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Universidade Federal de Goiás

Regional Catalão
Unidade Acadêmica Especial de Engenharia
Curso de Engenharia Civil

Ana Paula Jacob Ribeiro


Cristhoffor Willians R. Dos Santos
Daniel Bittencourt Marques
Igor Pacheco Souza
Mayara Costa de Lima

BOMBAS EM SÉRIE E EM PARALELO

Prof. Ed Carlo

CATALÃO – GO
2019
1 INTRODUÇÃO
As bombas hidráulicas são amplamente usadas na indústria e fazem parte de um sistema
ainda maior, sendo uma parte que trabalha em conjunto com outras peças para funcionar. Esse
dispositivo é também chamado de Máquina Hidráulica Operatriz, em outros termos, máquinas
que recebem energia potencial e transformam parte desta potência em energia cinética
(movimento) e energia de pressão (força). Essas duas energias são enviadas a um fluído
bombeado dentro de um sistema. Essa transmissão pode se dar através do aumento de pressão,
aumento de velocidade, aumento de elevação ou combinações entre as diferentes formas em
energia. Resumidamente, a bomba hidráulica, como diz o próprio nome, bombeia um líquido
hidráulico.
Para trabalhar, os sistemas hidráulicos fazem uso de fluido comprimido para realizar um
trabalho. O mais comum é que esse líquido seja um óleo bastante fino, de um grau especial, que
é bombeado para dentro do sistema com o objetivo de produzir pressão por vários tipos de
bombas hidráulicas. Estas bombas têm, geralmente, os mecanismos rotativos com tolerâncias
pequenas entre as partes móveis e os compartimentos. Em comparação com outros tipos de
bombas, a maioria dos tipos de bombas hidráulicas também apresenta baixas velocidades de
rotação.
Assim como a variedade de bombas hidráulicas é grande, o mesmo acontece com as
suas aplicações, tendo um amplo uso no ramo industrial. Mas mesmo antes da era industrial, as
bombas hidráulicas já eram muito usadas, como para usar os cata-ventos ou rodas d’água no
bombeio do líquido para o consumo das cidades, bem como na irrigação e para o consumo
animal. Atualmente, suas aplicações são inúmeras, como nas bombas para irrigação,
abastecimento de água, de gasolina e outros combustíveis, bem como em sistemas de
condicionamento de ar, refrigeração e no deslocamento de produtos químicos. Elas também são
úteis no combate a enchentes, serviços em embarcações e em demais processos industriais,
entre outras funções.

Justificativa
Este experimento visa identificar o comportamento das bombas hidráulicas ao se fazer
uma associação destas, podendo ser em série ou em paralelo, sendo cada associação adequada
a um certo tipo de aplicação.

Objetivo
Esse experimento tem como objetivo analisar as medições nas bombas 1 e 2, nos eventos
em série e paralelo, assim como verificar se os conceitos teóricos aprendidos em sala se
concretizam experimentalmente, tal como: apurar se obtivemos a mesma vazão e diferentes
pressões em condutos em série e se obtivemos a mesma pressão em condutos em paralelo.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Em uma instalação elevatória que deva operar com uma ampla gama de variações de
descarga e de pressão, pode vir a ser vantajoso instalar várias bombas idênticas na estação
elevatória. Estas bombas poderão ser instaladas em série ou em paralelo, dependendo de razões
técnicas, ou seja, quando um desnível elevado acarretar um rotor de grande diâmetro e alta
rotação, e com isso altas acelerações centrífugas e dificuldades na especificação de materiais; e
ou razões econômicas, quando o custo de duas bombas menores é inferior ao de uma bomba de
maiores dimensões para fazer o mesmo serviço.
As bombas em paralelo funcionam sob a mesma diferença de pressão, por outro lado,
ao consideramos a equação da continuidade, a vazão é aumentada, ou seja, a vazão de recalque
é a soma das vazões que passa por cada bomba. Esta associação, portanto, é considerada quando
é necessário um aumento de vazão, por outro lado, este acréscimo na vazão não é linear com o
aumento do número de bombas.
Já as bombas em série são consideradas em sistemas que possuem um grande desnível
geométrico, visto que as vazões são mantidas, para satisfazer a equação da continuidade, e as
pressões são somadas dependendo do número de bombas no sistema.

3 MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais utilizados:
 Bancada de associação de bombas (inversor, bombas, manômetros e condutos) (figura
02);
 Inversor de frequência (figura 01);
 Bombas (figura 03);
 Manômetro (figura 04);

Figura 1: inversor de frequência.


Foto: Autores.

Figura 2: Bancada de bombas. Fonte: http://liderdidatica.com.br/produto/ld36-associacao-de-bombas/

Figura 4: Bomba. Foto: autores. Figura 3: Manômetro. Fonte:


http://www.casairriga.com.br/inicio/313-
manometro-de-pressao-0-a-10-bar.html

Procedimento experimental

Bombas em Paralelo
Inicialmente utilizamos as bombas com o funcionamento em paralelo, no qual foram
abertos os dois registros que conectavam as bombas ao reservatório e fechamos o registro
‘‘central” em que o mesmo se interligava entre as duas bombas ; sendo assim haviam apenas
dois registros abertos com a função de sugar a água do reservatório e executar um esquema
correspondente ao sistema em paralelo.

Bombas em Série
Nesse segundo passo utilizamos as bombas com o funcionamento em série, no qual
abrimos apenas um registro que se conectava diretamente com as bombas e o reservatório (
registro da bomba 1 ) , fechamos o outro registro que conectava a outra bomba com o
reservatório ( registro da bomba 2 ), por fim abrimos o registro que interligava as bombas ;
sendo assim a água era sugada pelo registro da bomba 1 , passava pelo conduto que interligava
as bombas , posteriormente passava pela bomba 2 e continuava seu trajeto até o reservatório,
configurando assim uma associação em série.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Bombas em paralelo
O objetivo da associação das bombas em paralelo é o aumento da vazão. As alturas
manométricas das bombas nesse sistema são iguais Hm1 = Hm2 (figura 05). Por se tratar de
um sistema com duas bombas iguais, as leituras realizadas pelo manômetro deveriam indicar o
mesmo valor de pressão para as bombas, porém o leitor forneceu valores diferentes. Para a
bomba 1 foi obtida a pressão de 0,4 kgf/cm² e para a bomba 2 foi obtida a pressão de 0,5
kgf/cm².

𝐻𝑚1 = 𝐻𝑚2
𝑄𝑇 = 𝑄1 + 𝑄2

Figura 5: Associação de bombas em paralelo. Fonte:


http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/HG_Ca
p%C3%ADtulo-5_Parte-2.pdf. Acesso em: 01/11/2019

As vazões fornecidas por cada bomba também deveriam ser as mesmas (pois as bombas
são iguais e estão na mesma altura), sendo Q1=Q2, e a vazão total é expressa pelo somatório
das duas, sento Qt= Q1 + Q2, porém houve variação, sendo a vazão da bomba 1 de 6.300 LPH
(litros por hora), enquanto a bomba 2 forneceu 5.400 LPH, totalizando uma vazão de 1.170
LPH. Tais variações nos valores de pressão e vazão ocorrem por imprecisão dos equipamentos
de leitura e por provável variação no funcionamento das bombas, pois elas deveriam trabalhar
fornecendo vazões e pressões iguais.

Bombas em série
O objetivo da associação das bombas em série é aumentar a altura manométrica. Em
sistemas que utilizam bombas em série, geralmente as dispõem em alturas diferentes, mas no
experimento do laboratório elas estavam numa mesma altura. As alturas vazões fornecidas pelas
bombas nesse sistema são iguais Q1=Q2=Qt (figura 06), pois precisam satisfazer a equação de
continuidade. Nesse sistema mantém-se a vazão e soma-se a pressão, as bombas apresentam
um diferencial de pressão Hm1 e Hm2 que so serem somadas, vencem a pressão manométrica
Hm. Sendo assim, a bomba 2 deveria fornecer uma pressão maior que a bomba 1, pois a bomba
2 apresentaria o somatório entre as pressões da bomba 1 e bomba 2. Porém a leitura fornecida
pelo manômetro no experimento, não demonstrou uma grande variação das pressões, sendo a
pressão das bombas praticamente iguais. Tal resultado se deu pois as a bomba 2 não estava
contribuindo para a elevação da altura manométrica, no experimento a água estava apenas
passando pela bomba, pois a distância entre as bombas é curta, fazendo com que a bomba não
consiga contribuir para o aumento de pressão no sistema.

𝐻𝑚 𝑇 = 𝐻𝑚1 + 𝐻𝑚2

𝑄𝑇 = 𝑄1 = 𝑄2

Figura 6: Associação de bombas em paralelo. Fonte:


http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/HG_Cap
%C3%ADtulo-5_Parte-2.pdf. Acesso em: 01/11/2019
5 CONCLUSÃO

A partir do experimento realizado é possível associar os conhecimentos teóricos e


práticos, de modo a compreender os valores obtidos e entender o porquê os resultados não
coincidem. Com as bombas em paralelo com alturas manométricas iguais espera-se que
ambas tivessem a mesma pressão com objetivo de aumentar a vazão, entretanto as pressões
tiveram valores minimamente diferentes de 0,1 Kgf/cm2. Assim como também esperado as
vazões serem iguais, entretanto também houve diferenciação de 900 LPH a mais por parte
da bomba 1. Apesar das diferenciações das bombas o seu funcionamento em paralelo
cumpriu com seu papel de aumentar a vazão mesmo não sendo da forma mais eficiente.
Existem muitos fatores que podem causar essa diferenciação como mal-uso do
equipamento, equipamento muito gasto, equipamento descalibrado, entre outros fatores.
Com as bombas com funcionamento em serie espera-se que a vazão não se altere e
aumente a pressão para que possa ter um aumento de altura manométrica, as bombas
apresentam um diferencial de pressão Hm1 e Hm2 que ao serem somadas, já seria possível
obter o aumento requerido. Sendo assim, a bomba 2 deveria fornecer uma pressão maior
que a bomba 1, pois a bomba 2 apresentaria o somatório entre as pressões da bomba 1 e
bomba 2. Entretanto não há uma grande variação nas pressões, sendo a pressão das bombas
praticamente iguais. Esse fato ocorre devido a bomba 2 que não estava contribuindo para
a elevação da altura manométrica. Bombas com funcionamento em serie normalmente
dispõem em alturas diferentes, mas no experimento ambas estavam na mesma altura, esse
fato juntamente com erro de manuseio, problema no equipamento, equipamento
descalibrado, são razões que podem ter levado os resultados práticos divergirem dos
resultados teóricos.

6 REFERÊNCIAS

FIORIO, Vivian; HENRIQUE, Fábio. O que é e como funciona uma bomba hidráulica?.
Disponível em: https://industriahoje.com.br/o-que-e-e-como-funciona-uma-bomba-
hidraulica. Acesso em 04 nov. 2019.

S/ AUTOR. Associação de bombas em série e paralelo. Disponível em:


http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/Assoc_bombas-1.pdf.
Acesso em nov. 2019.
S/ AUTOR. Associação de bombas. Disponível em:
http://www.escoladavida.eng.br/mecfluquimica/planejamento_12009/sistemasassociac
ao2.pdf. Acesso em 04 nov. 2019.

S/ AUTOR. Associação de bombas em série e em paralelo. Disponível em:


http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/HG_Cap%C3%ADtulo-
5_Parte-2.pdf. Acesso em: 01/11/2019.

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