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ESTATUTO DO idoso

Constitui crime contra o idoso punível com detenção

deixar de cumprir, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas
ações
em que for parte pessoa idosa.

Deixar de cumprir, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas
ações em
que for parte pessoa idosa é a única conduta, dentre as alternativas apresentadas,
punida
com a pena de detenção.

Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem


judicial
expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso:

detenção de 6 meses a 1 ano e multa.


As demais condutas são crimes punidos com reclusão.

Atuando como procurador de sua tia Bernardete - senhora aposentada de sessenta e


três anos de idade, que se encontrava em pleno gozo de suas faculdades mentais -,
Arquimedes, para satisfazer suas necessidades pessoais, passou a se apropriar dos
valores da aposentadoria da tia. Nessa situação, o ato praticado por Arquimedes não
caracteriza crime de apropriação indébita previdenciária, tipificado pelo Código
Penal,
mas sim crime contra o idoso, tipificado pelo Estatuto do Idoso.
certa.

De fato, a conduta descrita é tipificada no artigo 102 do Estatuto do Idoso:

Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do


idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:

reclusão de 1 a 4 anos e multa.

De acordo com o que prevê o Estatuto do Idoso, constitui infração administrativa

deixar o profissional de saúde de comunicar à autoridade competente os casos de


crimes contra idoso dos quais tiver conhecimento.

Deixar o profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou


instituição
de longa permanência de comunicar à autoridade competente os casos de crimes contra
idoso de que tiver conhecimento é infração administrativa prevista no artigo 57 do
Estatuto do
Idoso:

Deixar o profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou


instituição de longa permanência de comunicar à autoridade competente os casos de
crimes
contra idoso de que tiver conhecimento:

multa de R$ 500,00 a R$ 3.000,00, aplicada em dobro no caso de reincidência.

As demais alternativas descrevem crimes, e não infrações administrativas.

Se alguém deixar de prestar assistência a idoso, quando for possível fazê-lo sem
risco
pessoal, em situação de iminente perigo, cometerá, em tese, crime de menor
potencial
ofensivo.
certa.

Segundo a Lei 9.099 de 1995, consideram-se infrações penais de menor potencial


ofensivo as
contravenções penais e os crimes a que a Iei comine pena máxima não superior a 2
anos, cumulada ou não com multa. É o caso da infração prevista no artigo 97 do
Estatuto do
Idoso:

Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
em
situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
saúde, sem
justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:

detenção de 6 meses a 1 ano e multa.

Quando uma pessoa dificulta o acesso de idoso a determinado meio de transporte por
motivo de sua idade, incide em crime previsto no Estatuto do Idoso. Nessa situação,
para que o Ministério Público proponha a ação penal correspondente, haverá a
necessidade da representação do ofendido.
errada.

Os crimes definidos no Estatuto do Idoso são de ação penal pública incondicionada,


não se
lhes aplicando os artigos 181 e 182 do Código Penal. Nessa modalidade, a ação penal
é iniciada
mediante denúncia do Ministério Público nas infrações penais que interferem
diretamente
no interesse público e, assim, independem de representação ou requisição do
ofendido.

O enunciado descreve a conduta prevista no artigo 96:

Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações


bancárias,
aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou
instrumento
necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:

reclusão de 6 meses a 1 ano e multa.

A pessoa jurídica poderá ser responsabilizada, nos termos da lei, pela


inobservância das
normas que visem prevenir a ameaça ou a violação aos direitos do idoso.
certa.

Vejamos o que diz o artigo 82 do Estatuto do Idoso:

Para defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, são admissíveis
todas as
espécies de ação pertinentes.

Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de pessoa


jurídica no exercício de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e
certo previsto
nesta Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do mandado de
segurança.

De acordo com o dispositivo, cabe mandado de segurança para as situações em que o


idoso
seja vítima de atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no
exercício de atribuições de Poder Público.

O procedimento da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais não é aplicado a


nenhum
dos crimes previstos no Estatuto do Idoso.

errada.

Segundo o artigo 94 do Estatuto do Idoso, aos crimes ali previstos, cuja pena
máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 anos, aplica-se o procedimento
previsto na Lei 9.099 de 1995.

O artigo 94, contudo, foi objeto da ADI 3.096, na qual o STF concluiu pela
interpretação
conforme a Constituição, de modo que o dispositivo deve ser interpretado no sentido
de que
aos crimes previstos no Estatuto do Idoso, cuja pena máxima privativa de liberdade
não
ultrapasse 4 anos, aplica-se a Lei 9.099 de 1995 tão somente para aproveitar a
celeridade
processual, o que beneficia o idoso, não se aplicando as medidas despenalizadoras
ali
previstas, sob pena de conferir privilégios ao autor do crime contra idosos.

Para defesa dos interesses e direitos protegidos pelo Estatuto do Idoso, são
admissíveis todas as espécies de ação pertinentes.
Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições de Poder Público, que Iesem direito líquido e certo
previsto no Estatuto do Idoso, cabe mandado de segurança.

Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso, cuja pena máxima privativa de


liberdade não ultrapasse 4 anos, aplica-se o procedimento previsto na
Lei 9.099 de 1995.

No julgamento da ADI 3.096, o entendimento do STF foi no sentido de que o


artigo 94 do Estatuto do Idoso deve ser interpretado em favor do seu específico
destinatário - o próprio idoso - e não de quem lhe viole os direitos. Com isso, os
infratores não poderão ter acesso a benefícios despenalizadores de direito
material, como conciliação, transação penal, composição civil de danos ou
conversão da pena. Somente se aplicam as normas estritamente processuais para
que o processo termine mais rapidamente, em benefício do idoso.

Os crimes definidos no Estatuto do Idoso são de ação penal pública Incondicionada,


não se lhes aplicando os artigos 181 e 182 do Código Penal.

LEITURA OBRIGATÓRIA

É indispensável a leitura do Capítulo do Estatuto do Idoso relativo aos crimes,


sabendo diferenciá-los das infrações administrativas.

Deixar a entidade de atendimento de observar os direitos e as garantias de que são


titulares os idosos e de promover atividades educacionais, esportivas, culturais e
de
lazer constituem infrações administrativas previstas no Estatuto do Idoso, podendo
haver a interdição do estabelecimento até que sejam cumpridas as exigências legais.

Certa. Trata-se de infração prevista no artigo 56 do Estatuto do Idoso, referente


ao
descumprimento das obrigações previstas no artigo 50.

Constituem obrigações das entidades de atendimento:

celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o idoso, especificando o tipo


de
atendimento, as obrigações da entidade e prestações decorrentes do contrato, com os
respectivos preços, se for o caso;

observar os direitos e as garantias de que são titulares os idosos;

fornecer vestuário adequado, se for pública, e alimentação suficiente;

oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade;

oferecer atendimento personalizado;

diligenciar no sentido da preservação dos vínculos familiares;

oferecer acomodações apropriadas para recebimento de visitas;

proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade do idoso;


promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer;

propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças;

proceder a estudo social e pessoal de cada caso;

comunicar à autoridade competente de saúde toda ocorrência de idoso portador de


doenças infecto-contagiosas;

providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite os documentos


necessários ao
exercicio da cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;

fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos idosos;

manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias do atendimento, nome


do idoso, responsável, parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem
como o
valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que
possibilitem sua
identificação e a individualização do atendimento;

comunicar ao Ministério Público, para as providências cabíveis, a situação de


abandono
moral ou material por parte dos familiares;

manter no quadro de pessoal profissionais com formação específica.

Deixar a entidade de atendimento de cumprir as determinações do artigo 50 desta


Lei:

multa de R$ 500,00 a R$ 3.000,00, se ofato não for caracterizado como crime,


podendo haver a interdição do estabelecimento até que sejam cumpridas as exigências
legais.

No caso de interdição do estabelecimento de longa permanência, os idosos


abrigados serão transferidos para outra instituição, a expensas do estabelecimento
interditado, enquanto durar a interdição.

Segundo o Estatuto do Idoso, é crime deixar o profissional de saúde ou o


responsável
por estabelecimento de saúde ou instituição de longa permanência de comunicar à
autoridade competente os casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento.

Errada. Trata-se de infração administrativa prevista no artigo 57. Vamos aproveitar

Deixar o profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou


instituição de longa permanência de comunicar à autoridade competente os casos de
crimes
contra idoso de que tiver conhecimento:

multa de quinhentos reais a três mil reais, aplicada em dobro no caso de


reincidência.

Segundo a Lei 10.741 de 2003 - Estatuto do Idoso, discriminar pessoa idosa, por
qualquer motivo, é crime punido com a pena de reclusão e multa, aumentada de um
terço se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.

Certa. Essas são as previsões constantes no artigo 96, parágrafos 1º e 2º, do


Estatuto do Idoso:

Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações


bancárias,
aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou
instrumento
necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:

reclusão de 6 meses a 1 ano e multa.

Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa


idosa, por qualquer motivo.

a pena será aumentada de um terço se a vítima se encontrar sob os cuidados ou


responsabilidade do agente.

Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
em
situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
saúde,
sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública
configura
crime punido com a pena de reclusão.

Errada. A conduta está corretamente descrita, nos termos do artigo 97, mas a pena
para ela
prevista é de detenção:

Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
em
situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à
saúde, sem
justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:

detenção de 6 meses a 1 ano e multa.

A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de


natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Constitui crime punível com reclusão de 6 meses a 1 ano e multa obstar o


acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade.

Certa. Essa é uma das condutas previstas no artigo 100 do ECA:

Constitui crime punível com reclusão de 6 meses a 1 ano e multa:

obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;


negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho;
recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à
saúde, sem
justa causa, a pessoa idosa;
deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem
judicial
expedida na ação civil a que alude esta Lei;
recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação
civil objeto
desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.

Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou


pensão
do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar
recebimento ou ressarcimento de dívida constitui infração administrativa prevista
no
Estatuto do Idoso:

Errada. Tal conduta é definida como crime pelo artigo 104 do Estatuto do Idoso:

Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou


pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar
recebimento ou ressarcimento de dívida:

detenção de 6 meses a 2 anos e multa.

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