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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECA

Disciplina : Máquinas de Fluxos


Prof. Rodolfo Sobral

TRABALHO – MáQUINAS DE FLUXOS

ANÁLISE PADRÃO DE DESEMPENHO EM BOMVAS EM SÉRIE E EM PARALELO

Alunos: Antônio Diego S. Carvalho

Orientação : Prof. Rodolfo Sobral

I
Alunos: Antônio Diego S. Carvalho

Orientador: Prof. Rodolfo Sobral

ANÁLISE PADRÃO DE DESEMPENHO EM BOMVAS EM SÉRIE E EM PARALELO

Nova Iguaçu, RJ.


Junho de 2023.

II
Sumário
Resumo do projeto V

Introdução VI

Desenvolvimento do projeto VII


0.1 Bombas em Paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII
0.2 Bombas em Série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII

Resultados e Discussões IX

Considerações Finais XI

Referências bibliográficas XII

III
Lista de Figuras
1 Bancada de teste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V
2 Bomba centrifuga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VI
3 Esquema geral da instação de bombas em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII
4 Esquema geral da instalação de bombas em série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII
5 Curvas de Nível das Bombas em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IX
6 Curvas de Nível das Bombas em série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X

IV
Resumo do projeto
A avaliação do desempenho de uma bomba é representada por sua curva característica, que mostra a
relação entre a vazão volumétrica e a carga desenvolvida. Neste artigo, realizaremos uma análise dessa
curva com o uso de duas bombas, inicialmente em paralelo e posteriormente em série. O experimento
em questão foi conduzido no Laboratório de Fenômenos de Transporte do CEFET de Nova Iguaçu,
durante as aulas de Máquinas de Fluxo ministradas pelo professor Rodolfo Sobral.

Com o intuito de determinar a carga gerada pelas bombas, bem como o desempenho das diferentes as-
sociações, utilizaremos um software especializado para obter os resultados desejados. Essa ferramenta
permitirá uma análise precisa e detalhada, fornecendo informações relevantes sobre o comportamento
do sistema e auxiliando na compreensão das características de desempenho das bombas em diferentes
configurações..

Figura 1: Bancada de teste

V
Introdução
Uma bomba, conhecida por sua habilidade em mover fluidos, é uma máquina geradora que desem-
penha a importante função de deslocar um fluido através do escoamento. Atuando como uma máquina
geradora, ela converte a energia mecânica que recebe em energia para realizar seu trabalho. Existem
diversos tipos de bombas, cada uma adequada a diferentes aplicações e necessidades.

Um dos exemplos mais comuns são as bombas centrífugas, que dominam a indústria com aproximada-
mente 90% das bombas instaladas. Essas bombas são capazes de transferir grandes volumes de fluido
e sua operação depende diretamente da energia cinética para executar suas funções de bombeamento.

Outro tipo são as bombas volumétricas, ideais para fluidos viscosos, uma vez que trabalham com
baixas vazões e alta viscosidade. Essas bombas possuem um mecanismo de deslocamento que permite
o transporte eficiente de fluidos mais densos.

Além disso, temos as bombas pneumáticas, amplamente utilizadas tanto na indústria quanto em
processos sanitários. Elas são especialmente adequadas para lidar com fluidos de difícil bombeamento,
oferecendo uma solução eficaz para essa demanda.

Recentemente, os alunos se reuniram em um laboratório com o objetivo de determinar a carga de-


senvolvida pelas bombas. Para isso, eles realizaram um experimento no qual analisaram as bombas
associadas de duas maneiras diferentes: em série e em paralelo. Essas configurações de associação das
bombas apresentam características distintas e impactam no desempenho do sistema como um todo.

Durante o experimento, foi estabelecida uma velocidade padrão para as bombas, fixada em 3000
rotações por minuto. Para coletar e analisar os dados, os alunos utilizaram o programa Versatile Data
Acquisition System, que permitiu o registro preciso dos valores em intervalos de 15 segundos. Esses
dados foram essenciais para a construção de gráficos representativos do sistema e para a comparação
dos resultados obtidos com as diferentes formas de associação das bombas.

Com esse experimento e a análise detalhada das curvas do sistema, os alunos puderam aprofundar
seus conhecimentos sobre as bombas e compreender melhor as implicações das diferentes associações
na eficiência do sistema de bombeamento."

Figura 2: Bomba centrifuga

VI
Desenvolvimento do projeto

0.1 Bombas em Paralelo


Para realizar esse experimento, foram requisitados alguns equipamentos específicos, como uma bancada
hidráulica, tubos e acessórios, incluindo uniões, conexões em formato de "T"e válvulas. Além disso,
foram utilizados manômetros para medição precisa e duas bombas centrífugas idênticas.

A figura a seguir ilustra o esquema geral da instalação das bombas em paralelo:

Figura 3: Esquema geral da instação de bombas em paralelo

Esse esquema demonstra a disposição das bombas e seus componentes na configuração de paralelo.
É uma representação visual que auxilia na compreensão da forma como as bombas são conectadas e
como o fluxo de fluido é distribuído de maneira paralela entre elas.

É importante ressaltar que o uso desse esquema facilita a visualização e o entendimento da montagem
das bombas em paralelo, contribuindo para o estudo e a análise do comportamento do sistema durante
o experimento.

VII
0.2 Bombas em Série
No experimento das bombas em série, foram empregados os mesmos materiais utilizados nas bombas
em paralelo. Dessa forma, a bancada hidráulica, os tubos e acessórios, incluindo uniões, conexões em
formato de "T"e válvulas, assim como os manômetros, foram novamente utilizados.

A figura a seguir apresenta o esquema geral da instalação das bombas em série:

Figura 4: Esquema geral da instalação de bombas em série

Esse esquema proporciona uma representação visual clara da disposição das bombas e seus componen-
tes na configuração de série. Ele auxilia na compreensão da forma como as bombas são interconectadas
e como o fluido flui sequencialmente através delas.

A utilização desse esquema contribui para facilitar a visualização e o entendimento da montagem


das bombas em série durante o experimento. Com essa representação gráfica, torna-se mais simples
estudar e analisar o comportamento do sistema quando as bombas estão dispostas em série.

VIII
Resultados e Discussões
Utilizando um software especializado, foram coletadas informações do processo em diferentes inter-
valos, o que resultou na geração de um gráfico que ilustra o desempenho da bomba em termos de
pressão manométrica versus vazão volumétrica. Esse gráfico, apresentado nas figuras 5 e 6, exibe três
curvas distintas: a curva de eficiência geral, a curva de altura ou pressão manométrica total geral da
bomba e a curva de potência hidráulica geral da bomba.

É importante destacar que, ao mencionar "da bomba", refere-se ao resultado combinado ou soma
das duas curvas individuais, uma correspondente à bomba 1 e outra à bomba 2. Dessa forma, o gráfico
proporciona uma visão abrangente do desempenho global do sistema, considerando a contribuição de
ambas as bombas.

Associação em paralelo:

Figura 5: Curvas de Nível das Bombas em paralelo

Ao analisar a associação em paralelo no gráfico da figura 4, podemos observar alguns padrões


interessantes. A curva de Head apresenta uma inclinação decrescente mais acentuada, indicando que
a pressão total diminui à medida que a vazão volumétrica aumenta. Essa redução pode ser atribuída às
perdas de carga no sistema, que ocorrem devido ao atrito do fluido nas tubulações, válvulas, conexões
e até mesmo no reservatório utilizado no experimento. Como estamos trabalhando com um sistema de
modelo real, essas perdas de carga são inevitáveis. Portanto, à medida que o fluxo no sistema aumenta,
as perdas de carga também aumentam, resultando em uma queda gradual da pressão manométrica.

Por outro lado, a curva de eficiência não varia muito com o aumento do fluxo. Sua curva tem
uma forma praticamente plana, o que indica que a associação em paralelo alcançou uma eficiência
otimizada. Isso significa que, dentro de uma faixa específica, a eficiência se mantém relativamente
estável. Esse resultado é atribuído ao trabalho conjunto das duas bombas, operando abaixo de sua

IX
capacidade máxima. As bombas tendem a ter maior eficiência quando operam abaixo do limite máximo
de capacidade.

No que diz respeito à potência hidráulica na associação em paralelo, sua curva basicamente demons-
tra variações influenciadas por fatores como o diâmetro das tubulações, tipo de conexões, válvulas,
cotovelos e outros componentes presentes no sistema. Essa curva funciona como um complemento ao
gráfico, pois, ao cruzar com a curva de Head, fornece informações sobre os níveis desses parâmetros
nos quais a associação em paralelo opera de forma mais eficiente.

Essas observações e análises do comportamento das curvas nos permitem compreender melhor o
desempenho e a eficiência da associação em paralelo das bombas no sistema.

Associação em série:

Figura 6: Curvas de Nível das Bombas em série

No experimento da associação em série, tivemos menos intervalos disponíveis para análise em com-
paração com a associação em paralelo. No entanto, ao observar as curvas plotadas no gráfico da figura
5, é possível notar que elas apresentam um comportamento distinto da associação em paralelo. As
curvas convergem para um ponto comum onde diminuem abruptamente juntas.

Inicialmente, a curva de Head nesse tipo de associação mostra uma queda mais rápida da pressão,
ou seja, à medida que o fluxo aumenta, a pressão diminui de forma mais acentuada. Isso ocorre porque
essa curva é o resultado da soma das curvas de Head de cada bomba individualmente. Portanto, é

X
mais inclinada, pois a pressão total é a soma das pressões geradas por cada bomba. Conforme a vazão
aumenta, a pressão total diminui de forma mais rápida.

A curva de eficiência na associação em série geralmente apresenta uma queda gradual à medida que
a vazão aumenta, e isso também foi observado em nosso experimento. Isso ocorre porque as perdas
de energia aumentam à medida que a vazão aumenta, resultando em uma redução na eficiência geral.
Quanto menores forem as perdas, maior será a eficiência. Ao analisar o gráfico, podemos observar que,
dentro de uma faixa específica, a eficiência aumenta com o aumento da vazão, porém esse aumento é
pequeno e, em determinado ponto, a eficiência diminui bruscamente.

Assim como na associação em paralelo, a curva de potência também cruza a curva de Head. Esse
ponto de cruzamento indica o ponto ótimo de operação do sistema, onde a potência hidráulica e a
pressão estão em equilíbrio. Essa informação é valiosa para determinar o ponto de operação mais
eficiente do sistema de bombas em série.

Considerações Finais

A experiência realizada na bancada do laboratório proporcionou aos alunos uma série de análises
enriquecedoras que contribuíram para o seu conhecimento como futuros engenheiros. Durante o expe-
rimento, tornou-se evidente as diferenças na utilização de bombas associadas em série e em paralelo.
Essa compreensão foi fundamental para a comparação e avaliação dos dois tipos de associação.

Através da análise realizada, podemos afirmar que a associação de bombas em série é especialmente
útil em aplicações que requerem a superação de grandes alturas manométricas. Um exemplo prático
seria em sistemas de bombeamento de água em edifícios de múltiplos andares, onde é necessário
fornecer pressão suficiente para atingir os andares mais altos. A associação em série permite que a
pressão total seja aumentada à medida que o fluido passa por cada bomba em sequência, garantindo
uma pressão adequada mesmo em alturas consideráveis.

Por outro lado, a associação em paralelo torna-se mais conveniente quando é necessário aumentar
o fluxo. Isso é especialmente relevante em sistemas de abastecimento de água em grandes instalações,
onde é preciso garantir um fornecimento adequado de água para atender a alta demanda. A associação
em paralelo permite que várias bombas operem simultaneamente, aumentando assim a capacidade de
vazão total do sistema.

Essas conclusões extraídas da análise realizada durante o experimento forneceram uma compreensão
mais aprofundada das características e aplicações específicas das associações em série e em paralelo.
Essa percepção é valiosa para os alunos, pois lhes permite identificar e selecionar a configuração mais
adequada de bombas para atender às necessidades específicas de diferentes sistemas de bombeamento.

XI
Referências bibliográficas
de Andrade, C. L. T., Allen, R. G., & Wells, R. D. (2001). PUMPCOM: um modelo para combinação
de curvas e análise do desempenho de bombas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental,
5, 403-410. SciELO Brasil.

Estevam, V. (2002). Uma análise fenomenológica da operação de bomba centrífuga com escoamento
bifásico. Campinas: Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas.

NETTO, Azevedo; FERNÁNDEZ, Miguel Fernández y. Manual de hidráulica. Editora Blucher, 2018.

EDICION, Segunda; MATAIX, Claudio. Mecânica de Fluidos e Máquinas Hidráulicas.

https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/11/12_mecanica_fluidos.pdf

XII
Rio de Janeiro - RJ, junho de 2023.
Professor: Rodolfo Sobral
Alunos: Antônio Diego S. Carvalho

XIII

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