É praticamente um consenso entre os estudiosos e praticantes do trabalho em grupo constatar suas vantagens. Claro está que
nem sempre este tipo de trabalho é possível de realizar. Essencialmente, seu sucesso depende do que os participantes
esperam de sua atuação. Haverá sempre aqueles colaboradores que preferem manter-se num sistema automático e individual,
agindo segundo os resultados, não assumindo responsabilidades e não tendo que pensar realmente na tarefa, cumprida
mecanicamente.
Todo trabalho em grupo deve ser analisado, em princípio, sob os aspectos de sua estruturação, sua funcionalidade e sua
interpessoalidade. Aliás, esses três fatores são interativos e inter-relacionados. Um grupo só passa a existir de fato a partir do
momento em que se manifesta, entre seus participantes, uma certa coesão, a qual representa a totalidade das forças que
pressionam os membros a permanecer no grupo. Esta coesão aumenta na medida em que cresce o significado do grupo para
seus membros. De certo modo, a atração de um grupo para seus integrantes tem duas vertentes:

A atração das atividades do grupo; e


A atração dos membros do grupo uns pelos outros.

A Igreja Conta com Voluntários, Isto é Amor

"Todos os vossos atos sejam feitos com amor. "


1 Coríntios 16.14
O amor cristão de que nos fala a Bíblia é fator decisivo para se obter, no trabalho em grupo das igrejas, a cooperação
espontânea e desejada de seus participantes. Quando for possível um mínimo de identificação com o outro, o interesse
comum predomina nas relações entre irmãos de uma mesma fé, mas com reações e temperamentos diversos.
Roger Mucchielli, conhecido neuropsiquiatra europeu e estudioso dos problemas de relações nos grupos de trabalho, afirma,
com razão, que "a imagem que cada membro do grupo faz de seus parceiros e do próprio grupo como unidade constituída
determina seus comportamentos. Quanto mais essa imagem for positiva, com a marca da confiança e no espírito de
cooperação dos outros, mais as condutas de cada um estarão orientadas para a cooperação".
A cooperação, no trabalho eclesiástico, é fundamental para o êxito da missão evangelizadora e educacional da Igreja de
Cristo. Neste sentido, o apóstolo Paulo exorta a igreja de Corinto a superar suas divisões internas, afirmando: "Porque de Deus
somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós" (I Coríntios 3.9) . Ilustrando a imagem do que é uma igreja,
Paulo utiliza dois exemplos notáveis: lavoura e edifício. Ora, ambos os conceitos pressupõem trabalho em grupos para que
tanto a colheita como a conclusão do edifício cheguem a bom termo e cumpram suas finalidades.
Em outra oportunidade, dirigindo-se à igreja de Filipos, Paulo acentua a cooperação entre seus membros como um dos fatores
do progresso da comunidade, bem como a ajuda que recebeu para exercer seu ministério naquela comunidade, dizendo:
"Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no Evangelho,
desde o primeiro dia até agora" (Filipenses 1.4-5) .
Dessa forma, a cooperação é absolutamente indispensável para o progresso e a expansão do trabalho missionário da Igreja
de Cristo. É através do pleno exercício dos dons de seus discípulos em todos os tempos (I Coríntios 14.1) que Jesus torna
realidade a Grande Comissão (Mateus 28.18-20) a ser desenvolvida por sua Igreja. E o trabalho em grupo feito com amor,
dedicação e entusiasmo é peça decisiva, para o bom êxito desta missão sagrada de levar a mensagem de salvação ao mundo
O Envolvimento das Pessoas no Grupo

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Liderança – Revisão 2004
Um dos aspectos mais importantes na funcionalidade de um grupo de trabalho eclesiástico refere-se à sua unidade de espírito
e de ação. É sabido que, quanto maior o número de participantes de um grupo, menor será a participação permanente de seus
membros, influenciando sua unidade de propósitos. Entre as desvantagens de um número muito grande de participantes num
grupo de trabalho, destacam-se:
As dificuldades de comunicação aumentam consideravelmente, pois seus membros têm dificuldades de expressar seus
pensamentos de forma igualitária.
Quanto maior o número de participantes, maior a possibilidade de se constituir subgrupos e panelinhas.
Quanto maior o número de membros de um grupo de trabalho, tanto mais aí se manifestam os problemas de conflitos
pessoais, em prejuízo de ação na realização do trabalho previsto.
É sabido, através de pesquisas e observações, que, a partir de um certo limite, a podutividade e a qualidade do grupo são
funções inversas ao número de seus membros.
O número de participantes do grupo de trabalho depende, entre outros, dos seguintes fatores:
Tipo da tarefa a ser executada pelos participantes do grupo: programas, projetos, tomada de decisões, consultas, criatividade
etc.
Durabilidade da reunião: pode ser de horas, apenas, sem intervalo, ou de dias, semanas e meses.
Objetivos do grupo: elaboração de projetos, estudos e/ou tomada de decisões.
Nível de conhecimentos e de experiências dos membros do grupo.
Expectativa esperada na solução do problema apresentado.
Para grupos de trabalho considerados pequenos, estudos e experimentos apontam para uma dimensão ótima entre oito a
quinze participantes. Já para grupos maiores, o limite recomendado é entre 15 e 25 membros. Além do tamanho, podem ser
listadas outras e importantes variáveis que contribuem diretamente para o êxito do trabalho em grupo.
A Liderança Participativa dá Bons Exemplos ao Grupo
"Liderança é dar exemplo", alguém me disse uma vez. Certamente é impossível pensar em liderança sem dar o exemplo. O
exemplo pode assumir muitas formas e jeitos, mas ele tem que estar lá.
Para dar exemplo o líder precisa caminhar junto, precisa caminhar entre seus liderados; à distância ele não atinge o alvo, pois
pode mandar dizer como deveria ser, junto com o grupo ele demonstra como deve ser; bons líderes são vistos, são
acessíveis, não perdura muito o mito do super líder, uma hora ele tem que aparecer se envolver e os seus pontos fracos irão
aparecer; e certamente causarão surpresa nos liderados que tinham uma visão do líder “super-man”, isto é falso.
O líder que se expõem, que anda entre os liderados, que é real de carne e osso, vai influenciar as pessoas de forma mais
intensa e duradoura, as pessoas verão que é possível fazer, que é possível realizar, alcançar, porque o líder está junto.
O modelo do líder presente, real participativo será muito mais benéfico e influente quando este sentar junto com os liderados,
ouvir o que tem a dizer e juntos chegarem a um consenso, isto não diminui autoridade do líder , pois ele tem a palavra
conciliadora mas também é quem tem a palavra final
No contexto da comunicação, você pode pensar no exemplo como sendo uma forma primeira de transmitir uma mensagem
pela "linguagem corporal" ou por comunicação não-verbal.
Lembre-se de que você nunca vai deixar de ser um exemplo, de uma forma ou outra, simplesmente porque as pessoas que
trabalham com você vão sempre observar quem você é e o que você faz, assim como o que você diz. "Um administrador
demora seis meses pare conhecer seu quadro de auxiliares", reza uma máxima japonesa "mas este leva somente seis dias
para acabar conhecendo o administrador." Em outras palavras, o exemplo é você, somente. Porém, você deve ter certo critério
para torná-lo um bom ou um mau exemplo.
Reveja toda sua carreira e verifique se pode identificar duas pessoas que foram exemplos espantosos de boa e de má
liderança.
Exemplo de boa liderança:_________________________________
Exemplo de má liderança: _________________________________

Descreva as atitudes destas pessoas que mais lhe chamaram a atenção.Coloque numa lista as formas não "verbais em que
esses exemplos foram expressos.
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Quais foram os efeitos sobre você em cada um dos casos?

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O grupo observou a mesma influência?As outras pessoas também observaram esses mesmos exemplos?
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Que efeitos que esses exemplos causaram no grupo ou na igreja?


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O ser humano tem a tendência a ser mais influenciável e lembrar mais dos maus exemplos, pois estes chamam mais a
atenção do que os bons exemplos.
Mas ainda assim é e sempre será um prazer verificar bons exemplos, mesmo que existam pessoas insensíveis a eles. Será
sempre um sinal de integridade: aquela coerência que liga o que você diz com o que você faz. Um hipócrita uma pessoa que
prega publicamente uma coisa e age de forma bem diversa na vida privada - não está nem dando exemplo, nem expressando
integridade.
Escreveu Shakespeare: "Não faça como alguns pastores antipáticos, que nos mostram a íngreme e penosa passagem para os
Céus, enquanto que eles próprios trilham o caminho dos prazeres e da frivolidade".
Em tempos antigos o pastor de ovelhas era um modelo de liderança. Pois o pastor ou a pastora, uma vez que, tanto os
homens quanto as mulheres pastoreavam - tinha que conduzir o rebanho numa jornada para o pasto (tarefa) , mantê-lo unido
contra a ameaça de lobos (manutenção da equipe) , e cuidar de cada ovelha (necessidades individuais) . A palavra bom na
frase do Novo Testamento: "Eu sou o bom pastor", no grego original significa "qualificado" ou "competente", e não "bom" no
sentido moral.
Existe uma distinção entre "boa liderança" e "ser um líder para o bem". Você deveria colocar em seu projeto pessoal o ideal
de cumprir ambos os aspectos, uma vez que somente a "liderança para o bem" trabalha com a natureza humana numa
perspectiva a longo prazo.
É claro que sempre haverá "desorientadores", "desencaminhadores", incluindo aqueles que não o são a um prazo mais longo,
mas somente enquanto mantêm a todo custo o poder no presente. "Afinal", segundo a colocação de um deles, "a longo prazo
estaremos todos mortos". Esse tipo de pessoa não deixa um legado atrás de si. Eles morrem em dívida com a humanidade.
Uma forma muito poderosa de liderar pelo exemplo é por meio do total compartilhamento dos perigos, aflições e privações
vivenciados pela equipe.

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Liderança – Revisão 2004
ATITUDES DESEJÁVEIS NO LÍDER PARTICIPATIVO COM RELAÇÃO À TAREFA-EQUIPE-INDIVÍDUO:
Com relação à tarefa, o líder deve ter como ação primordial ir à frente na jornada para mostrar o
caminho; é uma forma de liderança por meio do exemplo.
TAREFAS Em que condições você pode "liderar" de uma posição avançada em seu campo de trabalho?
E ____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
ATIVIDADES
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
________________________
Como construtor e mantenedor da equipe, você deverá manter ou mudar os padrões do grupo, ou as
regras que mantêm a coesão do grupo.
De que forma você poderá desenvolver os padrões da sua equipe através do poder do seu exemplo?
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Equipe ____________________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________________
Relacione as tarefas do seu grupo, identifique as pessoas e faça uma lista com os nomes das pessoas, e
as tarefas que estas devem realizar.
Pense em cada membro da equipe como um líder de direito. Cada um deveria ser um líder na sua função
profissional ou técnica, e um contribuinte no grupo.
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Indivíduo ____________________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________________
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Ser um Líder Participativo Requer as Seguintes Atitudes Diárias:


Se você deseja liderar no nível mais elevado, esteja disposto a servir no mais baixo.
Realize pequenos atos. Comece pelas pessoas mais próximas de você: cônjuge, filhos, parentes. Encontre, hoje, maneiras de
realizar pequenas coisas que mostrem aos outros que você se importa com eles.
Quando foi a última vez que realizou pequenos atos gentis para outras pessoas?
Aprenda a andar devagar pela multidão.Tenha como objetivo relacionar-se com as pessoas, circulando e conversando com
elas. Concentre-se em cada pessoa que encontrar. Aprenda o nome dela, caso não saiba. Procure conhecer as necessidades,
os desejos, as esperanças de cada uma. Quando chegar em casa, escreva um lembrete de que você deve fazer algo em prol
de cinco daquelas pessoas.
Mexa-se, comece hoje a servir. Se a ação de servir está nitidamente fora de sua vida, a melhor maneira de mudar isso é
começar a servir. Comece a servir motivado pela razão, e no final seu coração será envolvido. Inscreva-se como voluntário em
sua igreja, comunidade ou organização beneficente por seis meses. Se ao final desse período sua atitude ainda não for
satisfatória, faça-o novamente. Mantenha esse compromisso até que haja mudança em seu coração.
Certamente o líder tem seu estilo próprio de liderança, mas um líder sábio tentará melhorar seu potencial, e eliminar seus
prontos fracos, ouvindo com atenção o que seus liderados estão comunicando verbalmente ou sinalizando de forma não
verbal. Algumas das maneiras do líder crescer é indo buscar o conhecimento em Deus, nos livros, através de seus liderados,
caminhando entre eles de forma participativa, não através de um memorando ou apenas “desfilando”ocasionalmente entre
eles.
Um líder individualista poderá exercer sua autoridade por um tempo, mas não por todo o tempo, um líder participativo terá
chances de liderar por mais tempo e influenciar ao longo do anos, ou além da sua época, ainda que não esteja mais ocupando
o cargo de liderança. Ele será sempre lembrado e seguido pelos seus contemporâneos e pelas gerações seguintes, se deixar
um legado sólido e frutífero, que valha a pena ser guardado e lembrado para ser seguido como modelo.
Seja você um líder que deixa marcas no caminho, com uma influência positiva e duradoura na vida de seus liderados, que
possa de tal forma superar o tempo de sua própria existência.

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Liderança – Revisão 2004
EXERCÍCIOS
Liderando e Administrando de Forma Participativa
1) Complete as lacunas conforme o texto da apostila.
Nos dias de hoje não é possível imaginar outro tipo de _____________ não seja a liderança _____________, ou seja, o líder
que apenas ___________não pode mais existir, qualquer liderança que se projetar neste sentido está determinada a ser uma
liderança ______________________.

2) Descreva o que o líder participativo deve realizar para efetivar a liderança participativa
O dirigente eclesiástico (pastor, pastores auxiliares, CDL, diáconos, líderes de grupos missionários, educadores da EBQ,
enfim, todos aqueles que exercem cargos de responsabilidade e autoridade) que necessita ser um líder, e não apenas um
gerente institucional, deve:
a-Possiblitar
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
b- Incentivar
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
c- Buscar
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

3) Responda.
Quais são as duas vertentes que dão coesão atraem o grupo?
Um grupo só passa a existir de fato a partir do momento em que se manifesta, entre seus participantes, uma certa coesão, a
qual representa a totalidade das forças que pressionam os membros a permanecer no grupo. Esta coesão aumenta na medida
em que cresce o significado do grupo para seus membros. De certo modo, a atração de um grupo para seus integrantes tem
duas vertentes:
a-____________________________________________________________
b-____________________________________________________________

4) Responda: Quais conselhos para o líder que as pessoas desejam seguir?


Se você quer se tornar de fato o tipo de líder que as pessoas desejam seguir, terá de resolver a questão do servir. Se sua
atitude é de ser servido, em vez de servir, pode estar indo ao encontro dos problemas. Se isso é um problema em sua vida,
observe este conselho:
a- pare____________________________________________________
comece_______________________________________________________________________________________________
_________________
b- pare____________________________________________________
comece_______________________________________________________________________________________________
_________________
c- pare_____________________________________________________
comece_______________________________________________________________________________________________
_________________

5) Marque com um X as alternativas corretas: Um líder participativo deve adotar seguintes atitudes
A-realize pequenos atos
B- cuide de sua aparência
C-use linguagem e expressões que demonstrem autoridade
D-aprenda a andar devagar pela multidão
E-mexa-se, comece a servir

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Liderança – Revisão 2004
GABARITO

I UNIDADE
1) A
2) Líder; Transformar; Meta; Motivar; Atraindo; Realizar.
3) a) errado
b) certo
c) errado
4) a) F
b) V
c) V
d) F
5) Líderes; Impulso; Posições, Responsabilidade.

II UNIDADE
1)
O líder necessita conhecer muito bem a Bíblia;
Conhecer a história de sua igreja, suas doutrinas, seus símbolos, sua organização, o que ela prega, o que ela defende, seus
estatutos e tudo mais que a identifique perante os demais;
O líder precisa ser e estar sempre “Antenado” aos acontecimentos do mundo;
O líder precisa cultivar o hábito da leitura;
O líder precisa passar conhecimento;
2) Plano – assuma – controle – energias – atividades - define
3)
Objetivo ou meta da tarefa ou ação.
Data de início e prazo de conclusão.
Detalhamento de cada etapa a ser realizada.
Responsável por cada etapa quando esta tiver sido delegada a outro.
Investimentos necessários (esforço, energia e financeiro) .
Avaliação final sobre o cumprimento do objetivo ou meta.
4) A; C
5)
A Busca do conhecimento
Ter sempre um plano
Estar sempre preparado
Escolher e conquistar sua equipe
Transformar obstáculos em rampas
Ensinar sempre, sempre e sempre
Ter um tratamento particular com seus liderados
Estabelecer autoridade
Tenha e cuide de sua programação
Elimine o erro e a corrupção imediatamente
Jamais doure a Pílula
Estabeleça seu descanço

III UNIDADE
1) Comunicação
2)

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Liderança – Revisão 2004
a) Estado emocional de quem será contatado;
b) Situação que gerou a comunicação;
c) Regras de conduta e etiqueta do local onde a comunicação ocorrerá;
d) Regras de educação e fineza;
e) O tom de voz deve ser sempre moderado;
f) Os ouvidos nos permitem algo muito especial, o ouvir;
g) Ter foco na comunicação;
h) Jamais envolver terceiros que não estejam presentes;
i) Jamais falar em nome de um terceiro que não lhe tenha dado tal permissão;
j) Lembrar que o respeito ao outro deve estar acima de todo e qualquer argumento;
3) V; F; V; F; F; V; V; V

IV UNIDADE
1) Excelente, eficaz e vitorioso
2) Neemias
3) Eficácia – líder – constantemente – adicionaremos – ações - eficazes
4)
a) Jesus se humilhou e permitiu que Deus o exaltasse.
b) Jesus obedeceu à vontade do Pai em vez de almejar uma posição.
c) Jesus definiu o que é alcançar a grandeza sendo servo e como ser o primeiro tornando-se escravo.
d) Jesus arriscou-se a servir os outros por confiar que era o Filho de Deus.
e) Jesus abandonou seu lugar na mesa principal para servir às necessidades de outros.
f) Jesus compartilhou responsabilidade e autoridade com aqueles a quem chamou para liderar.
g) Jesus formou uma equipe para pôr em prática uma visão para o mundo inteiro.
5) D

V UNIDADE
1) líder – liderados – pessoas – cuidados – habilidade – gestão de pessoas – liderança.
2) B
3) Porque estas são as que estão aptas para ocupar funções e cargos na obra de Deus, principalmente os de liderança
4) B

VI UNIDADE
1) o modelo de Jesus
2) com o seu exemplo
3) Autoridade imposta, aquela que é fruto de uma função que uma pessoa ocupa, que vem em decorrência do cargo que
alguém possa ter
4) A – C – E
5)
Errado
Errado
Certo
Certo
Certo
Certo

VII UNIDADE
1) A – C- D

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Liderança – Revisão 2004
2)
preparar
anunciar
ensinar
3)
Dar preferência às cidades de Israel.
Pregar a proximidade do Reino de Deus.
Exercer o ministério da cura.
Evitar o recebimento de pagamentos e posses materiais.
Saudar as casas onde moram pessoas de bem.
Sacudir o pó dos pés ao sair de uma casa ou cidade onde há pessoas ímpias.
4)
1 - determinação dos objetivos
2 - escolha de procedimentos
3 - recursos financeiros

VIII UNIDADE
1) liderança - participativa – líder – manda - fracassada
2)
a-Possibilitar a correta e inteligente utilização dos recursos humanos, materiais e financeiros de sua igreja, ou de seu grupo.
b-Incentivar a direção efetiva de equipes de trabalho integradas e motivadas.
c-Buscar a consecução qualitativa e quantitativa das metas da igreja previamente determinadas pelo líder maior.
3)
a- atração das atividades do grupo
b- a atração dos membros do grupo uns pelos outros.
4)
a-Pare de dominar as pessoas e comece a ouvi-las.
b-Pare de buscar vantagens pessoais e comece a se arriscar em benefício dos outros.
c-Pare de fazer as coisas sempre do seu jeito e comece a servir os outros.
5) A – D - E

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Liderança – Revisão 2004
BIBLIOGRAFIA

1- MAXELL, John C. As 21 Indispensáveis Qualidades de um Líder - Editora Mundo Cristão

2- ADAIR, John. Como Tornar-se um Líder, Você S.A – Ed. Nobel

3- PRICE, Donald e. Conflitos e Questões Polêmicas Na Igreja - Editora vida Nova

4- VIEIRA, Antonio. Formação De Recursos Humanos Na Igreja – Editora Eclesia

5- VIEIRA DE CARVALHO, Antonio. Liderança Participativa na Igreja - vol.4 - Editora Hagnos

6- YOUSSEF, Michael. O Estilo da Liderança de Jesus – Ed Betânea

7- WILKIES, Gene. O Último Degrau da Liderança – Editora Mundo Cristão

8- HAGGAI, John .Seja Um Líder de Verdade – Editora Betânea

10- EIMS, Le Roy. Seja um Líder que Motiva – Editora Atos.

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Liderança – Revisão 2004

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