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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
LABORATÓRIO DE CALOR E FLUIDO I

EXPERIMENTO 5
ASSOCIAÇÃO EM BOMBAS (SÉRIE E PARALELO)

EMANUEL OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO 2023027644

JUAN SOUSA CASTRO 2023027706

São Luís - MA
2023
EMANUEL OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO 2023027644

JUAN SOUSA CASTRO 2023027706

EXPERIMENTO 5
ASSOCIAÇÃO EM BOMBAS (SÉRIE E PARALELO)

Relatório à disciplina de Laboratório de


Calor e Fluido I do curso de Engenharia
Mecânica da Universidade Federal do
Maranhão como requisito para obtenção de
nota parcial da terceira unidade.

Professor: Dr. Glauber Cruz.

São Luís - MA
2023
RESUMO

Este trabalho analisa o comportamento hidráulico das bombas centrífugas em


configurações em série e paralelo. A altura manométrica (H) de uma bomba
representa a energia de pressão do líquido e a quantidade de energia necessária
para transportar uma vazão volumétrica (Q). O trabalho tem por objetivo
compreender o comportamento hidráulico das bombas por meio da análise da
configuração em série e paralelo . A análise experimental utilizou uma bancada de
Mecânica dos Fluidos com uma bomba centrífuga, tubos de Venturi e água. As
curvas características da instalação foram obtidas variando as rotações da bomba.
Os resultados mostraram que a altura manométrica aumenta com o aumento da
vazão devido às perdas de carga. As curvas das associações em série e em paralelo
foram representadas por curvas quadráticas, sendo a associação em paralelo
apresentando valores maiores devido às perdas de carga. Conclui-se que este
estudo contribui para a compreensão do comportamento hidráulico das bombas
centrífugas e fornece informações importantes para o projeto e operação desses
sistemas.

Palavras-chave: Altura manométrica; Potência da bomba; Eficiência da bomba.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura 1. Operação de duas bombas centrífugas em série……………...……………....7


Figura 2. Operação de duas bombas centrífugas em paralelo………………..….......…8
Figura 3. Bancada MF1000……...……………………………………………………….…11
Figura 4. Tubo de Venturi…………………………..…………………………………….....11
Figura 5. Curva de instalação………………...….………………………………………...12
Figura 6. Sistema de escoamento…………...….………………………………………...14
Figura 7. Curva de velocidade…..…………...….………………………………………...15
Figura 8. Curva de potência...………………...….………………………………………..16
Figura 9. Curva de rendimento..……………...….………………………………………..17

TABELAS

Tabela 1. Dados obtidos da associação em série e paralelo…..


……………………...12
Tabela 2. Resultados do experimento…..…………………………………………..…....13
Tabela 3. Resultados de potência e rendimento…………………………………...
…...16
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6
1.1. Associação em série 6
1.2. Associação em paralelo 7

2. OBJETIVOS 8
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
3.1. Curva característica de instalação da bomba 8
3.2. Rendimento da bomba 9

3.3. Potência da bomba 10


4. METODOLOGIA 11
4.1. Materiais 11
4.2. Métodos 11
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 12
6. CONCLUSÃO 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
1. INTRODUÇÃO

A altura manométrica (𝐻) de uma bomba centrífuga é o valor que representa o


aumento de energia de pressão do líquido entre a entrada e a saída da bomba. Essa
altura manométrica também indica a quantidade de energia que a bomba precisa
transferir ao fluido para transportar uma determinada vazão volumétrica ( 𝑄) até um
ponto específico no sistema [2]. Em um sistema de tubulações com perdas distribuídas,
perdas localizadas, variações de elevação, entre outros fatores, a carga líquida
necessária (altura manométrica) aumenta à medida que a vazão volumétrica aumenta.
Por outro lado, a maioria das bombas possui uma diminuição na carga líquida
disponível à medida que a vazão aumenta, pelo menos dentro da faixa operacional
recomendada [3].
Quando se pretende aumentar a vazão ou a altura manométrica de uma unidade
de bombeamento, existe a opção de aumentar o número de bombas. No entanto,
quando o objetivo é aumentar a vazão, as unidades são associadas em paralelo,
enquanto quando se busca um aumento na altura manométrica, utiliza-se a associação
em série [4].
1.1. Associação em série
Para associar duas bombas em série, é necessário que a descarga da primeira
unidade seja direcionada para a aspiração da segunda, repetindo-se o procedimento,
se houver mais de duas bombas. Assim, o mesmo fluxo percorre todas as bombas
associadas e a pressão com que ele entra na próxima é sempre aproximadamente
igual à de descarga da anterior. Pela Figura 1, é possível analisar algumas
características da associação em série.

6
Figura 1. Operação de duas bombas centrífugas em série.

Fonte: Fox et al, 2018.

No caso de duas bombas idênticas associadas, podemos observar que a curva


da associação é obtida somando as alturas manométricas ( H A ) das bombas para uma
mesma vazão. O ponto de trabalho é deslocado para a direita e a vazão de trabalho é
maior do que a vazão correspondente à operação isolada de apenas uma das bombas
[4].
1.2. Associação em paralelo
Associar duas ou mais bombas em paralelo consiste em operá-las lado a lado,
onde cada uma delas aspira água de um mesmo reservatório por meio de tubulações
de aspiração independentes e descarrega o líquido em uma única linha de recalque. A
vantagem dessa forma de associação é fornecer diferentes níveis de vazão para uma
mesma instalação. No caso de uma das bombas apresentar falha ou estar em
manutenção, o sistema ainda contará com vazão disponível, embora seu desempenho
possa ser comprometido [2]. Partindo da curva característica de uma bomba,
apresentada pela Figura 2, se a bomba A fornecer uma vazão 𝑄 e uma carga H A , duas
bombas iguais fornecerão 2 Q, refletindo na forma da curva característica das bombas
associadas..

7
Figura 2. Operação de duas bombas centrífugas em paralelo.

Fonte: Fox et al, 2018.

Na associação em paralelo, em alguns casos, as bombas podem operar


permanentemente associadas para fornecer a vazão máxima. Nesses casos, a
associação não possui um caráter regulatório, pois opera sempre na mesma condição.
No entanto, essa forma de operação não é recomendada para a associação em série.
A associação em série é aplicada quando se deseja variar a altura manométrica entre
dois ou mais valores bastante distintos [4].

2. OBJETIVOS
O objetivo geral do trabalho é compreender o comportamento hidráulico das
bombas por meio da análise da configuração em série e paralelo.
Objetivos específicos foram:
● Obter a curva característica de instalação da bomba centrífuga.
● Variar as rotações da bomba de 2000 a 3400 rpm, com incrementos de 200
rpm.
● Coletar dados de pressões de sucção, recalque e diferencial, e calcular as
vazões e velocidades correspondentes em cada associação.
● Calcular a potência ( N ) e o rendimento (η ) das configurações das bombas.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. Curva característica de instalação da bomba


A curva de instalação de bombas, também conhecida como curva de sistema, é
um gráfico que representa a relação entre a vazão (Q) fornecida pela bomba e a altura
total do sistema (H) em que a bomba está instalada. Diferente da curva característica
da bomba, que mostra o desempenho hidráulico da bomba em si, a curva de instalação
considera as perdas de carga do sistema, como atrito em tubulações, válvulas e
acessórios [4].
A altura manométrica, H, representa a energia transferida pela bomba para o
líquido, expressa como energia por unidade de peso do fluido bombeado. Juntamente
com a vazão, a altura manométrica é uma das grandezas mais importantes e está
8
diretamente ligada à bomba. Enquanto a vazão se relaciona com a velocidade e a
quantidade de fluido transportado, a altura manométrica indica a capacidade da bomba
de superar obstáculos, vencer desníveis e vencer atritos, além de fornecer a energia
necessária para que o fluido mantenha a pressão e/ou a energia cinética desejada ao
final do processo. A altura manométrica é essencial para garantir o desempenho
adequado da bomba, permitindo que o líquido seja impulsionado de forma eficiente e
alcance os objetivos estabelecidos pelo sistema de bombeamento [4]. Esse valor é
calculado aplicando-se a equação de conservação de energia entre a entrada e saída
da bomba, podendo ser simplificada na equação 3.1.

(3.1)

Em que Padm (em Pa) é a pressão na admissão da bomba, Pdes (em Pa) é a
pressão na descarga da bomba e γ (em N/m³) é o peso específico da água. Esta
equação também se aplica para associações de bombas, com um dado de pressão de
sucção de uma bomba e um dado de pressão de recalque de outra bomba.

3.2. Rendimento da bomba


O rendimento de uma bomba centrífuga é uma medida que avalia a eficiência na
utilização da potência gerada em relação à potência efetivamente utilizada para
bombear o fluido. Essa medida compara a potência hidráulica, relacionada ao trabalho
realizado pelo fluido, com a potência da bomba gerada pelo motor. Assim como em
qualquer máquina, várias perdas estão envolvidas, incluindo perdas mecânicas,
hidráulicas e de vazamento interno, que afetam a eficiência global da bomba. De
maneira geral, quanto maior for a eficiência da bomba, mais eficiente será sua
operação, e isso está diretamente relacionado ao seu tamanho e projeto. Um tamanho
de bomba maior geralmente está associado a um rendimento superior, pois permite a
redução das perdas e a melhoria na utilização da potência disponível.
Para determinar o rendimento global de uma bomba, Macintyre (1997)
recomenda a equação 3.2. Ressaltando que esta eficiência engloba a eficiência
mecânica e hidráulica da bomba [5].

(3.2)

Para uma associação de duas bombas, seja em série ou em paralelo, a potência


do sistema N AB é expressa pela equação 3.3, considerando que a potência da
9
instalação é a soma das potências das bombas operando individualmente [5]. O índice
"A" refere-se à bomba "A" e o índice "B" refere-se à bomba "B".

(3.3)

No caso de uma associação de duas bombas em série, relacionando as


equações 3.2 e 3.3, levando em consideração que a altura manométrica dessa
associação é a soma das alturas manométricas das bombas operando individualmente,
e que a vazão que passa pelas bombas é a mesma, chegamos na equação 3.4, em
que η S representa o rendimento dessa associação.

(3.4)

No caso de uma associação de duas bombas em paralelo, a Equação 3.2 pode


ser reescrita no formato da equação 3.5, considerando que a vazão dessa associação
é a soma das vazões das bombas operando individualmente, e que a altura
manométrica dessa associação é a mesma de cada uma das bombas, supondo que as
bombas sejam idênticas [5]. Nessa equação, η P representa o rendimento dessa
associação.

(3.5)

3.3. Potência da bomba


A potência da bomba está relacionada à energia consumida pela própria bomba
para realizar o bombeamento do fluido. Como a bomba é acionada por um motor
elétrico, a equação 3.6 representa a magnitude da potência [2].

(3.6)

Onde 𝑈 é a tensão de saída (𝑉), 𝐼 é a corrente de saída ( 𝐴), cos 𝜙 é o fator de


potência, M é o rendimento do motor elétrico e 𝐹𝑆 é o fator de serviço.
4. METODOLOGIA
4.1. Materiais
Para a realização do experimento, foram empregados os seguintes materiais:
● Bancada de Mecânica dos fluidos (MF1000);

10
● Tubo de Venturi;
● Fluido (água);
● Tubos e conexões;
● Bombas.
A seguir, é possível visualizar a bancada MF1000 (Figura 3) e o medidor de
vazão digital (Figura 4).
Figura 3. Bancada MF1000 Figura 4. Tubo de Venturi

Fonte: Nova didacta, 2021. Fonte: Autores, 2023.

4.2. Métodos
Para a configuração em série, as válvulas da bancada foram ajustadas de forma
que a saída de uma bomba fosse ligada à entrada da outra bomba. Para a
configuração em paralelo, as válvulas foram ajustadas de forma que as bombas
tenham o mesmo reservatório de sucção e a mesma tubulação de recalque. A curva
característica da bomba é obtida experimentalmente traçando-se um gráfico H B x Q,
para isso, foi medido com o auxílio do tubo de Venturi as vazões, e com o manômetro
da bancada, os valores de pressão de sucção, recalque e diferencial para diferentes
rotações da bomba que variou de 2000 a 3400 rpm, com incrementos de 200 rpm. Por
fim, a partir dos dados coletados, foi calculado os valores de velocidades, potência e
rendimento associadas. O procedimento foi realizado para as duas configurações de
instalação das bombas.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta dos dados de pressão manométrica de sucção, pressão manométrica


de descarga e vazão para cada um dos valores de rotação determinados para as
bombas, os dados foram organizados em tabelas para posterior análise. Na Tabela 1 é
apresentado os dados de vazão e variação de pressão obtidos para a associação de
bombas em série e para a associação de bombas em paralelo.

Tabela 1. Dados obtidos da associação em série e paralelo

Associação em Série Associação em Paralelo

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Rotação Var. Pressão Vazão Rotação Var. Pressão Vazão
(rpm) (kPa) (L/min) (rpm) (kPa) (L/min)

2000 39 50,0 2000 49 60,8

2200 41 55,0 2200 59 67,5

2400 44 60,0 2400 64 72,5

2600 49 65,0 2600 74 78,3

2800 54 69,2 2800 79 85,0

3000 59 73,3 3000 89 90,0

3200 64 77,5 3200 94 95,8

3400 69 80,8 3400 99 99,9


Fonte: Autores, 2023.

Com o tratamento dos dados obtidos no experimento, é possível calcular os valores


para a variação de pressão e carga em cada rotação estabelecida, com um diâmetro
interno da tubulação determinado em 24,3 milímetros, pode-se calcular também a
velocidade de escoamento através do tubo. A Tabela 2 apresenta os valores de obtidos
para a associação de bombas em série e em paralelo em cada rotação de operação.

Tabela 2. Resultados do experimento

Associação em Série Associação em Paralelo


n (rpm) H (m) Q (L/min) V (m/s) n (rpm) H (m) Q (L/min) V (m/s)

2000 3,99 50,0 1,80 2000 5,00 60,8 2,18

2200 4,19 55,0 1,98 2200 6,03 67,5 2,43

2400 4,50 60,0 2,16 2400 6,54 72,5 2,60

2600 5,00 65,0 2,34 2600 7,57 78,3 2,81

2800 5,52 69,2 2,48 2800 8,08 85,0 3,05

3000 6,03 73,3 2,64 3000 9,10 90,0 3,23

3200 6,54 77,5 2,78 3200 9,61 95,8 3,44

12
3400 7,05 80,8 2,90 3400 10,12 99,9 3,59
Fonte: Autores, 2023.

Com os resultados obtidos e organizados na Tabela 2, é possível construir as


curvas HxQ da instalação com o sistema de bombeamento com associação em série e
em paralelo, assim como as equações que mais se aproximam do comportamento
ilustrado pelas curvas. A Figura 5 apresenta o gráfico da curva da instalação.

Figura 5. Curva da Instalação

Fonte: Autores, 2023.

Pelo gráfico da Figura 5 podemos perceber que conforme a vazão do sistema


aumenta a altura H também aumenta. Isto pode ser explicado pelo aumento da perda
de carga ao longo da tubulação com o aumento da vazão, e conforme a perda de carga
aumenta, maior se torna a demanda por energia provida pela bomba para sustentar o
escoamento do fluido naquela determinada vazão, para ambas as associações de
bomba acontece este mesmo efeito.
As curvas quadráticas aproximadas aos pontos das associações em série e em
paralelo representam a curva da instalação, entretanto, pode-se observar que a curva
da associação em paralelo apresentam valores maiores aos da associação em série,
isto pode ser explicada pela presença de maiores perdas de carga localizadas e
distribuídas quando instalado o sistema de associação em paralelo.

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Figura 6. Sistemas de escoamento

Fonte: Autores, 2023.

A Figura 6 apresenta o esquema do escoamento do sistema quando apresenta


associação de bombas em série, em azul, e quando apresenta associação de bombas
em paralelo, em vermelho. Ao observar o percurso do escoamento, pode-se notar uma
maior quantidade de perda de carga localizada por meio de joelhos na tubulação e
perda de carga distribuída por meio de um maior percurso de escoamento, causando
uma maior demanda de carga para o escoamento com associação de bombas em
paralelo.

Figura 7. Curva de velocidade

14
Fonte: Autores, 2023.

Na Figura 7 pode-se observar um crescimento linear da velocidade de escoamento


com o aumento da rotação da bomba, sendo possível ter uma boa previsibilidade do
aumento da vazão e velocidade conforme a rotação é regulada. Através do tratamento
dos dados obtidos no experimento, é possível calcular os valores para a potência e
rendimento da associação de bombas em cada rotação estabelecida. A Tabela 2
apresenta os valores de obtidos para a associação de bombas em série e em paralelo,
para o cálculo das potência e rendimentos foram utilizadas as equações 3.2 a 3.6.

Tabela 3. Resultados de potência e rendimento

Associação em Série Associação em Paralelo

n(rpm) Q(L/min) P(W) η(%) n(rpm) Q(L/min) P(W) η(%)

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2000 50,0 139,1 25,14 2000 60,8 104,3 25,78

2200 55,0 194,9 25,65 2200 67,5 146,2 25,60

2400 60,03 249,6 26,17 2400 72,5 187,2 26,34

2600 65,0 304,2 26,65 2600 78,3 288,2 26,91

2800 69,2 361,3 27,29 2800 85,0 271,0 27,48

3000 73,3 430,4 28,09 3000 90,0 322,8 28,50

3200 77,5 471,7 28,41 3200 95,8 253,8 28,52

3400 80,8 526,4 28,70 3400 99,9 394,8 29,21


Fonte: Autores, 2023.

Com os resultados apresentados na Tabela 3, é possível construir os gráficos de


rendimento e potência em função da vazão.

Figura 8. Curva da Potência

Fonte: Autores, 2023.

Pela análise da Figura 8, nota-se que dentro da faixa rotação de bomba estudada, a
associação em série resultou em maiores valores de potência em comparação com a
associação em paralelo. Uma possível explicação para esse fenômeno está
relacionada à forma como as bombas em série e em paralelo operam em termos de
carga hidráulica. Na associação em série, as bombas estão conectadas em sequência,
o que significa que o fluido passa por uma bomba e, em seguida, pelo próximo estágio.
16
Isso resulta em um aumento gradual da carga hidráulica ao longo do sistema.
Consequentemente, cada bomba precisa trabalhar contra uma carga maior, exigindo
maior potência para superar essa resistência.
Por outro lado, na associação em paralelo, as bombas estão conectadas lado a
lado, e cada uma contribui para o fluxo total do sistema. Nesse arranjo, a carga
hidráulica é dividida entre as bombas, resultando em uma carga menor para cada
bomba individualmente. Isso implica em menor demanda de potência para cada
bomba, uma vez que a carga é compartilhada entre elas.

Figura 9. Curva de Rendimento

Fonte: Autores, 2023.

Na Figura 9 pode-se observar um comportamento da curva de rendimento bem


similar com a curva de potência. É observado um crescimento aumento do rendimento
com o aumento da vazão, associado com rendimentos ainda maiores para a
associação de bombas em série quando comparado com o rendimento para a
associação em paralelo para os mesmos valores de vazão, mostrando que a
associação em série se torna mais eficiente nessa faixa de vazão.

6. CONCLUSÃO

Na prática, a associação em série apresentou um ganho de carga manométrica


menor do que o previsto teoricamente. O ponto de funcionamento mostrou um aumento

17
de 16,7% na vazão e aproximadamente 25% na carga manométrica. Isso indica que a
associação em série não foi tão eficiente. Essa constatação é evidenciada pela curva
de rendimento, na qual observa-se que o ponto de funcionamento está em uma região
com tendência de obter ganhos cada vez menores. Portanto, os resultados revelam
que a instalação não foi dimensionada adequadamente para esse tipo de associação.
No caso da associação em paralelo, observou-se um aumento de
aproximadamente 44,5% na vazão no ponto de funcionamento. Isso indica que a
associação em paralelo está bem otimizada para a instalação do equipamento. No
entanto, é importante notar que o rendimento prático nessa configuração é menor do
que o rendimento teórico, que é considerado igual ao de uma bomba operando
isoladamente. Essa diferença pode ser atribuída a fatores como perda de carga entre
as bombas, alterações no escoamento, pequenas variações no funcionamento das
bombas, geometria do sistema, características do fluido, entre outros.Portanto, análises
mais detalhadas e estudos complementares são necessários para uma compreensão
abrangente desse fenômeno e suas implicações práticas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos Fluidos, Fundamentos e Aplicações,


1ª edição, Editora McGraw Hill Bookman, São Paulo, 2007.

[2] DIDACTA, N. Sistema de Ensaios para Mecânica dos Fluidos. Nova Didacta
Ltda, 2021.

[3] FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T.; MITCHELL, John C.; PRITCHARD, Philip J.
Introdução à Mecânica dos Fluidos, 9ª edição, LTC Editora Ltda, Rio de Janeiro, 2018.

[4] GOMES, H. P.; CARVALHO, PSO de. Manual de sistemas de bombeamento:


eficiência energética. João Pessoa: Editora da UFPB, 2012.

[5]..DINIZ, Hélio Augusto Goulart et al.. ANÁLISE OPERACIONAL DE ASSOCIAÇÕES


DE BOMBAS CENTRÍFUGAS PARA ÁGUA.. In: Anais do Congresso Internacional de
Engenharia Mecânica e Industrial. Anais...Belo Horizonte(MG) CREA MG, 2021.

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