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COMUNICAÇÃO | COMMUNICATION
RESUMO
Este trabalho visa a contribuir com informações atualizadas sobre a relação entre exercício, estresse oxidativo
e magnésio. São escassos os trabalhos que discutem a produção de radicais livres nesse contexto. A deficiência
de magnésio altera a fluidez das membranas celulares e mitocondriais e promove perturbações na homeostase
do cálcio e na atividade das defesas antioxidantes. No exercício, a falta de magnésio nos tecidos musculares os
torna mais suscetíveis à infiltração de macrófagos e neutrófilos e ao rompimento do sarcolema, dificultando
o processo de regeneração e podendo ocasionar queda no desempenho físico. Conclui-se que o papel
metabólico da deficiência de magnésio no estresse oxidativo induzido pelo exercício deve ser mais pesquisado,
focalizando os seus efeitos na musculatura esquelética em indivíduos que praticam exercício regular e na
deficiência marginal de magnésio.
Termos de indexação: Deficiência de magnésio. Estresse oxidativo. Exercício. Magnésio.
ABSTRACT
This article contributes to updated information about the relationship between exercise, oxidative stress and
magnesium. There are few studies that discuss free radical production in this context. Magnesium deficiency
alters cellular and mitochondrial membrane fluidity and promotes disturbances on calcium homeostasis and
on the activity of antioxidant defenses. During exercise, lack of magnesium in muscle tissue turns them more
susceptible to macrophage and neutrophil infiltration and to sarcolema damage, impairing the regeneration
process and leading to decreased physical performance. In conclusion, the metabolic role of magnesium
deficiency on exercise-induced oxidative stress should be further researched, focusing on its effects on skeletal
muscle in individuals who practice regular physical exercise and in marginal magnesium deficiency.
Indexing terms: Magnesium deficiency. Oxidative stress. Exercise. Magnesium.
1
Universidade Federal do Maranhão, Curso de Nutrição, Departamento de Ciências Fisiológicas. São Luís, MA, Brasil.
2
Universidade de São Paulo, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental.
Av. Professor Lineu Prestes, 580, 05508-900, Butantã, São Paulo, SP, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: J.
TIRAPEGUI. E-mail: <tirapegu@usp.br>
nos vegetais escuros folhosos, bem como nas A realização da atividade física leva à
oleaginosas, nos cereais integrais e nas frutas redistribuição do magnésio no organismo. O tipo
secas30. O consumo total de magnésio varia com de exercício e o seu estado nutricional influenciam
o consumo energético, o que explica o consumo a natureza desta redistribuição. Os primeiros
maior em jovens e homens adultos e valores estudos a respeito do assunto afirmavam que os
menores em mulheres e em idosos5. exercícios de alta intensidade e de curta duração
Em decorrência do elevado consumo ener- aumentam a concentração plasmática de magné-
gético entre atletas, alguns trabalhos relatam o sio em 5% a 15%, retornando aos seus valores
consumo de magnésio igual ou acima das reco- iniciais 24 horas após os exercícios. Esta alteração
mendações dietéticas na maioria dos indivíduos era associada com redução no volume plas-
do sexo masculino31. Quanto às atletas, o consumo mático20. Em estudos do final da década passada
de magnésio é usualmente registrado menor que até hoje, a perda de massa muscular seria corres-
o recomendado. Além disso, independentemente pondente ao aumento do magnésio sérico logo
do sexo, atletas participantes de atividades com após o exercício. Em contraste, no exercício pro-
categorias divididas pelo peso corporal (judô, boxe) longado ocorre redução da concentração sérica.
ou com padrão estético rígido (balé, ginástica Estes parâmetros geralmente retornam aos valores
olímpica) tendem a consumir quantidades ina- iniciais, provavelmente devido ao movimento do
dequadas de magnésio, por volta de 50% da magnésio em direção a outros compartimentos e
recomendação17. devido ao aumento da excreção pelo suor e urina.
Os valores de consumo dietético de magné- Dessa forma, o magnésio é redistribuído no
sio encontrados em atletas variam muito, indo de exercício para os locais com maior necessidade
345mg Mg/d em praticantes de musculação30 a metabólica para a produção de energia ou na pre-
684mg Mg/d em ciclistas em fase pré-compe- venção do estresse oxidativo6.
titiva32.
O fluxo de magnésio ocorre durante e após
o exercício físico. O magnésio transfere-se do soro
Magnésio na atividade física em direção aos adipócitos e à musculatura esque-
lética ativa durante a atividade física (Figura 1A).
Os atletas, em particular, são um grupo O grau de passagem do magnésio extracelular
populacional com tendência a apresentar perdas para estes órgãos é modulado pelo nível de
elevadas de magnésio pela urina e pelo suor em produção de energia aeróbia. Logo após o exercício
períodos de treinamento intenso. Inclusive, por esta aeróbio, ocorre redistribuição do magnésio dos
razão, especula-se que as necessidades de atletas tecidos para a circulação (Figura 1B). O magnésio
sejam 10% a 20% maiores do que as recomen- é então mobilizado para o osso, para os tecidos
dações atuais para indivíduos sedentários de moles, para o músculo e para o adipócito, com a
mesmo sexo e faixa etária6. finalidade de restaurar as concentrações de
Vários trabalhos observaram se a suple- magnésio plasmático prévias ao exercício. O grau
mentação de magnésio poderia melhorar a função de dano muscular, que por sua vez é uma função
celular. Entretanto, constatou-se que suplemen- da intensidade e duração da atividade realizada,
tação de magnésio não apresenta efeitos bené- é um fator na liberação de magnésio do músculo
ficos no desempenho físico quando o seu estado esquelético. Apesar de mecanismos de reabsorção
nutricional relativo estiver adequado. Desta forma, tubular amenizarem as perdas de magnésio pela
a suplementação de magnésio não apresenta urina, a excreção de magnésio urinário após o
efeitos ergogênicos, apenas reverte o estado da exercício fica aumentada em relação à anterior
sua deficiência17. ao exercício6.
ção de eicosanóides, colaborando para o aumento ou eosinófilos em tecidos com baixas concen-
na suscetibilidade a lesões. trações de magnésio aumentou a produção de
radicais O2"-, facilitando a ocorrência de lesões
Calviello et al.39 relataram que a defi-
teciduais. Como a deficiência de magnésio
ciência de magnésio foi acompanhada por dimi-
aumenta a produção de óxido nítrico46, e a ativi-
nuição nas defesas antioxidantes, no caso supe-
dade basal de neutrófilos47, ocorre maior produção
róxido dismutase, glutationa reduzida e vitamina
do peroxinitrito. Mak et al.48 verificaram que no
E hepáticas. Além disso, microssomas hepáticos
eritrócito de ratos deficientes em magnésio houve
de animais deficientes em magnésio mostraram-
perda significativa de glutationa reduzida em
se mais suscetíveis à peroxidação lipídica. Do
relação aos animais do grupo controle, devido à
mesmo modo, Freedman et al.40 também relata-
superprodução de óxido nítrico e à ativação de
ram que a deficiência de magnésio aumentou o neutrófilos. Recentemente, Scanlan et al.49 verifi-
dano oxidativo no coração de hamsters. caram, no intestino de ratos, que a deficiência de
Em animais submetidos à dieta deficiente magnésio não levou ao dano tecidual e não alterou
em magnésio a musculatura esquelética mostrou a concentração do RNAm para o NFκB, família de
alterações no retículo sarcoplasmático e na fatores de transcrição implicados na regulação da
mitocôndria. Houve maior produção41 de radicais resposta inflamatória. Entretanto, ocorreu exacer-
OH-. Liu et al.42 observaram, em galinhas defi- bação da infiltração de neutrófilos e da permeabi-
cientes em magnésio, maior produção de espécies lidade vascular.
reativas de oxigênio e de malondialdeído na A Figura 2 apresenta um esquema repre-
musculatura esquelética em comparação ao grupo sentativo do efeito da deficiência de magnésio
controle, em detrimento da produção de gluta- no exercício físico, considerando aspectos do
tiona. Na fração mitocondrial do músculo das aves metabolismo oxidativo, podendo, inclusive, levar
deficientes em magnésio houve maior atividade à apoptose. A deficiência de magnésio aumenta
de enzimas participantes da cadeia respiratória. a concentração intracelular de íon Ca2+, facilitando
Os autores especulam que, na deficiência de a produção de ácido úrico e radical hidroxila. Este
magnésio, a respiração celular acelera e a fosfori- último pode ser produzido na presença de ferro a
lação é reduzida. O magnésio pode modular, ainda partir da reação de Fenton. A hidroxila também
que parcialmente, a produção de espécies reativas pode reagir com o óxido nítrico que está em grande
de oxigênio. concentração e formar peroxinitrito. Com a infiltra-
O processo inflamatório costuma ser apon- ção de neutrófilos na célula afetada pela defi-
tado como uma importante fonte de estresse ciência de magnésio, a NAD(P)H oxidase mantém-
oxidativo. A ocorrência do dano tecidual leva à se ativa, produzindo superóxido. Estes eventos
maior concentração de interleucinas (IL), como levam a perturbações na estabilidade das mem-
IL-1, IL-6 e TNF-α na área afetada. Tais citocinas, branas, facilitando o dano tecidual. Na persistência
por sua vez, sinalizam, por meio de moléculas de deste quadro, a apoptose pode ocorrer. Pode haver,
adesão, a infiltração de células polimorfo- também, comprometimento da função muscular,
nucleares43. Todavia, a resposta inflamatória pode do mecanismo da contração e da atividade de
ser potencializada pelo estresse oxidativo induzido enzimas do metabolismo energético, prejudican-
pela deficiência de magnésio44. Weglicki et al.45 do, em conjunto com os outros fatores aqui cita-
observaram, em ratos Sprague-Dawley deficientes os, o desempenho físico. A resposta inflamatória
em magnésio, aumento significativo nas concen- é maior na deficiência de magnésio, sugerindo a
trações das citocinas derivadas de células polimor- existência de um ciclo vicioso entre este, inflama-
fonucleares IL-1, IL-6 e TNF-α em relação ao grupo ção e estresse oxidativo, que, no desempenho
controle. A presença de macrófagos, neutrófilos físico, traduz-se em lesões musculares mais sérias.
Figura 2. Possíveis mecanismos pelos quais o estresse oxidativo induzido pela deficiência de magnésio prejudica o desempenho físico.
Nota: Este processo pode eventualmente levar a apoptose. Também é desencadeado um ciclo vicioso entre deficiência de magnésio, inflamação
e estresse oxidativo (setas pontilhadas). ↑: aumento, ↓: diminuição, NO: óxido nítrico, O2-: radical superóxido, ONOO-: peroxinitrito, OH-
radical hidroxil, COX: ciclooxigenase, PLA2: prostaglandina A2.
Apesar das evidências, o estresse oxidativo diminuíram após teste em bicicleta ergométrica,
induzido pela deficiência de magnésio pouco é sendo o magnésio capaz de exercer algum efeito
estudado no âmbito da atividade física. Monteiro indireto no estresse oxidativo induzido pelo exer-
et al.50 observaram, no sangue de portadores de cício. Recentemente, Amorim et al.53 encontra-
Síndrome de Down que fizeram treinamento ram, na musculatura de ratos submetidos a 40%
aeróbio por 16 semanas, maior atividade da supe- de deficiência de magnésio e ao exercício físico,
róxido dismutase no eritrócito e concentrações de menor atividade da superóxido dismutase e da
substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) glutationa peroxidase
plasmáticos menores em relação ao grupo contro-
le. As concentrações de magnésio eritrocitário CONSIDERAÇÕES FINAIS
permaneceram menores após o treinamento. Em
outro estudo, Laires et al.51 analisaram o sangue No contexto da atividade física, o conhe-
de corredores 3 minutos antes e após uma corrida cimento da relação entre magnésio e estresse
de 40 minutos. Não foram encontradas diferenças oxidativo é escasso e controverso. A deficiência
significativas entre parâmetros de estresse oxida- de magnésio aumenta a produção de radicais
tivo e da capacidade antioxidante. Já Leal et al.52 livres, levando a alterações nas membranas celu-
verificaram, em jogadores de futebol profissionais lares e a aumento na concentração de cálcio intra-
submetidos a 7 dias de suplementação de magné- celular. Este aumento dificulta a contração mus-
sio, que os valores de TBARS e de magnésio sérico cular e ativa enzimas importantes na produção
de eicosanóides. A ação conjunta desses mecanis- 5. Food and Nutrition Board, Institute of Medicine.
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