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Patologia Das Estruturas
Patologia Das Estruturas
Resumo:
Introdução
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está alinhado com a definição encontrada na Medicina, na qual estudam-se
as origens, os sintomas e a natureza das doenças.
Inspecionar, avaliar e diagnosticar as patologias da construção são tarefas
que devem ser realizadas sistematicamente e periodicamente, de modo que
os resultados e as ações de manutenção devem cumprir efetivamente a
reabilitação da construção, sempre que necessária. Couto e Couto (2007)
posicionam o fator de decisão entre ações de manutenção preventiva e
ações corretivas como sendo o aspecto financeiro. Contudo, de acordo com
os mesmos autores, a prática tem demonstrado que os custos de prevenção
não são tão expressivos em relação aos custos de intervenção. De qualquer
forma, o que realmente se busca é assegurar um comportamento satisfatório
de uma edificação durante um período de vida útil planejado.
Esta pesquisa focou no diagnóstico e na recuperação das patologias. Na
pesquisa as principais patologias foram divididas em cinco partes: manchas,
fissuras, empolamento, descolamento e patologias estruturais.
Materiais e métodos
Resultados e Discussão
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Após a pesquisa da literatura técnica sobre patologias, prevenção e
intervenções corretivas, foi elaborada uma tabela geral de patologias
possíveis, de forma sistematizada, buscando organizar e facilitar futuros
estudos e ações gerenciais corretivas. Sousa (2004) argumenta que a
informação técnica disponível encontra-se dispersa, sendo a sua
sistematização imprescindível, de modo a facilitar a análise das causas e a
resolução dos problemas, bem como a sua prevenção. As patologias foram
divididas em cinco grupos: manchas, empolamento, descolamento,
estruturais, e trincas e fissuras.
Tabela 1 - Manchas
Patológia Reparos Causas Prováveis
Fazer limpeza do local
Umidade Melhorar a impermeabilização da área
Reforçar a ventilação e instalar aparelhos de desumidificação
Sujeira nas Limpeza do local (escovação)
Criar mecanismo para evitar que a água escoe pela fachada (Ex.: pingadeiras...) Infiltração
Fachadas Renovação do revestimento e pintura Falha na impermeabilização
Limpeza do local utilizando produtos químicos, biocidas, herbicidas... Umidade constante
Microorganismo No caso de fachadas tentar diminuir a quantidade de água que escorre por ela Área não exposta ao sol
Manchas
Renovar o revestimento e aplicar produto biocida com devida manutenção Área com ventilação deficiente
Eliminação da infiltração, caso exista Sais solúveis presentes na alvenaria
Lavagem com solução de hipoclorito de sódio e aplicação de fungicida Cal não carbonatada
Bolor
Reparo do revestimento, se pulverulento Exposição à água ou às intempéries
Criação de um sistema de ventilação
Eliminação da infiltração e impermeabilização do local
Eflorescência Lavagem e escovação da superfície
Reparo do revestimento
Tabela 2 – Empolamento
Patológia Reparos Causas Prováveis
Remoção do material, limpeza e correção da base Ausência de aderência (chapisco)
Empolamento Instalação de juntas de dilatação e artifícios para melhorar a aderência, caso necessário Superficie da base muito lisa ou com substância hidrófuga
Renovação do revestimento Falha executiva
Tabela 3 – Descolamento
Patológia Reparos Causas Prováveis
Eliminação do concreto degradado
Reparação das armaduras e reposição das secções
Concreto
Reconstituição do concreto
Aplicação de um revestimento de impermeabilização com uma pintura ou revestimento cerâmico Infiltração
Renovação do revestimento Falha executiva
Tijolo Reforçar a estabilidade das paredes (Ex.:pilares de concreto armado, introdução de armaduras...) Argamassa aplicada em camada muito espessa
Aplicação de um artifício para melhorar a aderência e a impermeabilização Superfície da base muito lisa ou com substância hidrófuga
Remoção do reboco e/ou emboço e limpeza da base (eliminação de substância hidrófuga) Ausência de aderência (chapisco)
Descolamento
Emboço/Reboco Aplicação de um artifício para melhor aderência (chapisco) Excesso de finos no agregado
Renovação da camada de reboco e/ou emboço. Traço pobre em aglomerantes
Remoção do revestimento cerâmico degradado Traço excessivamente rico em cal
Impermeabilização e tratamento da base Ausência de carbonatação da cal
Preencher as juntas com material flexível e criar juntas de dilatação, caso necessário Falta de fixação mecânica complementar
Cerâmica
Aumentar a aderência cerâmica à base (cimento-cola)
No caso de placas grandes criar uma fixação mecânica complementar
Reassentar o material cerâmico na superfície
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Tabela 5 – Patologias Estruturais
Patológia Reparos Causas Prováveis
Determinar e remover materiais deteriorados (concreto e armadura)
Limpar área a ser reparada
Reparo
Fazer proteção anticorrosiva e reparação das armaduras repondo as secções, caso necessário Erros de projeto e/ou construção
Aplicação do material de reparo com a devida fôrma instalada (concreto ou graute) Degradação da estrutura (agentes atmosféricos, poluição, tempo)
Adicionar nova camada de armadura Acidentes (choques, explosões, incêndios, sismos, etc.);
Estrutural Alargamento Construir formas para o novo perfil ou utilizar concreto projetado Mudança na utilização da estrutura
Adicionar nova camada de concreto Recalques diferenciais
Reforço Introduzir um novo elemento na estrutura (tirante) Sobrecarga
Pós-tensionamento
Tensionar esse elemento para que absorva parte da carga da estrutura
Limpeza, preparação e regularização do substrato
Fibra de carbono
Aplicação da manta de fibra de carbono
Conclusões
Neste trabalho verificou-se a importância das patologias na construção civil.
Seu objetivo foi alcançado, com a elaboração de uma tabela sistematizado e
simplificado, que faz a associação das patologias com ações gerenciais
corretivas, que podem minimizar ou eliminar a incidência e a influência das
patologias na vida útil das edificações.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Fundação Araucária pela concessão da bolsa.
Referências
COUTO, J. P.; COUTO, A. M. Importância da revisão dos projectos na
redução dos custos de manutenção das construções. In: CONGRESSO
CONSTRUÇÃO 2007, 3, 2007, Coimbra, Portugal. Anais... Coimbra:
Universidade de Coimbra, 2007.