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A vida de Louise Bourgeois durou praticamente todo século XX, e quando ela
morreu em 2010, deixou para trás um conjunto de trabalhos e escritos em que muitos
outros artistas se inspirarão.
Louise Bourgeois (Paris, 25 de dezembro de 1911 – Nova Iorque, 31 de maio de 2010)
foi uma artista plástica conhecida principalmente por sua escultura Maman, da qual existe uma
versão em exposição no MAM-SP, na marquise do Parque Ibirapuera. Fortemente influenciada
pelo surrealismo, pelo primitivismo e por escultores como, Alberto Giacometti e Constantin
Brancusi, seus trabalhos tendem a ser abstratos e altamente simbólicos, e estão presentes em
vários espetáculos e coleções permanentes em museus ou galerias pelo mundo afora.
Em 1922, seu pai, contratou um professor de Inglês para ensinar a família que logo
teve um caso de uma década com ela (entre outras mulheres). Junto com a sua ausência
durante a guerra e suas infidelidades, a prolongada doença de sua mãe – ela contraiu gripe
espanhola por volta de 1920 da qual nunca se recuperou totalmente. O seu silêncio sobre
essas traições afetou profundamente Bourgeois. Inseparável disso, ela nunca perdeu seu
drama, ela disse uma vez: “Todo o meu trabalho dos últimos cinquenta anos, todos os
meus assuntos, encontraram inspiração na minha infância e nos meus traumas”.
Aqui vão algumas das lições artísticas que podem ser extraídas do trabalho e
dos escritos de Bourgeois.
O uso que ela faz da repetição também reflete a vivacidade com que ela tomou
conhecimento, suportando traumas de infância.
Assim ela fez. Sua arte foi a invenção que a mantinha vivendo; e a morte foi a única
coisa que finalmente a parou.
Na década de 1990, quando Bourgeois estava em seus oitenta, ela estreou novos
corpos de trabalho, entre eles apaixonante esculturas de aranhas e grandes instalações
que ela chamou de “células”.
Quando sua visão começou a falhar em seus noventa anos, em vez de desistir da
gravura, ela revigorou sua produção, ela aumentou o tamanho das placas para que ela
pudesse vê-las melhor e se concentrou em gravura com materiais macios, uma técnica
mais fácil para as mãos.
Com cerca de 150 cm altura e até quase 60 cm de largura, as muitas impressões
que ela produzidos nos últimos quatro anos de sua vida mostram uma destreza na mão,
mostrando uma artista poderosa e pronta para mostrar suas experiências e emoções.
Referência
COMO ser um artista, segundo Louise Bourgeois. Arteref, São Paulo, 19 ago. 2019.