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Universidade Federal do Piauí

Campus Petrônio Portella

Professor: Msc. Marissol L. Soares

Administração e Organização
EMENTA
Conceitos básicos: administração, organização,
planejamento, coordenação, controle, eficiência,
eficácia, efetividade, estratégia; componentes básicos
(pessoas, tecnologias, processos organizacionais, etc.);
Teoria Geral de Administração e as principais
abordagens das organizações; Estrutura organizacional:
tipos, técnicas e organogramas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Conceitos básicos: administração, organização,
planejamento, coordenação, controle, eficiência,
eficácia, efetividade, estratégia. Componentes básicos
das empresas: pessoas, tecnologias, processos
organizacionais.
2. Teoria Geral de Administração e as principais
abordagens das organizações.
3. Estrutura organizacional: tipos, técnicas e
organogramas.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Capacitar o aluno com conhecimentos gerais da
administração, fazendo-o compreender a constituição
empresarial por meio de seus modelos ou estruturas e suas
dinâmicas de funcionamento.
• Oferecer conhecimento sobre as teorias administrativas e
outras abordagens modernas da Administração.
Plano de ensino - metodologia
 Aulas expositivas dialogadas, com utilização de
quadro branco; notebook; Datashow; vídeos e
textos.

 Discussão de estudos de casos individual ou em


grupos, seminários, elaboração de textos
opinativos com apresentação oral.
AVALIAÇÕES
• PROVA ESCRITA, ATIVIDADES EXTRAS CLASSE,
SEMINÁRIOS, ESTUDOS DE CASO, PESQUISAS SOBRE
TEMAS DA EMENTA.
• UNIDADE 01 – DATA: 08/10/19
Referências
BÁSICA:
CHIAVENATO, I. Introdução a teoria geral da administração. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução a administração. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. de. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

COMPLEMENTAR
ANDRADE, R. O. B. de; AMBONI, N. Teoria geral da administração. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
BERNARDES, C.; MARCONDES, R. C. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
CHIAVENATO, I. Princípios de administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
LACOMBE, F. J. M. Teoria geral da administração. São Paulo: Saraiva, 2009.
MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Qual o perfil dos profissionais 4.0?

Fonte: http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0
• As 3 primeiras revoluções industriais trouxeram a produção
em massa, as linhas de montagem, a eletricidade e a
tecnologia da informação, elevando a renda dos
trabalhadores e fazendo da competição tecnológica o cerne
do desenvolvimento econômico.
• A quarta revolução industrial, que terá um impacto mais
profundo e exponencial, se caracteriza, por um conjunto de
tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e
biológico.
Indústria 4.0
“As principais
tecnologias que
permite a fusão dos
mundos físicos,
digital e biológico
são a manufatura
Aditiva, a IA, a loT,
a Biologia Sintética
e os Sistemas Ciber
Físicos (CPS)”.
http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0

http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0

Manufatura Aditiva
Manufatura Aditiva ou Impressão 3D
é a adição de material para fabricar
objetos, formados por várias peças,
constituindo uma montagem.
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Indústria 4.0 -
Manufatura Aditiva - exemplo

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

IMPRESSÃO 3D NA MEDICINA
Fonte: http://portaltelemedicina.com.br/blog/7-aplicacoes-da-impressao-3d-na-medicina/
Indústria 4.0 -
Manufatura Aditiva - exemplo
1. Próteses de baixo custo

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

IMPRESSÃO 3D NA MEDICINA

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.


Indústria 4.0 -
Manufatura Aditiva - exemplo
2. Reparação de crânio

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

IMPRESSÃO 3D NA MEDICINA
Fonte das imagens: Disponíveis no Google.
Indústria 4.0 -
Manufatura Aditiva - exemplo
3. Transplante de órgãos

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.


Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

IMPRESSÃO 3D NA MEDICINA
Indústria 4.0 -
Manufatura Aditiva - exemplo
4. Impressão de pele

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

IMPRESSÃO 3D NA MEDICINA
Fonte das imagens: Disponíveis no Google.
Indústria 4.0 -
Manufatura Aditiva - exemplo
5. Reprodução de cartilagens e ossos

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.

IMPRESSÃO 3D NA MEDICINA
Indústria 4.0
Inteligência Artificial
É um segmento da computação que
busca simular a capacidade humana de
raciocinar, tomar decisões, resolver
problemas, dotando softwares e robôs
de uma capacidade de automatizarem
vários processos.
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Indústria 4.0
Inteligência Artificial - exemplo
Recepcionista e carregadores
de malas são robôs no Henn-
na Hotel ou “hotel estranho”.
Hóspedes entrarão nos
quartos sem chave, por
reconhecimento facial (G1,
2015).

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Indústria 4.0
Internet das Coisas
Internet das Coisas representa a possibilidade
de que objetos físicos estejam conectados à
internet podendo assim executar de forma
coordenada uma determinada ação. Um
exemplo seriam carros autônomos que se
comunicam entre si e definem o melhor
momento (velocidade e trajeto, por exemplo)
de fazer um cruzamento em vias urbanas.
https://www.google.com/search?q=carros+aut%C3%B4nomos&rlz=1C1CHZL_pt-
BRBR738BR739&tbm=nws&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwisufjoysbkAhUNJ7kGHR80DSgQ_AUIDSgB&biw=12
http://www.industria40.gov.br/
42&bih=524&dpr=1.1
Indústria 4.0
Biologia Sintética
É a convergência de novos desenvolvimentos
tecnológicos nas áreas de química, biologia,
ciência da computação e engenharia,
permitindo o projeto e construção de novas
partes biológicas tais como enzimas, células,
circuitos genéticos e redesenho de sistemas
biológicos existentes.
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Indústria 4.0
Biologia Sintética – exemplo.
Indústria 4.0
Biologia Sintética – exemplo.

Uma bactéria geneticamente modificada pode ser uma grande aliada em terapias
médicas, mas ainda é preciso mais conhecimento para que essa frase se torne
uma realidade cotidiana na medicina. Um esforço nesse sentido foi descrito em
um artigo recente que saiu na publicação especializada ACS Synthetic Biology.
Liderado pelo professor Rafael Silva Rocha, da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto (FMRP) da USP, um grupo de pesquisadores usou bioinformática e
engenharia reversa para criar um sistema biológico bem regulado no qual uma
bactéria Escherichia coli transgênica responde à presença de aspirina no ambiente.
Para desenvolver a E. coli transgênica, os pesquisadores tiveram antes que
entender como proteínas da espécie doadora dos genes modificados reconhecem
certas substâncias presentes no ambiente.
Indústria 4.0
Sistemas Ciber-físicos
Sistemas Ciber-Físicos sintetizam a fusão entre
o mundo físico e digital. Dentro desse
conceito, todo o objeto físico (seja uma
máquina ou um linha de produção) e os
processos físicos que ocorrem, em função
desse objeto, são digitalizados. Ou seja, todos
os objetos e processos na fábrica tem um
irmão gêmeo digital.
http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0 – No Brasil

Fonte:
https://www.folhadelondrina.com.br/
opiniao/producao-industrial-
inteligente-1020287.html
Indústria 4.0 – desafios e expectativas

Há grandes desafios para a economia


brasileira, em especial para a indústria, que
enfrentou adversidades recentemente. Apesar
disto, os dados apontam a quarta revolução
industrial como uma oportunidade para o país.
http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0 – desafios e expectativas

http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0 – desafios e expectativas
• Relatório "Readiness for the Future of
Production Report 2018" (WEF) mostra o
país na 41ª posição em termo da estrutura
de produção e na 47ª posição nos vetores
de produção da indústria.

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Indústria 4.0 – desafios e expectativas

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Indústria 4.0 – desafios e expectativas

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Indústria 4.0 – desafios e expectativas

http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0 – desafios e expectativas

http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0 – desafios e expectativas

http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0 – desafios e expectativas
Possuímos países que tem alto
potencial para o futuro da
indústria, países que lideram o
processo, países nascentes no
tema e países que possuem um
relativo legado industrial, mas
estão mais distantes da corrida
para a 4º revolução industrial.
Interessante que o Brasil se
situa na interface deste
quadrante, possuindo potencial
para melhorar sua posição
nesta nova economia.
http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0

http://www.industria40.gov.br/
Indústria 4.0
Estratégia Dual
Transformar a indústria hoje significa que a despeito dos
desafios trazidos pela 4a revolução industrial, as empresas
têm espaço para fazer um uso mais eficiente dos seus
recursos (físicos, financeiros e informacionais) para que
seus produtos e serviços sejam mais competitivos no País
e no mundo. Isso se traduz na implementação de formas
mais eficientes de gestão como o lean manufacturing além
de orientar processos e decisões a partir da análise em
http://www.industria40.gov.br/
tempo real dos dados de produção.
Indústria 4.0 - IMPACTO
Os impactos da Indústria 4.0 sobre a produtividade, a redução de
custos, o controle sobre o processo produtivo, a customização da
produção, dentre outros, apontam para uma transformação
profunda nas plantas fabris.

A estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a


partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no
mínimo, R$ 73 bilhões/ano.
Essa economia envolve ganhos de eficiência, redução nos custos
de manutenção de máquinas e consumo de energia.
Indústria 4.0 - IMPACTO

Existe outro
tipo de Impacto econômico:
envolve ganhos de

impacto eficiência, redução nos


custos de manutenção
de máquinas e consumo
de energia.
Indústria 4.0 - IMPACTO

Revolução
para quem?
Fonte: http://wertambiental.com.br/2019/01/15/industria_4-0/
Administração do trabalho
Evolução da administração 1900
1945

1914 Globalização
Gigantismo
1860 industrial
Crescimento
industrial
Transição para
industrialização
1780
Chiavenato (2014) destaca que as teorias
Fase artesanal
administrativas foram desenvolvidas de acordo com as
necessidades do período em que surgiam.
Administração do trabalho
• As transições não se deram de forma linear ou isolada
(contexto);
• Decorreram da insatisfação interna das pessoas ou dos
empresários;
• Essa insatisfação ganha representatividade coletiva,
motivando a grandes revoluções;
• O “trabalho” existe desde o período pré-histórico (4.000 AC)
com o aparecimento dos primeiros seres humanos;
• Período conhecido como Neolítico (comunidade tribais);
Administração do trabalho
• Período Neolítico não havia o conceito de classe social, mas o
homem neolítico passou a tecer panos, construir moradias, não
se dedicando mais exclusivamente à caça, pesca, criação de
animais;
• Nesses períodos antigos não se usava termos da economia,
atribuía-se aos bens apenas valor de uso, produção e distribuição
e não acúmulo ou posse (troca);
• Grécia antiga teremos as primeiras mudanças no mundo do
trabalho, em que a escravidão e trabalho eram vistos de forma
extremamente negativa, ou seja, como uma obrigação ou castigo,
necessários à sobrevivência (até hoje?)
Administração do trabalho
• Isso porque TRABALHO sempre esteve associado à busca do
homem pelo atendimento de suas necessidades básicas.
• As evoluções percebidas no mundo do trabalho se deram ao fato
de que, na medida que o homem conseguia satisfazer suas
necessidades básicas, um conjunto de outras exigências eram
ampliadas;
• Caminhando pela evolução do trabalho a escravidão foi cedendo
lugar a outras formas de trabalho: servidão por dívidas, grupos de
camponeses, servidão (produzir para si e para os senhores feudais)
Administração do trabalho
• O termo TRABALHO vem do latim Tripalium que é um
instrumento formado por três estacas fincadas no chão
usado para bater os cerais e também para torturar pessoas.
• Algumas vezes ainda munidos de pontas de ferro, no qual os
agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, para
rasgá-los, esfiapá-los. A maioria dos dicionários, contudo,
registra tripálio apenas como instrumento de tortura, o que
teria sido originalmente, ou se tornado depois.
Administração do trabalho
• De modo que o trabalho desde o surgimento é visão de
sofrimento, sansão, castigo.

Fonte: Google - Tripalium


Fonte: Imagem disponível no Google
Administração do trabalho
• Idade moderna (surgimento de cidades, revolução agrícola e
sociedade patriarcal) destacam-se o empenho das pessoas
naquilo que lhes é atribuído;
• Entre os séculos XV e VXII (acúmulo de riquezas porque Deus
quer assim) viu-se o início da demanda por qualificações
específicas (trabalho qualificado do não qualificado; produtivo do
não produtivo e o intelectual do braçal);
• Evolução tecnológica científica (classe burguesa) no século XVIII;
Administração do trabalho
• Segunda metade do século XVIII surge
ILUMINISMO em toda a Europa.
• luminismo foi um movimento cultural que
se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e
França, nos séculos XVII e XVIII. Nessa Fonte: Imagem disponível no Google

época, o desenvolvimento intelectual, que


vinha ocorrendo desde o Renascimento,
deu origem a ideias de liberdade política e
econômica, defendidas pela burguesia.
Administração do trabalho
• Iluminismo (século da razão): A principal característica desta
corrente de pensamento foi defender o uso da razão sobre o da
fé para entender e solucionar os problemas da sociedade (antes
era “sou rico porque Deus quer assim”);
• Não foi uma revolução e sim uma reforma, onde houve grande
migração do campo para as cidades em busca de novas formas
de sobrevivência;
• Passaram-se alguns anos e com a Rev. Industrial, o capitalismo
se firmou entre as sociedades, trazendo o conceito de salário.
Administração do trabalho
• Nesse sentido, o CAPITALISMO se mostrou um elemento
fundamental na classificação dos níveis sociais que
distinguiam as pessoas e consequentemente na iniciação do
trabalho remunerado.

• A existência de uma pessoa estava vinculada diretamente à


sua capacidade produtiva (trabalho sinônimo de identidade)
Aspectos históricos da formação do
pensamento administrativo.
• A história da administração é recente (séc. XX)
• Na história da humanidade, verifica-se que sempre existiu
alguma forma de associação entre os homens para, através
do esforço conjunto, atingirem objetivos que isoladamente
não seria possível
• O processo de administrar está vinculado a qualquer
situação em que existam pessoas fazendo o uso de recursos
para atingir determinado objetivo.
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
• Filósofos
“Sobre qualquer coisa que um homem possa
presidir, ele será, se souber do que precisa e
se for capaz de provê-lo, um bom presidente,
quer tenha a direção de um coro, uma família,
uma cidade ou um exército. Não é também
uma tarefa punir os maus e honrar os bons?
Portanto, Nicomáquis, não desprezeis homens
hábeis em administrar seus haveres...”
SÓCRATES | Guia do Estudante
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
•Filósofos
•Igreja católica
•Exército
•Revolução industrial
•Economistas liberais
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
• Filósofos
– Sócrates: administração como uma habilidade pessoal separada do
conhecimento técnico e da experiência.
– Platão (discípulo de Sócrates): via uma forma democrática na administração
pública.
– Aristóteles (discípulo de Platão): abriu as perspectivas do conhecimento
humano, no texto Política e distingue as três formas de administração pública
• Monarquia ou governo de um homem só
• Aristocracia ou governo de uma elite
• Democracia ou governo do povo
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
• Filósofos
– Francis Bacon: fundador da lógica moderna baseada
no método experimental e indutivo (indução é o
raciocínio que, após considerar um número
suficiente de casos particulares, conclui uma
verdade geral, inicia pela observação). Aqui, surge a
preocupação de separar o essencial do acidental.
Os primórdios da administração

• A administração teve influência dos:


•Filósofos
– René Descartes: método cartesiano
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
• Filósofos: René Descartes (método cartesino)
1. Princípio da dúvida sistemática ou da evidência: não aceitar
nada como verdadeiro enquanto não souber com evidência
aquilo que é verdadeiro
2. Princípio da análise ou da decomposição: dividir cada
problema em tantas partes quantas sejam possíveis e
necessárias à sua adequação e solução (resolver
separadamente)
Os primórdios da administração

• A administração teve influência dos:


•Filósofos: René Descartes (método cartesino)
3. Princípio da síntese ou da composição: conduzir de maneira
ordenada o pensamento e o raciocínio, começando pelos assuntos
mais fáceis de se conhecer para passar gradualmente aos mais
difíceis.
4. Princípio da enumeração ou da verificação: verificar, rever e
recontar para que se fique seguro de nada ter sido omitido.
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
•Igreja católica
– A organização eclesiástica serviu de modelo para as organizações ávidas
de experiências bem sucedidas que passaram a incorporar os princípios
utilizados pela igreja católica.
– A organização hierárquica da igreja é simples e eficiente. Hoje a igreja
tem uma organização hierárquica tão simples e eficiente que a sua
enorme organização mundial pode operar satisfatoriamente sob o
comando de uma só cabeça executiva.
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
• Organização militar
– A org. linear originou-se da org. militar dos exércitos da época medieval.
– Há 2.500 anos, Sun Tzu, general e filósofo chinês, escreveu o livro a Arte
da Guerra que trata dos planos da guerra, dos armamentos, das táticas.
– Dessa influência a adm tirou:
• Princípio da unidade de comando – hierarquia - cada subordinado só pode ter um
superior. Centralização do comando e descentralização da execução
• Princípio de direção: todo soldado deve saber o que se espera dele e aquilo que
deve fazer.
Ex.: Napoleão nunca deu uma ordem sem antes explicar o objetivo e certificar-se que
havia sido compreendido.
Os primórdios da administração
• A administração teve influência dos:
• Revolução industrial

– Invenção da máquina a vapor (1820): Nova transformação do trabalho; Responsável por mudar a
estrutura social e comercial da época; Transformações econômica, política e social.

• 1ª Rev. Industrial
• 2ª Rev. Industrial
• 3ª Rev. Industrial
• 4ª Rev. Industrial – indústria 4.0
Início do séc. XIX as organizações eram
poucas e pequenas: predominavam pequenas
oficinas, artesãos independentes, pequenas
escolas, profissionais autônomos (médicos,
advogados, artistas), o lavrador, o armazém
da esquina. Embora o trabalho sempre tenha
existido na história da humanidade, as
organizações e sua administração são
Chiavenato (2014)
recente.
Conceitos e classificação
1. Organizações
• O mundo moderno é feito de organizações. A vida das pessoas de
qualquer sociedade gira em torno e mantém profunda dependência das
organizações.
• É o agrupamento de pessoas, que se reúnem de forma estruturada e
deliberada e em associação, traçando metas para alcançarem objetivos
planejados e comuns a todos os seus membros.
• As organizações são classificadas de acordo com sua atividade
econômica.
Conceitos e classificação
1. Organizações
1. Setor primário – organizações da área extrativista,
agropecuária e pesca.
2. Setor secundário – organizações da área
manufatureira.
3. Setor terciário – organizações da área de serviços.
Fonte: Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) (IBGE, 2003), elaborada sob a coordenação do IBGE, no
Brasil.
1. Organizações do setor primário
• As organizações do setor
primário são as mais antigas
formas de organização e estão
relacionadas à exploração dos
recursos naturais: terra
(agropecuária, silvicultura e
extrativismo vegetal); água
(pesca) e recursos minerais
(extrativismo mineral) Imagem disponível no Google
2. Organizações manufatureiras (setor
secundário)
• Esse tipo de organização produz (fabrica ou monta), ou seja,
industrializa algum produto.

METALÚRGICA - Nilfisk
Indústrias do vestuário

Indústrias da área Indústrias da área cerâmica


alimentícia
3. Organizações de serviços (setor terciário)

• As empresas desse segmento podem prestar


serviços para empresas manufatureiras, para
empresas do setor primário ou diretamente
para o consumidor.
3. Organizações de serviços (setor terciário)
Podem ser classificadas em:
• Serviços empresariais – consultorias, finanças, bancos, escritórios de
contabilidade, vigilância, limpeza, etc.
• Serviços comerciais – lojas de atacado e varejo, serviços de manutenção e
reparos.
• Serviços de infraestrutura – comunicações, transporte, eletricidade,
telefonia, água, esgoto, etc.
• Serviços sociais e pessoais – restaurantes, cinema, teatro, saúde,
hospitais, etc.
• Serviços de administração pública – educação, policiamento, saúde, etc.
• Todas as organizações, sem exceção,
possuem pelo menos cinco
atividades básicas: atividades
mercadológicas, contábeis, de
gestão de pessoas, logísticas e
atividades de produção.
Franceschi (2013)
Administração
• Significa direção, tendência para, e “minister” que significa
subordinação ou obediência, ou seja, quem realiza uma função
sob o comando de outra ou presta serviço a outro (CHIAVENATO,
2010).
• Segundo Maximiano (2010), administrar é um trabalho em que as
pessoas buscam realizar seus objetivos próprios ou de terceiros
(organizações) com a finalidade de alcançar as metas traçadas.
Dessas metas fazem parte as decisões que formam a base do ato
de administrar e que são as mais necessárias.
Evolução da administração
• Com o gradativo desenvolvimento e complexidade das
organizações surgiu a necessidade de administrá-las
adequadamente.
• A teoria geral da administração trata do estudo da
administração das organizações em geral e das empresas em
particular.
• Essa teoria é um conjunto integrado de teorias em crescente
expansão e gradativa abrangência.
Evolução da administração
• As primeiras teorias administrativa surgiram no
início do século XX e atravessou fases bem
distintas e que se superpõem ou se
complementam.
• Cada uma das fases realça e enfatiza um aspecto
importante da administração (CHIAVENATO,
2010; PEINADO e GRAEML, 2007).
Evolução da administração
• Ênfase nas tarefas – é o foco das teorias
que consideram a administração uma
ciência aplicada na racionalização e no
planejamento das atividades
operacionais.
• Ex.: Adm. Científica e Teoria Clássica
Evolução da administração
• Ênfase na estrutura organizacional – é o
foco das teorias que consideram a
administração uma ciência que cuida da
configuração e estruturação das
organizações.
• Ex.: Teoria clássica, burocrática e
estruturalista
Evolução da administração
• Ênfase nas pessoas – é o foco das
teorias que consideram a administração
uma ciência aplicada sobre as pessoas e
suas atividades dentro das organizações.
• Ex.: Escola das Relações Humanas
Evolução da administração
• Ênfase na tecnologia – é o foco das
teorias que consideram a administração
uma ciência que cuida da aplicação bem-
sucedida da tecnologia na atividade
organizacional.
• Ex.: Teoria das contingências
Evolução da administração
• Ênfase no ambiente – é o foco das
teorias que consideram a administração
uma ciência que busca a adequação das
organizações às demandas e situações
que ocorrem em seu contexto externo.
• Ex.: Teoria das contingências e Teoria
estruturalista
Evolução da administração
• Ênfase nas competências e na
competitividade – é o foco das teorias que
consideram a administração uma ciência
detentora de competências sempre
atualizadas, articuladas e prontas para serem
aplicadas e que são essenciais para o sucesso
dos negócios.
Evolução da administração
• Chiavenato (2010), apresenta as diversas
escolas e teorias que foram sendo criadas para
responderem aos desafios apresentados no
decorrer da história.
A teoria geral da
administração trata do Peter Drucker
estudo da Frederick Winslow Taylor Henri Fayol

administração das
organizações em geral e
das empresas em
particular.
Max Weber Elton Mayo Amitai Etzioni

Fonte das imagens: Disponíveis no Google.


Ênfase Teoria Principais enfoques
Administrativa
Nas tarefas Administração cientifica Racionalização do trabalho no nível operacional.
Teoria clássica Organização formal.

Teoria neoclássica • Princípios gerais da administração.


• Funções do administrador.
Na estrutura Teoria burocrática • Organização formal burocrática.
• Racionalidade organizacional.
Teoria estruturalista • Múltipla abordagem: organização formal e informal.
• Análise intraorganizacional e análise
interorganizacional.

Fonte: Chiavenato (2010)


Ênfase Teoria Principais enfoques
Administrativa
Teoria das relações • Organização informal.
humanas • Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de
grupo.
Teoria do comportamento • Estilos de administração.
Nas pessoas organizacional • Teoria das decisões.
• Integração dos objetivos organizacionais e individuais.
Teoria do desenvolvimento • Mudança organizacional planejada.
organizacional • Abordagem de sistema aberto.
Teoria estruturalista • Analise intraorganizacional e analise ambiental.
• Abordagem de sistema aberto.
No ambiente
Teoria da contingencia • Análise ambiental.
• Abordagem de sistema aberto.

Fonte: Chiavenato (2010)


Ênfase Teoria Principais enfoques
Administrativa
Na tecnologia Teoria da contingencia Administração da tecnologia.

Novas abordagens na • Caos e complexidade.


Na competitividade administração • Aprendizagem organizacional.
• Capital intelectual.

Fonte: Chiavenato (2010)


Fase / Teoria
Ex.: Aplicação conjunta das teorias
A indústria automobilística utiliza:
a) Administração Científica – linhas de montagem
b) Teoria clássica e neoclássica – estrutura organizacional
c) Teoria burocrática – em toda a organização
d) Teoria das Relações Humanas – a forma como os supervisores são
preparados para lidar com os subordinados.
e) Teoria comportamental – a forma como os gerentes são desenvolvidos.
f) Teoria estruturalista e da teoria da contingência - As relações dessas
empresas com a comunidade.
g) Teoria da contingência - Interface da empresa com a tecnologia.
Abordagem Clássica da administração - 1903
Abordagem Clássica
• A origem da Abordagem Clássica se dá nas decorrências da Revolução Industrial
(produção em massa, energia elétrica, indústria do aço).

• Dois fatos são os mais importantes:

– O crescimento acelerado e desorganizado das empresas


• devido ao aumento produtivo causado pelas tecnologias aplicadas à
produção.
– A necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações
(especialialização da mão de obra)
• ruptura do processo artesanal
Administração Científica – “arrumando o chão de
fábrica”
• Iniciada pelo engenheiro americano Frederick Winslow
TAYLOR (1856 – 1915).
• A Administração e a organização devem ser tratadas
cientificamente e não empiricamente.
– Planejamento no lugar de improvisação
– Ciência no lugar do empirismo
– Aplicação de métodos da ciência (observação e
mensuração) aos problemas encontrados.
Fonte das imagens: Disponíveis no Google.
Frederick Winslow TAYLOR

• Atribui-se dois períodos aos pensamentos de Taylor:


Administração Científica
Primeiro Período Segundo Período

• ênfase nas técnicas de • racionalização do trabalho em


racionalização do trabalho (ORT) conjunto com a estruturação da
empresa
• estudo dos Tempos e Movimentos
• desenvolvimento de estudos sobre
• remuneração diferenciada a Administração
conforme produção

1911
1903

Livro: Shop Management Livro: Princípios da Adm. Científica


Publicação do Livro Shop Managemant
1º Período de Taylor 1903 (Administração de oficinas)

• Objetivo da adm é pagar salários melhores e


reduzir o custo de produção;
• Para isso, aplica métodos científicos de pesquisa
para formular princípios e estabelecer processos
padronizados que permitam o controle das
operações fabris (método cartesiano);
Aplicação do método cartesiano
• Princípio da padronização:

– Manualmente Taylor decompunha (tarefas) em operações individuais;


– Defendia a maneira certa de realizar cada operação;
– Reunia as operações na sequência que permitia fazê-lo mais rapidamente e
com maior economia de tempo e movimento (método cartesiano).
– Tudo parece simples, mas foi a primeira vez que se deu atenção ao trabalho
manual.
1º Período de Taylor
Publicação do Livro Shop Managemant
1º Período de Taylor 1903 (Administração de oficinas)

• Princípio Seleção Científica


Os empregados devem ser cientificamente
selecionados e colocados em seus cargos
com condições de trabalho adequadas;
Publicação do Livro Shop Managemant
1º Período de Taylor 1903 (Administração de oficinas)

Taylor chamou um trabalhador com


características apropiadas para executar
uma atividade;
Alto, forte para carregar ferros de 25 kg
(lingotes de ferros) e 12 toneladas por dia.
Ele queria provar que com a seleção
científica correta ele podia aumentar para
48 toneladas por dia.
Publicação do Livro Shop Managemant
1º Período de Taylor 1903 (Administração de oficinas)

• Princípio Treinamentos Científicos


Os empregados devem ser cientificamente treinados
para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma
tarefa;
• Princípio atmosfera de cooperação: Adm precisa
garantir a permanência de um ambiente saudável
psicologicamente.
Portanto, os princípios da adm científica foram:

1. Substituir o velho método do empírico para o


científico (padronização);
2. Selecionar cientificamente;
3. Treinar cientificamente;
4. Cooperar para garantir os princípios;
5. Dividir o trabalho
Para Taylor, os males das indústrias da época
eram:
1. Vadiagem sistemática dos operários:

Segundo Taylor o termo referido com a vadiagem


sistemática estava relacionado aos operários, que reduziam
propositadamente a produção, cerca de um terço do salário
do que seria o normal a ser trabalhado, afim de evitar
reduções de salários pela gerência das empresas.
Haviam três causas que determinavam as vadiagens
ocasionadas ao trabalho na empresa:
Para Taylor, os males das indústrias da época
eram:
1. Vadiagem sistemática dos operários:

1. Os operários acreditavam que diminuiria a quantidade de


funcionários caso os empregadores aumentassem o número de
máquinas no trabalho.
2. A administração na época não conseguia calcular a eficiência de
produção que cada operário poderia ter dentro da empresa, onde
era desconhecido pela gerência as rotinas dos funcionários e o
tempo para sua realização.
3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
Para Taylor, os males das indústrias da época
eram:
2. Desconhecimento pela gerência das rotinas de
trabalho e do tempo necessário para a realização;

3. Falta de uniformidade das técnicas e dos


métodos de trabalho.
A Organização Racional do
1º Período de Taylor 1903 Trabalho

• Durante os estudos, Taylor verificou que os operários aprendiam


suas tarefas através da observação do trabalho de outros.
• Mesmo trabalho realizado de maneiras diferentes ferramentas
diferenciadas.
• Taylor viu a necessidade de substituir métodos rudimentares por
métodos científicos, racionalizando o trabalho.
• Esse método recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho
(ORT).
A Organização Racional do Trabalho (ORT)

Aspectos fundamentais:
1. Análise do Trabalho e estudo dos tempos e movimentos
2. Fadiga humana
3. Divisão do trabalho e especialização
4. Desenho de cargos e tarefas
5. Incentivos salariais e premiações
6. Homo economicus (trabalho e dinheiro)
7. Condições ambientais de trabalho
8. Padronização de métodos e máquinas
9. Supervisão funcional (supervisor por função)
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e
movimentos
• Decompor cada tarefa em uma série de movimentos simples;

• Cronometrar o tempo de cada um deles para chegar ao


tempo médio.

• Contribuições do trabalho do engenheiro americano, Frank


Gilbreth:
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos

• A partir do ‘tempo padrão’ de execução da tarefa, é


possível:
– racionalizar o trabalho,
– eliminar o desperdício,
– controlar a produtividade de todos os operários.

Ex: colocação de parafusos - sete movimentos elementares.


2. Fadiga Humana
• Durante os estudos (estatísticos, e não fisiológicos) dos movimentos,
identificou-se os efeitos negativos da fadiga sobre a produção:
– Diminuição da produção,
– Queda na qualidade do trabalho,
– Perda de tempo,
– Doenças e acidentes.

• Era necessário reduzir a fadiga, sendo criados os princípios de economia de


movimentos:
– Uso do corpo,
– Arranjo do material,
– Desempenho das ferramentas e máquinas.
3. Divisão do trabalho e especialização do operário

• Decorrência do estudo dos tempos e movimentos.


• Com a racionalização do trabalho e padronização dos
tempos e movimentos, o trabalho foi dividido em tarefas
específicas atribuídas a determinados operários.
• Idéia básica de que a eficiência aumenta com a
especialização.
• Cada operário passou a se especializar na execução de sua
tarefa.
4. Desenho de cargos e tarefas
• Foi na Administração Científica a primeira tentativa de se
desenhar cargos e tarefas.

• Tarefa é a menor unidade da divisão do trabalho.

• Ao simplificar as tarefas, tinha-se como base a ideia de que


os operários deveriam apenas realizá-las e não pensar ou
decidir.
5. Incentivos salariais e premiação
• Durante os estudos de Taylor, verificou-se que os operários perceberam
que seus salários seriam os mesmos, independentes de sua
produtividade.

• Deste modo, foi necessário criar um plano que fizesse com que os
operários trabalhassem dentro do tempo padrão estipulado para suas
tarefas.

• Foi substituída a remuneração baseada no tempo de trabalho pela


remuneração baseada na produção.

• Com esta política, Taylor buscava agradar tanto os empresários quanto


os operários.
6. Homo Economicus

• “Toda pessoa é concebida como influenciada


exclusivamente por recompensas salariais,
econômicas e materiais.”

• Assim, as recompensas salariais influenciam nos


esforços do trabalho.
7. Condições Ambientais de Trabalho

• A Administração Científica verificou que a eficiência depende,


além da racionalização do trabalho, das condições de trabalho.

• Conforto do operário e melhoria do ambiente físico são


valorizados para a melhoria da eficiência, e não por merecimento.
– Adequação de instrumentos e ferramentas,
– Arranjo físico das máquinas,
– Ventilação, iluminação, ruídos
8. Padronização
• A racionalização do trabalho se preocupou também com a
padronização dos métodos de trabalho e padronização das
máquinas e ferramentas.

• A padronização reduz a variabilidade do processo produtivo.

• Junto com a especialização do operário, a padronização


também foi responsável pelo conceito da linha de montagem.
9. Supervisão funcional

• Mesmo com a racionalização do trabalho, a supervisão era


necessária para Taylor por este acreditar:
– na vadiagem dos operários,
– não capacidade de pensar dos operários.

• Era necessário existir um supervisor para cada área de


especialização do operário.
Administração Científica
• Recomenda-se o filme: Tempos
Modernos que faz uma crítica
ao Taylorismo e seu desprezo
ao trabalhador enquanto ser
pensante.
• No filme o operário é
Animação disponível no Google.
programado para realizar suas
atividades e sente a força da
hierarquia.
Princípios da Administração Científica
1. Princípio da padronização: decompor as tarefas em
operações individuais, reunir as operações na sequência que
permitia fazê-lo mais rapidamente e com maior economia de
tempo e movimento.
2. Princípio Seleção Científica: Os empregados
devem ser cientificamente selecionados e
colocados em seus cargos com condições de
trabalho adequadas.
Princípios da Administração Científica
2.1 Princípio Treinamentos Científicos: Os
empregados devem ser cientificamente treinados
para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma
tarefa.
3. Princípio atmosfera de cooperação:
Administração precisa garantir a permanência de
um ambiente saudável psicologicamente.
Princípios da Administração Científica
4. Divisão do trabalho e das responsabilidade:
entre operários e a direção da empresa.
Apreciação crítica à Administração Científica

As principais críticas à Administração Científica são:

1. Mecanicismo
2. Superespecialização do operário
3. Visão microscópica do homem
4. Ausência de comprovação científica
5. Limitação do campo de aplicação
6. Abordagens prescritiva e normativa e de sistema fechado
1. Mecanicismo da Administração Científica
• A Administração Científica:

– restringiu-se às tarefas a serem executadas,


– enfatizava a eficiência da produção, a redução de desperdício,
– deu pouca importância ao elemento humano,
– operários como instrumentos passivos, sem iniciativa,
– suposição do homo economicus, sem considerar aspectos
motivacionais
– desumanização do trabalho industrial,
– Teoria da máquina.
2. Super(especialização) do operário
• Fatores foram vistos como violadores da dignidade
humana:
– especialização do trabalho, não permitindo o aprendizado
do todo.
– atribuição de tarefas simples, fazendo com que o operário
tivesse movimentos repetitivos.
3. Visão microscópica do homem
• A Administração Científica individualiza cada operário em termos
de suas relações com as máquinas e não com outros operários.

• Os operários eram vistos como acessórios das máquinas.

• Ignora o aspecto social humano.

• Concepção negativista do homem: preguiça e ineficiência.


4. Ausência de comprovação científica

• A Administração Científica pretende criar uma ciência sem a


comprovar cientificamente seus princípios.

• Baseia-se nos estudos de tempos e movimentos que analisam o


‘como’ e não o ‘porquê’ da ação dos operários.
5. Limitação do campo de aplicação
• A Administração Científica retringiu-se aos problemas do ‘chão de
fábrica’, aos operários e seus supervisores.

• Não considerou as demais áreas da organização, como finanças,


comercial, nem as demais funções administrativas.
6. Abordagens prescritiva e normativa e de sistema fechado

• Abordagem prescritiva e normativa


– Preocupação em prescrever normas que devem ser aplicadas em todas
as circunstâncias.
– Receitas antecipadas, soluções ‘enlatadas’.

• Abordagem de sistema fechado


– Visualiza a organização como se esta não estivesse inserida em um
ambiente.
– Não considera possíveis influências externas que a empresa possa
receber.
Pioneirismo da administração científica
• Apesar das críticas, a Administração Científica foi pioneira no
estudo da ‘nova estrutura’ organizacional (não artesão).

• É a partir desta Escola que se inicia a luta pela produtividade e


se inicia os estudos da administração.

• Taylor teve forte influência na vida do século XX, dado seu


pioneirismo.
1. Organizações sociais
Passageiros dentro de um ônibus é grupo?
Sim ou Não?
1. Organizações sociais
• Não podem ser definidos como um grupo.
• Porém, se os sócios de um clube ou os moradores
de uma mesma comunidade viajam dentro de um
ônibus, podem ser vistos como um grupo, uma vez
que se inserem nas condições básicas para isso:
estão ligados por relações sociais em uma
estrutura social.
2. Organizações formais
• São criadas deliberadamente para
cumprir determinado objetivo “Foram
mediante a coordenação de formalmente
esforços coletivos. estabelecidas com o
• Isso significa que elas não surgem propósito explícito
espontaneamente, mas, como de conseguir
observam Blau e Scott (1970, p. certas finalidades”.
17):
3. Organizações informais
• Dentro de toda organização formal,
aparecem organizações informais. “a maneira pela qual
os membros
A maneira pelada
qual
• Os grupos constituintes da
organização, como todos os grupos, organização
os membros da
desenvolvem seus próprios hábitos, realmente se
organização
valores, normas e relações sociais, realmente se
comportam”.
conforme seus membros vão comportam.
vivendo e trabalhando juntos.
Administração: o papel do Gestor
• O termo administração carrega em si a ideia de coordenação
de recursos e pessoas para a realização de tarefas;
administrar/gerir é, pois, operacionalizar as atividades a fim
de atingir determinado objetivo.
• Esse conceito remete à responsabilidade que alguém assume
para a execução de algo; para tanto, o administrador /gestor
terá de cumprir planos e estabelecer metas, buscar
informações sobre a realidade em que está inserido, motivar
as pessoas e controlar os recursos.
Administração: o papel do Gestor
• Segundo Silva (2013, p. 6), a administração consiste em “um conjunto de
atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de
alcançar um ou mais objetivos ou metas da organização”.
• Portanto, ao desempenhar os seus papéis, o administrador preocupa-se com
os fatores eficiência e eficácia.
– A eficiência é concebida como uma “medida de utilização de recursos”
– A eficácia, “medida de alcance dos objetivos ou resultados”
– Trata-se da distinção entre “fazer certo as coisas” e “fazer as coisas certas”
(p. 18).
Administração: o papel do Gestor
• Diferenças conceituais entre EFICIÊNCIA e EFICÁCIA
Administração: o papel do Gestor
• Níveis administrativos

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