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Introdução
A Revolução Francesa é considerada o mais importante acontecimento da
história contemporânea. Inspirada pelas ideias iluministas, a sublevação de
lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" ecoou em todo mundo, pondo
abaixo regimes absolutistas e ascendendo os valores burgueses. Foi à
revolução burguesa, tendo vista a sua condição de destruidora da velha
ordem em nome das ideias e valores burgueses e por conta da ideologia
burguesa predominante durante praticamente todo processo revolucionário.
A França pré-revolucionária
A sociedade francesa anteriormente à revolução era uma sociedade
moldada no Antigo Regime. Ou seja, politicamente o Estado era
Absolutista (Absolutismo Monárquico), economicamente predominavam
as práticas mercantilistas que sofriam com as constantes intervenções do
Estado e na área social predominavam as relações de servidão uma vez que
a maioria da população francesa era camponesa. Em torno de 250 milhões
de pessoas viviam em condições miseráveis nos campos franceses,
pagando altíssimos impostos a uma elite aristocrática que usufruía do luxo
e da riqueza gerados pelo trabalho dos campesinos em propriedades
latifundiárias, ou feudos, dos nobres. Nas áreas urbanas a situação não era
muito diferente de quem vivia nas áreas rurais. A população urbana,
composta em sua maioria por assalariados de baixa renda, desempregados
(excluídos) e pequenos burgueses (profissionais liberais), também arcava
com pesadíssimos impostos e com um custo de vida cada vez mais
elevado. Os preços em geral dos produtos sofriam reajustes
constantemente e isso pesava na renda dos trabalhadores em geral –
urbanos e rurais. Já as elites, compostas por um alto clero, uma alta
nobreza e, claro, a Família Real – a realeza francesa: Luis XVI e sua
esposa Maria Antonieta, filhos e demais parentes – vivam em palácios
luxuosos – como o monumental Palácio de Versalhes, localizado nos
arredores de Paris e que era a residência de veraneio da Família Real e da
elite – não pagavam impostos, promoviam banquetes – às custas do
dinheiro público – em suma: viviam nababescamente (do requinte, da
opulência, do luxo, das mordomias...) face a situação de miséria e pobreza
da maioria da população.