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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECA

Disciplina : Máquinas de Fluxos


Prof. Rodolfo Sobral

PROJETO – MáQUINAS DE FLUXOS

ANÁLISE DO FLUXO DE ESCOAMENTO E SELECIONAMENTO DE BOMBA EM UM


SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO POR ÁGUA GELADA

Alunos: Antônio Diego S. Carvalho e Jessica Santos Matias

Orientação : Prof. Rodolfo Sobral

I
Alunos: Antônio Diego S. Carvalho e Jessica Santos Matias

Orientador: Prof. Rodolfo Sobral

ANÁLISE DO FLUXO DE ESCOAMENTO E SELECIONAMENTO DE BOMBA EM UM


SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO POR ÁGUA GELADA

Nova Iguaçu, RJ.


Junho de 2023.

II
Sumário
Introdução VI

Bomba Centrifuga VII

Escoamento VIII

Resumo do projeto X
0.1 Objetivo do projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X

Dados para o selecionamento das bombas XI


0.2 Metodologia do projeto (Selecionamento da bomba) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
0.3 Metodologia do projeto (Análise do escoamento) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX

Análise de projeto XXVI

Considerações Finais XXVII

Referências bibliográficas XXVIII

III
Lista de Figuras
1 Bomba Centrífuga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII
2 Escoamento laminar (linha contínua) Escoamento turbulento (linha tracejada) . . . . . . . VIII
3 Projeto da Sala limpa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X
4 Vista lateral da CAG ficará as bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X
5 Lista de equipamento das Bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XII
6 Detalhe Típico da bomba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XII
7 Programa KSB easy select . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
8 Programa KSB easy select . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
9 Programa KSB easy select . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
10 Programa KSB easy select . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
11 Folha de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
12 Folha de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVI
13 Folha de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVII
14 Folha de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII
15 Imagem do trecho da Tubulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX
16 Tabela com os cálculos desenvolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX
17 Tela inicial do Ansys . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXI
18 Tela modelo geométrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXI
19 Tela geometria do modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXII
20 Programa Ansys . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXII
21 Gráfico dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXIII
22 Escala de turbulência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXIV
23 Escala de Turbulência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXIV
24 Escala de Pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXIV
25 Escala de Velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXV
26 Tela inicial do Ansys . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXV
27 Projeto da CAG desenhado no software Autocad . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXVI

IV
Lista de Símbolos
RE Número de Reynolds
ρ Massa específica
V Velocidade
v Viscocidade cinemática
Q Vazão
A Área da circuferênica da tubulação
D Diâmetro da tubulação
µ Viscocidade cinemática dinâmica
r Raio da tubulação
CAG Central de Água Gelada

V
Introdução
A análise do fluxo de escoamento e seleção de bomba desempenha um papel crucial no projeto e
na operação eficiente de sistemas de refrigeração por água gelada. Esses sistemas são amplamente
utilizados em diversos setores, como indústrias, hospitais, centros de dados e edifícios comerciais, para
fornecer refrigeração confiável e eficaz.

A água gelada é um meio comumente empregado para transferir calor de locais onde é gerado, como
equipamentos de resfriamento ou processos industriais, para uma unidade de refrigeração central. Esse
sistema geralmente envolve o uso de bombas para impulsionar a água através do sistema de tubulações,
garantindo que o fluxo adequado seja mantido e que a temperatura desejada seja alcançada.

Uma empresa antiga que trabalha no ramo de projetos e desenvolvimentos de equipamentos para
o setor nuclear necessita substituir todo um de seus sistemas de tubulações para uma área da fábrica
chamada sala limpa. Esta é uma zona nas empresas onde parâmetros como temperatura, umidade,
pressão, partículas e fluxo de ar precisam ser bem controlados, e um desses controles, principalmente
tempratura, é feito com água refrigerada em fluxo.

A análise do fluxo de escoamento envolve a avaliação da distribuição e da velocidade da água gelada


ao longo das tubulações do sistema. Isso é fundamental para garantir que o resfriamento seja uniforme
em todas as áreas do sistema, evitando pontos quentes ou áreas sub-resfriadas. Além disso, a análise
também auxilia na identificação de possíveis restrições ou obstruções nas tubulações que possam
prejudicar o desempenho do sistema.

E, o dimensionamento das bombas centrífugas, que será o tipo em análise neste trabalho e é um dos
equipamentos mais utilizados para essa transferência de fluido, será feito em função do problema que
deve ser resolvido como objetivo. Para isto é necessário colher os dados do projeto e depois escolher
os fornecedores de bombas desejados. Os fornecedores possuem todos os seus produtos tabelados e os
dados dispostos em gráficos. Com isso usaremos os dados de entrada para comparar com esses valores
e então obter os tipos de bombas certos para o projeto.

VI
Bomba Centrifuga

Primeiramente, vamos fazer uma introdução ao conceito de bomba que iremos estar utilizando
para o projeto. Uma bomba centrífuga é um tipo de bomba hidráulica que utiliza a força centrífuga
para transferir líquidos, como água, de um ponto para outro. Elas são amplamente utilizadas em
uma variedade de aplicações, incluindo sistemas de água gelada, sistemas de abastecimento de água,
indústrias e muitas outras.

O funcionamento básico de uma bomba centrífuga é o seguinte:

• Impelidor: A bomba centrífuga possui um componente chamado impelidor, que é uma roda
com lâminas curvas. O impelidor está localizado dentro da carcaça da bomba e gira em alta
velocidade.

• Sucção: O líquido (água gelada) é aspirado para o interior da bomba através de uma entrada,
conhecida como boca de sucção. Isso ocorre devido à rotação do impelidor, que cria uma zona
de baixa pressão na entrada da bomba, induzindo o fluxo do líquido.

• Aceleração: O líquido entra no impelidor e é acelerado pela ação das lâminas curvas. À medida
que o impelidor gira, ele transfere energia cinética para o líquido, aumentando sua velocidade.

• Descarga: A velocidade do líquido aumentado causa um aumento na pressão, pois a energia


cinética é convertida em energia de pressão. O líquido é então descarregado através da saída da
bomba, chamada de bocal de descarga, e é direcionado para o sistema de tubulações.

As características das bombas centrífugas incluem:

• Eficiência: As bombas centrífugas são conhecidas por sua eficiência em converter energia em
pressão. Elas podem fornecer uma ampla faixa de vazões e pressões, com eficiência relativamente
alta em muitos pontos de operação.

• Versatilidade: As bombas centrífugas podem lidar com diferentes tipos de líquidos, desde água
limpa até líquidos contendo sólidos em suspensão. Elas podem ser adaptadas para atender a
diversas necessidades de aplicação.

• Operação contínua: As bombas centrífugas são projetadas para operar continuamente, desde
que sejam devidamente dimensionadas e mantidas. Elas são robustas e confiáveis, geralmente
exigindo pouca manutenção.

• Controle de vazão: Em algumas bombas centrífugas, é possível controlar a vazão ajustando a


velocidade do motor por meio de um dispositivo conhecido como inversor de frequência (VFD),
permitindo maior flexibilidade e economia de energia.

É importante considerar fatores como a curva de desempenho da bomba (que relaciona vazão, pressão
e potência), a eficiência em diferentes pontos de operação, as perdas de carga no sistema de tubulação e
a compatibilidade com o líquido a ser bombeado ao selecionar uma bomba centrífuga para um sistema
de refrigeração por água gelada.

VII
Figura 1: Bomba Centrífuga

Escoamento
O fluxo de escoamento em uma tubulação de água gelada segue os princípios básicos da mecânica
dos fluidos. Quando a água gelada é bombeada através da tubulação, ocorre um movimento contínuo
do fluido ao longo do sistema. O funcionamento do fluxo de escoamento pode ser descrito com base
em dois tipos principais de fluxo: fluxo laminar e fluxo turbulento.

• Fluxo Laminar: No fluxo laminar, as partículas de água gelada se movem em camadas ordenadas
e paralelas, deslizando suavemente umas sobre as outras. Esse tipo de fluxo ocorre em tubulações
com baixas velocidades ou em fluidos com viscosidade elevada. O fluxo laminar é caracterizado
por ser estável, previsível e apresentar baixa perda de energia devido ao atrito.

• Fluxo Turbulento: No fluxo turbulento, as partículas de água gelada se movem de forma caótica
e aleatória, com redemoinhos e vórtices se formando. Esse tipo de fluxo ocorre em tubulações
com altas velocidades ou em fluidos com baixa viscosidade. O fluxo turbulento é caracterizado
por ser menos previsível e gerar maior perda de energia devido ao atrito.

Figura 2: Escoamento laminar (linha contínua)


Escoamento turbulento (linha tracejada)

Durante o fluxo de escoamento, alguns fenômenos ocorrem na tubulação de água gelada:

• Perdas de carga: As perdas de carga ocorrem devido ao atrito entre a água gelada e as paredes
internas da tubulação. À medida que a água flui, ocorre uma perda gradual de pressão ao longo
da tubulação, devido à resistência ao movimento causada pelo atrito.

VIII
• Distribuição do fluxo: Dependendo das características da tubulação, como diâmetro, compri-
mento e conexões, a distribuição do fluxo de água gelada pode não ser uniforme. Podem ocorrer
variações de velocidade e pressão em diferentes partes do sistema.

• Trocas térmicas: Em sistemas de refrigeração por água gelada, o fluxo de escoamento tam-
bém desempenha um papel nas trocas térmicas. A água gelada absorve o calor de locais ou
equipamentos que precisam ser resfriados enquanto flui pela tubulação.

A análise e o entendimento do fluxo de escoamento são importantes para projetar sistemas eficientes
de água gelada, considerando a distribuição adequada do fluxo, minimizando as perdas de carga e
garantindo a transferência eficiente de calor para o resfriamento desejado. Isso envolve o dimensio-
namento correto da tubulação, o cálculo das perdas de carga e a seleção apropriada da bomba para
atender aos requisitos do sistema.

IX
Resumo do projeto

0.1 Objetivo do projeto


O projeto busca garantir que a bomba selecionada seja capaz de fornecer a vazão e a pressão
necessárias para atender às demandas de resfriamento do sistema. Isso envolve considerar as cargas
térmicas do sistema, as perdas de carga nas tubulações e outros fatores que possam afetar o fluxo de
água gelada. Assim, vamos poder fazer uma análise do escoamento em um ponto da tubulação de
água gelada e o selecionamento das Bombas centrifuga para uma sala limpa.

Figura 3: Projeto da Sala limpa

Figura 4: Vista lateral da CAG ficará as bombas

X
Dados para o selecionamento das bombas

Para o selecionamento das Bombas vamos primeiro precisar de alguns dados de entrada como por
exemplo:

• Vazão requerida: A vazão de água gelada necessária para atender à demanda do sistema
deve ser especificada. Isso pode ser determinado com base nas cargas térmicas do sistema, nos
requisitos de resfriamento e nas demandas de fluxo de cada ponto de consumo.

• Pressão requerida: A pressão necessária para superar as perdas de carga no sistema de tubula-
ção e fornecer o fluxo adequado de água gelada deve ser determinada. Isso pode ser influenciado
pelas características do sistema, como a distância entre a bomba e os pontos de consumo, o
tamanho e o material das tubulações, bem como as restrições de pressão nos equipamentos do
sistema.

• Características do líquido: É importante conhecer as propriedades do líquido que será bom-


beado, como a densidade e a viscosidade da água gelada. Essas propriedades afetarão o desem-
penho da bomba e devem ser levadas em consideração ao selecionar o tipo de bomba e seu design
específico.

• Altitude: A altitude em que o sistema será instalado também é relevante, uma vez que afeta
a pressão atmosférica. A pressão atmosférica diminui com o aumento da altitude, o que pode
afetar a seleção da bomba e o cálculo da pressão necessária.

• Curva de desempenho da bomba: As informações sobre a curva de desempenho da bomba,


fornecidas pelo fabricante, são essenciais. Essa curva relaciona a vazão, a pressão e a potência
requerida pela bomba em diferentes pontos de operação. Com base nesses dados, é possível
selecionar a bomba que atenda às exigências do sistema.

• Eficiência energética: Considerar a eficiência energética da bomba é importante para reduzir


o consumo de energia e os custos operacionais do sistema. É necessário conhecer a eficiência da
bomba em diferentes pontos de operação para avaliar o desempenho energético.

Como as bombas fazem parte de um sistema ja existentes os valores calculados de presão requerida,
vazão e Características do líquido já foram fornecidas do próprio proprietario já desenhados no software
Autocad.

XI
Figura 5: Lista de equipamento das Bombas

Figura 6: Detalhe Típico da bomba

XII
0.2 Metodologia do projeto (Selecionamento da bomba)

Com os dados de entrada fornecidos pelo proprietario, agora vamos jogar os mesmo para o software
da KSB, onde vamos poder fazer o selecionamento das bombas.

Com o objetivo de facilitar o entendimento da lógica foi elaborado um conceito mental para entender
os passos a serem dados para o seleciomaneto, esses passos estão explicados da seguinte maneira:

1º Passo: Essa é a tela de entrada do software, onde vamos adicionar os dados de vazão, altura
manometrica, o modelo da bomba e etc.

Figura 7: Programa KSB easy select

Note que, é preciso entender cada passo no programa e determinar a aplicação, o local e o processo
que sera feito para depois selecionar o tipo de bomba.

2º Passo: Com os dados de entradas já colocados no sofware, vamos utlizar a bomba monobloco
recomendada para esse tipo de projeto de refrigeração.

Figura 8: Programa KSB easy select

XIII
3º Passo: Depois de escolhermos o tipo de bomba, o programa nos mostra os modelos que melhor
conportam a nossa necessidade. Note que, ele nos dá a eficiencia da bomba, potencia, velocidade e
outros dados que no qual precisariamos calcular na mão para só depois olharmos para as curvas de
nivel e determinar a bomba.

Figura 9: Programa KSB easy select

4º Passo: Podemos ver também as curvas de desempenho que a bomba selecionada nos dá. Assim,
podemos escolher a bomba que melhor se encaixa em nosso projeto.

Figura 10: Programa KSB easy select

XIV
5º Passo: Depois de todo selecionado, o programa imprime a folha de dados com todas as caracte-
rísticas da bomba.

Figura 11: Folha de dados

XV
6º Passo: Aqui podemos ver, as curvas caracteristicas da bomba e ver seu real desempenho de
operação.

Figura 12: Folha de dados

XVI
7ºPasso: Neste passo, o programa dá as dimensões da bomba e os atributos necessarios para sua
instalação.

Figura 13: Folha de dados

XVII
8ºPasso: São colocados os dados de parede interna, como não tem forro permanece zerado a parte
de wall partition.

Figura 14: Folha de dados

XVIII
0.3 Metodologia do projeto (Análise do escoamento)
Para complementar o conhecimento adquirido até o momento, vamos realizar uma análise minuciosa
do fluxo de água gelada em um trecho específico da tubulação. Esse trecho em particular desempe-
nha um papel crucial ao permitir a observação do comportamento do fluido refrigerante durante seu
percurso.

A análise desse fluxo nos proporciona uma série de informações valiosas. Ela nos permite identificar
quaisquer possíveis restrições, como obstruções ou reduções na seção transversal da tubulação, que
podem resultar em perdas de carga indesejadas. Além disso, através dessa análise, conseguimos detec-
tar variações de pressão e temperatura ao longo desse trecho, o que nos auxilia na seleção adequada
e no dimensionamento preciso dos equipamentos envolvidos no processo de refrigeração.

Compreendendo minuciosamente o comportamento do fluxo nesse trecho específico da tubulação,


somos capazes de otimizar a operação do sistema, prevenindo falhas e assegurando um funcionamento
eficiente do sistema de refrigeração..

Figura 15: Imagem do trecho da Tubulação

Porem, para isso, vamos precisar descobrir qual o regime do fluido na tubulação. Para isso, vamos usar
a formula do numero Reynolds para determinar se o comportamento do fluido é laminar ou tuburlento.

A formula é:

ρ∗V ∗D V ∗D
Re = =
µ v

Para achar a velocidade vamos ter:

Q
V=
A

Onde A é a área da secção transversal logo,

XIX
A=π ∗ r2

Como sabemos que a tubução é de 6"polegadas, o liquido adotado é a água e a viscosidade cinemática
é 1,003 10− 6. Então, podemos calcular o Re.

1, 1731 ∗ 0, 1524
Re = =178786, 0382
0, 0000001

Todos os cálculos foram feitos no Excel, afim de facilitar a metodologia.

Figura 16: Tabela com os cálculos desenvolvidos

Logo, como o Re é maior que 2400 o regime é turbulento. Assim, com o objetivo de facilitar o
entendimento da lógica foi elaborado um conceito mental para entender os passos a serem dados para
o seleciomaneto, esses passos estão explicados da seguinte maneira:

1º Passo: Essa é a tela de entrada do software, onde primeiramente vamos em fluid flow (fleunt) para
criar nosso projeto. O software ANSYS Fluent é uma ferramenta amplamente utilizada para a simu-
lação de fluxo de fluidos em diversos setores, como engenharia mecânica, aeroespacial e automotiva.
O processo de simulação do fluxo de fluidos no ANSYS Fluent geralmente envolve os seguintes passos
principais:

• Preparação do modelo

• Geração da malha:

• Definição das propriedades do fluido

• Especificação das condições de contorno:

• Escolha e configuração do modelo de turbulência

• Configuração das equações e parâmetros de solução

• execução da simulação

• Análise e interpretação dos resultados

XX
Figura 17: Tela inicial do Ansys

2º Passo: Nesta etapa, o modelo geométrico do sistema é criado ou importado para o software. Isso
envolve a definição das dimensões, formas e características do domínio de simulação, incluindo as
superfícies sólidas e fluidas.

Figura 18: Tela modelo geométrico

3º Passo: A geometria do modelo é discretizada em uma malha computacional, composta por ele-
mentos (como células tetraédricas ou hexaédricas) que representam o domínio de simulação. Uma
malha adequada é essencial para obter resultados precisos. O Fluent oferece ferramentas para gerar e
refinar a malha, garantindo uma representação precisa da geometria e do fluxo.

XXI
Figura 19: Tela geometria do modelo

4º Passo: Se o escoamento for turbulento, um modelo de turbulência adequado deve ser selecionado
e configurado. O Fluent oferece uma variedade de modelos, como o modelo k-epsilon, k-omega e SST
(Shear Stress Transport), que descrevem o comportamento turbulento do fluido.

Figura 20: Programa Ansys

5º Passo: As propriedades físicas do fluido em estudo, como densidade, viscosidade, condutividade


térmica e comportamento do escoamento, são definidas nesta etapa. O Fluent oferece uma ampla
variedade de modelos de fluidos, desde fluidos incompressíveis até compressíveis, Newtonianos e não-
Newtonianos.

XXII
O gráfico resultante fornece 5 curvas: continuidade, a velocidade nas direções x e y, uma curva
chamada k e outra chamada omega. A curva da continuidade representa a trajetória das partículas
do fluido ao longo do tempo e vai fornecer informações sobre a dinâmica do fluxo incluindo áreas
de recirculação, separação do fluxo, zonas de alta velocidade ou regiões de vórtices. As curvas k
e omega representam a energia cinética turbulenta e taxa de dissipação específica da turbulência
respectivamente.

É fácil observar que o comportamento desses parâmetros do início até o final da tubulação é de-
crescente. Isso ocorre porque o escoamento turbulento haverá maior resistência em comparação com
o escoamento laminar. Isso ocorre devido ao aumento da turbulência e das forças de arrasto entre o
fluido e as paredes da tubulação. A resistência adicional é expressa como perda de carga, ou seja, uma
diminuição da pressão ao longo da tubulação.

Figura 21: Gráfico dos resultados

6º Passo: Após a conclusão da simulação, os resultados são analisados e interpretados. O Fluent


fornece ferramentas para visualização dos resultados, como visualização de campos de velocidade,
pressão, temperatura, entre outros. Além disso, foram análisados três fatores que são: Tubulência,
Pressão e Velocidade.

XXIII
Turbulência

Figura 22: Escala de turbulência

Note que, nas paredes da tubulação a intensidade da turbulncia tende a ficar maior. Isso ocorre
porque a turbulência é gerada e sustentada pelas forças de arrasto nas paredes, resultando em uma
maior intensidade nas regiões de camada limite

Figura 23: Escala de Turbulência

Pressão

Figura 24: Escala de Pressão

XXIV
No escoamento turbulento, a pressão tem variações em diferentes regiões da tubulação e isso é devido
à turbulência e à interação entre o fluido e as paredes. O escoamento turbulento pode apresentar zonas
de alta pressão e baixa pressão. Essas variações podem ocorrer devido às flutuações turbulentas e aos
efeitos das estruturas de vórtices. As zonas de alta pressão podem estar associadas a regiões de
compressão do fluido ou a áreas onde ocorrem estrangulamentos no fluxo. Por outro lado, as zonas de
baixa pressão podem ocorrer em regiões de expansão do fluido ou onde há recirculação do fluxo.

Velocidade

Figura 25: Escala de Velocidade

No escoamento turbulento, a magnitude da velocidade irá variar ao longo da tubulação devido às


flutuações turbulentas e à interação entre o fluido e as paredes. E a máxima magnitude da velocidade
ocorre no centro do fluxo. Essa é a região onde a turbulência é mais intensa e as flutuações de
velocidade são maiores. A máxima velocidade está associada à área de maior fluxo e menor resistência
ao movimento do fluido.

Figura 26: Tela inicial do Ansys

XXV
Análise de projeto

O objetivo proposto de substituir e melhorar o sistema de refrigeração da sala limpa se deu por
concluído depois da seleção da bomba correta e da análise da simulação do comportamento do fluido na
tubulação. Depois da modelagem do projeto feito no Autocad, a utilização das ferramentas de seleção
de bomba, como o da KSB, foi de extrema praticidade, uma vez que existem diversos programas
até mesmo dos próprios fornecedores, porém foi possível realizar o dimensionamento a partir de um
sistema online, além disso caso haja os cálculos numéricos de forma manual, esses resultados podem
também ser comparados, demonstrando assim a eficiência da plataforma de selecionamento tendo em
vista os resultados obtidos no gráfico de resíduos escalados.

Também, a utilização do programa Ansys para análise do comportamento do fluido ajuda, dentre
outras coisas, a idendificar os pontos onde pode ser necessário a inclusão de mais bombas, na geometria
da tubulação, os pontos onde se pode ter mais perdas de carga e pontos onde será preciso ter mais
atenção durante o funcionamento do sistema, entre outras situações. Por fim, a partir do gráfico de
resíduos escalados foi possível avaliar a precisão e a estabilidade de uma solução numérica. Como
a solução está convergindo corretamente e os resíduos escalados estão diminuindo à medida que as
iterações avançam, indica que há uma aproximação da solução estável.

Figura 27: Projeto da CAG desenhado no software Autocad

XXVI
Considerações Finais
O projeto da fábrica é concluído com todos os componentes selecionados e a análise de escoamento
feita. É importante ressaltar que o uso de softwares torna o processo mais preciso e profissional,
interagindo diretamente com objetivo do projeto do artigo para a disciplina de Máquinas de Fluxo,
que é promover a familizarização dos conteúdos abordados em aula com a experiência real. Apesar do
sucesso dos resultados obtidos no software, o grupo encontrou bastante dificuldade de início para se
familizarizar com o programa.

Assim sendo, vale ressaltar que como primeiro projeto de selecionamento de bombas, algumas mo-
dificações podem ser feitas com o objetivo de redução de custos e otimização do sistema, além das
necessidades do cliente, por exemplo; no entanto, tais habilidades são consequência de métodos de
desenvolvimento contínuo e trabalho como projetista de refrigeração. Com isso, o objetivo maior do
projeto foi esclarecer os procedimentos essenciais para o desenvolvimento de um sistema de refrigera-
ção de sala limpa para uma fábrica, como a avaliação do escoamento que ocorre nas sua tubulações e
e a escolha das bombas com a demanda do cliente

XXVII
Referências bibliográficas
Wilbert F. Stoecker, Jerold W. jones "Refrigeração e ar condicionado". Editora McGraw-Hill Ltda,
1985. Hélio Creder "Instalações de ar condicionado 2° Edição".

Livros técnicos e científicos editora S.A, 1985. Frank P. Incropera"Fundamentos de Transferência de


Calor e Massa Incropera". Editora LTC, 2008.

ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc., 2001.
"ASHRAE Handbook Fundamentals", Atlanta.

NETTO, Azevedo; FERNÁNDEZ, Miguel Fernández y. Manual de hidráulica. Editora Blucher, 2018.

JARDIM, João Victor Abdallah; RIFFEL, Douglas Bressan; DE MORAES COSTA, André Luiz.
Análise de falhas de uma bomba centrífuga.

EDICION, Segunda; MATAIX, Claudio. Mecânica de Fluidos e Máquinas Hidráulicas.

https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/11/12_mecanica_fluidos.pdf

DE SOUZA, AI; HENRIQUE, Pedro. Apresentação dos cálculos para seleção de bomba para sistema
de reaproveitamento de água de poços artesianos. Projeto de Graduação apresentado ao Curso de
Engenharia Mecânica da Escola Politécnica. Rio de Janeiro, 2014.

XXVIII
Rio de Janeiro-RJ, junho de 2023.
Professor: Rodolfo Sobral
Alunos: Antônio Diego S. Carvalho e Jessica Santos Matias

XXIX

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