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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Nova Iguaçu, RJ, Brasil

Análise padrão de desempenho em bombas em série e em paralelo


Amanda Miranda Amorim
email: amanda.amorim@aluno.cefet-rj.br
Jessica Santos Matias
email: jessica.matias@aluno.cefet-rj.br
CEFET/RJ - Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Abstract. The purpose of this article is to analyze the performance of two pumps that are in parallel
and in series in order to determine the load developed by the pumps.

Resumo. O propósito deste artigo é analisar o desempenho de duas bombas que estão em paralelo
e em série afim de determinar a carga desenvolvida pelas bombas.

Palavras chaves: Bombas, Desempenho, Curvas.

1. Resumo

O desempenho de uma bomba é mostrado pela sua curva característica de desempenho, onde
sua vazão volumétrica é plotada contra a carga desenvolvida. Neste artigo, essa análise será feita
com duas bombas que estão em paralelo e depois em série. Esse experimento foi realizado no
Laborarório de Fenômenos de Transporte do CEFET de Nova Iguaçu durante as aulas de Máquinas
de fluxo ministrada pelo professor Rodolfo Sobral. Com o objetivo de determinar a carga
desenvolvida pelas bombas ou associação das bombas, será usado um Software para a obtenção
dos resultados.
Amanda Miranda Amorim e Jessica Santos Matias
Análise padrão de desempenho em bombas paralelas

2. Introdução

Conhecida por mover fluidos, uma bomba é uma máquina geratriz que tem como função
realizar o deslocamento de um fluido por escoamento. Sendo uma máquina geratriz, ela transforma
o trabalho mecânico que recebe para seu funcionamento em energia. Há diversos tipos de bombas,
alguns exemplos são as bombas centrífugas são as mais utilizadas na indústria, representando 90
por cento de bombas instaladas e elas são capazes de transferir altos volumes de fluido e depende
diretamente da energia cinética para realizar sua oper- ação, as bombas volumétricas é ideal para
fluidos viscosos pois trabalha a baixa vazão e alta viscosidade, já a bomba pneumática, é usada
tanto na indústria quanto para processos sanitários e é ideal para fluidos de difícil bombeamento.

Figura 1: Bomba Centrífuga

Com o objetivo de determinar a carga desenvolvida pelas bombas, os alunos se reuniram no


laborário para juntos realizar o experimento, e, com a análise das bombas associadas de duas formas
diferentes, série e paralelo, obteve-se dados coletados, foi possível plotar as curvas do sistema e
analisar comparando os diferentes tipos de associações. No experimento os alunos determinaram
uma velocidade padrão para as bombas, 3000 (rev/min), e foi utilizado o programa Versatile Data
Acquisition System, plotando os gráficos com dados recebidos em intervalos de 15 segundos.

3. Materiais e Métodos

3.1 Bombas em Paralelo

Para esse experimento foi necessário uma bancada hidraúlica, tubos e acessórios (uniões, T’s e
vávulas), manómetros e duas bombas centrífugas iguais.
O esquema geral da instalação de Bombas em Paralelo está na figura abaixo:
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
Nova Iguaçu, RJ, Brasil

Figura 2: Esquema geral da instação de bombas em paralelo

Após desligar as duas chaves do motor, abrir as duas válvulas de entrada, ajustar a válvula de
duas vias para direcionar a vazão diretamente para a tubulação de recalque, as duas chaves dos
painéis de controle foram ligadas.Após colocar os motores para operar a velocidade máxima,
usamos a linha de drenagem para drenar todos os medidores de pressão. Foi ajustado os motores à
velocidade necessária ao experimento e em seguida, registrado todas as leituras de pressão.

3.2 Bombas em Série

Como em bombas em paralelo, para realizar o experimento para bombas em série utilizamos os
mesmos materiais. O esquema geral da instalação de Bombas em Série está na figura abaixo:

Figura 3:Esquema geral da instalação de bombas em série


Amanda Miranda Amorim e Jessica Santos Matias
Análise padrão de desempenho em bombas paralelas

4. Resultados e Discussões

Um software extraiu as informações do processo durante certos intervalos, gerando o gráfico de


desempenho pressão manométrica x vazão volumétrica, mostrado nas figuras 4.e 6. O gráfico plotou 3
curvas. São as curvas de eficiência geral, altura ou pressão manométrica total geral da bomba e
potência hidráulica geral da bomba. E, com ’da bomba’ ele quer dizer que é a resultante ou
somatório das duas curvas da boma 1 e bomba 2.

Associação em paralelo:

Figura 4: Bombas em paralelo. (Fonte: autor)

Em relação à associação em paralelo, no gráfico da figura 4, podemos observar que a curva


de Head é a que tem maior inclinação decrescente, indicando que a pressão total diminui
conforme a vazão volumétrica aumenta, isso pode ter sido devido às perdas de carga ocorridas
no sistema, uma vez que estamos tratando de um sistema de modelo real, existem atrito do
fluido nas tubulações, nas válvulas, conexões e até mesmo o reservatório que foi utilizado no
experimento, já que o sistema era fechado. Ou seja, à medida que o fluxo no sistema aumenta,
aumentam as perdas de carga o que resulta em uma queda gradual da pressão manométrica.
Já a curva de eficiência não varia tanto com o aumento do fluxo, sua curva possui um
formato quase que achatado, evidenciando que a associação possui uma eficiência bem
otimizada por significar que dentro de uma faixa a eficiência é relativamente estável e, isso se
deu devido ao trabalho em conjunto das duas bombas acontecer com cada uma delas operando
fora da sua capacidade máxima, as bombas possuem maior eficiência quando operam abaixo da
sua máxima capacidade.
E, quanto à potência hidráulica na associação em paralelo, basicamente sua curva está
demonstrando que ela varia influenciada por fatores como o diâmetro das tubulações, tipo de
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Nova Iguaçu, RJ, Brasil

conexões, as válvulas, cotovelos e outros componentes presentes na tubulação. Ela funciona


como um elemento adicional ao gráfico pois quando traçada, a mesma cruza a curva de Head e
neste ponto de encontro fornece quais os níveis desses parâmetros onde a associação dessas
bombas em paralelo possui melhor operação.

Associação em série:

Figura 5: Bombas em série (Fonte:autor)

O experimento da associação em série obteve menos intervalos para análise, porém é


possível observar nas curvas plotadas, mostradas no gráfico da figura 5, que elas possuem um
comportamento diferente da associação em paralelo, as curvas chegam em um ponto em comum onde
decrescem em conjunto de forma repentina. Primeiramente, a curva de Head deste tipo de
associação mostra que a pressão cai de forma mais rápida, ou seja, com fluxos menores, conforme o
fluxo aumenta . Isso se dá porque esta curva é o somatório das curvas de Head de cada bomba
individualmente. Por isso ela é mais inclinada, pois a pressão total é a soma das pressões geradas por
cada bomba e, à medida que a vazão aumenta, a pressão total diminui mais rapidamente.
A curva de eficiência da associação de bombas em série normalmente apresenta uma queda
gradual à medida que a vazão aumenta. E no nosso experimento não foi diferente. Isso ocorre porque
as perdas de energia aumentam à medida que a vazão aumenta, resultando em uma redução na
eficiência geral. Quanto menores as perdas, mais elevada será a eficiência, analisando o gráfico observamos
que dentro de uma faixa, apesar da eficiencia crescer com o aumento da vazão, esse aumento é muito pouco,
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Análise padrão de desempenho em bombas paralelas

não varia muito., e chega em um ponto onde ela decresce bruscamente


Assim como na associação em paralelo, a curva de potência traçada, cruza a curva de Head. No ponto
deste cruzamento indica o ponto ótimo de operação do sistema.

5. Conclusão

A experiência na bancada do laboratório proporcionou diversas análises que agregaram no


conhecimento dos alunos para como futuros engenheiros. A percepção das diferenças entre a
utilização de bombas associadas em série e em paralelo ficou bem clara. Logo, podemos dizer
que com a análise que foi realizada que a associação de bombas em série é mais útil em
aplicações onde é necessário superar grandes alturas manométricas, como por exemplo em
sistemas de bombeamento de água em edifícios altos, e a associação em paralelo pode ser mais
conveniente quando exige aumento no fluxo, como por exemplo em sistemas de abastecimento de
água em grandes instalações.

6. Referências:

Apostila de Bombas. Disponível em:


http://www.dequi.eel.usp.br/~tagliaferro/Apostila_de_Bombas.pdf. Acesso em: 28/06/2023.

Apostila de Bombas. Disponível em:


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4583896/mod_resource/content/0/Bombas_Apostila_rev
_Liv02.pdf. Acesso em 28/06/2023.

DO PRADO, G.; SILVA, T. B. DA. AVALIAÇÃO DE DUAS BOMBAS CENTRÍFUGAS


ASSOCIADAS EM SÉRIE E PARALELO. Irriga, v. 18, n. 1, p. 13, 2012.

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