Você está na página 1de 13

Estudo de Análise de Eficiência da bomba

Centro Universitário Católica de Santa Catarina


Curso de Engenharia Mecânica – 8 Período

1 INTRODUÇÃO

Com intuito educacional, o professor de máquina de fluidos realizou uma


atividade presencial para que os alunos entendessem as diferenças entre potências
e tipos de bomba, além da eficiência delas. O trabalho tem como objetivo interpretar
os resultados obtidos em análise comparativa presencial entre as eficiências das
bombas, através de análises gráficas e interpretação da literatura, trazendo uma
melhor visualização do problema praticamente.

2 REVISÃO DA LITERATURA

Bomba hidráulica é o nome de um tipo de dispositivo muito utilizado na


indústria, também chamado de “máquina hidráulica operatriz”, integrando,
comumente, sistemas que são capazes de transformar energia potencial em energia
cinética (movimento) e/ou energia de pressão (força). Para seu funcionamento é
necessário um fluido, como água, que será responsável por gerar a pressão que se
transformará em energia. Apenas possibilita a criação de um fluxo de líquido, com a
pressão sendo uma decorrência direta desse fluxo; para que seja gerada a pressão,
é preciso introduzir algum tipo de carga no sistema, como por exemplo um pistão,
que será responsável por movimentar o líquido e, com isso, gerar pressão.
Bombas hidráulicas são máquinas operatrizes que recebem trabalho
mecânico (geralmente fornecido por um motor elétrico ou a combustão) e o
transforma em energia hidráulica, transmitindo ao líquido um acréscimo de energia
sob as formas de pressão e velocidade. (MACINTYRE, 1997).

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL OU ESTUDO DE CASO OU ABORDAGEM

Para a realização deste trabalho foi necessário:


- Computador
- Análise In locu
- Bancada de experimento de bombas centrífugas
- Câmeras dos telefones celulares
- Alicate amperímetro para medição da corrente
As Bombas utilizadas são da marca WEG, as quais estavam à disposição no
laboratório de Mecânica dos Fluidos.

Figura 01 - Bomba centrífuga da bancada de testes.

No site do fabricante foi possível obter o gráfico com a curva característica da


bomba e também informações como vazão máxima, pressão máxima e tensão,
mostrados abaixo:

Figura 04 A/B - Informações da bomba segundo fabricante.


fonte: https://www.texius.com.br/produto?c=97 consultado em:27/11/2020

Esses dados serão comparados com os coletados no presente experimento.


O experimento iniciou-se com as instruções do professor de Mecânica dos
Fluidos, o qual deixou claro aos alunos quais dados seriam necessários para que
análise trouxesse algum resultado objetivo.
Nesse experimento, foi utilizado uma bancada de testes, que contém duas
bombas centrífugas cujas especificações foram citadas, interligadas em um sistema
de tubulação PVC, o qual pode ter o sentido do fluxo modificado de tal forma a
proporcionar a associação das bombas tanto em série quanto em paralelo, por
conta das válvulas e conexões.

Figura 05 - Bancada de testes do laboratório de mecânica dos fluidos - católica de Santa


Catarina Campus Joinville.
Em anexo ao equipamento também existe um painel elétrico, o qual faz as
medições de corrente e tensão ao longo do experimento. Sabe-se que a tensão
utilizada é 220V por conta da região em que o experimento foi realizado, e também
que esse é inalterada durante todo o procedimento. A corrente, por outro lado pode
ser alterada e influenciar no experimento.
Figura 06 - Painel elétrico da bancada de testes.

Além disso, também em anexo ao equipamento encontravam-se relógios


medidores que mediam a pressão do fluido, no caso água. Ou seja, Manômetro e o
Vacuômetro.

Figura 07 - Manômetro e Vacuômetro da bancada de testes.

Para saber a vazão em cada ponto de análise utiliza-se o rotâmetro, dispositivo no qual
indica a vazão do sistema.
Figura 08 - Rotâmetro da bancada de testes.

Primeiramente foi ligado o equipamento e explicado aos alunos o que cada


componente fazia e o porquê deles fazerem parte do sistema. Desse modo a
análise posterior seria muito mais simples e objetiva, pois foram feitas tomadas de
pressão com diferentes configurações, ou seja, bombas em paralelo ou em série.
O professor também deixou claro que as curvas de análise das bombas
deveriam ser comparadas com o manual fornecido pelo fabricante para entender se
o funcionamento era correspondente. Pois a perda de potência ou mal -
funcionamento podem ocorrer na prática dependendo do sistema em que esses
estão inseridas.
No primeiro momento da coleta dos dados fez-se necessário a conversão dos
dados para o sistema internacional de unidades, a fim de facilitar os cálculos
posteriores, (pressão em Pa, Vazão em m³/s)
As análises foram feitas a partir dos cálculos utilizando a corrente (A), vazão
(m³/s), tensão (v), pressão de Sucção e Pressão de Recalque (Pa), pois desse
modo seria possível entender como a curva da bomba se comportaria em diferentes
configurações e calcular a eficiência das bombas.
A primeira análise foi feita a partir do trabalho de uma só bomba ligada no
sistema. E posteriormente a análise foi feita a partir de duas bombas ligadas,
primeiramente em série e posteriormente em Paralelo. Pois desse modo seria
possível fazer a relação dos gráficos e definir as características de cada tipo de
configuração do sistema e seus impactos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com os dados obtidos a partir da análise do primeiro experimento, foi possível


através de cálculos, obter a eficiência do sistemas nos pontos analisados e
analisados com os dados do fabricante:
Tabela 01 - Dados de uma bomba somente.

Gráfico 01 - Curva característica da bomba laboratório x curva característica do fabricante.

Gráfico 02 - Curva da eficiência da bomba laboratório .


Após foi feito o cálculo teórico de associação de bombas em série e paralelo,
utilizando os dados coletados na análise de uma bomba somente (tabela 01).
Tabela 02 - Dados da bomba em série teórico.

Tabela 03 - Dados da bomba em paralelo teórico.

Após calculados os dados coletados, foi plotado um gráfico comparativo da curva


característica e eficiencia de uma bomba só (tabela 01) com os dados de da bomba em
série teórico (tabela 02) e os dados da bomba em paralelo teórica ( tabela 03).

Gráfico 03 - Gráfico comparativo da curva característica de dados teóricos x dados de uma


bomba somente.
Gráfico 04 - Gráfico comparativo da eficiência de dados teóricos x dados de uma bomba
somente.

No segundo experimento foram coletados os dados do sistema de bombas em


série, nos quais seguem:

Tabela 04 - Dados do sistema de bombas em série prática.

Gráfico 05 - curva característica de bombas em série prática.


Gráfico 06 - curva de eficiência de bombas em série prática.

No terceiro experimento foram coletados e calculados os dados de uma associação


de bombas em paralelo:

Tabela 05 - Dados do sistema de bombas em paralelo pratica.

Gráfico 07 - curva característica de bombas em paralelo pratica.


Gráfico 08 - curva de eficiência de bombas em paralelo pratica.

E para uma análise final foi plotado um gráfico comparativo das associações em
série e paralelo teóricas e práticas, abaixo mostrado:

Gráfico 09 -curvas teóricas x curvas práticas.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se então, a partir dos dados coletados e gráficos plotados, que em teoria as
associações de bombas demonstram valores acima dos valores obtidos em
laboratório, dado que no cálculo teórico não foram considerados valores de perda
de cargas e outros. Outro ponto a destacar é a discrepância entre os valores do
fabricante e os valores analisados em laboratório também referente a perda de
carga na bancada de testes do laboratório observa-se vários componentes de
instrumentação, como válvulas, curvas, rotâmetros e outros, que são fatores que
interferem diretamente no aumento da perda de carga do sistema, no ensaio
realizado pelo fabricante não é possível saber quais os tipos de instrumentação
utilizados, porém apesar da divergência de valores, os comportamento das curvas
foram semelhantes.
REFERÊNCIAS

MACINTYRE, Archibald Joseph. Bombas e instalações de bombeamento. 2.ed. rev.


Rio de Janeiro: LTC, 1997. 782 p.

PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. 4.ed. São Carlos: EESC - USP, 2006.
540 p
ESENTAÇÃO DE TRABALHOS
HENN, Érico Antônio Lopes. Máquinas de fluido. 2.ed. Santa Maria, RS: Editora da UFSM,
2006. 474 p.

Você também pode gostar