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Apostila Vida Devocional Novo Livreto PDF
Apostila Vida Devocional Novo Livreto PDF
Esta disciplina tem um toque pessoal, íntimo, sendo voltada para a vida diária do
aluno, de todo cristão que ama a Deus e quer conhecê-Lo mais. Tem a ver como ele
se aproxima de Deus - não em conjunto com outros, não nos cultos e reuniões
públicas de celebração, mas sozinho - para estar com Deus e a Sua Palavra.
Vida devocional não é a mesma coisa que momento ou hora devocional. Vida
devocional é estilo de vida, é comportamento do dia a dia, é hábito (positivo)
arraigado na vida, no coração. Não é só um "Momento Devocional" ou simplesmente
uma "Devocional". Não são cânticos, leitura bíblica, oração e uma palavra de
testemunho ou uma breve aplicação prática do texto bíblico lido. Não é um mini-culto
acompanhado de uma meditação emocionante da Palavra.
É provável que alguns dias nós nos peguemos perguntando por que as nossas
orações parecem não passar do teto. Ou até mesmo pensando que às vezes Deus
não atende as nossas orações. Quem sabe até não já duvidamos do amor de Deus,
do Seu desejo profundo de manter comunhão conosco e nos abençoar
poderosamente, como resposta a essa comunhão.
A verdade é que Deus deseja tanto esse momento de comunhão conosco quanto
nós temos necessidade dele. Ter necessidade de algo não significa necessariamente
ter desejo por aquilo'. Nós precisamos de comunhão com Deus, precisamos de Seu
amor, Sua graça, Sua presença. Seu agir em nós. Mas, em primeiro lugar,
precisamos nos achegar a Ele, cultivar amizade, relacionamento, e isto só é obtido
através de uma vida devocional proveitosa.
Relacionamento é a palavra chave. Vida devocional nada mais é que relacionamento
com Deus, onde o adorador conhece o caráter de Deus e os propósitos de Deus para
a sua vida e para o Seu povo.
Assim como o culto doméstico tem a ver com a devoção familiar, de todos os
membros da família juntos adorando a Deus e aprendendo de Sua Palavra, a vida
devocional tratada nesta apostila tem a ver com o culto pessoal, devoção individual
diante do Pai.
Esperamos que seu proveito seja notório. Que a sua vida de comunhão com Deus
cresça em qualidade e também quantidade de tempo gasto com Ele. Não somente
muito tempo, mas tempo intenso, proveitoso, enriquecedor. E as pessoas verão em
você, no seu semblante, as marcas de Jesus, a luz da Sua glória.
Você aprenderá desde como meditar e orar com eficiência, até como ler a Bíblia
inteira em um ano. Mergulhe nessa aventura e seja abençoado!
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CAPÍTULO 1
A NECESSIDADE DE DISCIPLINAS
ESPIRITUAIS
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Temos que ter como meta o nosso tempo a sós, o viver com o sentimento da
presença de Deus. Em vista de nossa cultura acelerada e orientada para o "fazer",
temo que, levados por essa cultura, mergulhemos no ativismo religioso e raramente
experimentemos em nosso tempo a sós, a presença sobrenatural de Deus.
Somos seduzidos a estar contentes com somente ler de Deus nas Escrituras ou em
livros escritos por outros cristãos, e realizar nosso dever cristão.
O Senhor está presente; toda a criação declara sua glória. Em nosso trabalho, em
nossa família, em nossa recreação e em qualquer coisa que façamos, podemos
perceber sua presença.
Todavia, se não praticarmos a disciplina do tempo a sós, provavelmente nos
privaremos da glória de Deus que está ao nosso redor, O tempo a sós com
expectativa de encontro, nos permite estar sempre em Sua presença de uma maneira
que aumenta o sentido dessa presença em tudo o que fazemos na vida.
A DISCIPLINA DA MEDITAÇÃO
Ainda Foster, ele diz que na sociedade contemporânea nosso Adversário se
especializa em três coisas: ruído, pressa e multidões. Se ele puder manter-nos
ocupados com "grandeza" e "quantidade", descansará satisfeito. O psiquiatra C. G.
Jung observou certa vez: "A pressa não é do diabo; ela é o diabo."
Se esperamos ultrapassar as superficialidades de nossa cultura - incluindo a cultura
religiosa - devemos estar dispostos a descer aos silêncios recriadores, ao mundo
interior da contemplação. Em seus escritos, todos os mestres da meditação
esforçam-se por despertar-nos para o fato de que o universo é muito maior do que
imaginamos, que há vastas e inexploradas regiões interiores tão reais quanto o
mundo físico que tão bem conhecemos.
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interesse pela meditação oriental se deve ao fato de as igrejas terem abandonado o
campo.
Certamente que a meditação não era coisa estranha aos autores das Escrituras.
"Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde" (Gênesis 24.63).
"No meu leito, quando de ti me recordo, e em ti medito, durante a vigília da
noite" (Salmo 63.6).
Essas eram pessoas chegadas ao coração de Deus. Deus lhes falava, não porque
elas tivessem capacidades especiais, mas porque estavam dispostas a ouvir. Os
Salmos, praticamente, cantam das meditações do povo de Deus sobre a lei do
Senhor: "Os meus olhos antecipam as vigílias noturnas, para que eu medite nas tuas
palavras" (Salmo 119.148). O salmo introdutório do Saltério inteiro chama o povo
todo a imitar o homem "bem-aventurado", cujo "prazer está na lei do Senhor, e na
sua lei medita de dia e de noite" (Salmo 1.2).
Há uma profecia no livro de Amós, que fala de uma época futura em que haverá fome
na terra, “não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor”
(Amós 8.11). Esse tempo chegou. É a época presente.
Tenhamos a coragem de unir-nos à tradição bíblica e uma vez mais aprender a antiga
(não obstante contemporânea) arte da meditação. Que nos juntemos ao salmista e
declaremos; "Eu, porém, meditarei nos teus preceitos" (Salmos 119.78).
Há, também, os que acham que a ideia cristã da meditação é sinônima do conceito
de meditação centrada na religião oriental. Em realidade, trata-se de mundos
separados. A meditação oriental é uma tentativa para esvaziar completamente a
mente; a meditação cristã é uma tentativa para esvaziar a mente a fim de enchê-la.
As duas ideias são radicalmente diferentes, Todas as formas orientais de meditação
acentuam a necessidade de afastamento do mundo. Há ênfase sobre perder a
personalidade e a individualidade e fundir-se com a Mente Cósmica. Há um anseio
por libertar-se dos fardos e sofrimentos desta vida e ver-se colhido na felicidade que
não requer esforço, suspensa, do Nirvana. A identidade pessoal perde-se numa
fusão de consciência cósmica. A separação, o desligamento, é a meta final da religião
orientai. É um escape da roda miserável da existência. Não há Deus ao qual ligar-se
ou de quem ouvir.
Zen e Ioga são formas populares deste método. A meditação transcendental tem as
mesmas raízes budistas, mas em sua forma ocidental é algo aberrante. Em sua forma
popular, a MT é meditação para os materialistas, Não há necessidade da mínima
crença no reino espiritual para praticá-la. É meramente um método de controlar as
ondas cerebrais a fim de melhorar o bem-estar fisiológico e emocionai. As formas
mais avançadas de MT envolvem, de fato, a natureza espiritual, e então ela assume
exatamente as mesmas características de todas as demais religiões orientais.
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A meditação cristã vai muito além da noção de separação. O que devemos prosseguir
buscando é a união com o Senhor, através do Espírito Santo, O afastamento da
confusão toda que nos cerca é para que tenhamos uma união mais rica com Deus e
com os demais seres humanos. A meditação cristã leva-nos à inteireza interior
necessária para que nos entreguemos livremente a Deus, e também leva-nos à
percepção espiritual necessária para atacar os males sociais. Neste sentido, é a mais
prática de todas as Disciplinas.
Há o perigo de pensar somente em termos de afastamento, conforme indicou Jesus
ao contar a história do homem que se esvaziara do mal mas não se enchera do bem.
"Quando o espírito imundo sai do homem... Então vai, e leva consigo outros
sete espiritas, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado
daquele homem se torna pior que o primeiro" (Lucas 11.24-26).
"Esperar em Deus não é ociosidade", disse Bernardo de Clairvaux, “mas trabalho
maior que qualquer outro trabalho para quem não estiver habilitado”.
Com frequência a meditação produzirá discernimentos profundamente práticos,
quase seculares. Dela advirá instrução sobre como relacionar-se com a esposa ou
com o marido, sobre como lidar com este problema delicado ou com aquela situação
de negócio.
Talvez a mais comum de todas as concepções erróneas é considerar a meditação
como uma forma religiosa de manipulação psicológica. Eia pode ter valor em
fazer baixar nossa pressão sanguínea ou em aliviar a tensão. Ela pode até
proporcionar-nos introspecções significativas ajudando-nos a entrar em contato com
nossa mente subconsciente. Mas a ideia de contato e comunhão reais com uma
esfera espiritual de existência parece anticientífica e fantasiosamente irracional.
Como, pois, chegamos a crer em um mundo do espírito? Mediante fé cega? De
maneira nenhuma. A realidade interior do mundo espiritual está ao alcance de todos
quantos estão dispostos a buscá-la.
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na palavra do Senhor: "Mas [rejeitaram] a mim, para eu não reinar sobre e/es" (I
Samuel 8.7).
A história da religião é a história de um esforço quase desesperado de ter um rei, um
mediador, um sacerdote, um intermediário. Deste modo não precisamos, nós
mesmos, ir a Deus. Tal método poupa-nos a necessidade de mudar, pois estar na
presença de Deus é mudar. Esta forma é muito conveniente porque ela nos dá a
vantagem da respeitabilidade religiosa sem exigir transformação moral. Não temos
necessidade de observar muito de perto o cenário de nosso país para perceber que
ele está fascinado pela religião do mediador.
É por isto que a meditação nos é tão ameaçadora. Ousadamente ela nos convida a
entrar na presença viva de Deus por nós mesmos. Ela diz que Deus está falando no
presente continuo e deseja dirigir-se a nós. Jesus e os escritores do Novo
Testamento deixam claro que isto não é apenas para os profissionais da religião - os
sacerdotes - mas para todos. Todos quantos reconhecem a Jesus Cristo como
Senhor são o sacerdócio universal de Deus e como tal podem entrar no Santo dos
Santos e conversar com o Deus vivo.
Parece tão difícil levar as pessoas a crer que elas podem ouvir a voz de Deus.
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Ficamos melhor posicionados numa cadeira, com as costas corretamente acostadas
na cadeira e ambos os pés apoiados no chão. Sentar-se com o corpo curvado indica
desatenção e o cruzar das pernas restringe a circulação do sangue.
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OS BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO
A palavra de Deus é a porta para a mente de Deus e a meditação é a passagem para
as salas cheias de tesouros. A meditação é o ponto de encontro com Deus e
podemos esperar revelações, crescimento, estímulo, poder e visão para Guerra
espiritual e testemunho.
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Meditarei nos teus preceitos;
E terei respeito aos teus caminhos;
A tua lei é a minha meditação em todo o dia;
Meditarei na tua palavra.
(Salmos 48.9; 77.12; 119.15,97, 148).
COMO VOCÊ MEDITA?
Meditar significa pensar sobre algo, refletir, imaginar, estudar, sussurrar,
compartilhar, e até reclamar. Aqui estão algumas maneiras bem provadas para ajudá-
lo a criar um tempo regular de meditação. Se você perseverar, este bom hábito
enriquecerá sua vida cristã mais do que você imagina.
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comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração" (Jeremias
15.16).
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CAPÍTULO 2
COMO LER A BÍBLIA DE FORMA
EDIFICANTE
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ganhando somos nós mesmos. Na verdade é um investimento, aplicarmos o tempo
à leitura da Palavra e colhermos vida em Jesus.
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7. Tenha sempre um dicionário ao seu lado
A maioria dos brasileiros tem pouco ou nenhum hábito da leitura, por isso algumas
palavras são desconhecidas de seu vocabulário. Acontece que ao se deparar com
uma dessas palavras, que não lhe traga sentido, significado, o leitor pode deixar de
entender algo de muita importância para si. Por isso é preciso ter sempre um
dicionário como auxílio, pois ao consultá-lo, aquele versículo ou mesmo toda a
passagem terá esclarecimento para você.
8. Faça uma leitura sistemática
Não leia passagens isoladas, mas siga os capítulos sequencialmente até terminar os
livros, iniciando, assim, o próximo. Se você ler 3 capítulos por dia e 5 aos domingos
você conseguirá ler toda a Bíblia em um ano. Comece pelo Novo Testamento, depois
inicie a leitura do Antigo
3. Pecados a confessar
Desenvolver uma sensibilidade ao arrependimento. Sem uma disposição a
arrepender-se dos pecados cometidos, não haverá acesso ao Reino de Deus, e a
uma nova vida. A Palavra de Deus serve como espelho à nossa consciência, ela nos
mostrará a verdadeira forma de agir e se por ventura tenhamos pecado contra os
princípios das Escrituras ela nos denuncia, de forma que ao cristão será altamente
desconfortável a permanência em tal prática pecaminosa.
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4. Pecados a evitar
A meditação gera vigilância. O contato contínuo com a Palavra de Deus permite-nos
está atento a qualquer influência à prática de pecados. O cristão que ler
assiduamente as Escrituras é tomado de um temor ao Senhor, que o desejo do seu
coração é de sempre agradar a Deus. E esta atitude não é medo, é respeito e zelo
pelo seu Senhor.
8. Exemplo a seguir
A Bíblia tem instruções fundamentais para a vida do homem que crer e deseja andar
nos caminhos de Deus. Mas também tem modelos a serem seguidos, tanto de um
ponto de vista positivo como também negativo. Seguir o padrão de um homem de
Deus que obedeceu e teve a aprovação Dele, bem como de um homem de Deus que
desobedeceu e obteve do Senhor a desaprovação. Deus é muito sincero e
transparente, e aprendemos com os acertos e com os erros dos seus servos. Os
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erros em nossas vidas é mais uma oportunidade de começarmos tudo de novo com
mais inteligência e sabedoria.
9. Orações a fazer
A Bíblia também nos ensina a orar. Há muitas orações de homens que serviam a
Deus, que nos serve de exemplo, pois em diversas circunstâncias fizeram orações
trazendo a ação do Deus todo poderoso, ou mesmo na simplicidade de uma conversa
com Deus mudaram o rumo da história.
Orações de clamor, de intercessão, de ousadia, de arrependimento e perdão, de
agradecimentos, de louvor e adoração, enfim olhe para esses varões e orem como
eles.
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CAPÍTULO 3
HISTÓRIA DA BÍBLIA –
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Por um bom período da História, a leitura da Bíblia foi vetada aos leigos, sendo
consentida apenas para o clérigo, os quais estabeleciam as leis para a igreja como
desejavam.
Após a Reforma, proposta por Martinho Lutero, os protestantes passaram a fazer uso
dela e torná-la pública. Por um tempo em nosso país, eram as Bíblias confiscadas e
perseguidos todos os que as possuíam. Hoje, muitos têm descoberto o valor do seu
uso.
A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso. Ela é uma coleção de escritos,
considerados pela igreja cristã, como inspirados por Deus (II Timóteo 3.16a). O termo
"Bíblia" é de origem grega e quer dizer "livrinhos".
ANTIGO TESTAMENTO
É a primeira parte da Bíblia, que se inicia com o livro de Gênesis e finda com o livro
de Malaquias, também chamado de Antiga Aliança.
O que é aliança? Acordo que Deus, por causa do Seu amor, fez com o seu povo.
Esta aliança (trato, pacto, contrato, concerto, união) tem como base o seguinte: Deus,
cumprindo a sua Palavra que foi dada como promessa aos patriarcas, era o Senhor
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da nação de Israel, e este era o Seu povo. Ele estendia a sua bênção sobre o povo,
e este, por sua vez, andava em obediência a Ele.
O termo "Testamento", sendo usado para indicar as duas divisões da Bíblia, quer
dizer "aliança". No AT vemos Deus se revelando ao povo de Israel, na expectativa
da vinda do Messias, o Salvador prometido, o que havia sido designado por Ele como
o Ungido que viria na Plenitude dos tempos, no momento certo para Deus agir,
trazendo libertação ao povo da Lei e da escravidão do pecado.
O NOVO TESTAMENTO
É a segunda parte da Bíblia, que tem seu início com o Evangelho de Mateus e o
término com o Apocalipse. Diz respeito à Nova Aliança. Em cumprimento à palavra
que foi dada pelos profetas, Deus fez um novo trato, que teve sua confirmação na
morte do Senhor Jesus na cruz. Ele perdoa os pecados do seu povo, este recebe o
novo nascimento e certeza de sua salvação, e vive em dedicação a Ele e ao seu
serviço. No NT Deus visa abençoar todos os povos. A vinda de Jesus Cristo, o
Messias e Salvador foi realizada no tempo determinado por Deus, onde a igreja teve
seu início, estabelecida sobre o fundamento do testemunho dos apóstolos.
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Biográficos: São os quatro evangelhos, sendo que os três primeiros são chamados
sinópticos devido ao paralelismo que se apresentam.
1. Mateus: Foi escrito para atender aos judeus (genealogia).
2. Marcos: Foi escrito para atender aos romanos (Jesus como servo).
3. Lucas: foi escrito para atender aos gregos (Jesus como Filho de Deus ou do
Homem).
4. João: Foi escrito para todos os povos (Jesus para o mundo).
Epístolas Gerais: São cartas universais atribuídas a vários apóstolos sendo que a
de Hebreus, o autor é desconhecido,
1. Hebreus
2. Tiago
3. I Pedro
4. II Pedro
5. I João
6. II João
7. III João
8. Judas
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Proféticos: Também chamado de revelação das coisas dos últimos dias que deverão
acontecer. É um livro apocalíptico: Apocalipse
A ORIGEM DA BÍBLIA
A Bíblia foi escrita por 36 autores em cerca de 1600 anos, e em vários estilos literários
e por homens santos inspirados por Deus (11 Pedro 1.21). A inspiração é a influência
especial do Espírito Santo ao guiar alguns dos seus servos do passado para dizerem
ou escreverem aquilo que Ele quis comunicar aos seres humanos. (II Timóteo 3.16;
I Pedro 1.10-11; II Pedro 1.19-21).
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1. Tobias: Conta a história de Tobias, que era filho de um pai cego.
2. Judite: Narra a história dos judeus que foram livres do poder de Holofernes,
general da Pérsia, por conta da audácia de uma mulher chamada Judite. Surgiu
por volta do II século a.C.
3. Sabedoria: Apresentação por meio de provérbios, ou seja, ditados, a sabedoria
verdadeira e reta da gentílica ou iníqua e idólatra. Apareceu entre 50 a 10 a.C.
4. Eclesiástico: É atribuída a este livro a Sabedoria de Jesus, filho de Siraque,
idêntico ao livro de Provérbios. Apareceu em torno de 180 a.C.
5. Baruque: Este está dividido em três partes; confissão e arrependimento; exortativo
e promessa de livramento. Apareceu no II século a.C.
6. I e lI Macabeus: Estes livros narram a revolução dos Macabeus pelo império
romano em 167 a.C.
7. Encontramos inclusão (acréscimo) também aos livros de Daniel e Ester.
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CAPÍTULO 4
UM TEMPO A SÓS
COM DEUS
Para que haja intimidade é preciso haver relacionamento. Se você deseja conhecer
mais de Deus e ter intimidade com Ele, então você precisa se relacionar mais tempo
com Ele. Para ser possível criar esse relacionamento, que levará à intimidade com
Deus, é preciso desenvolver quatro coisas; tempo, comunicação, circunstâncias e
atitude.
A. Tempo
Se você deseja conhecer mais de Deus você precisa investir tempo com Ele. O tempo
gasto com Deus irá regar as suas raízes, fortalecer o seu tronco e nutrir as suas
folhas.
B. Comunicação
Sem comunicação não podemos nos conhecer, e muito menos ter intimidade. Uma
verdadeira comunicação é aquela que envolve falar e ouvir. Envolve falar não
somente de fatos e ideias, mas expressar sentimentos e atitudes. Você precisa saber
o que está no coração de Deus e também compartilhar o que está no seu. Deus se
comunica com você através do seu espírito humano e da Palavra Dele escrita na
Bíblia. E você se comunica com Deus através da oração que dirige a Ele.
C. Circunstâncias
Conhecemos uns aos outros observando como agimos em certas circunstâncias. É
através de alguns acontecimentos que vão surgir situações para você tratar com
Deus e para Deus tratar com você. Portanto, será através de um tempo a sós com
Deus diariamente, que você irá perceber como Ele está operando em você, e o
quanto Ele está no controle, e como você está respondendo a Ele.
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D. Atitudes
Nossa atitude em relação a um relacionamento determina se ele é prioridade ou não.
Se não estou interessado então não vou investir tempo junto com tal pessoa.
Desenvolva desejo e fome de estar mais tempo com Deus e então você alcançará
intimidade com Ele.
Esse desejo de estar mais tempo com Deus não é algo que surge automaticamente.
É preciso que haja um esforço e planejamento para separar um tempo todos os dias
para estar com o Senhor, a sós.
O amor de Deus por você não vai mudar porque você não tem conseguido separar
esse tempo, mas a sua intimidade com Ele ficará comprometida, pois ela depende
de passar mais tempo juntos. Sem esse tempo junto com Deus você terá dificuldade
de reconhecer a Sua voz e entender a Sua vontade. Deus sempre continuará sendo
seu Pai amoroso, mas você não desfrutará da sua amizade e intimidade se não tiver
um relacionamento diário com Ele. Por isso, queremos compartilhar algo com você
para que possa ter esse tempo diário com o Pai.
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quando? Da mesma forma que o corpo precisa do alimento material nosso espírito
precisa do alimento espiritual.
b. O tempo apropriado
Esse é um caso em que a qualidade é mais importante que a quantidade. Todavia
tenha o propósito de gradualmente ir aumentando o seu tempo com Deus.
Comece com 15 minutos, mas vá aumentando progressivamente.
Não fique olhando no relógio.
Lembre-se: estar com o Senhor não é uma mera obrigação mas um privilégio.
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3. COMO SUPERAR OS OBSTÁCULOS
Dois inimigos se levantarão para impedir o seu tempo com Deus. O seu corpo e o
diabo. Para vencer o seu corpo tome as seguintes atitudes:
Vá para a cama mais cedo. Se você dorme tarde é inevitável que tenha
dificuldade de levantar cedo e, se o fizer, ainda assim ficará sonolento. Use um
despertador se for necessário.
Não tenha o seu tempo com Deus deitado na cama (a não ser que esteja
doente).
Fique alerta contra as distrações.
Leia a Bíblia e ore em voz alta. Isso ajuda a manter a sua concentração e tira
a sonolência.
Compartilhe com outras pessoas o que você tem recebido de Deus no seu
tempo a sós com Ele. Quanto mais você compartilha, mais você se motiva a
continuar. Para vencer o diabo tenha consciência de que ele vai tentar usar
todo tipo de coisas para distrair sua mente durante seu tempo a sós com Deus.
Por isso esteja alerta contra ele.
Rejeite pensamentos negativos de que não está adiantando nada aquele tempo
com Deus. Tais pensamentos procedem do maligno a fim de parar você.
Não permita pecado consciente não confessado em sua vida. Pecados
conscientes não confessados produzem uma base espiritual para o diabo lhe
resistir.
Não tenha esse tempo de forma apressada. A pressa é sinal de que o inimigo
conseguiu laçar você com as preocupações do dia a dia. Nesse período que
você escolheu, fique calmo, tranquilo e relaxe na presença do Senhor.
A última tática do maligno será minar a sua perseverança e constância na disciplina.
Esse é o maior problema. Começar é fácil, o difícil e continuar. A melhor forma de
superar essa tática maligna é fazendo um voto com Deus e pedindo ao irmão que
está fazendo esse estudo com você que cobre de você o seu tempo com Deus,
diariamente.
Lembre-se que vencedores fazem diariamente aquilo que derrotados fazem
apenas ocasionalmente. O sucesso de sua vida depende daquilo que você faz
diariamente.
Vamos sugerir que em seu tempo a sós com Deus haja os seguintes momentos:
a. Confesse seus pecados.
Permaneça quieto e reflexivo. Relaxe. Prepare seu coração para ouvir de Deus.
Respire fundo algumas vezes e espere em Deus. O Espírito Santo poderá convencê-
lo de algum pecado. Confesse-o e sinta a paz de Deus encher o seu coração. Leia 1
João 1.9.
b. Agradeça a Deus.
A Palavra de Deus diz: "e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões. Isso é o
que Deus quer de vocês por estarem unidos com Cristo Jesus". (I Tessalonicenses
5.18). Isto significa que devemos ser gratos a Deus por tudo o que temos e, cremos
que o que acontece conosco vai resultar bênção no final. Agradecer mesmo quando
não sentimos vontade não é hipocrisia, mas obediência. Jamais negligencie as ações
de graças. Veja algumas dicas:
Enumere tudo aquilo que Deus tem feito na sua vida e agradeça-O.
Seja bem específico. Desenvolva um coração grato diante de Deus. Isto traz
satisfação e alegria.
Não reclame de nada, mas agradeça por tudo.
Leia Salmos 100.4 e Filipenses 4.6
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d. Intercessão.
Interceder é orar a favor dos outros, pelas necessidades deles. Deixar de interceder
por aqueles que nos são próximos, como amigos e família, é pecado diante de Deus.
Em 1 Samuel 12.23, lemos: "Quanto a mim, não deixarei de orar por vocês, pois do
contrário estaria pecando contra o SENHOR. E eu lhes ensinarei o caminho bom e
direito".
Faça uma lista daquelas pessoas que Deus colocou no seu coração.
Mantenha uma lista dos alvos de oração da Igreja.
Ore por sua célula e pelos colegas de trabalho, vizinhos, etc.
e. Petição/súplica
A vontade de Deus é responder as suas orações. Jesus disse que todo o que pede
recebe (Mateus 7.7). Além disso, ele quer que a sua alegria seja completa e, para
isso, Ele sabe que os seus desejos precisam ser realizados. Veja o que Jesus disse
em João 16.24: "Até agora vocês não pediram nada em meu nome; peçam e
receberão para que a alegria de vocês seja completa".
Aqui vão algumas dicas para fazer orações que funcionam:
Defina o que você quer de Deus em termos claros.
Busque na Bíblia textos que se referem ao que você deseja e reivindique.
Creia que Deus já atendeu a sua petição e que a resposta já está a caminho.
Rejeite toda dúvida que vier quanto ao fato de que Deus já respondeu a sua
oração.
Louve a Deus até a materialização da resposta ao seu pedido.
f. Leitura da Palavra
Embora Deus possa faiar com você de diversas maneiras, a Bíblia é o meio mais
importante, pois veja o que diz II Timóteo 3.16-17. Ela serve para nos ajudar em tudo.
5. DICAS PRÁTICAS
Escolha um lugar sossegado e mantenha a constância.
Não mude o horário a cada dia.
Faça de seu tempo com Deus sua prioridade máxima. Busque-o em primeiro
lugar.
Use um CD/MP3 de adoração para inspirá-lo no seu tempo a sós com Deus.
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CAPÍTULO 5
COMO ESTUDAR A
PALAVRA
É comum ver pessoas associando os cristãos nascidos de novo com a Bíblia. Isso
na verdade é muito bom. Mas, alguns também dizem que a Bíblia é apenas
"desodorante de crente" E por quê? Simplesmente porque alguns apenas a carregam
debaixo do braço, mas nunca a leram e a usam como se fosse uma espécie de
amuleto.
Se você deseja crescer em Deus, você precisa tomar a palavra de Deus de maneira
prática, como diz II Timóteo 3.16-17:
"Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a
verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.
E isso para que o servo de Deus esteja completamente preparado e pronto
para fazer todo tipo de boas ações".
Mas para isso você precisa conhecê-la. Nós conhecemos a Palavra através de cinco
formas:
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O problema de ouvir é que retemos apenas de 5 a 10% do que ouvimos. Por isso é
muito bom ouvir várias vezes a mesma Palavra ou mensagem. Mas você pode
melhorar o seu ouvir. Eis aqui algumas dicas:
Desenvolva fome e desejo de ouvir a Deus. Quando temos tal desejo profundo,
retemos muito mais do que nos é falado.
Abra a sua mente e coração. Uma pessoa de mente fechada com medo ou
orgulho pode ouvir, mas não reterá a Palavra de Deus.
Concentre-se ao ouvir. Não deixe que as preocupações ou ocupações tirem a
sua atenção quando estiver ouvindo a Palavra.
Anote aquilo que você está ouvindo. Tenha consigo sempre uma agenda ou
caderno para anotar as pregações. Hebreus 2.1, diz; "Por isso devemos prestar
mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas".
Pratique o que você ouve. "Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa
mensagem, mas a ponham em prática" (Tiago 1.22).
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Se você ler três capítulos por dia e quatro aos domingos, você lerá toda a Bíblia
em um ano.
Leia regularmente, ou seja, diariamente.
Tenha a sua própria Bíblia e sublinhe ou destaque os textos que mais falaram
com você.
Leia num lugar tranquilo.
Tenha um plano de leitura bíblica e siga-o.
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4. Como memorizar a Palavra de Deus
Você vai acabar memorizando espontaneamente uma série de versículos apenas por
ouvi-los repetidas vezes nos cultos da igreja. Mas a vontade de Deus é que a
memorização seja algo constante em sua vida.
Deus nos ordena em Deuteronômio 11.18 a memorizar a Palavra:
"Lembrem desses mandamentos e os guardem no seu coração. Amarrem
essas leis nos braços e na testa, para que não as esqueçam, e não deixem de
ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando
se deitarem e quando se levantarem, e as escrevam nos batentes das portas
das suas casas e nos seus portões".
A Palavra de Deus escondida em nossos corações é capaz de guardar-nos do
pecado. "Guardo a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti" (Salmo
119.11). O grande valor da memorização é que retemos 100% daquilo que
memorizamos. Quando você enche assim a sua mente com Palavras de Deus, o seu
modo de pensar começa a mudar. Ninguém cai no pecado se a sua mente estiver
cheia da Palavra de Deus. "Guardam no coração a lei do seu Deus e nunca se
afastam dela" (Salmo 37.31).
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dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham. Assim também
tudo o que essas pessoas fazem dá certo”.
Deus também ordenou a Josué, no capítulo 1.8, dizendo:
"Fale sempre do que está escrito no Livro da Lei. Estude esse livro dia e noite
e se esforce para viver de acordo com tudo o que está escrito nele. Se fizer
isso, tudo lhe correrá bem, e você terá sucesso".
Você está sendo convidado por Deus a meditar na sua Lei todo o tempo, de dia e de
noite. Mas, o que é meditar? Meditar não é ficar com a mente vazia, sem pensar em
nada, como ensinam as seitas orientais. Meditar é um pensamento prolongado,
dirigido para um único objetivo. A ilustração bíblica é do ruminar da vaca. Ela come
e depois traz de volta a comida para ser mastigada novamente, extraindo assim o
máximo possível de nutrientes do alimento.
De maneira prática, meditar envolve quatro coisas: visualizar, personalizar, aplicar e
confessar.
a. Visualizar
Se você ler ou ouvir uma história sem usar a imaginação para visualizá-la, você não
sentirá as emoções envolvidas ali. O mesmo se aplica à Palavra de Deus. Meditar é
visualizar, imaginar. Você lê no Salmo 23: "O Senhor é meu pastor". Se você
imaginar-se como um cordeiro indefeso nas mãos protetoras do pastor, a imagem
envolverá você e gerará mais fé.
b. Personalizar
Personalizar é colocar o texto na primeira pessoa, como se referindo a si mesmo. A
maior parte dos textos bíblicos podem ser personalizados. Você, por exemplo, lê no
Salmo 91: “A pessoa que procura segurança no Deus Altíssimo e se abriga na
sombra protetora do Todo-Poderoso, pode dizer a ele: "Ó SENHOR Deus, tu és o
meu defensor e o meu protetor. Tu és o meu Deus; eu confio em ti”. Personalizando,
você dirá: "Eu procuro segurança no Deus Altíssimo e eu me abrigo na sobra
protetora do Todo Poderoso. Eu posso dizer que Deus é o meu defensor e o meu
protetor".
c. Aplicar
Todo texto bíblico possui um único significado, mas inúmeras aplicações. Sempre
tome o texto bíblico como sendo direcionado a você. Como sendo uma palavra de
Deus para a sua vida. Quando ele foi escrito seu propósito foi alcançar alguém, e
hoje o propósito é alcançar você. Quando alcança, vira "Rhema" - palavra revelada
para nós.
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d. Confessar
Todo texto bíblico pode ser usado como se fosse uma oração. Usando as suas
próprias palavras, repita o texto que você leu como uma oração a Deus. Esta palavra
será definitivamente gravada no seu coração e o Espírito Santo o fará lembrar-se
dela quando for necessário.
A Palavra de Deus diz em Hebreus 12.1: "deixemos de lado tudo o que nos atrapalha
e o pecado que se agarra firmemente em nós e continuemos a correr, sem
desanimar, a corrida marcada para nós". A vida cristã é como uma corrida. Naqueles
dias não existia a bicicleta, mas suponha que esta corrida fosse de bicicleta. A
bicicleta é um bom exemplo de nossos recursos na corrida. A primeira roda simboliza
a Palavra e a segunda a oração. Se juntar a oração com a Palavra de Deus você
estará apto a correr a corrida da vida cristã com velocidade.
Guarde uma coisa: existem cinco elementos para tomar a Palavra para seu coração
e eles são: ouvir, ler, estudar, memorizar e meditar. Faça bom uso deles e cresça na
fé e obediência ao Senhor.
1. LEITURA
Tomando conhecimento do que ela diz. Deus nos ordena, por boca do profeta Isaías;
"Buscai no livro do Senhor, e lede..." (Isaías 34,16).
E essa leitura, como mostra Deuteronômio 17.19, deverá ser repetida, pois você:
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“O terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o
SENHOR, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos,
para os cumprir".
Um programa de leitura da Bíblia (veja adiante) deve ser estabelecido por nós.
Terminada uma leitura, começamos outra. Quanto mais vezes a lermos, tanto mais
fácil será entendê-la.
2. ESTUDO
Assimilando seus princípios, mandamentos e promessas. Isso envolve mais do que
ler, Precisa de caneta e papel para tomar nota, esboçar, buscando fixar o ensino.
Paulo recomenda: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não
tem de que se envergonhar que maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2.15).
3. MEDITAÇÃO
Deixando que suas verdades sejam aplicadas às diversas áreas de nossa vida.
Meditar é ruminar. Um animal que rumina, come o alimento e mais tarde regurgita-o,
isto é, traze-o de volta à boca e o mastiga vagarosamente, extraindo dele todos os
nutrientes Meditar é a mesma coisa. Primeiro lemos a Palavra, estudamo-la e
podemos até decorá-la. Mas, então, vamos mais além e começamos a "mastigar" a
Palavra, pensando, refletindo, assimilando-a, aplicando-a à nossa vida,
transformando-a em nossa oração. Há vintes referências diretas na Bíblia à
meditação, sem falar dos seus sinônimos. Logicamente, quem medita primeiro leu ou
ouviu.
"Não cesses de falar deste Livro da Lei: antes, medita nele dia e noite, para que
tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás
prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido" (Josué 1.8).
"Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no
caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu
prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite" (Salmo 1.1,2).
"Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja
manifesto" (I Timóteo 4.15).
"As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua
presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!" (Salmo 19.14)
4. MEMORIZAÇÃO
Permitindo que ela seja o material para nossa estrutura de pensamento e raciocínio
e venha em nosso auxílio, prontamente, no momento da necessidade.
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Ora, para que a Palavra esteja na minha boca, primeiro tem que entrar em minha
mente. Só sai da boca o que foi assimilado, estudado e decorado.
O mandamento é claro: "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração;
tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te" (Deuteronômio 6.6,7).
6. CONFISSÃO
Com os lábios como verdade absoluta em todas as circunstâncias.
"Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a
cumprires" (Deuteronômio 30.14),
Confessar a Palavra é proferi-la como uma convicção do nosso espírito. O que creio
no coração, isso confesso. Ao fazê-lo, há um poder de vida que é liberado. A Palavra
de Deus é como semente. Quando confesso é como se a plantasse. Confessá-la
repetidamente é como regá-la. Ora, sementes plantadas e regadas, terminam
germinando.
"Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou
os céus, conservemos firmes a nossa confissão" (Hebreus 4.14).
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CAPÍTULO 6
ESTABELECENDO UM
TEMPO COM DEUS
"Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a
teu Pai que está em secreto. E teu Pai, que vê secretamente, te
recompensará" (Mateus 6.5-6).
41
Você vai a Ele pela manhã, para orar a respeito de coisas santificadas - mas sua
mente está no carro que precisa lavar ainda hoje? Amado, a sua mente e o seu
coração têm de estar onde estão os seus lábios! Isaías falou dos ''holocaustos
e...sacrifícios...aceitos no meu altar, pois a minha casa será chamada casa de
oração..." (Isaías 56.7). Os que trarão sacrifícios aceitos, Deus diz, serão aqueles
"que se chegarem ao Senhor para o servirem, e para amarem o nome do Senhor" (v.
6).
Prezados santo, eis o único sacrifício aceitável que pode ser feito no altar de
Deus! Não será um sacrifício manco, de coração dividido com olhar sonolento
– ou seja, uma Oferenda obrigatória de último minuto. Não – Ele vem de um
coração que se consome De amor por Jesus, que brada constantemente. “Deus
venho hoje a ti para te conhecer. Quero ser guiado, corrigido e instruído por Ti.
Quero aprender à obediência, entender os Teus caminhos. Desejo mais de Ti!”
42
Disposição positiva: A Bíblia diz o seguinte sobre Jeosafá: "buscou ao Senhor
de todo o seu coração" (II Crônicas 22. 9) - e por ter buscado a Deus, desfrutou
de trinta e cinco anos de ordem no reino. Ele zinha poder junto a Deus, e poder
contra os inimigos de Israel. Até quando os ataques vieram de todos os lados.
Deus rapidamente os frustrou - porque o povo começou imediatamente a
buscar o Senhor. Havia sempre ordem, jamais caos ou confusão. Por quê?
Porque buscaram ao Senhor!
Disposição negativa: Mas, então, Acazias, filho de Jeosafá assumiu o poder
- e não buscou o Senhor. Acazias foi morto por Jeú, "e já não tinha a casa de
Acazias ninguém que fosse capaz de reinai" (v.9). Acazias não teve poder para
manter a ordem como o seu pai - pois não orava!
Prezado santo Vencedor, o seu reino é o seu lar. E se você não tiver um lugar
de oração, o hábito diário de buscar a Deus, então não terá poder para trazer
ordem à sua casa. O diabo poderá criar um caos em tudo: no seu trabalho, na
família, nos relacionamentos! Entenda: o poder do lugar secreto é o poder
sobre a confusão e a desordem - em sua vida, no trabalho, na igreja!
43
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente
descansará." "Habitar" significa "viver." Você vive em seu lugar de oração – no
esconderijo do Altíssimo? É ele o seu lar a qualquer hora do dia?
Pode-se perguntar: "Isso quer dizer que preciso me fechar com Deus o tempo
todo?" De certa maneira, sim! Paulo diz que devemos orar sem cessar. E Davi
diz: "Buscai o Senhor e o seu poder; buscai a sua face continuamente" (I
Crônicas 16.11).
Prezado santo e vencedor, toda vez que acordar permita que sua mente
permaneça em Deus. Mantenha comunhão com Ele. Deseje-O ardentemente o
tempo todo. Durante todo o dia, em tudo, invoque-O em seu espírito - e você
conhecerá o Seu poder e os Seus preceitos em cada um de seus passos!
Amém
45
Impeça a entrada de todos os pensamentos que ficam lhe afastando dele.
Esteja acordado, concentrado, sem desperdiçar palavras, sem pensar em outra
coisa. Você pode deixar a mente viajar quando conversa com amigos, ou no
trabalho ou na escola. Mas ao entrar na presença do Rei, a Bíblia diz: "Ele vê
em secreto!”
46
CAPÍTULO 7
COMO PASSAR MOMENTOS
A SÓS COM DEUS
(Condensado do livro de Rick Warren, Dynamic Bible Study Methods)
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Através da história da Igreja, os cristãos que Deus mais usou reuniam-se com Ele de
manhã cedo. Hudson Taylor disse: "Você não afina os instrumentos depois que
o concerto terminou. Seria burrice. O lógico é afiná-los antes de se começai".
O Grande Reavivamento entre os estudantes da universidade inglesa nos finais do
século XIX começou com estas palavras históricas; "Lembra-te da vigília matutina".
Assim, nós temos que nos afinar no começo do dia lembrando-nos da vigília matutina.
Jesus está realmente em primeiro lugar na nossa vida; temos de dar-Lhe a primeira
parte do nosso dia. Temos de buscar o Seu reino primeiro (ver Mateus 6.33). Os
médicos dizem que a refeição mais importante é o café da manhã. Frequentemente
ele determina o nosso nível de energia, de vigilância, e inclusive os estados de ânimo
para o dia. Igualmente necessitamos de um café da manhã espiritual para começar
o dia.
De manhã cedo, as nossas mentes não estão abarrotadas com as atividades do dia.
Os nossos pensamentos estão frescos e nós descansados. As tensões ainda não
chegaram e é normalmente o momento de maior quietude.
Existem mães que põem o despertador para as quatro da manhã, têm a sua
meditação, voltam para a cama e depois erguem-se quando o resto da família se
levanta. Elas explicam dizendo que com as crianças em casa todo o dia, o único
momento de quietude que elas podem ter a sós com Deus é de madrugada. Para
elas funciona; nós necessitamos escolher uma hora que funcione para nós.
Stephen Olford, um grande cristão e ministro de Nova Yorque, durante muitos anos,
disse: "De manhã quero ouvir a voz de Deus antes de ouvir outra qualquer, e à noite
a voz Dele é a última que desejo ouvir".
Davi e Daniel encontravam-se com o Senhor três vezes ao dia (Ver Salmo 44.17;
Daniel 6.10).
Qualquer que seja a hora que estabeleçamos, sejamos constantes. Devemos anotá-
la na nossa agenda. Devemos fazer uma visita a Deus como o faríamos a qualquer
outra pessoa. Façamos uma visita ao Senhor! Antecipemos o momento com
imaginação e não O deixemos à espera. Falhar num compromisso não é uma
experiência agradável para nenhum de nós, e o Senhor não gosta que O deixemos
à espera. Uma vez que comecemos, continuemos a todo o custo.
Uma pergunta frequente é: "Quanto tempo devo partilhar com o Senhor?" Se antes
nós nunca mantivemos momentos a sós com Deus com perseverança, poderíamos
começar com sete minutos e deixar que esse tempo aumente naturalmente.
Deveríamos nos propor a nós mesmos investir, eventualmente, não menos do que
15 minutos por dia, inclusive os domingos. Das 168 horas que todos temos por
semana, 1 hora e 45 minutos parece terrivelmente pouco quando consideramos que
fomos criados para manter companheirismo com Deus. Em continuação oferecemos
algumas diretrizes adicionais:
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No princípio não devemos planejar momentos a sós com Deus de mais de duas
horas. Só serviria para nos desanimar. Necessitamos crescer nesta relação
como faríamos com qualquer outra. Por isso comecemos com sete minutos
constantes e deixemos que aumentem. É melhor ser perseverante por um curto
espaço de tempo do que nos reunirmos por uma ou duas horas numa semana
e nada noutra.
Não olhemos para o relógio. Olhar para o relógio pode arruinar os teus
momentos a sós com Deus mais depressa que qualquer outra coisa.
Decidamos o que podemos fazer com a Palavra e a oração durante o tempo
que temos separado e façamo-lo. Algumas vezes isto nos tomará mais tempo
do que temos reservado, e algumas vezes menos. Porém não devemos olhar
para o relógio.
Não enfatizemos a quantidade, enfatizemos a qualidade. Não há nada de
super-espiritual nos momentos a sós com Deus de duas horas. É o que
fazemos com o nosso tempo - 15 minutos ou duas horas ou qualquer
quantidade de tempo no meio - que importa. É sempre melhor apostar numa
relação de qualidade com Deus.
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Abraão se reunia com Deus. Você não tem que estar numa igreja. Alguns passam os
seus momentos a sós com Deus no automóvel, estacionados num lugar tranquilo,
num espaço vazio da sua casa, no pátio dos fundos, e inclusive no refúgio
subterrâneo de um campo de futebol. Cada um destes lugares tem se convertido em
lugar sagrado para estas pessoas.
1. Espere no Senhor (Relaxe). Fique quieto por um minuto: não chegue correndo
diante da presença de Deus nem comece logo a falar. Siga o conselho de Deus:
''Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus" (Salmo 46.10; ver também Isaías 30.15;
40.31) Mantenha-se calado por um pequeno instante para entrar num espírito de
reverência.
2. Ore brevemente (Peça). Não é uma hora de oração, mas uma introdução breve
em forma de prece para pedir a Deus que purifique o seu coração e lhe guie para
momentos de comunhão. Duas boas passagens das Escrituras para memorizar são:
"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus
pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho
eterno" (Salmo 139.23-24; ver I João 1.9).
"Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei' (A Palavra)
Salmo 119.18; ver João 16.13).
Necessitamos estar em harmonia com o autor para poder entender o Seu Livro!
3. Leia uma porção das Escrituras. É aqui onde a sua conversação com Deus
começa. Ele lhe fala através da Sua Palavra e você Lhe fala por meio das suas
orações. Leia a sua Bíblia...
Seja lento. Não se precipite; não tente ler grandes seções; não corra na leitura.
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Repita. Leia uma passagem várias vezes até que você comece a absorvê-la
mentalmente. A razão por que muita gente não obtém mais proveito da leitura
da Bíblia é por não a leem várias vezes.
Sem parar. Não se detenha no meio de uma oração para fazer um estudo
doutrinário. Leia simplesmente o trecho pelo puro prazer de lê-lo, deixando que
Deus lhe fale. Lembre-se que o seu propósito aqui não é obter informação, mas
alimentar-se da Palavra e conhecer melhor o Senhor.
Em voz alta, mas suavemente. Ler em voz alta melhorará o seu poder de
concentração, se é que você tem esse problema. Ajudar-lhe-á também a
entender melhor o que está lendo, porque você estará vendo em vez de ouvir
o que lê. Leia suavemente, não obstante, de modo que não incomode ninguém.
Sistematicamente. Leia um livro utilizando um método ordenado. Não utilize o
método "beija-flor"- uma passagem aqui, um capítulo ali, o que gosta aqui, uma
porção interessante ali. Você entenderá a Bíblia melhor se a ler como foi escrita
- um livro ou uma carta de cada vez.
Leia o livro em ordem seguida. Em algumas ocasiões você quererá examinar
um livro completo. Nesse caso, você o lerá rapidamente para alcançar a
amplitude da revelação completa. Nesse caso você não necessitará lê-lo lenta
ou repetidamente.
4. Medite e memorize (reflita e recorde). Para conseguir que as Escrituras lhe falem
significativamente, você deve meditar sobre o que está lendo e memorizar versículos
que particularmente lhe digam algo. Meditação é “contemplar uma e outra vez,
seriamente, um pensamento dentro da sua mente." Da sua meditação você
poderá selecionar e memorizar um versículo que lhe pareça particularmente
significativo.
5. Anote o que Deus está lhe ensinando (Registre). Quando Deus lhe fala através
da Sua Palavra, anote o que você descobriu. Escrever isso lhe permitirá recordar o
que Deus já lhe revelou e rever as suas descobertas bíblicas. Anotar o que Deus lhe
ensinou é o caminho para a aplicação do que você vê nas Escrituras que se relaciona
com a sua vida.
6. Tenha os seus momentos de oração (Petição). Depois de Deus ter lhe falado
através da Sua Palavra, fale você com Ele na sua oração. Esta é a sua parte na
conversa com Deus.
CONCLUSÃO
E se você perder um dia? Não se preocupe se isso ocorrer ocasionalmente. Não
empreenda uma viagem de culpa. "Nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus" (Romanos 8.1) Não seja legalista, a perda de um dia não ocasiona
fracasso. Não ceda. Perder uma refeição não significa que se deve renunciar a comer
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porque não perseveramos. Simplesmente você comerá um pouco mais na próxima
refeição e prosseguirá. Este princípio se aplica aos seus momentos a sós com Deus.
Os sociólogos dizem que normalmente são necessárias três semanas para nos
familiarizarmos com uma nova meta ou hábito. São necessárias mais três semanas
para se transformar mesmo em hábito. A razão por que muitas pessoas não têm êxito
nos seus momentos a sós com Deus é porque não têm conseguido vencer esta
barreira das seis semanas. Para que os seus momentos a sós com Deus se
convertam num hábito, você deve ter um diário pelo menos durante seis semanas.
William James tinha uma fórmula famosa para desenvolver um hábito;
1. Tome uma resolução firme (Voto). Deve começar sempre com uma iniciativa
firme, decidida. Se você começa a meio gás, nunca o conseguirá. Faça uma
declaração pública fazendo saber aos demais acerca da sua decisão...
2. Nunca permita que uma exceção surja até que o novo hábito esteja
firmemente enraizado na sua vida. Um hábito é como una bola de trapos. Cada
vez que você renuncia, muitos laços se desprendem e caem. Assim não permita que
o "só desta vez" suceda. A ação de complacência debilita o ânimo e fortalece a falta
de autocontrole.
3. Aproveite qualquer oportunidade e inclinação para praticar o seu novo
hábito. Cada vez que sentir o menor impulso de praticar o seu novo hábito, faça-o
nesse instante. Não espere. Use todas as oportunidades para fortalecer o seu hábito.
Não lhe faz mal praticar "em demasia" um hábito novo quando você o está iniciando.
A estas sugestões, podemos acrescentar mais uma:
4. Confie no poder de Deus. Quando tudo estiver dito e feito, você deve se dar conta
que está numa batalha espiritual e que só pode vencer com o poder do Espírito Santo
de Deus. Assim, ore para que Deus lhe fortaleça e você dependa Dele para lhe ajudar
a desenvolver este hábito, para Sua glória.
Se você se convenceu que isto é o que você necessita fazer, ore o seguinte:
53
CAPÍTULO 8
EXPERIMENTANDO A
PRESENÇA DE DEUS
Stephen Eyre, da Missão Inter-Varsity (ABU no Brasil), diz que uma pergunta que ele
faz com frequência aos estudantes que ele aconselha ou discipula é: "como é o seu
tempo a sós com Deus?"
Geralmente, depois de uma pausa, eles respondem; "estou tendo um tempo com
Deus regularmente", ou "tenho estudado diligentemente as Escrituras". Ele diz que
ambas as respostas são boas, porém não é o que ele está querendo saber.
A resposta buscada é: "estás te encontrando com Deus?" "Que se passa durante
teus encontros pessoais com Ele?" "Estão tuas devocionais marcadas por um sentido
de louvor ou de vazio?" "A tua mente está tão preocupada com tantas atividades que
não podes concentrar-te com profundidade nas Escrituras e na oração?"
Ao perguntar com profundidade aos estudantes sobre o seu tempo devocional com
Deus, ele se dá conta de que a maioria de nós não experimenta a presença de Deus.
Quando estamos cegos á presença de Deus, os tempos a sós se convertem em uma
formalidade vazia, a Escritura se converte num livro de regras que devem ser
aplicadas mecanicamente, a oração se converte em uma lista de obrigações que
Deus deve realizar para nós, e as dificuldades na vida se convertem em problemas
que supostamente Deus deve resolver para nós (em vez de oportunidades para que
Ele nos ensine e nos molde).
Nós nunca consideramos que Deus quer em primeiro lugar que nós o escutemos na
oração, em vez de falarmos sem parar. E em nossa busca de regras fixas na Bíblia,
nos esquecemos que Deus quer mesmo é nos falar através das Escrituras.
A presença de Deus
Buscar a presença de Deus - um direito de todo novo nascido - deveria ser o desejo
do coração de todo o nosso tempo a sós com Ele. Antes do nascimento, Jesus se
chamava Emanuel, "Deus conosco". Jesus, então, prometeu que nunca nos deixaria
órfãos, senão que rogaria por outro Consolador (João 14.16).
Sem dúvida, quando falamos da presença de Deus, muitos de nós esbarramos numa
parede. A experiência de encontrar-se com Deus requer muita sensibilidade espiritual
- uma "pedra de tropeço", é isso que significa essa presença para aqueles que estão
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daltónicos (cegueira de cores) espiritualmente pelos efeitos da cultura moderna, com
suas atrações fascinantes, materialistas e por nossa própria falta de cuidado com
nossa espiritualidade, nossa preguiça em manter uma disciplina devocional vital.
Como as pessoas daltônicas que conhecem as palavras roxo e verde, porém nunca
experimentaram visualmente estas cores, nós podemos está espiritualmente cegos
à presença de Deus. Temos conhecimento acerca de Deus, porém não o
experimentamos de uma maneira vibrante. E como aquelas pessoas que são
daltônicas de nascimento e não valorizam as cores, pois não as distinguem, da
mesma maneira nós valorizamos menos o que não experimentamos.
Devido ao fato de que essa cegueira, muitas vezes, pode ser muito sutil,
necessitamos deter-nos e considerarmos se isso está acontecendo conosco. Deter-
nos por um instante e perguntar-nos: será que tenho visto e escutado bem o Senhor?
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Quando nos encontramos com Deus durante tempo a sós de deserto, Ele parece
estar ausente. Percebemos somente um sentimento de desolação interior. Davi
expressou esse desejo de Deus no Salmo 63: "Ó Deus, tu és o meu Deus forte, eu
te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, numa
terra árida, exausta, sem água" (v.1).
Nessa fase de deserto, nada do que fazemos em nosso tempo a sós (nem em
qualquer outra área de nossa vida) parece dar certo. O prazer do estudo bíblico que
temos conhecido evaporou-se, e nossas orações não parecem passar do teto.
Não obstante, em tempos de deserto, pode ser que nos apeguemos mais a Deus, e
entronizemos a Sua obra de uma maneira mais profunda em nossos corações. Pode
ser que Ele esteja nos treinando a deixar nossos ídolos e nossas amarras terrenas,
para aprender que além do Deus verdadeiro nada pode satisfazer nossos desejos
internos. Em tempos de abundância material e distrações recreativas, como
necessitamos do mistério do deserto! Lembremos sempre que foi no deserto que
Israel conheceu o verdadeiro caráter libertador e sustentador de Deus, foi no deserto
que Paulo preparou-se para o seu grande desafio missionário, e foi ao deserto que o
nosso Senhor foi levado, pelo Espírito Santo, para se tornar o Salvador do mundo.
Não desprezemos o deserto!
Os tempos a sós em devocional. Em contraste com a fase desértica, o tempo a sós
devocional nos permite experimentar com prazer o estar na presença de Deus.
No tempo a sós devocional, manejamos as Escrituras de uma forma diferente. Em
vez de buscar informação nova ou detalhes significativos nas passagens, nosso
tempo com as Escrituras tem sentido de reverência e de adoração. Pode ser que
estudemos passagens que já tenhamos lido antes, permitindo que nossa alma
absorva a passagem até que, como Paulo em Efésios, nos maravilhemos das
bênçãos espirituais que nos têm sido dadas através de Jesus Cristo, ou, como Pedro,
experimentemos o gozo inefável da salvação de nossas vidas.
Às vezes nós podemos ver-nos dentro da passagem, usando nossa imaginação para
sentir isso, ver e ouvir o que está se passando. Frequentemente nos sentimos
movidos a intercalar uma oração em nossa meditação das Escrituras. Outras vezes
podemos experimentar um "silêncio completo" nesse tempo devocional, muito
parecido ao que se dá quando estamos com um amigo com o qual não necessitamos
de palavras. Nossas orações são dominadas por uma atitude profunda de escutar
silenciosamente a Deus. Estamos menos orientados na direção do trabalho,
intercedemos por outros sem recitar mecanicamente uma lista de coisas que Deus
deve realizar. Dispormo-nos para escutar o Senhor é demasiado fácil nessa fase.
Uma palavra de advertência acerca do tempo a sós devocional. Apesar de ser o
tempo a sós que com mais frequência nos encontramos ao longo da vida cristã, pode
não ser o mais adequado para nós estarmos perpetuamente! Como os discípulos de
Jesus no Monte da Transfiguração, não podemos ficar no Monte para sempre. Os
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discípulos tinham que descer do monte com Jesus e enfrentar as necessidades da
multidão; ir à Jerusalém e enfrentar a Cruz.
Ao meditar, descobrimos que não podemos só esperar o prazer divino em cada
tempo a sós. Deus não se apresenta ao estalar de nossos dedos. Ele sabe quais são
nossas necessidades, e vem a nós de maneira que possamos recebê-lo. A realidade
permanente desse prazer de louvar não vai chegar a nós até que nos encontremos
com Deus no Céu.
Não importa a etapa na qual estamos espiritualmente: temos que ter como meta o
nosso tempo a sós, o viver com o sentimento da presença de Deus. Em vista de
nossa cultura acelerada e orientada para o "fazer", o temor é que, levados por essa
cultura, mergulhemos no ativismo religioso e raramente experimentemos, em nosso
tempo a sós, a presença sobrenatural de Deus. Somos seduzidos a estar contentes
com somente ler sobre Deus nas Escrituras ou em livros escritos por outros cristãos,
e realizar nosso dever cristão.
O Senhor está presente; toda a criação declara sua glória. Em nosso trabalho, em
nossa família, em nossa recreação e em qualquer coisa que façamos, podemos
perceber Sua presença. Todavia, se não praticarmos a disciplina do tempo a sós,
provavelmente nos privaremos da glória de Deus que está ao nosso redor. O tempo
a sós com expectativa de encontro, nos permite estar sempre em Sua presença de
uma maneira que aumenta o sentido dessa presença em tudo o que fazemos na vida.
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CAPÍTULO 9
A DISCIPLINA DA ORAÇÃO
APRENDENDO A ORAR
A verdadeira oração é algo que aprendemos. Os discípulos pediram a Jesus:
"Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11.1). Eles haviam orado a vida toda, não
obstante, algo acerca da qualidade e quantidade da oração de Jesus levou-os a ver
quão pouco sabiam a respeito da oração. Se a oração deles havia de produzir alguma
diferença no cenário humano, era preciso que eles aprendessem algumas coisas.
Talvez a mais surpreendente característica de Jesus ao orar seja que, ao fazê-lo em
favor de outros, nunca terminava dizendo "se for da tua vontade'. Nem o fizeram os
apóstolos e profetas quando oraram a favor de outros.
Obviamente todos eles acreditavam conhecer a vontade de Deus antes que fizessem
a oração da fé. Estavam tão imersos no ambiente do Espírito Santo que, ao
encontrarem uma situação específica, sabiam o que se deveria fazer. A oração era
tão positiva que frequentemente tomava a forma de uma ordem direta, autoritária;
"Anda", "Fica bom", "Levanta-te". Quando eles oravam por outros, evidentemente
não havia lugar para orações indecisas, tentativas, meio esperançosas, que
terminam com "se for da tua vontade".
O entendimento de que a obra da oração demanda um processo de aprendizado
livra-nos de arrogantemente descartá-la como falsa ou irreal. Se ligarmos nosso
aparelho de televisão e ele não funcionar, não declaramos que não existem ondas
de televisão no ar. Supomos que algo está errado, algo que podemos encontrar e
corrigir. Verificamos a tomada de força, a. chave, até descobrirmos o que está
bloqueando o fluxo desta misteriosa energia que transmite imagens através do ar.
Certificamo-nos de que o problema foi localizado e o defeito consertado vendo se o
aparelho funciona ou não. É assim com a oração.
Podemos determinar se estamos orando da forma certa se os pedidos se realizam.
Se não, procuramos o "defeito"; talvez estejamos orando de forma errada, talvez algo
dentro de nós precise de mudança, talvez haja novos princípios de oração a ser
aprendidos, talvez precisemos de paciência e persistência. Ouvimos, fazemos os
ajustes necessários e tentamos de novo. Podemos ter a segurança de que nossas
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orações estão sendo respondidas com a mesma certeza que temos de que o
aparelho de televisão está funcionando.
Um dos mais decisivos aspectos do aprendizado da oração pelos outros é entrar em
contato com Deus de sorte que sua vida e seu poder sejam canalizados para outros
por nosso intermédio. Muitas vezes supomos que estamos em contato quando não
estamos. Por exemplo, dezenas de programas de rádio e televisão passaram pela
sua sala enquanto você lia estas palavras, mas você deixou de captá-los porque não
estava sintonizado com o canal. É muito frequente que as pessoas orem e orem com
toda a fé que há no mundo, e nada acontece. Naturalmente, não estavam em sintonia
com o canal. Soren Kierkegaard certa vez observou; Alguém orava pensando, a
princípio, que a oração era falar; mas foi-se calando mais e mais até que, afinal,
percebeu que a oração é ouvir."
A meditação é o prelúdio necessário à intercessão. A obra de intercessão, às vezes
denominada oração da fé, pressupõe que a prece de orientação está perpetuamente
ascendendo ao Pai, Devemos ouvir, conhecer a vontade de Deus e a ela obedecer
antes que a peçamos para a vida de outros. A oração de orientação constantemente
precede e cerca a oração da fé.
Portanto, o ponto inicial para aprender a orar pelos outros é dar ouvidos à orientação.
Em questões de problemas físicos, sempre tendemos a orar primeiro pelas situações
mais difíceis: câncer termina! ou esclerose múltipla. Mas quando ouvimos,
aprendemos a importância de começar por coisas menores como resfriados ou dores
de ouvido. O êxito nos pequenos cantos da vida dá-nos autoridade nas questões
maiores. Na quietude, aprenderemos não somente quem é Deus mas como seu
poder opera.
Às vezes temos medo de não ter fé suficiente para orar por este filho ou por aquele
casamento. Nossos temores deveriam ser sepultados, pois a Bíblia nos diz que os
grandes milagres são possíveis pela fé do tamanho de um pequenino grão de
mostarda. De modo geral, a coragem para orar a favor de uma pessoa é sinal de fé
suficiente. Com frequência o que nos falta não é fé, mas compaixão.
O senso interior de compaixão é um dos mais nítidos indícios da parte do Senhor de
que este é um projeto de oração para você. Nas horas de meditação pode vir ao
coração um impulso, uma compulsão para interceder, uma certeza de acerto, um
fluxo do Espírito. Este "sim" interior é a autorização divina para que você ore pela
pessoa ou situação. Se a ideia vier acompanhada de um senso de abatimento, é
provável então que você deve deixar o assunto de lado. Deus guiará outrem a orar
pelo problema.
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OS PICOS MENOS ELEVADOS DA ORAÇÃO
Nunca deveríamos complicar demais a oração. Somos propensos a isso uma vez
que entendemos que a oração é algo que devemos aprender. Também é fácil ceder
a esta tentação porque quanto mais complicada fazemos a oração, tanto mais as
pessoas dependem de nós para aprender como fazê-lo. Jesus, porém nos ensinou a
dirigir-nos como crianças a um pai. Franqueza, honestidade e confiança marcam a
comunicação do filho com o pai. Há certa intimidade entre pai e filho com espaço
tanto para a seriedade como para a gargalhada.
Jesus ensinou-nos a orar peio pão de cada dia; uma criança pede a refeição
matinal na plena confiança de que esta será provida, Ela não precisa esconder
algumas fatias do pão de hoje com receio de que amanhã não haverá nenhuma fatia
disponível; no que a ela concerne, há um inesgotável abastecimento de pão. Uma
criança não acha difícil ou complicado conversar com seu pai, nem ela se sente
constrangida em trazer à atenção dele a mais simples necessidade.
As crianças ensinam-nos o valor da imaginação. Como acontece com a
meditação, a imaginação é um instrumento poderoso na obra da oração. Podemos
ser reticentes em orar com a imaginação, achando que ela está ligeiramente abaixo
de nós. As crianças não têm tal reticência.
A imaginação abre a porta da fé. Se pudermos "ver" com os olhos de nossa mente
um casamento refeito que antes estava em frangalhos ou uma pessoa que estava
enferma e agora está bem, é curta a distância para crer que assim será. As crianças
entendem instantaneamente estas coisas e reagem bem a orar com a imaginação.
Seu pastor e os cultos de adoração precisam ser banhados em oração. Paulo
orava por seu povo; ele pedia ao povo que orasse por ele. Sature os cultos de
celebração com suas orações. Visualize o Senhor no alto e sublime, enchendo o
santuário com a sua presença.
Seus próprios filhos podem e devem ser transformados mediante suas
orações. Ore por eles durante o dia com a participação deles; ore por ele à noite
enquanto dormem. Um bom método é entrar no quarto e colocar levemente as mãos
sobre a criança adormecida. Imagine a luz de Cristo fluindo através de suas mãos e
curando cada trauma emocional e cada mágoa que seu filho sofreu nesse dia.
Encha-o da paz e da alegria do Senhor. No sono a criança é muito receptiva à
oração, visto que a mente consciente, que tende a levantar barreiras à suave
influência de Deus, está descontraída.
Como sacerdote de Cristo, você pode executar um serviço maravilhoso
pegando os filhos nos braços e abençoando-os. Na Bíblia, os pais traziam os
filhos a Jesus não para que ele brincasse com eles ou mesmo lhes ensinasse, mas
63
para que ele pudesse colocar as mãos sobre eles e abençoá-los (Marcos 10.13-16).
Ele deu-lhe capacidade de fazer a mesma coisa. Bem-aventurada a criança
abençoada por adultos que sabem abençoar!
Poderíamos mudar toda a atmosfera de uma nação se milhares de nós
constantemente atirássemos um manto de oração em torno de todos os que vivem
em nosso círculo de ação. "Unidades de oração combinada, como gotas de água,
formam um oceano que desafia a resistência."
Jamais devemos esperar até que sintamos disposição de orar antes de orarmos
pelos outros. A oração é como qualquer outro mister; talvez não nos sintamos com
disposição de trabalhar, mas uma vez que nos damos ao trabalho por um tempinho,
começamos a gostar dele. Pode ser que não sintamos disposição para estudar piano,
mas uma vez que tocamos o instrumento por algum tempo, sentimos vontade de
tocá-lo. Da mesma forma, nossos músculos de oração precisam ser flexionados um
pouco, e uma vez iniciada a corrente sanguínea da intercessão, descobriremos que
estamos dispostos a orar.
Não temos de preocupar-nos com o fato de que esta atividade tomará muito de nosso
tempo, porque "Ela não toma tempo algum, mas ocupa todo o nosso tempo". Não se
trata de orar e depois trabalhar, mas oração simultânea com o trabalho.
Temos tanto que aprender, uma longa distância a percorrer. Certamente o anelo de
nossos corações se resume no que disse o arcebispo Tait: "Desejo uma vida de
oração mais excelente, mais profunda, mais verdadeira”.
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CAPÍTULO 10
ORAÇÃO DO “PAI NOSSO”
NA PRÁTICA
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus,
santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua
vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia
nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós
perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à
tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder,
e a glória, para sempre. Amém" (Mateus 6.9-13).
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Santidade ao nome de Deus. Jesus está dizendo que o nome de Deus não é pra ser
usado em vão. A questão aqui é bem profunda. O nome de Deus jamais deve ser
usado de forma banal e desnecessária. Jargões do tipo; "Deus me livre!" "Se Deus
quiser!" devem ser evitados.
O nome de Jesus também deve ser santificado, Fica meio estranho quando lemos
frases do tipo "Jesus te ama" dentro de portas de banheiros públicos ou pichados em
muros pela cidade.
3. "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu..."
A segunda petição; "Venha o Teu Reino". Deus é nosso Pai, mas Ele é mais. É o Rei
do Universo. E o Seu Reino é um reino de glória que está para surgir no futuro, de
forma esplendorosa. Será estabelecido sobre a terra, para governar sobre todos,
quando Jesus vier peia segunda vez (Mateus 25.34).
Então se cumprirá o que diz Daniel: "O reino e o domínio, e a majestade dos reinos
debaixo de todo o Céu, serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino
será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão" (Daniel 7.27).
Jesus está ensinando que o reino de Deus deve ser invocado pelos seus filhos. Reino
é governo. Sermos governados por Deus é sinônimo de submissão à Sua vontade.
Quando Jesus ora pedindo que o reino de Deus venha, Ele está mostrando a
importância de que a minha e sua vida sejam governadas por Ele. Deus sabe o que
é melhor pra cada um de nós. Sua vontade é perfeita.
"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação
do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus" (Romanos 12.2).
A terceira petição está ainda neste verso: "Faça-se a tua vontade, assim na terra
como no céu". Só o poder de Deus pode nos capacitar a obedecê-Lo e fazer Sua
vontade (Judas 24).
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Pedir o pão nosso de cada dia é o mesmo que se preocupar apenas com o momento
presente. Jesus está mostrando que nós não devemos estar preocupados (ansiosos)
com nada fora de tempo.
O ensinamento aqui vai de encontro há um problema vivido por milhares de pessoas
e dentre elas cristãos: a ansiedade. A ansiedade está ligada ao corre-corre do dia a
dia, dos problemas diversos, dos sonhos frustrados, do medo da doença, do futuro
incerto e tudo o mais.
Veja bem, isto não significa viver sem planejar o futuro ou viver sem projetos, mas
sim, colocar tudo nas mãos de Deus. Ele conhece nosso futuro muito melhor do
conhecemos nosso passado.
"A ansiedade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra"
(Provérbios 12.25)
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (I
Pedro 5.7)
5. "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos
devedores..."
A quinta petição é profunda, poderosa e reveladora: "E perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores".
"Se confessarmos os nossos pecados, ele e fiel e Justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda a injustiça" (I João 1.9).
Fundamentalmente Deus nos perdoa porque Jesus pagou o nosso débito lá na cruz.
Nesta petição somos lembrados que os sofrimentos de Cristo e a Sua morte nos
trouxeram a redenção.
Aqui está um dos ensinamentos mais importantes do Cristianismo: viver o perdão.
Só podemos ter nossos pecados perdoados se também perdoarmos quem nos
ofende. Jesus deixa claro que devemos perdoar. Ele diz: "Assim como nós
perdoamos...". Isto é direto. Sem rodeios.
O Senhor ainda esclarece mais: "Porque se perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará" (Mateus 6.14).
Se eu quero que meus pecados sejam perdoados, devo, primeiramente, liberar
perdão. Se não posso perdoar não devo me atrever a pedir que Deus perdoe meus
pecados.
"E quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para
que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas" (Mateus 11.25).
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6. "E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal..."
Sexta petição: "E não nos deixes cair em tentação". Também temos que nos lembrar
que Jesus foi tentado em todas as coisas como nós, mas não pecou (Hebreus 4.15).
Toda vez que o inimigo tentar complicar a nossa vida, Jesus sempre estará do nosso
lado para nos proteger.
Penso que Jesus está nos alertando para as dificuldades da vida. Pedir a Deus que
sejamos livres do mal é buscar prevenção para os momentos difíceis. Existe
momento que parece que não conseguiremos sobreviver. São fases que não
podemos evitar, mas que podemos estar preparados para passar por elas. Às vezes
pode ser que não estaremos livres do dia mal, mas podemos passar por ele sem
grandes feridas.
Devemos pedir que Deus nos dê forças para superar (pular) os obstáculos, mas não
podemos pensar que eles serão removidos. Depois de grandes lutas vêm sempre
grandes vitórias.
"E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para
que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas" (Mateus 6.13).
Sétima Petição; "Mas livra-nos do mar. Jesus venceu a batalha na cruz. Ele disse
mais: "Quando Eu for levantado da Terra, a todos atrairei a Mim" (João 12.32). Ele é
o grande vitorioso no grande conflito entre o bem e o mal.
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Finalmente os mansos herdarão a nova Terra (Mateus 5.5) A sua grande capital será
uma cidade santa e maravilhosa, a Nova Jerusalém trazida do céu para a terra, uma
cidade "preparada como noiva adornada para o seu marido" (Apocalipse 21.2).
"E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto,
nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Apocalipse 21.3,4).
Finalmente haverá paz no mundo. Também saúde, justiça, amor e vida para sempre,
com qualidade jamais sonhada pela mente humana. Nada, portanto, mais apropriado
para o povo de Deus, do que levantar as nossas vozes em oração, louvando Seu
maravilhoso nome não apenas agora, mas também através dos séculos
intermináveis dizendo:
"Porque Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre, AMÉM". (Mateus 6.13)
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"Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém".
Jesus, eu te amo de todo o meu coração, alma e mente. Eu amarei o meu próximo
como a mim mesmo. Eu dedico a minha vida hoje para avançar o teu reino para a
tua glória.
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CAPÍTULO 11
MANUAL PRATICO DE COMO
ORAR POR UMA HORA
(A Hora que Transforma o Mundo)
Este é um manual simples e sugestivo. Não precisa ser algo rígido, formal, mas um
roteiro de como você pode orar durante uma hora de maneira proveitosa e frutífera.
Você perceberá que, à proporção que você ora, mais e mais alegria, contentamento
e desejo de estar diante do Pai-haverá em seu coração.
Divida a hora em 12 períodos de cinco minutos cada. Depois de cada cinco minutos,
você progride para outro nível de oração, cada um tratando de uma área específica
da vida e de suas necessidades.
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4. ORAR A PALAVRA É ME ALIMENTAR ESPIRITUALMENTE E ORAR DE
ACORDO COM AAGENDA E A REVELAÇÃO DE DEUS (5 minutos).
Esta é a oração enriquecida pela Palavra: a Palavra é seu manual de como
orar.
Significa orar de acordo com as promessas de Deus. As promessas de Deus
na Palavra apressam a nossa fé.
A Bíblia é, em primeiro lugar, um livro que precisa ser credo e obedecido. Nesta
parte eu peço: Senhor, de que promessas eu devo me apropriar, que
mandamentos eu preciso obedecer, e a que advertências eu devo prestar
atenção?
Temos que lembrar o Senhor dia e noite das promessas da Sua Palavra.
Quando você lê a Bíblia, você deve pedir a Deus que a aplique a sua vida diária
e ao seu tempo de oração.
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8. AÇÕES DE GRAÇAS É UM TEMPO EM QUE EU EXPRESSO MINHA
APRECIAÇÃO A DEUS POR SEU CUIDADO E PROTEÇÃO, E PELO QUE ELE É.
I Tessalonicenses 5.18: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco".
Pense sobre o dia e agradeça a Deus por Seu cuidado por você pelos outros.
Agradeça a Deus pelas coisas novas que Ele faz: espirituais, físicas e sociais.
Agradeça-Lhe pelo que Ele é, Seus dons, resposta à oração....todas as Suas
bênçãos.
Seja específico em seus agradecimentos.
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Josué 1.8 adverte:
"Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que
tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás
prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. 9 Não to mandei eu?
Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu
Deus é contigo, por onde quer que andares".
Medite na natureza e no Ser Triúno de Deus, Sua criação, ações (obras) e
caráter.
Pegue um tema específico da Palavra e medite sobre ele (justiça, amor,
verdade, luz, paz, santidade, etc.)
Pegue uma porção da Palavra e medite sobre ela.
Faça do próprio Deus o foco da sua meditação: Suas palavras e obras, Sua
Palavra escrita, Seu caráter.
A meditação cristã é o oposto da meditação orientai. A meditação oriental tem a ver
com um estado passivo da mente, e tem como objetivo esvaziar sua mente. Para o
cristão, a meditação é um processo ativo de avaliação, investigação e ponderação
onde a sua mente está plenamente envolvida e onde você permite que o Espírito
Santo e a Palavra lhe guiem. Meditação é refletir de uma maneira disciplinada.
Cuidado para que Satanás não plante os pensamentos dele na sua mente. Da
mesma forma, cuidado com pensamentos negativos durante este tempo. Reflita
sobre o que é verdadeiro, nobre, correto, puro, amável e admirável. Ao refletir sobre
uma porção específica da Bíblia, tente descobrir o que aquela porção tem a dizer
para você pessoalmente.
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Esperar em Deus significa amá-Lo. Durante a meditação nós queremos
aprender mais sobre Deus. No período de escuta nós queremos ouvir o que
Deus tem para nos dizer. Durante este tempo, eu pergunto: Senhor, o que tu
queres de mim, qual é a tua vontade para mim?
Você também pode fazer perguntas específicas para Deus; talvez perguntas
difíceis para as quais você não tem respostas. Seja sensível ao Espírito Santo.
Cuidado para não ser apressado em sair dizendo: "O Senhor me disse isto e
aquilo."
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CAPÍTULO 12
PLANO DE LEITURA ANUAL DA BÍBLIA
Há vários métodos e sugestões de como ler a bíblia em um ano. Basta ler cinco
capítulos nos domingos e três nos outros dias, e você a terá lido toda em um ano.
Como sugestão, apresentamos aqui algumas variações, diferentes maneiras de ler a
Bíblia em um ano. O que se segue é um deles. Compare-o como os demais e veja
qual melhor se encaixa com o seu perfil e preferências. Procure seguir a tabela
abaixo:
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CONCLUSÃO
Ao terminar o estudo demais esse manual, esperamos que você possa dizer como o
salmista: "Como eu amo a tua lei medito nela o dia inteiro" (Salmo 119.97 - NVI). E
que é disposição do seu coração seja aquela de buscar ao Senhor em oração e
meditação na sua palavra todos os dias, pois Ele mesmo tem prazer em ser chamado
por nós.
Você aprendeu que cristianismo não é apenas uma relação jurídica, mais uma
relação de amor. E todo amor só se desenvolve melhor com a convivência. No caso
da sua relação com Jesus, é Ele mesmo que faz com que você gosta Dele. Mas você
precisa passar tempo com Ele.
Você entendeu o que é preciso ter um período apropriado, um momento certo de
silêncio o Senhor, que deve durar pelo menos meia hora. 10 minutos é melhor do
que o tempo nenhum; e, com o tempo você vai aumentando a duração e a qualidade
desse momento para meia hora, uma hora, e até mais. Dê o seu melhor tempo ao
Senhor, não é sobras. Faça como o salmista no Salmo 5.3 (NVI), quando diz: “De
manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e
aguardo com esperança”. Você não começa uma viagem e, em seguida, estuda o
mapa; não é assim que se faz. Do mesmo jeito, antes de começar a jornada do dia,
devemos estudar o “Mapa da vida”.
Você aprendeu a está preparado para esse momento especial com Deus; a como
está fisicamente alerta, por exemplo; e a como manter as teias de aranha fora da sua
mente, ajudando a pensar claramente. Aprendeu também estar mentalmente alerta,
bem focado no essencial, mantendo suas emoções no seu devido lugar. E aprendeu
ainda está moralmente puro e limpo. Não aceite ficar desconfortável, nem
incomodado por causa da imagem do seu rosto refletida no espelho da Palavra de
Deus. Essa visão só lhe ajudará a usar melhor a água da Palavra para limpeza e
purificação.
Não esqueça que o melhor lugar é o isolamento do seu quarto ou de uma sala
separada para você e Deus, onde você pode fechar a porta sobre o mundo e abrir as
janelas para o céu. Jesus procurou lugares onde ele poderia estar sozinho, e assim
você também está fazendo agora.
Além das lições acima, você também aprendeu a usar as ferramentas certas, que
são uma Bíblia bem legível, de preferência com muito espaço para você fazer
anotações nas margens; um diário de oração no qual você vai notar seus pedidos e
registros e respostas de oração; e também um bloco de notas no qual você vai anotar
as tarefas diárias que se propõem diante do Senhor. Este bloco de notas pode estar
em mídias eletrônicas com Smartphones ou Tablets.
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Você entendeu também a importância do silêncio e da quietude para o tempo a sós
com Deus. Você aprendeu a se acalmar, relaxar, e reconhecer a presença Divina ao
seu lado. Você aprendeu também que deve começar lendo a bíblia, e depois
continuar com oração. E não esqueça que uma boa leitura bíblica é feita com
qualidade, e não quantidade.
Com certeza, você já começou a ler ou vai começar a ler a Bíblia inteira em um ano,
mas isso não é o fim do seu tempo com Deus. Além disso, você vai ler bons livros
devocionais, o que é maravilhoso para o seu enriquecimento espiritual. Só não se
esqueça de que eles não podem e não devem ocupar o lugar que pertence à Bíblia
em nossas vidas.
Guarde bem o que Deus lhe deu. Anote o que Deus diz a você e o que Ele lhe disse
para fazer. Você não está escrevendo para publicação, mas todas as suas anotações
são tesouros inestimáveis que abençoarão a sua vida em momentos futuros, assim
como a vida de muitos outros. Comece a compartilhar fora do seu tempo de silêncio,
pois Deus não nos fez para sermos reservatórios, mas canais.
Finalmente Esperamos que o “trem” espiritual esteja rodando sobre dois trilhos. Um
é revelação, e o outro é a obediência. Seus discípulos, seus parentes e amigos,
inicialmente, podem ser todos passageiros. Mas, com o tempo, eles aprenderão, com
você, a trilhar pelas mesmas estações e caminhos seguros da Palavra viva de Deus.
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