RESUMO
É simplesmente impossível falar sobre uma pessoa sem falar sobre suas
ações, escolhas e atitudes. Sendo assim, falar sobre Jesus é falar sobre sua obra. Os
Teólogos da reforma fizeram um bem muito grande para teologia em resgatar para
Testamento em que eram necessário três pessoas para essas três funções, em Cristo
esses três ofícios são vivenciados e plenamente cumpridos uma única pessoa. A
PALAVRAS-CHAVES: ofício-profeta-sacerdote-rei
QUEM FOI O TEÓLOGO HEIRICH EMIL BRUNNER?
Suíça, onde esteve grande parte de sua vida. Estudou em Zurique, onde em 1908
Teologia em 1913.
de produção literária, Brunner escreveu 396 livros e artigos eruditos para revistas. Com
base nessa produção literária que nós então passamos a discorrer sobre o tema
proposto.
INTRODUÇÃO
Durante mais ou menos 1300 anos após início da era cristã, o conceito dos
"ofícios de Cristo" foi praticamente esquecido pela igreja e da teologia cristã. Após o
desempenha até hoje três ofícios permanentes: como profeta porque é a voz máxima
da divindade; como sacerdote por que nos representa perante Deus e por nós ofereceu
a si mesmo como sacrifício; e como rei que tem estado assentado à destra da
submetidas a si.
Algo interessante a ser destacado e que foi muito bem observado por
BRUNNER é o constante conflito entre esses ofícios na história de Israel o que era
para seguir em concordância e harmonia entre essas figuras na maior parte das vezes
houve rixas e desentendimentos entre eles. O profeta que por ver o sacerdote
muitas ocasiões manda matar os profetas. Isso é interessante destacar por que,
enquanto esses ofícios estão sob a responsabilidade humana eles são inconstantes e
falíveis. No entanto, quando esses ofícios são atribuídos e vistos em Cristo eles são
Seguiremos, pois tratando de forma mais detalhada sobre o triplo “ofício” inerente a
Jesus Cristo.
1. A OBRA PROFÉTICA
Quando Jesus iniciou seu ministério ele inicia de uma forma tão ativa e
escrituras nas sinagogas e também por aonde ia. Porém, a maneira como ele assim
fazia era que se destacava dos demais que também faziam a mesma coisa: a sua
autoridade na fala causava esse impacto aos ouvintes. Ele era um "rabi" mais que a
sua maneira de expor e impor as verdades divinas tinha um tom autoritativo que
quê "assim disse o SENHOR”, e por conta disso as pessoas precisariam ouvi-los. Já
com respeito a Jesus, o Cristo, diferentemente destes Jesus não utilizava esse "jargão
uma autoridade própria para transmitir verdades espirituais e divinas quando em muitas
ocasiões nos evangelhos dizia: "eu vos digo "ou" em verdade vos digo”. Esse fator
antes dele.
termina com seu próprio ensino desde o começo ele aponta para além do ensino, para
si mesmo, para sua pessoa, para o "Emanuel", para que ele que Deus está presente
em pessoa, e onde Deus estabelece a comunhão consigo mesmo. Isso significa dizer
que o aspecto profético em Jesus não acaba ou não se limita apenas ao ministério que
ele exerceu quanto o homem enquanto viveu nas regiões da Judeia e da Galileia. Ele
permanece como "A" figura profética permanente e final sobre o ser de Deus ponto se
a humanidade deseja ouvir sobre Deus, quem ele é, seus valores, seus propósitos,
de Jesus precisão confirmar e se harmonizar com que ele já veio revelar. Se qualquer
vulto profético, surge com uma mensagem ou a ligação diferente daquela que Cristo já
transmitiu humanidade não é merecedora de crédito porque, aprouve a Deus Pai, que
seu Filho tivesse a voz final como revelação de si mesmo à humanidade. Essa ideia é
visível em uma frase sua registrada no evangelho de João quando Jesus disse:
"Aquele que me ver, vê ao Pai" (Jo 14.9). Olhar e ouvir a Ele é um olhar e ouvir a Deus.
2. A OBRA SACERDOTAL
A obra sacerdotal de Cristo tem como o ponto culminante a sua morte na cruz.
Mas ela não começa no calvário. A vida inteira de Jesus é uma auto-entrega em favor
necessidade de refletir sobre o que significava a morte de Cristo e, adquirir uma visão
que fosse positiva sobre o evento já que no momento em que ocorreu pareceu
terrivelmente negativo. O fato é que desde o primeiro dia da Páscoa eles passaram a
maneiras pelas quais eles viam estes acontecimentos; e segundo BRUNNER eles
algo muito presente para aquele judeus . E eles tinham em suas mentes de forma
momento em que a Igreja primitiva fez as ligações entre afirmações sobre Jesus como
sendo "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" puderam perceber que a cruz
passou a ter um significado de lugar de sacrifício para que a justiça de Deus fosse
foi utilizada e extraída do lindo capítulo 53 do profeta Isaías, aonde aparece outro tipo
de sofrimento, não mais sacrificial, como no primeiro, mas o sofrimento “penal”. A ideia
de punição não pertencia como do sacrifício, à esfera do culto, mas sim da lei pública.
O homem por causa do pecado se tornou exposto à punição e ao castigo devido à sua
desobediência à lei santa de Deus. Mas em seu lugar, Jesus assume o papel do “servo
unha disposição para sofrer a dura pena por amor daqueles que nele iriam crer.
Além dos dois primeiros pontos de vista citados acima havia um terceiro. Que
"dívida escrita nas ordenanças que havia contra nós", uma figura tomada da lei civil. O
que o outro tinha com ele. Essa compreensão é possível ser vista no entendimento
Paulino quando ao escrever a carta aos Colossenses 2. 14 ele faz uso desta figura
para ilustrar outro aspecto do que aconteceu na cruz. O próprio Cristo decide pagar a
conta para si e para o seu Pai, e pelo fato de ter realizado tal pagamento, com sua
própria vida e sangue, aquele que foi o verdadeiro "Criador" da dívida passa então a ter
Jesus na cruz foi relacionada à ideia de "redenção". Aqui a ideia de uma luta pelo
poder, entre Deus e as trevas que escravizam e corrompe o homem, do qual Deus se
para o reino do filho do seu amor (Cl 1.13). Nesse processo o homem é objeto da luta
em que um senhor quer tomá-lo das mãos de outro Senhor, e para que isso
Caveira.
Por último, a uma quinta concepção que está relacionada com a interpretação
que a Igreja primitiva fazia baseada no velho testamento acerca da morte de Jesus:
sua morte é o verdadeiro sacrifício Pascal; da mesma forma que a velha dispensação
novo tempo. Agora o povo de Deus entenderia que o sangue nessa nova aliança passa
a ser muito mais do que um mero sinal como fora na velha, mas é o próprio meio pelo
até parecer difícil desembaraça-las umas das outras e diferenciá-las. Qual o importante
é essa variedade e conseguimos fazer essa distinção entre elas para que a gente
possa deslumbrar do tamanho da riqueza da obra sacerdotal que Jesus Cristo realizou
em favor daqueles que nele cressem. O alvo dessas concepções e ideias é único:
clarificar à luz da fé, o fato histórico da Cruz de Jesus Cristo, que no primeiro olhar
3. A OBRA REAL
Com respeito a esse terceiro tópico é de causar surpresa que esse tema tenha
sido menos tratado no ensino da Igreja cristã ao longo dos séculos, pois a mensagem
seu ministério gritando: "arrependei-vos, porque o reino dos céus é chegado!”, A sua
anunciando e pregando a mesma coisa. O que Jesus vem fazer com essa mensagem é
transmitir um anseio que já vivia no espírito dos profetas do antigo testamento: o anseio
Só que algo distingue Jesus dos profetas: ele não vem como mais uma voz
proclamando que Deus espera reinar sobre os homens, mas ele mesmo inaugura esse
novo tempo que está sendo aberto para toda a humanidade através da sua própria
inteiramente novo, e por causa disso tornou-se impossível de ser evitado. Não somente
as suas palavras, mas também a sua pessoa, coloca o ser humano face a face com a
O reinado a que Jesus vem estabelecer não é pura e meramente para levar às
pessoas a obediência, mas antes de tudo, é um dom divino, pois é um reinado que vem
trazer uma presença do Cristo que é libertadora, restauradora, perdoador e que por
Refletindo sobre este ofício de Cristo como rei é preciso admitir que, no curso
da história da igreja de sua teologia esse tema foi trazido para prática mui levemente.
Isso é causado em primeiro lugar, por uma distinção falsa que causa separação entre
servirem a Deus e ao seu próximo em amor, pois se reconhece que o governo de Deus
espera isso. Nas palavras de BRUNNER "a cristandade tem falhado quanto a este
Cristo refere-se somente a sua vida privada”. Alguém que pertença a Cristo pertence a
ele por inteiro isto é, em todas as áreas e partes de sua vida, quer seja pública que seja
particular.
pertencentes ao corpo místico de Cristo, a igreja invisível, ainda sim, este reinar não é
encontrando dificuldades e lutas contra o "eu carnal" e o mundo que tentam surrupiar o
domínio sobre a vida humana. Por isso ofício real de Jesus nas vidas humanas precisa
ser reconhecido como algo gradual, à medida que os crentes vão se aprofundando em
sobre nós, ainda é algo irrealizado, algo pelo qual desejamos e anelamos, e sabemos,
através da nossa esperança futura que chegará o tempo em que a autoridade de Cristo
sobre nossas vidas será perfeita, pois, livres do domínio das trevas e da tentação do
CONCLUSÃO
Bibliografia:
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. 4°ed. Barueri: Sociedade Bíblica Brasileira.
BRUNNER, Emil. (2005). Antologia Teológica. 1st ed. São Paulo: Fonte Editorial LTDA., pp.403-418.