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RIO DE JANEIRO
2005
ROSANGELA OLIVEIRA RICAS MACHADO
Monografia apresentada à
coordenação do Curso de Psicopedagogia,
como cumprimento parcial das exigências
para conclusão do curso de Pós-Graduação,
pela Universidade Cândido Mendes,
Projeto A Vez do Mestre.
Rio de Janeiro
2005
ROSANGELA OLIVEIRA RICAS
Monografia apresentada à
coordenação do Curso de
Psicopedagogia, como cumprimento
parcial das exigências para conclusão do
curso de Pós-Graduação, pela
Universidade Cândido Mendes, Projeto
A Vez do Mestre.
BANCA EXAMINADORA
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, que me deu forças para continuar a caminhada em
busca do meu crescimento profissional. A minha família e a meu marido, que estiveram
Primeiramente, a Deus que sempre esteve ao meu lado, iluminando meu caminho
Aos meus Pais, que me deram forças e incentivo para conquistar essa vitória.
Ao meu marido, Alexandre Machado, que me deu incentivo para chegar até aqui.
Ao meu filho, Ioham Ricas, que é o responsável por minha capacidade de estar,
Edgar Morin
RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
.........................................................................16
PSICOPEDAGOGIA 38
7.2 Pontos para intervenção clínica preventiva – saúde com educação ..........................39
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 50
ANEXOS
2. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
1
GARCIA, Pedro. Debate atual das correntes pedagógicas, 1999. p. 105.
Embora se reconheça a dificuldade do estabelecimento em uma síntese
relacionada a essas diferentes tendências cuja influência se reflete no ensino atual faz-se
o seu emprego neste estudo.
As teorias podem ser classificadas em dois grupos: liberais e progressistas,
estando incluídas as tendências: tradicional, renovada, não-diretiva e tecnicista. Também
se encontram presentes às tendências: libertadora, libertária e crítico-social dos
conteúdos.
O trabalho justifica-se, ainda, pelo fato de que novos avanços no campo da
Psicologia da Aprendizagem, bem como a revalorização de psicólogos interacionistas
como Piaget, Vygotsky e Wallon e a autonomia da escola na construção de sua proposta
pedagógica, a partir da LDB 9.394/96, exige uma atualização constante do professor. E,
é através do conhecimento dessas tendências pedagógicas e de seus pressupostos de
aprendizagem que o professor adquirirá condições de avaliar os fundamentos teóricos
empregados em sua prática de sala de aula.
No aspecto teórico-prático, isto é, nas manifestações da prática escolar das
diversas tendências educacionais, será dada ênfase ao ensino da Língua Portuguesa,
considerando-se as diferentes concepções de linguagem que perpassam esses períodos
do pensamento pedagógico brasileiro.
A seguir analisar-se-á seus pressupostos teóricos na aprendizagem escolar diante
dos estudos das principais tendências pedagógicas.
Segundo Libâneo, “a pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por
função preparar os indivíduos para o desempenho do papel social de acordo com as
aptidões individuais”2.
Fundamentado neste fato pressupõe-se que cada indivíduo precisa adaptar-se aos
valores e normas vigentes na sociedade através do desenvolvimento da cultura
individual.
2
LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista Ande. São Paulo: Gráfica e
ed. Ande, 1983.
Devido à ênfase no aspecto cultural e ao fato de que a diferença entre as classes
sociais não serem consideradas, a escola passa a difundir a idéia de igualdade de
oportunidade, não levando em consideração a desigualdade existente.
Esta tendência enfoca o papel da escola na formação de atitudes, razão pela qual
deve estar mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos
ou sociais.
Todo o esforço visa a mudança dentro do indivíduo, ou seja, uma adequação
pessoal às solicitações do ambiente dentro do contexto. Aprende-se apenas o que estiver
significativamente relacionado a essas percepções.
Já a retenção se dá pela relevância do que foi aprendido em relação ao eu, o que
torna o processo de avaliação escolar sem sentido, fornecendo méritos à auto-avaliação.
Trata-se do ensino centrado no aluno, sendo o professor apenas um instrumento
mediador do conhecimento e facilitador na sua trajetória educacional.
3
Opcit,,p. 33.
2.1.5 Tendência Liberal Tecnicista
4
MATUI, Jiron. Construtivismo: teoria construtivista sócio-histórica aplicada ao ensino. São Paulo:
Moderna, 1995.
5
TRAVAGLIA, L. C. Metodologia e prática de ensino da língua portuguesa. Mercado Aberto, 1984.
A tendência tecnicista é, de certa forma, uma modernização da escola tradicional
e, apesar das contribuições teóricas do estruturalismo, não consegue superar os
equívocos apresentados pelo ensino da língua centrado na gramática normativa. Em
parte esses problemas ocorreram devido às dificuldades do professor assimilar as novas
teorias sobre o ensino da língua materna.
6
Opcit, p.49.
Como pressuposto de aprendizagem a força da motivação deve decorrer da
codificação de uma situação-problema, que será analisada criticamente envolvendo o
hábito de desenvolver o exercício de abstração, pelo qual se procura alcançar, por meio
de representações da realidade concreta a razão de ser dos fatos. Baseado nisto pode-se
compará-la com afirmação feita por Libâneo, que aprender é um ato de conhecimento da
realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se
resulta de uma aproximação crítica dessa realidade; portanto o conhecimento no qual o
educando transfere representa uma resposta perante a situação de opressão a que se
chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.
Ser professor nunca foi uma tarefa simples, hoje, porém novos elementos vieram
tornar o trabalho do docente ainda mais difícil.
O controle de disciplina nas unidades escolares tem-se tornado, particularmente,
uma problemática.
Quando as escolas eram regidas pelo modelo tradicional o manejo da classe era,
sem dúvida, mais fácil; afinal o aluno ficava totalmente concentrado nas mãos do
professor e era possível constatar o resultado rápido do aprendizado. Ao aluno cabia
manter-se em silêncio e prestar atenção na explicação do professor, o qual era autoridade
máxima dentro de sala e todos tinham respeito e admiração pelo professor. Por todas
essas qualidades que contribuíram para o melhor trabalho do educador, nossos alunos
recebiam uma educação de qualidade.
Hoje, mediante as transformações que vêm ocorrendo nas unidades escolares,
não é fatível afirmar que a relação professor-aluno é fator determinante na qualidade do
resultado educacional. Todos passamos por professores que pouco ou nada se
relacionavam com a turma, entretanto esta experiência não nos transformou em maus
professores, ou vice-versa. Também conhecemos mestres que se tornam muito queridos,
mas que em se tratando de ensino deixam muito a desejar.
A relação professor-aluno é indispensável, sim, no processo ensino-
aprendizagem, principalmente se ela for amistosa e afetuosa entre ambas as partes.
O professor não é o centro do saber, não é psicólogo nem psicanalista de seus
alunos. Cabe a ele compreender e ajudar no que for possível, não esquecendo que sua
função primordial é ensinar, dominando o conteúdo e usando técnicas de ensino e de
avaliação adequados.
Professor é aquele que transmite conhecimentos de qualidade para os educandos;
ele é o agente categorizado para educar; é o mediador entre os conhecimentos histórico e
cultural.
Atualmente, parecem conquistadas a convenção e a convicção de que todo
professor é educador, que a ação pedagógica do professor vai além daquela que se
realiza no ato de ensinar disciplina.
Em outras palavras, a ciência antes vista como verdade a ser aprendida e
entendida é compreendida nos dias de hoje como produção humana, como produção
cultural. O professor, com sua conduta profissional e pessoal, educa ou deforma,
podendo ser visto como um espelho para o aluno, situação na qual o professor deve
refletir sobre sua conduta e vida perante a sociedade.
4. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA PRÁTICA
EDUCATIVA
Não é só o professor que influencia os aluno, mas estes por sua vez também
influenciam. Pode-se perceber de imediato e mais facilmente esta influência no aluno,
mas quando ocorre o inverso não se dá atenção. A verdade é que essa mútua influência
acontece em qualquer relação humana, mas de forma diferente no binômio professor-
aluno.
Sabe-se que a relação professor-aluno é muito complexa, pois abrange um vasto
caminho para sua realização.
As relações entre professor e aluno fazem parte das condições organizativas do
trabalho docente, paralela a outras que estudamos. Esta interação é aspecto fundamental
na organização da situação cotidiana didática.
Ressaltar-se-ão dois aspectos da interação professor-aluno no que se refere ao
trabalho docente:
Aspecto Cognitivo formas de comunicação dos conteúdos escolares e as
tarefas indicadas aos alunos.
5. A DISCIPLINA NA CLASSE
7
In: Revista Nova Escola, p. 31.
A autoridade moral do professor é um conjunto das qualidades de personalidade
própria do professor, tendo como exemplos a dedicação profissional e a sensibilidade,
sendo que o senso de justiça tem traços de caráter.
A autoridade técnica é um conjunto de habilidades, capacidades e hábitos
pedagógicos e didáticos, os quais são necessários para que o professor possa atingir a
eficácia na sua transmissão e assimilação dos conhecimentos aos nossos educandos.
O professor, quando tem a autoridade técnica, é um educador capaz de elaborar a
aula com segurança e utilizando-se de métodos didáticos relacionados à matéria,
proporcionando ao aluno a compreensão e assimilação dos conteúdos, criando uma
relação ativa e humana perante o meio social da sala de aula, promovendo o
desenvolvimento do pensamento critico do educando de modo que cada um se
transforme em um sujeito consciente, ativo e autônomo.
Dentre os requisitos para uma boa organização do ensino, destacar-se-á:
O estímulo na aprendizagem;
O conhecimento referente a normas e exigências do trabalho escolar.
A disciplina escolar constitui, hoje, uma das questões educativas que mais
inquietam os professores, praticamente, de todos os níveis de ensino e em todos os
países.
Faz-se indispensável a elaboração de um objetivo didático pelo professor, o qual
ele deverá seguir, refletindo sobre sua prática pedagógica sempre que necessário.
As pessoas possuem um conjunto de preferência que determina o tipo de
abordagem que ele lançará mão para ensinar. Por isso, o professor deve conhecer seus
processos e suas preferências de aprendizagem para, então, poder criar uma adequação
entre o que irá propor em aula e como será a caminhada até o aluno. Mediante as
dificuldades apresentadas em sala de aula a família, juntamente com o professor, vai
desenvolver nos alunos hábitos que assegurem o bom relacionamento perante a
sociedade.
Parte da formação das crianças e dos jovens acontece no seu cotidiano escolar
através da relação aluno-aluno e professor-aluno. Contudo, sabemos que alguns outros
fatores irão contribuir no crescimento do educando como, também, interferir nos
evidenciados.
Através da relação interpessoal professor-aluno a escola vem contribuindo na
aquisição do conhecimento e no desenvolvimento do educando, nas suas atitudes e no
convívio social. Daí a importância de valorizarmos o trabalho em grupo.
O contato com outras pessoas acrescenta experiências e aprendizado à nossa
vida, sendo que cada classe social constituirá seu próprio grupo de relações sociais. Um
dos lugares o qual proporcionará, através da relação interpessoal, um aprendizado
diferenciado e eficaz será a sala de aula, a qual é valorizada e onde a interação social se
processa por meio da relação professor-aluno e aluno-aluno.
No convívio do dia-a-dia é que o aluno exercita hábitos, desenvolvendo atitudes,
assimilando valores e, muitas vezes, se espelhando na atitude de seu educador que serve
de exemplo através de sua personalidade, sua forma de agir, de apensar e de se
expressar.
O professor Walter Garcia afirma que “a educação, seja ela escolar seja mundial,
é fenômeno que só ocorre em razão de um processo básico de interação entre pessoas”8.
De acordo com a afirmação feita pelo professor, onde ele se refere à educação,
não importa onde aconteça, basta somente existir um diálogo entre duas pessoas para
haver uma partilha de experiências.
A interação humana tem um cargo educativo: é convivendo com seus
semelhantes que o ser humano é educado e se educa e, assim vai se construindo
coletivamente novos conhecimentos.
O professor tem, basicamente, duas funções na relação com o aluno:
Diante das inversões de valores que estão presentes na sociedade refletidos nas
escolas, fica limitado definir o conceito ‘relação professor-aluno’. Este acaba por se
confundir na prática do processo pedagógico com o conteúdo de ensino e com a
metodologia adotada sendo, porém, a aula um lugar de interação.
9
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública. A pedagogia crítico-social dos conteúdos. São
Paulo: Loyola, 1985.
7. A RELAÇÃO INTERPESSOAL SOB INTERVENÇÕES DA
PSICOPEDAGOGIA
• Prevenir problemas;
• Devolutiva e encaminhamento.
9. CONCLUSÃO
CAZAUX, Regina Célia. Curso de didática geral. 6 ed. São Paulo: Ática, 1999.
GADOTTI, Moacir. Pensamento pedagógico brasileiro. 5 ed. São Paulo: Ática, 1994.
CORRELL, W & SCHARGZE, M. Distúrbios da aprendizagem. São Paulo: EPU,
1974.
LIBÂNEO, Jose Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista Ande.
São Paulo: Ande, 1983.
MORAES, Pedro. A relação professor-aluno o que é, como se faz. São Paulo: Ática,
1999.
1999.
de Educação de Japeri
Entrevista 1
Função: Professor II
Resposta: Procuro desenvolver com meus alunos uma relação interativa, onde prezo
muito a amizade, o respeito e carinho que compartilho com eles. O ambiente da sala de
aula deve ter um clima agradável, no que diz respeito a relação professor x aluno, e é
com base nisso que procuro manter esse tipo de relação com meus alunos. Respeito cada
um deles de todas as formas e isso cria neles também uma confiança em mim. A relação
Entrevista 2
Função: Professor II
ocorra de forma satisfatória, é necessário que a relação entre professor-aluno seja bem
em que vivem, tendo uma visão ampla do contexto em que estão inseridos, criando
Entrevista 3
Cultura
aceitando tudo o que lhe é proposto, reconhecendo os seus direitos e cumprindo os seus
Entrevista 4
mútuo, amizade, confiança mostrando ao aluno que ele é sempre capaz e pode enfrentar
Entrevista 5
Resposta: Um dos fatores mais importantes para que aconteça uma boa aprendizagem é
a relação professor-aluno.
meus alunos, de forma que eles tenham liberdade para perguntar ou questionar o que
desejarem. O professor deve ter claro em suas reflexões a diferença entre autoridade e