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ensinar-em-arte
Planejamento
Reprodução e releitura
Mostrar uma obra de arte, discutir suas características e pedir que cada aluno
faça o mesmo desenho no caderno não é propor uma releitura. Isso é
reprodução ou cópia. Na releitura, parte-se de uma obra para criar outro
trabalho (ou seja, o estudante transforma e interpreta).
"Esses três momentos não são estanques. Mesmo que o trabalho dê ênfase
mais para um agora e mais para outro daqui a pouco, é importante que fique
claro que todos são interligados, fazem parte de um processo", diz Marisa
Szpigel, coordenadora de Arte na Escola da Vila, em São Paulo. Segundo ela, é
interessante variar as maneiras de estudar os conteúdos e programar as
atividades ao longo do ano. "Assim como na prática artística há um pensar
fazendo e um fazer pensando, quando ensinamos, a ação mobiliza para a
reflexão e a reflexão transforma a ação."
1816 Durante o governo de dom João VI, chega ao Rio de Janeiro a Missão
Artística Francesa e é criada a Academia Imperial de Belas Artes. Seguindo
modelos europeus, é instalado oficialmente o ensino de Arte nas escolas.
1900 Até o início do século 20, o ensino do desenho é visto como uma
preparação para o trabalho em fábricas e serviços artesanais. São valorizados
o traço, a repetição de modelos e o desenho geométrico.
1973 Criação dos primeiros cursos de licenciatura em Arte, com dois anos de
duração e voltados à formação de professores capazes de lecionar música,
teatro, artes visuais, desenho, dança e desenho geométrico.
Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais / Metodologia do Ensino da Arte, Maria Heloísa C. de T. Ferraz e Maria. F.
de Rezende e Fusari / Para gostar de aprender Arte: Sala de aula e formação de professores, Rosa Iavelberg
TRADICIONAL
Unânime na maneira de ensinar desde o fim do século 19 até a década de
1950. Ainda está presente em muitas escolas.
Foco Aprendizado de técnicas e desenvolvimento de habilidades manuais,
coordenação motora e precisão de movimentos para o preparo de um
produto final.
Estratégia de ensino Repetição de atividades, cópia de modelos e
memorização. O professor adota a postura de transmissor do conhecimento.
Ao aluno, basta absorver o que é ensinado sem espaço para a contestação. A
turma era bem avaliada quando conseguia reproduzir com rigor as obras de
artistas consagrados.
LIVRE EXPRESSÃO
Nasceu por volta de 1960 sob a influência das ideias do movimento da Escola
Nova.
Foco O que importa não é o resultado, mas o processo e, principalmente, a
experiência. Há a valorização do desenvolvimento criador e da iniciativa do
aluno durante as atividades em classe.
Estratégia de ensino Desenho livre e uso variado de materiais. Não há certo
ou errado na maneira de fazer de cada estudante. Ao professor, não cabe
corrigir ou orientar os trabalhos nem mesmo utilizar outras produções
artísticas para influenciar a turma. A ideia é que o estudante exponha suas
inspirações internas.
SOCIOINTERACIONISTA
É a tendência atual para o ensino da disciplina. A ideia de considerar a relação
da cultura com os conhecimentos do aluno e as produções artísticas surgiu
na década de 1980.
Foco Favorecer a formação do aluno por meio do ensino das quatro
linguagens de Arte: dança, artes visuais, música e teatro.
Estratégia de ensino A experiência do aluno e o saber trazido de fora da
escola são considerados importantes e o professor deve fazer a
intermediação entre eles. O ensino é baseado em três eixos interligados:
produção (fazer e desenvolver um percurso de criação), apreciação
(interpretar obras artísticas) e reflexão sobre a arte (contextualizar e
pesquisar). Apesar dessa divisão, não deve haver uma ordem rígida ou uma
priorização desses elementos ao longo do ano letivo.
CONTATOS
EE Adherbal de Paula Ferreira, Av. Peixoto Gomide, 126, 18200-160, Itapetininga, SP, tel. (15) 3271-0418
Marisa Szpigel
Mirian Celeste Martins
Rosa Iavelberg
BIBLIOGRAFIA
A Educação do Olhar no Ensino das Artes, Analice Dutra Pillar (org.), 208 págs., Ed. Mediação, tel. (51) 3330-8105,
39 reais
Desenho Cultivado da Criança: Prática e Formação de Educadores, Rosa Iavelberg, 112 págs., Ed. Zouk, tel. (51)
3024-7554, 23 reais
Didática de Ensino de Arte: a Língua do Mundo, Mirian Celeste Martins e outros, 200 págs., Ed. FTD, tel. (11) 3611-
3055, 76,50 reais
Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte, Ana Mae Barbosa (org.), 184 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3611-9616,
31 reais
Metodologia do Ensino da Arte, Maria Heloísa C. de T. Ferraz e Maria F. de Rezende e Fusari, 136 págs., Ed.
Cortez, 38 reais
Para Gostar de Aprender Arte: Sala de Aula e Formação de Professores , Rosa Iavelberg, 128 págs., Ed. Artmed,
tel. 0800-703-3444, 42 reais
INTERNET
Expectativas de aprendizagem elaboradas pela prefeitura de São Paulo para o Ciclo I do Ensino Fundamental.