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M1 - Apostila de Arte - PARTE I PDF
M1 - Apostila de Arte - PARTE I PDF
APOSTILA DE ARTE – M1
Parte I
(conteúdos das cinco primeiras aulas da disciplina)
Origem da arte
A arte é quase tão antiga quanto o homem, pois é uma forma de trabalho, e este é
uma propriedade do homem, sendo-o executado através da transformação da natureza.
Deste modo, o homem cria a arte como uma forma de sobreviver no meio, expressar o
que pensa, divulgar suas crenças (ou a de outros), para estimular e distrair a si mesmo e
aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Segundo AZEVEDO JÚNIOR (2007) para que a arte exista é necessário a
existência de três elementos: o artista, o observador e a obra de arte. O artista é aquele
que tem o conhecimento concreto, abstrato e individual sobre determinado assunto e
transmite esse conhecimento através de um objeto artístico (pintura, escultura, dentre
outros) que represente suas ideias. O segundo, o observador, é aquele que faz parte do
público que observa a obra e que ainda terá que ter algum conhecimento do contexto
que envolve o momento de produção, as intenções do artista ao produzir, seus interesses
e quais as suas pretensões, para então poder compreender melhor sobre a representação
artística visualizada. O terceiro, a obra de arte, é a criação do objeto artístico que vai
até o entendimento do observador, pois todas as artes tem um fim em si, ou seja, uma
tradução.
Conceito de arte
A arte, além de conhecimento, é uma das primeiras manifestações da
humanidade para marcar sua presença em determinado espaço. Ademais, através da arte
o homem ainda expressa suas ideias, sentimentos e emoções sobre determinado assunto,
sendo, portanto, uma representação simbólica do mundo humano.
De modo mais sintético, pode-se dizer que a arte é uma forma de transmissão de
ideias, pensamentos e emoções através de um objeto artístico.
Função da arte
Nas artes visuais quase todo material e técnica podem ser utilizados para
criar uma obra, mas existem aqueles que são mais conhecidos, considerados como
tradicionais ou convencionais e os modernos ou contemporâneos.
Entre os meios artísticos tradicionais ou convencionais, três deles manifestam-se
em duas dimensões (bidimensional – altura e comprimento): o desenho, a gravura e a
pintura. Embora o resultado formal de cada um deles seja bastante diferente (embora o
desenho e a gravura sejam similares), a grande diferença entre eles se encontra na
técnica envolvida. Os outros meios tradicionais – a escultura e a arquitetura –
manifestam-se nas três dimensões do espaço (tridimensional – altura, comprimento e
largura ou (profundidade).
Desenho
É o processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se sobre ela a
pressão de uma ferramenta (em geral, um lápis, carvão, nanquim, grafite, pastel,
caneta, pincel etc.) e movendo-a, de forma a surgirem pontos, linhas e formas
planas. O resultado deste processo (a imagem obtida) também pode ser chamado de
desenho. Desta forma, um desenho manifesta-se essencialmente como uma
composição bidimensional. Quando esta composição possui uma certa intenção
estética, o desenho passa a ser considerado uma expressão artística.
A escolha dos meios e materiais está intimamente relacionada à técnica
escolhida para o desenho. Um mesmo objeto desenhado a bico de pena e a grafite
produz resultados absolutamente diferentes. As ferramentas de desenho mais comuns
são o lápis, o carvão, os pastéis, crayons e pena e tinta. Muitos materiais de desenho são
à base de água ou óleo e são aplicados secos, sem nenhuma preparação.
Existem meios de desenho à base d'água (o "lápis-aquarela", por exemplo), que
podem ser desenhados como os lápis normais, e então umedecidos com um pincel
molhado para produzir vários efeitos. Há também pastéis oleosos e lápis de cera.
Desde a invenção do papel, no século XIV, ele se torna o suporte dominante
para a realização de desenhos. É possível classificar o desenho em função
dos instrumentos utilizados para a sua execução, ou da ausência deles. Pode-se pensar
ainda em modalidades distintas do registro de acordo com as finalidades almejadas.
Gravura
Pintura
• Aquarela:
É uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram
suspensos ou dissolvidos em água. Os suportes utilizados na aquarela são
muito variados, embora o mais comum seja o papel com elevada
gramatura (espessura do papel). São também utilizados como suporte o
papiro, casca de árvore, plástico, couro, tecido, madeira e tela.
A aquarela é uma técnica muito antiga cujo aparecimento se
supõe esteja relacionado com a invenção do papel e dos pincéis de pelo
de coelho, ambos surgidos na China há mais de 2000 anos.
No ocidente, há vários exemplos do emprego desta técnica desde
a Idade Média, como Tadeo Gaddi, discípulo de Giotto. Ele viveu
até 1366, e teria produzido uma série de desenhos aquarelados, feitos
sobre papel tipo pergaminho. O método foi utilizado por
artistas flamengos, e amplamente empregado em Florença e Veneza. Foi
com Albert Dürer que a aquarela pode resistir ao tempo, já que ele
deixou pelo menos 120 obras suas.
Aerografia:
É uma técnica de pintura onde se utiliza uma pequena pistola
ligada a um compressor de ar para produzir jatos de tinta. Antes da
computação gráfica, o aerógrafo era ferramenta fundamental para
retoques, e logo o instrumento foi relacionado à arte comercial. Com o
florescimento da cultura de massa, e principalmente seu auge na
publicidade, este equipamento foi introduzido no campo das belas artes.
Atualmente existem trabalhos feitos com aerógrafo em todas as galerias
do mundo, e seus preços são comparados a trabalhos feitos com pincel.
Sua aceitação em certos círculos de artistas foi muito lenta, pois era
considerada uma arte mecânica. As objeções não se referiam tanto à
qualidade alcançada em seus trabalhos, mas a razões mais teóricas.
Estudiosos da arte dizem que a aerografia surgiu na pré-história,
quando homens da caverna assopravam pigmentos (tinta) através de
tubos derivados de osso de animais e bambus. Contemporaneamente, foi
utilizada na indústria fotográfica do século XVIII como equipamento de
retocagem de fotografias, posteriormente, sua utilização se deu a nível
industrial para pintura de peças e acessórios. Hoje em dia, é utilizado em
diversas áreas como modelismo, artes gráficas, personalização
de motocicletas, capacetes, aplicação de bronzeamento a jato, carros e
seus acessórios, aplicações em funilarias diversas, para aplicação de
tatuagem, aplicação de maquiagem, pinturas em MDF, grafite, pinturas e
pulverizações em geral.
Colagem:
É a composição feita a partir do uso de matérias de diversas
texturas, ou não, superpostas ou colocadas lado a lado, na criação de um
motivo ou imagem. Foi utilizada por Picasso e Georges Braque, entre
outros. Ela é uma técnica não muito antiga, criativa e bem divertida, que
tem por procedimento juntar numa mesma imagem outras imagens de
origens diferentes.
A colagem já era conhecida antes do Século XX, mas era
considerada uma brincadeira de crianças. O cubismo foi o primeiro
movimento artístico a utilizar colagem. Os cubistas colavam pedaços
de jornal ou impressos em suas pinturas. A colagem como procedimento
técnico tem uma história antiga, mas sua incorporação na arte do século
XX, com o cubismo, representa um ponto de inflexão na medida em que
liberta o artista do jugo da superfície. Ao abrigar no espaço do quadro
elementos retirados da realidade - pedaços de jornal e papéis de todo tipo,
tecido, madeira, objeto e outros -, a pintura passa a ser concebida como
construção sobre um suporte, o que dificulta o estabelecimento de
fronteiras rígidas entre pintura e escultura.
Encaústica:
Encáustica (deriva do grego enkausticos, gravar a fogo) é uma
técnica de pintura que se caracteriza pelo uso da cera como aglutinante
dos pigmentos e pela mistura densa e cremosa. A pintura é aplicada
com pincel ou com uma espátula quente. É uma técnica muito resistente,
bastando ver a quantidade de pinturas que resistiram ao tempo.
A encáustica é uma técnica conhecida e utilizada desde
a Antiguidade. Os romanos e os gregos usavam-na muito. Plínio o Velho,
descreve o uso da encáustica sobre o marfim, técnica que já então era
considerada antiga. Ele também conta como é uma boa técnica para
rematar a fabricação de um barco por ser muito dura e resistente ao sal e
às intempéries.
Na região de Fayum, norte do Egito, descobriram-se retratos de
grande força expressiva, em sarcófagos de madeira, realizados em
encáustica, com datação dos séculos I e II. Também alguns murais
descobertos em Pompeia são feitos com essa técnica.
No começo da Idade Média também é usada, e, mais tarde, no
Oriente e no âmbito cristão, é o procedimento mais utilizado para
elaborar os ícones. Um bom exemplo de ícone em encáustica é o da
Virgem entronizada com o Menino Jesus do Mosteiro Ortodoxo de Santa
Catarina do monte Sinai, no Egito. Durante os séculos seguintes e a partir
do VIII e do IX esta técnica cai em desuso até que reaparece nos séculos
XVIII e XIX, especialmente na Inglaterra e França. O pintor
francês Eugène Delacroix utiliza em muitas de suas obras algumas cores
previamente misturadas com cera.
A encáustica também é usada por artistas do século XX,
como Jasper Johns, Mauricio Toussaint, Diego Rivera, Georges
Rouault e João Queiroz.
Figurativismo:
Tipo de arte que se desenvolve principalmente na pintura pela
representação, de seres e objetos em suas formas reconhecíveis para
aqueles que as olham. Na arte ocidental, a prática da arte figurativa só se
transforma, perdendo sua soberania, a partir do início do século XX, com
o surgimento da arte abstrata, que busca expressar o mundo interior, o
mundo dos sentidos, bem como relações concretas usando como
referência apenas os recursos da própria pintura, como a cor, as linhas e a
superfície bidimensional da tela. O Renascimento, o barroco, e o
realismo, são exemplos de estilos artísticos onde o figurativo realista, a
capacidade de mimese do pintor contava muito. Estilos mais recentes
como o impressionismo é o expressionismo também são figurativos,
porém menos preocupados com o que podemos chamar de fotorrealismo
ou a representação "correta" dos objetos.
Frottage:
Na arte, frottage é um método surrealista e "automático" de
produção criativa desenvolvido por Max Ernst.
No frottage o artista utiliza um lápis ou outra ferramenta de
desenho e faz uma "fricção" sobre uma superfície texturizada. O desenho
pode ser deixado como está, ou pode ser utilizado como base para
aperfeiçoamento. Embora superficialmente similar à fricção em latão e a
outras formas de "esfregar", visando reproduzir um objeto já existente, a
técnica do frottage difere por ser aleatória.
Foi desenvolvida pelo pintor, escultor e artista gráfico alemão,
Max Ernst, em 1925. Aconteceu após Ernst ter a ideia de colocar uma
folha (papel) no chão de madeira de seu ateliê e copiar a sua textura.
Assim, acabou desenvolvendo a técnica de frottage.
Guache:
O guache é uma aquarela opaca, porém elaborado numa
consistência mais líquida por ser utilizado uma quantidade maior de
aglutinante. Seu grau de opacidade varia com a quantidade de pigmento
branco adicionado à cor, geralmente o suficiente para evitar que a textura
do papel apareça através da pintura, fazendo com que não tenha
a luminosidade das aquarelas transparentes.
Na Idade Média já se usavam guaches nas iluminuras. Muitos
artistas o usaram desde aí até aos nossos dias. Existem habitualmente em
tubos e também em pastilha. Embora o guache seja principalmente uma
técnica de pintura é também usado muitas vezes
para desenho e ilustrações ou trabalhar em conjunto com materiais
variados de desenho.
Luminismo:
Modo pictórico que dedica especial atenção à luz e seus efeitos.
Luminismo é o nome de uma técnica pictórica e de uma Escola
de pintura dos Estados Unidos que floresceu durante o fim do século
XIX.
O termo foi cunhado por John Baur em seu estudo de 1954 sobre
a pintura norte-americana do século XIX, American Luminism, sendo
usado na descrição de uma característica especial no tratamento da luz
com fins expressivos e de revelação espiritual, junto com uma técnica de
acabamento que eliminava a evidência da pincelada e oferecia uma
superfície lisa e acetinada, que realçava o efeito impessoal do panorama
pintado. Com esses recursos os pintores buscavam criar atmosferas de
tranquilidade que convidassem à contemplação. Os paisagistas do século
XIX não se definiam como luministas, pois o termo não existia, nem as
características que são identificadas em suas obras como luministas
compunham uma filosofia independente dos princípios gerais da Escola
do Rio Hudson, à qual pertencia a maioria deles. Mais tarde o nome foi
aplicado a outros pintores, inclusive europeus, e hoje é usado
frequentemente para designar uma Escola de pintura autônoma dos
Estados Unidos.
Pastel:
Pintura a óleo:
A pintura a óleo é uma técnica de pintura das artes plásticas que
utiliza tintas à base de óleo de papoula ou linhaça, aplicadas com pincéis
ou espátulas sobre o suporte desejado, podendo ser tela de tecido ou
madeira.
A principal revolução da pintura a partir da tinta a óleo foi o
emprego de uma substância secativa que permitia a secagem satisfatória
da obra à sombra. A pintura a óleo oferece uma versatilidade ao artista
que nenhuma outra técnica dispõe. A tinta pode ser uma massa espessa e
de secagem demorada, pode ser diluída e permitir um traço mais raso, ou
pode ser espessa e ter uma secagem rápida, com o uso de substâncias
secativas. No entanto, há também desvantagens na pintura a óleo, as
obras tendem a escurecer com o tempo, e acontece também o fenômeno
denominado craquellure, que é a aparência craquelada que a tinta
apresenta na tela de acordo com seu envelhecimento.
Há várias formas de utilizar a tinta a óleo. Pode ser aplicada pura,
criando uma pincelada intensa, pode ser diluída, aproximando-se da
textura das aquarelas ou pode ser aplicada com um pedaço de pano, para
produzir um suave laivo. Há também a possibilidade de compor a
pintura, criando várias camadas, utilizando do recurso de sobreposição de
tintas, que se dá da seguinte forma: aplica-se uma camada, espera-se a
secagem e aplica-se a segunda camada. Desta maneira, é possível
produzir efeitos de cor exclusivos da pintura a óleo.
A pintura a óleo é um dos suportes mais importantes da
manifestação artística mundial. A técnica, que começou a ser usada
no Renascimento, surgiu na Itália em meados do século XV, e foi usada
para retratar importantes momentos históricos e produzir obras de suma
importância cultural. A pintura a óleo foi inovadora por permitir
mudanças na produção da pintura, sendo o óleo um novo pigmento
aglutinante, que permitia uma grande inovação na gama de cores das
tintas. Inclusive, os grandes pintores medievais produziam suas próprias
tintas a óleo.
As principais obras de pintura a óleo foram Mona Lisa e A Última
Ceia, de Leonardo Da Vinci; As Meninas e Retrato do Papa Inocêncio X,
de Diego Velázquez; Os Camponeses Comendo Batatas, Doze Girassóis
numa jarra, A Noite Estrelada, Retrato de Dr. Gachet, de Vincent van
Gogh; e O Grito, de Edvard Munch.
Como é possível observar, estas obras localizam-se em diferentes
momentos da história, e em diferentes contextos literário-artísticos, o que
coloca a pintura a óleo como uma técnica extremamente presente e
influente na cultura universal. As manifestações artísticas relacionam-se
geralmente com o momento político-histórico vivido pela sociedade em
que vive o artista, logo, ao refletir que a pintura a óleo surgiu no
Renascimento, compreende-se sua irrevogável importância histórico-
cultural nas manifestações artísticas mundiais.
Pintura corporal:
Pintura corporal é uma das formas de pintura arte indígena onde
os corpos são pintados com tinturas extraídas de plantas.
Materiais: Jenipapo, Urucum, Babaçu, etc. A pintura corporal é uma
forma de expressão. Muitos usam como forma de demonstrar seus
sentimentos por algo ou alguém. Geralmente quando escutamos falar de
pintura corporal temos em mente sempre os índios, mas a pintura
corporal está presente nos dias de hoje. A tatuagem e a maquiagem são
grandes exemplos de pintura corporal que é usada por pessoas de
diversas partes do mundo.
Pintura digital:
Pintura digital é uma técnica de ilustração, ou pintura, que em vez
de usar os meios tradicionais, utiliza um ambiente computacional. As
ferramentas digitais estão disponíveis em um software, um programa
gráfico que oferece uma tela virtual e caixas de pintura com grande
quantidade de pincéis, cores e outros suprimentos. Essas "caixas" contém
muitos instrumentos que não existem fora do computador, e que dão à
arte-final características diferentes das obras feitas da maneira
tradicional.
Considera-se o software SuperPaint o marco da pintura digital,
em 1972. Ele que foi o primeiro programa a possuir um sistema de anti-
aliasing. Este tipo de ilustração foi rapidamente utilizada
pela publicidade e pelos produtores de videogames, devido a
versatilidade desta técnica. Desde a década dos noventas ela tem sido
utilizada na arte conceitual, no cinema, nos jogos e no design de objetos.
Têmpera:
A têmpera é uma técnica de pintura na qual os pigmentos ou os
corantes podem ser misturados com um aglutinante. Esse aglutinante
pode ser uma emulsão de água e gema de ovo, o ovo inteiro, ou somente
a clara.
Referida na obra de Cennino Cennini, Il Libro dell´Arte, do final
do século XIV, a técnica de pintura a têmpera foi largamente utilizada na
arte italiana nos séculos XIV e XV, tanto em afrescos como em painéis
de madeira preparados com gesso ou cré . Dadas as limitações da técnica
na gradação das tonalidades de uma cor, ela viria a ser substituída, por
pintores e artesãos, pela pintura a óleo.
Do ponto de vista tecnológico, a gradação de tonalidades e a
fusão de cores são difíceis por causa da secagem muito rápida. Daí, a
técnica utilizada para esse fim ser de sobreposição de pinceladas com a
pintura seca, com pontos ou linhas claras ou escuras, e com cruzamento
de traços. Pode-se também trabalhar com o verniz resinoso ou com uma
goma sobre a tinta, realçando o brilho e os matizes. Quanto ao resultado
final, as cores da têmpera são brilhantes e translúcidas, no entanto, é
possível criar cores opacas e fortes, desde que o pigmento seja menos
diluído no aglutinante.
• Acrílico: é uma tinta sintética solúvel em água que pode ser usada em camadas
espessas ou finas, permitindo ao artista combinar as técnicas da pintura a óleo e
da aquarela. Se você quiser fazer tinta acrílica, você pode misturar tinta guache
com cola.
• Guache: é um tipo de aquarela opaca. Seu grau de opacidade varia com a
quantidade de pigmento branco adicionado à cor, geralmente o suficiente para
evitar que a textura do papel apareça através da pintura, fazendo com que não
tenha a luminosidade das aquarelas transparentes.
• Tinta a óleo: é uma mistura de pigmento pulverizado e óleo de linhaça ou
papoula. É uma massa espessa, da consistência da manteiga, e já vem pronta
para o uso, embalada em tubos ou em pequenas latas. Dissolve-se com óleo de
linhaça ou terebintina para torná-la mais diluída e fácil de espalhar. O óleo
acrescenta brilho à tinta; o solvente tende a torná-la opaca. A grande vantagem
da pintura a óleo é a flexibilidade, pois a secagem lenta da tinta permite ao
pintor alterar e corrigir o seu trabalho.
Autorretrato:
Muitas vezes é definido em História da Arte, como
um retrato (imagem, representação), que o artista faz de si mesmo,
independente do suporte escolhido. Reconhece-se, em geral, a partir
da renascença italiana, que este tipo de auto representação passou a ser
cada vez mais frequente, chegando à obsessão de um Rembrandt - quase
uma centena - ou de uma Vigée-Lebrun.
Seja ou não este produto, reconhecido no campo artístico como
inserido nesta categoria. O autorretrato é uma forma de estudo
anatômico, embora alguns deles apresentem alegorias, caricaturas e
também expressem condições emocionais específicas a exemplo de Frida
Kahlo (1907 - 1954) com seus autorretratos com macacos ou Goya, 1820
que incluiu em seu autorretrato o seu amigo Arrieta lhe auxiliando
durante a enfermidade que padeceu no ano anterior ao da pintura, quando
possuía 73 anos de idade. Para Novaes 1 o autorretrato é um instantâneo
do momento em que o sujeito se encontra, mas não por muito tempo. Em
última análise, pode-se traduzi-lo como uma metáfora da
contemporaneidade e suas identidades nômades.
Ícone:
Identifica uma representação sacra pintada sobre um painel de
madeira. No Ocidente, ícone pode também ser qualquer imagem (seja
estátua ou pintura) de representação religiosa, e não pode ser confundida
com o ídolo.
O ícone é a representação da mensagem cristã descrita por
palavras nos Evangelhos. Trata-se de uma criação bizantina do século V,
quando da oferta de uma representação da Virgem, atribuída pela
tradição a São Lucas. Quando da queda de Constantinopla em 1453, foi a
população dos Bálcãs que contribuiu para difundir e incrementar a
produção desta representação sacra, sendo na Rússia o local onde assume
um significado particular e de grande importância. O simbolismo e a
tradição não englobam somente o aspecto pictórico, mas também aquele
relativo à preparação espiritual e aos materiais utilizados.
Natureza morta:
É um tipo da pintura e fotografia em que se vê seres inanimados,
como frutas, louças, instrumentos musicais, flores, livros, taças de vidro,
garrafas, jarras de metal, porcelanas, dentre outros objetos.
Esse gênero de representação surgiu da Grécia antiga, e também
se fez presente em afrescos encontrados nas ruínas de Pompeia. Foi
depois condenada por teólogos católicos durante a Idade Média. A
denominação Natureza morta, conforme o alemão Norbert Schneider ,
surgiu na Holanda no século XVII, nos inventários de obras de arte. A
expressão competiu durante algum tempo com natureza imóvel e
com representação de objetos imóveis no século XVIII.
O ícone era pintado sobre um painel de madeira. Sobre a
superfície aplainada era feito o desenho e começava-se a pintura pela
aplicação do dourado, geralmente nas bordas, detalhes das roupas, fundo
e resplendores ou coroas. Então se pintavam as roupas, construções e a
paisagem de fundo. A última etapa era a aplicação do branco puro na
face e mãos. O efeito tridimensional era alcançado misturando ocre ao
branco e aplicando essa tinta mais escura nas maçãs do rosto, nariz e
testa. Uma fina camada de verniz avermelhado dava o sutil acabamento
final a lábios, face e ponta do nariz. Um verniz marrom era usado no
cabelo, barbas e detalhes dos olhos.
A produção de ícones religiosos era considerada uma arte nobre,
que necessitava grande preparação técnica e espiritual. O pintor precisava
se purificar de corpo e alma para conseguir a perfeição, achava-se que o
divino operava pela mão do pintor, então era inoportuno assinar a obra.
Como na maioria das representações sacras, a cor no ícone
assume uma importância fundamental para expressar a intenção do
pintor. O azul é a cor da transcendência, mistério divino. O vermelho,
sem dúvida a cor mais viva presente nos ícones, é a cor do humano e do
sangue dos mártires. O verde é usado como símbolo da natureza,
da fertilidade e da abundância. O marrom simboliza o terrestre, o
humilde e pobre. Branco é a harmonia, a paz, a cor do divino que
representa a luz que se avizinha. E o preto, decepção e tristeza.
Paisagem:
Considera-se paisagem a imagem resultante da síntese de todos os
elementos presentes em determinado local. Uma outra definição,
tradicional, de paisagem é a de um espaço territorial abrangido
pelo olhar. Pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a
vista abarca. É formada não apenas por volumes mas também por cores,
movimento, odores, sons etc/. A paisagem não é espaço, pois se tirarmos
a paisagem de um determinado lugar, o espaço não deixará de existir.
O termo é normalmente usado para se referir
às perspectivas visuais existentes em cada ambiente, sendo inclusive uma
categoria da pintura. A paisagem é um resultado natural ou humanizado.
A paisagem natural é aquilo que vem de origem da natureza, sem
interferência da mão humana, como a vegetação e formações geológicas.
A paisagem humanizada é aquela que sofreu transformações em
resultado da intervenção humana. São exemplos de ambiente construído
as obras de arquitetura e de paisagismo.
Para alguns autores, a paisagem é a apreensão do mundo de uma
forma individual. Um olhar individual que pode retransmitir para o
conceito de paisagem na arte. É o fenômeno espacial no tempo do
indivíduo.
Pintura de gênero:
A pintura de gênero (ou género, em Portugal) desenvolveu-se a
meio do florescimento do Barroco na Europa Católica (século XVII)
nos Países Baixos, sobretudo nos Países Baixos do Norte (a porção que
hoje corresponde à Holanda). Trata-se de um estilo sóbrio, realista,
comprometido com a descrição de cenas rotineiras, temas da vida diária
como homens dedicados ao seu ofício, mulheres cuidando dos afazeres
domésticos, ou até mesmo paisagens. Nasce então a pintura de
genre (ou petit genre) como uma resposta nacionalista, glorificadora da
cultura neerlandesa, ao processo de libertação dos Países Baixos da
dominação espanhola.
Retrato:
Um retrato é uma pintura, fotografia ou outra representação
artística de uma pessoa. O mais famoso exemplo de um retrato é a La
Gioconda de Leonardo da Vinci.
Escultura
É uma arte que representa imagens plásticas em relevo total ou parcial usando a
tridimensionalidade do espaço.
Os processos da arte em escultura datam da Antiguidade e sofreram poucas
variações até o século XX. Estes processos podem ser classificados segundo o material
empregado: pedra, metal, argila, gesso ou madeira (As madeiras comumente
utilizadas são o cedro e o mogno, por serem fáceis de trabalhar e mais leves).
A técnica da modelagem consiste em elaborar esculturas inéditas através desta
técnica. São utilizados materiais macios e flexíveis, facilmente modeláveis, como a
cera, o gesso e a argila.
No caso da argila, a escultura será posteriormente cozida, tornando-se resistente.
A modelagem é, também, o primeiro passo para a confecção de esculturas através de
outras técnicas, como a fundição e a moldagem.
Entalhe:
Entalhe é a arte de cortar ou entalhar a madeira. A grande
variedade disponível de cores da madeira, desde o branco quase tão claro
quanto o marfim, até o negro acetinado da castanheira e do ébano, pode
ser explorada com resultados formidáveis.
O entalhe é uma arte amplamente conhecida, tendo atualmente
sua melhor expressão na África e Oceania. Na Europa pouco sobrou das
obras da Antigüidade, mas no final da Idade Média foi grande o
florescimento dessa arte. No interior das igrejas medievais, a habilidade
dos entalhadores era apresentada nas belíssimas cadeiras de coro, bancos,
telas, púlpitos e estantes para leitura.
Fundição de metal:
Outra técnica utilizada para a escultura é fundição de metal (ferro,
cobre, bronze etc) em que se faz um processo complexo que começa com
um modelo em argila, passando por um molde que será preenchido com
cera, obtendo-se outra peça idêntica neste material, que poderá ser
retocada, para corrigir algumas imperfeições derivadas do molde. Depois
de modelada em cera.
Em seguida, o metal líquido é vazado dentro de um molde,
ocupando o lugar deixado pela cera. O gesso é dissolvido em uma
lavagem a jato de água, revelando a peça com seus contornos. A
escultura de metal passa, então, por um processo final de recorte e de
acabamento.
Móbile:
Na escultura, o móbile é um modelo abstrato que
tem peças móveis, impulsionadas por motores ou pela força natural
das correntes de ar.
Suas partes giratórias criam uma experiência visual
de dimensões e formas em constante equilíbrio. O móbile foi
inicialmente sugerido por Marcel Duchamp para uma exibição de 1932,
em Paris, sobre certas obras de Alexander Calder, que se converteu no
maior exponente da escultura móbile. A origem latina do termo móbile
remete à ideia de "móbil", "movimento".
Talha Dourada:
É uma técnica escultórica em que madeira é talhada (esculpida) e
posteriormente dourado, ou seja, revestida por uma película de ouro. Esta
técnica, principalmente associada à arquitetura, teve um período de grande
aplicação na Península Ibérica e suas respectivas colónias durante o
barroco onde se dá destaque ao jogo de volumes. Tornou-se num dos principais
cunhos do barroco do norte de Portugal, a par do azulejo, nos séculos XVII e
XVIII, especialmente no interior de igrejas e capela sem altares e retábulos.
Para uma encomenda de talha dourada era necessário o trabalho de vários
artesãos sob a orientação de um mestre.
Arquitetura
A música na Grécia
Há, contudo, um limite para a educação moral por meio da música, o que pode
ter um efeito contrário ao da harmonização da alma, tornando o jovem fraco e frágil.
Assim, para Aristóteles, faz-se necessário determinar até que ponto os jovens devem
estudar música, pois eles não precisam se tornar profissionais, nem competir em
concursos, devem apenas saber ouvir bem.
A música é importante para as cidades, para a manutenção e para a mudança de
certos sistemas políticos. Invariavelmente, todo movimento político tem seu canto de
guerra, de vitória, de batalha e seu hino. Vive-se, na prática, aquilo que Platão e
Aristóteles afirmaram em seus estudos políticos: qualquer alteração na música
significa uma alteração na cidade. O que importa é que alguém que seja chamado para
divertir os festins – os aedos no caso dos antigos e os profissionais de hoje reconhecidos
socialmente – domine não só a prática da produção, mas os efeitos psicológicos e
políticos daquilo que produz, tendo consciência de sua parte na formação dos homens e
das cidades.
Pensando na virtude da alma dos guardiões, Platão, na República, fez “o
conjunto de músicas passar por uma seleção, e permanecem aquelas que possam melhor
contribuir para a formação da conduta moral do cidadão”. Isso ocorre para formar a
harmonia da alma do guardião, fazendo com que a virtude exerça sua influência entre o
prazer e a razão. Aristóteles defende algo parecido: se “a música conduz de algum modo
à virtude, tal como ginástica confere ao corpo determinados atributos, também a música
pode conferir outros ao caráter, se for capaz de o habituar [o homem] a um uso correto”.
Dentre todas as artes imitativas, a que mais se aproxima de um ensino da virtude é
a música.
Culturalmente falando, em sentido amplo, é a musicalidade que permite o
exercício da política, tanto que os reis precisam, na Teogonia, dos dons das musas para
guiar a cidade. A política grega arcaica depende da retórica fornecida pelas musas. O
próprio rei (basiléu) possui no tom e ritmo de sua própria voz algo herdado da sedução
que somente as Musas possuíam. Como ocorre também em Platão, os guardiões sem
música não terão a beleza e a sedução da eloquência necessárias a um hábil “político”
que deve preservar as leis da cidade.
Filósofo legislador
A cítara era o meio ideal para expressar principalmente o ethos dos hinos
litúrgicos, dedicados à Apolo. A música instrumental da cítara, veicula um caráter ético
viril, grave e majestoso. Associada ao ethos da cítara está a harmonia dórica, a
verdadeiramente helênica. A harmonia dórica e austera, firme, capaz de manter o
espírito firme diante de qualquer desafio.
O aulos é o instrumento associado aos cultos dionisíacos, utilizado nas
composições ditirâmbicas para acompanhar os coros dramáticos e as elegias. O
ditirambo representava, para os gregos, uma das mais importantes realizações na poesia
coral. A harmonia própria das composições para o aulos é a frígia, e seu caráter é
entusiasta e agitado.
A harmonia lídia era plangente, favorecia as situações trágicas, e era adequada
para expressar os trenos e lamentos.
A formação de cada uma das harmonias dependia fundamentalmente das
relações tetracordais, assim como de suas respectivas relações intervalares.
Partindo dos Nomoi, a música da Grécia evoluiu para a lírica solista, o canto
conjunto e o solo instrumental. Depois, vieram as grandes tragédias inteiramente
cantadas, que marcaram o apogeu da civilização helênica.
Daí por diante, a decadência do povo encaminhou a música da Grécia para o
individualismo e o culto às aparências. Parecendo prever a dominação que lhes seria
imposta pelos romanos, os gregos ironizavam a sua própria destruição.