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A memória, o tempo e a ausência: Uma breve análise de Nostalgia da Luz

enquanto filme ensaio.

Maykon Vinicius Aquino Bernardes1

Resumo

Este texto busca fazer uma análise subjetiva de objetos constantes na obra
Nostalgia da Luz - ​Nostalgia de la Luz​ ​(2010)​ e justifica-lo enquanto um filme ensaio.

Introdução

“Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa
imaginar”. A frase de Shakespeare apresenta bem o que é Nostalgia da Luz Algo
entre o céu e a terra do Atacama, varios misterios sobre a origem da vida e sobre o
fim dela.

Do autor e da obra

Patricio Guzmán Lozanes é um diretor e documentarista Chileno, nascido em


Santiago. Sua obra gira em torno de alguns objetos e elementos recorrentes: A
memória, o tempo, o Chile e a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Sua
primeira obra de notoriedade e a que lhe tornou conhecido foi a trilogia Batalha do
Chile - ​La batalla de Chile sendo a primeira parte La Insurrección de la Burguesía
lançada em 1975 e as conseguintes ​El Golpe de Estado e ​El Poder Popular em
1976 e 1979 respectivamente, neste trabalho Guzmán mostra a subida e queda do
governo do Presidente Salvador Allende derrubado por um golpe militar comandado
por Augusto Pinochet e a ascensão deste governo golpista. Uma característica
interessante de A batalha do Chile foi o fato de ter sido gravado no período que
antecedeu e durante os acontecimentos da tomada de poder, Patrício na época era
estudante de cinema em Madri quando soube do crescimento da esquerda no Chile
através da União Popular e se interessou por registrar o acontecimento, porém o que
se sucedeu após a eleição de Allende foi uma rejeição das elites de direita além do
descontentamento norte americano para com um governo de esquerda na sua área
de influência ao resultado do pleito o que eventualmente levou ao golpe efetuado

1
Graduando no curso de Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Espírito Santo
(UFES). E - mail: maykon_ab@hotmail.com
pelos militares. Tendo documentado todo esse processo Guzmán foi preso no
processo e após ser solto se exilou fora do Chile, na Espanha e depois em Cuba
onde terminou de montar o filme.

Tendo feito mais de 20 filmes ao longo da carreira uma grande parte deles
aborda ou tem como pano de fundo o resgate da memória e a ditadura de Augusto
Pinochet além do já referido A Batalha do Chile pode-se citar também ​México
precolombino de 1985, (série sobre as culturas Maia e Azteca) , ​En nombre de Dios
de 1987 (sobre a luta da Igreja católica em favor dos direitos humanos durante a
ditadura de Pinochet) ​Pueblo en vilo de 1995 (sobre a memória histórica de uma
pequena aldeia mexicana), ​Chile, la memoria obstinada de 1997 (sobre como foi
recebido A Batalha do Chile no próprio Chile após tantos anos de censura da
ditadura além de um reencontro com personagens do filme original). ​El caso
Pinochet de 2001 (sobre a prisão de Augusto Pinochet), ​Madrid de 2002 (sobre a
capital espanhola e a relação de afeto e memória do próprio Gunzmán com a
cidade), ​Salvador Allende de 2004 (sobre a vida e a morte de Salvador Allende,
aprofundando no seu período de governo no Chile) Nostalgia da Luz - ​Nostalgia de
la luz de 2010, ​Chile, una galaxia de problemas de 2010 (sobre o esquecimento e a
indiferença do povo chileno para com o passado recente do país), ​María Teresa y la
enana marrón de 2010 (sobre a astrônoma que descobriu a primeira anã marrom se
movendo pelo espaço) e ​El botón de nácar de 2015 (uma analogia entre a dizimação
dos povos indígenas e o desaparecimento de presos políticos na ditadura de
Pinochet).
Dentre eles está o objeto deste artigo, Nostalgia da Luz lançado 35 anos depois de A
Batalha do Chile em 2010, ainda reflete a ditadura de Pinochet que marcou
profundamente Patricio Guzmán que fala neste filme ensaio sobre o tempo ao refletir
com os astrônomos dos grandes telescópios que residem no deserto do Atacama e
também fala sobre a memória ao abordar as mulheres que buscam pelos corpos
ausentes de seus entes que foram perseguidos e desapareceram durante a ditadura
e que estariam enterrados no mesmo deserto, a memória também é objeto em
entrevistas ao longo deste ensaio em entrevistas a um sobrevivente que conseguiu
sair vivo de um campo de concentração chileno e a uma filha de desaparecidos que
lida com a lembrança e a ausencia dos pais. Inclusive Gusmán fala da sua própria
memória ao introduzir o filme.

“O velho telescópio alemão, que eu voltei a ver depois de tantos anos, ainda
funciona em Santiago do Chile. A ele devo a minha paixão pela Astronomia.
Estes objetos que poderiam ter sido os mesmos que haviam em minha casa
durante a minha infância me recordam desse meu tempo de criança que eu sinto
ter perdido. [...] Eu amava os contos de ficção-científica, os eclipses da Lua e olhar
para o Sol através de um apanhador de luz feito de pedaços de vidro. Decorei o
nome de algumas estrelas e tinha um mapa do céu. [...] No Chile, a Astronomia é
uma paixão de muitos. Eu sou apenas um entre milhares de aficionados.”
Guzmán( 2010)

Ensaio, filme ensaio e documentário

O ensaio

Antes de definir o filme-ensaio e separá-lo de documentário é preciso ir ao gênero


escrito que o dá nome e demonstrar suas características. O ensaio é uma forma
discursiva em que o autor se faz presente na fala e não se mantém oculto e
imparcial como em outros gêneros, se preocupa com a capacidade e a forma do
texto de se comunicar com os receptores da mensagem de se fazer entender e a
noção do ato de escrever como criação livre que vai além de reproduzir idéias. Em
seu artigo “O Filme-Ensaio” Machado(2006) afirma que

“Denominamos ensaio uma certa modalidade de discurso científico ou filosófico


que carrega atributos amiúde considerados “literários”, como a subjetividade
do enfoque (explicitação do sujeito que fala), a eloqüência da linguagem
(preocupação com a expressividade do texto) e a liberdade do pensamento
(concepção de escritura como criação, em vez de simples comunicação de

idéias). Machado(​2006)

O ensaio seria então um gênero que estaria entre a formalidade da escrita formal
científica ou filosófica e a escrita livre e que se preocupa com a forma como a poesia
e a literatura. Não segue a objetividade da ciência e da filosofia nem seu rigor
todavia não seria literatura por não suspender toda a descrença e buscar por uma
“verdade”. E Brasil, ao citar Max Bense corrobora com essa idéia.

“Podemos admitir que entre a poesia e a prosa, entre o estado estético da criação
e o estado ético da convicção, há um terreno intermediário que é digno de nota.
De aspecto iridescente, oscilando numa ambivalência entre a criação e a
convicção, ele se fixa na forma literária do ensaio.” (BRASIL apud ​BENSE, 2014,
p. 2).

Todavia Machado(2006) discorda da definição de que o ensaio seria uma interseção


entre a dicotomia entre o discurso filosófico-científico e a criação poética e literaria.
Ele define como uma negação a essa dualidade o ensaio seria uma terceira via.

“Não se trata então de dizer, se quisermos seguir o raciocínio de Adorno, que o


ensaio se situa na fronteira entre literatura e ciência, porque, se pensarmos assim,
estaremos ainda endossando a existência de uma dualidade entre as experiências
sensível e cognitiva. O ensaio é a própria negação dessa dicotomia, porque nele
as paixões invocam o saber, as emoções arquitetam o pensamento, e o estilo

burila o conceito.” Machado​(2006)

O filme ensaio

Um dos primeiros teóricos a pensar numa correlação entre filmes e ensaio literário
foi André Bazin ao resenhar ​Lettre de Sibérie (Chris Marker, 1957) se refere a ele
como “um ensaio documentado por meio do filme” e descreve que Marker trouxe
para o filme uma noção totalmente nova de montagem que chamou de “horizontal”,
contrário à montagem tradicional que trabalha com a sensação de duração por meio
da relação tomada- a-tomada. Aqui, as imagens não se referem umas às outras a
anterior com a seguinte, mas sim se referem “lateralmente”, de alguma maneira, ao
que é dito. E antes de Bazin em 1940 Hans Richter um cineasta experimental
alemão publicou um manifesto (O Ensaio Fílmico: uma Nova Forma de Filme
Documentário) no qual fala de uma nova forma de cinema que tornaria visível o que
não é visível, expondo problemas pensamentos e até mesmo idéias.

Consuelo Lins em “O ensaio no documentário e a questão da narração em off” ao


falar da história moderna do documentário brasileiro analisa obras que seguem a
corrente expressiva do ensaio e define que “São obras em que a intervenção dos
cineastas na relação com os objetos é central e explícita; filmes realizados a partir
de um material imagético heterogêneo, e nas quais o que importa não são as
“coisas” propriamente, mas a relação entre elas.” (LINS, Consuelo. 2015).
Ela contrapõe também documentário e filmes ensaísticos utilizando-se de conceitos
de Adorno.

“Se o ensaio é, como afirma Adorno, uma forma literária que se revolta contra a
obra maior e resiste à idéia de “obra-prima” que implica acabamento e totalidade,
podemos pensar que é contra a maneira clássica de se fazer documentário que
os filmes ensaísticos se constituem. São filmes em que essa “forma” surge como
máquina de pensamento, como lugar e meio de uma reflexão sobre a imagem e
o cinema, que imprime rupturas, resgata continuidades, traduz experiências.”
(LINS, Consuelo. 2015)

O que diferencia documentário do filme ensaio

Um dos pontos que diferencia o documentário do filme ensaio a maneira como o


filme ensaio se põe a discutir para além das imagens que apresenta e do texto que
diz, ele não apenas reproduz uma gama do real tentando manter o material o mais
intocável e verossímil possível como tenta o documentário e sim se põe a refletir
sobre o que mostra. E como o filme ensaio se utiliza vários elementos como a
ficcionalização enquanto o documentário clássico se atem aos moldes tradicionais.
Machado considera que o filme ensaio vai além

“Ele pode ser construído com qualquer tipo de imagem-fonte: imagens captadas
por câmeras, desenhadas ou geradas em computador, além de textos obtidos em
geradores de caracteres, gráficos e também materiais sonoros de toda espécie. É
por isso que o filme-ensaio ultrapassa longinquamente os limites do documentário.
Ele pode inclusive utilizar cenas ficcionais, tomadas em estúdio com atores,
porque a sua verdade não depende de nenhum “registro” imaculado do real, mas

de um processo de busca e indagação conceitual.” Machado ​(2006)

Abordagem da memória, da ausência e do tempo

A memória, a sensação da ausência e a idéia de tempo estão constantemente


presentes em Nostalgia da Luz seja através do relato de lembranças do próprio
Patrício Guzmán seja no relato histórico dos acontecimentos do passado do Chile,
nas falas dos astrônomos que filosofam a existência do tempo presente e os relatos
pessoais dos que sofreram com a ditadura.

Patricio Guzmán fala de sua própria memória enquanto jovem no Chile, conta ao
espectador como quem conta uma história em volta da fogueira,em um tom calmo e
quase professoral fala de sua própria experiência e faz uma transição cruzando de
sua memória para com a astronomia para a história de como se irrompeu a ditadura.
Nisso ele já apresenta algum dos objetos que irá abordar.

“A vida era provinciana. Nunca acontecia nada. E os presidentes da República


caminhavam pela rua sem escolta. O presente era o único tempo que existia. Essa
vida tranquila se acabou um dia. Um vento revolucionário nos lançou ao centro do
mundo. Eu tive a sorte de viver essa nobre aventura que despertou a todos. Essa
ilusão que ficará gravada para sempre guardada em minha alma. Mais ou menos
nessa mesma época, a ciência se enamorou do céu do Chile. Um grupo de
astrônomos descobriu que as estrelas poderiam ser tocadas com as mãos no
Deserto de Atacama. Envoltos pelo corpo estrelar, os cientistas do mundo inteiro
construíram aqui os maiores telescópios da Terra. Mais tarde, um golpe de estado
esbarrou contra a democracia, os sonhos e a ciência. Apesar de viver em um
campo de ruínas, os astrônomos chilenos continuaram trabalhando, com o apoio
de seus colegas estrangeiros. Os segredos do céu foram caindo sobre nós, um a
um, como uma chuva transparente. No Chile, a Astronomia é uma paixão de

muitos. Eu sou apenas um entre milhares de aficionados” Guzmán(2010​).


A ausência é também algo que está no discurso de Nostalgia da Luz, na ausência
sentida dos entes que foram levados pelo regime de Pinochet sem que houvesse a
dignidade de serem enterrados pelos familiares e na falta material dos corpos para
que pudessem ter sua despedida de maneira humana.

“Durante 17 anos, Pinochet assassinou e enterrou os corpos de milhares de


prisioneiros políticos. Para impedir que alguém encontrasse os corpos, a ditadura
desenterrou os corpos, e depositou os restos em outros lugares ou jogou ao mar.”

Guzmán(2010​).

O tempo é colocado em questão quando Patricio entrevista um dos astrônomos no


Atacama que lhe explica que o presente não existe, tudo que percebemos e fazemos
é uma ilusão de presente mas que na verdade sempre vivemos no passado.

“-Então, nós não vemos as coisas no mesmo momento em que olhamos para
elas?
-Não, isso é uma ilusão. O presente não existe. Essa é a verdade.
-O único presente que existe, se é que existe, é o que eu tenho dentro da minha
mente, dentro da minha consciência.
Esse é o máximo do que nós podemos chegar perto do presente absoluto.
[...] O presente não existe. Essa é a verdade.
-O único presente que existe, se é que existe, é o que eu tenho dentro da minha
mente, dentro da minha consciência. Esse é o máximo do que nós podemos
chegar perto do presente absoluto. E talvez nem isso. Porque, na verdade,
quando eu penso, leva alguns segundos para o sinal viajar pelos meus sentidos.
Entre eu dizer "este sou" e eu me tocar, já há um certo atraso… O passado, eu
creio, que é o grande objeto dos astrônomos. Nós manipulamos o passado.
Nós estamos acostumados a viver no passado. É bem isso.[...] O presente é uma
linha muito tênue. Um pequeno sopro a destruiria.” trecho de Nostalgia da Luz

Enquanto os astrônomos buscam por corpos celestes que expliquem a origem do


universo e as mulheres buscam pelos corpos de seus entes queridos que lhe dê a
resposta definitiva do seu fim Guzmán busca a memória do chile e desenterra o
passado doloroso de um país que esquece sua memória. Faz-se do Atacama um
mar de areia e de lembrança cada grão é um pedaço do que se foi. Esse mar é
dividido por grandes submarinos que submergem para ver o que está acima e por
pequenos mergulhadores que teimam em emergir para encontrar algo jogado no
fundo do oceano.
Patricio Guzman afirma no fim de seu filme que a memória é essencial para se viver.

“Estou convencido de que a memória tem uma força da gravidade. Ela sempre nos
atrai. Os que têm memória são capazes de viver no frágil tempo presente. Os que
não a tem não vivem em nenhuma parte.” Guzmán(2010).

Ao fim e ao cabo Nostalgia da Luz é sobre a busca da memória, da memória do


autor, do Chile, da ditadura, dos desaparecidos, da história recente e da história
primordial do início dos tempos. Mais que só da memória enquanto lembrança a
memória enquanto o esforço de não se esquecer de não deixar se perder de não
deixar morrer mesmo que já se saiba que esteja morto.

“Quando eles encontraram uma mandíbula do Mário, eu disse a eles que eu não
queria isso. Eu disse para a médica, Patricia Hernández: "Eu o quero inteiro. Eles
o levaram inteiro, eu não quero um pedaço [...] Se eu encontrá-lo hoje e eu morrer
amanhã, eu partirei feliz. Mas eu não quero morrer. Eu não quero morrer sem
encontrá-lo. Como eu te disse outro dia, eu adoraria que os telescópios não
observassem somente o céu, mas também vissem através da terra para poder
encontrá-los.” Guzmán(2010)

Nostalgia da Luz enquanto filme ensaio

Neste filme o que Patrício Guzmán é muito além de apenas documentar fatos, ele se
expõe enquanto autor, coloca suas memórias, se coloca dentro do filme e não em
volta. Sua voz, seu julgamento e suas idéias estão no seu ensaio. Ele se usa de um
texto poético, narra de uma maneira de quem conta histórias e monta um quebra
cabeças com falas de pessoas improváveis que compartilham o espaço improvável
do Atacama, e lá buscam vestígios do passado. Através de pedaços garimpados no
deserto ele cria um corpo de um discurso. Ao qual ele afirma, a importância da
busca pela memória e de não se deixar esquecer, como a ditadura algo que ele viu
de perto e que faz questão de reavivar em seus filmes bem como faz em Nostalgia
da Luz.
Toda preocupação com a forma da mensagem, a opinião do autor e sua vivência
expostas dentro da obra, a sua não preocupação com o rigor técnico esperado de
um documentário nem a pretensão de se chegar a um ponto de conclusão
confirmam Nostalgia da luz enquanto ensaio.
REFERÊNCIAS

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GUZMÁN, Patricio. IMDB - ​Internet Movie Database. Disponível em: <


http://www.imdb.com/name/nm0350099/​ >. Acessado em: 21 de Dez. de 2017.

GUZMÁN, Patricio. ​Nostalgia de la luz​. Direção: Patricio Guzmán. Produção de


Antonino Ballestrazzi. 2010. Duração: 01h30 mins, son., color.

Verbete sobre Patricio Guzmán. WIKIPÉDIA on-line. Disponível em: <


https://es.wikipedia.org/wiki/Patricio_Guzm%C3%A1n >. Acessado em: 21 de Dez.
de 2017.

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