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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DE MINAS GERAIS - CAMPUS ARCOS


BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Carlos Augusto Cunha


Cleisson Furlaneto Arantes Miranda
João Vitor Rodrigues Garcia
Micael Stephan Nunes Silva

ESTUDO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR BOMBA


HIDRÁULICA

Arcos
2023
CARLOS AUGUSTO CUNHA
CLEISSON FURLANETO ARANTES MIRANDA
JOÃO VITOR RODRIGUES GARCIA
MICAEL STEPHAN NUNUES SILVA

ESTUDO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR BOMBA


HIDRÁULICA

Trabalho acadêmico integrador apresen-


tado ao Curso Bacharelado em Engenharia
Mecânica do Instituto Federal de Minas Ge-
rais - Campus Arcos.

Orientador: Prof. Márcio Rezende Santos

Arcos
2023
RESUMO
Tendo em vista as estações do ano e suas caracterı́sticas, assim como a estiagem por
um perı́odo prolongado, e queda acentuada na produção dos plantios, para que não
seja necessário a utilização de uma área com dimensões maiores para compensar a baixa
produção, torna-se necessário a viável a utilização de sistemas de irrigação, que garantirão
a umidade recomendada no solo, para suprir a demanda hı́drica da planta. A utilização
de aspersores potencializa a capacidade produtiva da área, tornando viável diversas ati-
vidades, assim como criação de gado, plantio de hortaliças, frutos, dentre outros. Com
incentivos elétricos e relativo baixo custo de implantação, um sistema de irrigação pode
até mesmo evitar prejuı́zos, como os causados pelo ”veranico”, onde pode haver uma
brecha muito prolongada sem chuvas com insolação, levando a perda total do plantio.

Palavras-chaves: Irrigação, bomba centrı́fuga, plantio, estiagem, veranico.


ABSTRACT
Bearing in mind the seasons of the year and their characteristics, as well as the drought
for a prolonged period, and the sharp drop in the production of the plantations, so that it
is not necessary to use a larger area to compensate for the low production, it becomes It
is necessary and feasible to use irrigation systems, which will guarantee the recommended
humidity in the soil, to supply the water demand of the plant. The use of sprinklers opti-
mizes the productive capacity of the area, making several activities viable, such as raising
cattle, planting vegetables, fruits, among others. With electrical incentives and relatively
low cost of implementation, an irrigation system can even avoid damages, such as those
caused by the ”summer weather”, where there can be a very prolonged gap without rains
with insolation, leading to the total loss of the plantation.

Keywords: Irrigation, centrifugal pump, planting, drought, summer..


Lista de Figuras
1 Irrigação por superfı́cie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Irrigação por aspersão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Irrigação por pivô central . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4 Bomba Centrı́fuga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5 Interior da bomba centrı́fuga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6 Áspersor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7 Área de irrigação dividida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
8 Irrigação com 9 aspersores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
9 Irrigação com 12 aspersores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
10 soluçao em python para tubulação de 19,05 mm . . . . . . . . . . . . . . . 21
11 soluçao em python para tubulação de 25,4 mm . . . . . . . . . . . . . . . . 22
12 soluçao em python para tubulação de 31,75 mm . . . . . . . . . . . . . . . 22

1
Sumário
1 INTRODUÇÃO 3
1.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Objetivos Especı́ficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 REFERENCIAL TEÓRICO 5
2.1 História do sistema de irrigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Sistemas de irrigação moderno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 SISTEMA DE BOMBEAMENTO 8
3.1 Funcionamento de bomba centrı́fuga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.2 Quantidade de água necessária para o capim . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.3 Quilograma de capim por metro quadrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

4 METODOLOGIA 11
4.1 Definição do sistema de irrigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.2 Definição do aspersor a ser utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.3 Área para a irrigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.3.1 Divisão da área de irrigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4.4 Transporte da água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.5 Cálculo da perda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

5 RESULTADOS 16

6 CONCLUSÃO 18

REFERÊNCIAS 19

APÊNDICE 20

7 APÊNDICE 20

2
1 INTRODUÇÃO
A irrigação é uma técnica de manejo de água utilizada para fornecer água para
plantas e culturas em áreas onde a precipitação natural não é suficiente para atender às
necessidades hı́dricas das plantas.
É uma prática comum em muitas regiões do mundo, especialmente em áreas
áridas e semiáridas, onde a água é um recurso escasso e valioso. A irrigação pode ser feita
de várias maneiras, incluindo por aspersão, gotejamento, superfı́cie e subterrânea, cada
uma com suas próprias vantagens e dependência.
A irrigação é uma prática importante para a produção agrı́cola e pode au-
mentar significativamente o rendimento e a qualidade das culturas. No entanto, seu uso
excessivo ou inadequado pode levar à degradação do solo e da água, bem como a problemas
ambientais e sociais.
Com isso consegue-se fazer um estudo para conseguir o melhor dimensiona-
mento para irrigar uma certa área com o sistema de irrigação por bomba e aspersor. Essa
área total será dividida e irrigada por partes.

1.1 Justificativa

Considerando regiões onde a estação da seca é mais afetada, onde tornar-


se improdutivas em tal época do ano. A partir dessa realidade torna-se interessante a
utilização de sistemas de irrigação, que tem o principal objetivo de fornecer água para a
plantação independente de precipitação natural, permitindo produzir mesmo na estação
da seca.

1.2 Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo definir o melhor sistema de irrigação


por bomba hidráulica, com intuito de definir o melhor equipamento a ser usado para um
menor menor custo possı́vel.

1.3 Objetivos Especı́ficos

Para que sejam cumpridos o objetivo geral, é preciso a efetivação de algumas


tarefas especı́ficas, tais como:

3
• Levantamento de bibliografia e estudo sobre o material a ser utilizado;

• Definir um sistema de bombeamento juntamente com distribuidores de água;

• Calcular as definições da bomba a ser utilizada;

• Dividir a área de irrigação em partes.

4
2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 História do sistema de irrigação

O sistema de irrigação já é consolidado a muito tempo, por ser uma método de
essencial para a produção de qualquer alimento, estando presente em todas as civilizações.
Os povos antigos preferiam se instalar perto de rios e lagos para facilitar o seu plantio,
cuidar de seus animais e pescar.(AGROINSIGHT, 2021)
Segundo (AGROINSIGHT, 2021), há vestı́gios de irrigação no Egito por volta
de 6000 a.C, utilizando o rio Nilo e outros rios, assim dá pra se ter uma noção do quão
antigo e fundamental o sistema é. No Brasil no perı́odo colonial foi implantado a ir-
rigação no cultivo de arroz. Com o incentivo do governo por volta do ano de 1970 foram
implantadas mais áreas de irrigação.
A irrigação visa a melhor distribuição de água em um melhor espaço, sem
irrigar em excesso e em um intervalo de tempo correto, objetivando satisfazer as necessi-
dades hı́dricas das culturas de forma eficiente, uniforme e racional preservando este bem
fundamental para a vida.((AGROINSIGHT, 2021)

2.2 Sistemas de irrigação moderno

Os sistemas modernos de irrigação podem ser classificados em diversos métodos,dentre


os principais, estão:

• Irrigação por superfı́cie: este método consiste em utilizar a topografia do solo a


favor da irrigação, onde é necessário que haja um desnı́vel no solo. Nesse método
são criados cavas no solo a em direção a parte mais baixa do terreno, onde será
colocado água na parte superior para que a mesma escoe por força da gravidade
através da cava até a parte mais baixa e penetre no solo.

5
Figura 1: Irrigação por superfı́cie

Fonte:(EMBRAPA, 2014)

• Irrigação por aspersão: dispondo de mangueira, conexões, bomba d’agua e outros,


este método através de aspersores joga a água por cima, semelhante a chuva, onde
permite o plantio de outras plantas que cobrem o solo por inteiro, assim como o
capim, e também é um método versátil, de fácil instalação e custo de implantação
relativamente baixo.

Figura 2: Irrigação por aspersão

Fonte:(AGROPóS, 2014)

• Irrigação por pivô central: Dispondo de uma grande estrutura motorizada sobre
rodas, o sistema de pivô central visa irrigar uma grande área movendo-se sobre ela

6
para distribuir a água sobre a área de forma uniforme, com um custo de elevação
muito elevado esse sistema destina-se basicamente a grandes plantações, devido
as suas grandes dimensões, alta capacidade de irrigação, necessidade de grande
infraestrutura, assim como represas e bombas de água de muito alta vazão.

Figura 3: Irrigação por pivô central

Fonte:(CPT, 2021)

7
3 SISTEMA DE BOMBEAMENTO
Uma bomba centrı́fuga é um tipo de bomba de água usada para transportar
grandes volumes. Aplicações, como irrigação, processamento quı́mico, sistemas HVAC e
sistemas de distribuição de água, frequentemente usam bombas centrı́fugas. Lidar com
uma variedade de tipos de fluidos e viscosidades são geralmente mais eficientes do que
outros tipos de bombas, como bombas de deslocamento positivo. a viscosidade, a tempe-
ratura e os contaminantes do fluido, bem como o projeto da bomba e as circunstâncias
de uso, podem ter um impacto em seu funcionamento.

Figura 4: Bomba Centrı́fuga

Fonte:(PROPEQ, 2019)

3.1 Funcionamento de bomba centrı́fuga

Segundo a (PROPEQ, 2019) as bombas centrı́fugas consistem em duas partes


principais: o rotor (conectado ao motor por meio de um eixo) e a carcaça (que pode ser
chamada de voluta ou difusor). Um rotor, também chamado de impulsor ou impelidor,
consiste em pás ou lâminas através das quais o fluido flui suavemente. O rotor gira

8
rapidamente, convertendo a energia do motor em energia cinética. Isso também cria uma
área de alta pressão na periferia e uma área de baixa pressão (o “olho”) no centro, que
faz com que o lı́quido seja “sugado” para dentro da bomba, aumentando sua vazão pela
entrada da unidade.
À medida que gira, o impulsor gira o fluido de entrada, fazendo com que ele
se mova em uma direção radial e seja ”empurrado”para longe do centro do eixo devido a
força centrı́fuga, ou seja, para a voluta. Como resultado, este fluido ganha energia cinética
e é direcionado para saı́da a uma alta velocidade e pressão.
O aumento da área faz com que a velocidade do fluido diminua gradualmente,
criando um aumento na pressão. Carcaças com difusores operam de forma semelhante,
com aletas fixas proporcionando canais de maior área para o fluido (PROPEQ, 2019).
Além da conversão de energia, o carcaça atua como um recipiente de lı́quido,
fornecendo entrada e saı́da para a bomba.
Será definida qual a potência necessária a se utilizar a bomba após a definição
da vazão necessária e da pressão necessária para vencer as perdas por atrito.

Figura 5: Interior da bomba centrı́fuga

Fonte:(LOXAM, 2019)

3.2 Quantidade de água necessária para o capim

Segundo (JOSÉ, 2021) a quantidade de água necessária para o capim Brachia-


ria pode variar dependendo de vários fatores, como clima, solo, densidade de plantio, entre
outros. Em geral, para um metro quadrado de área plantada com Brachiaria, a quanti-
dade de água necessária pode variar de 1,5 a 2,5 litros por dia em condições ideais de clima

9
e solo. No entanto, é importante ressaltar que o manejo da irrigação deve ser ajustado de
acordo com as condições climáticas, a disponibilidade de água e as necessidades da planta.
Em perı́odos de chuva, por exemplo, pode não ser necessário irrigar a plantação, enquanto
em perı́odos de seca é necessário aumentar a quantidade de água aplicada para atender às
necessidades da planta. Portanto,é importante monitorar as condições climáticas e as ne-
cessidades hı́dricas da planta para ajustar o manejo da irrigação e garantir o crescimento
e desenvolvimento saudável do capim braquiária.

3.3 Quilograma de capim por metro quadrado

A produção de capim braquiária por metro quadrado pode variar dependendo


de vários fatores, como o tipo de solo, o clima, a fertilidade do solo, a densidade de
plantio, a disponibilidade de água, entre outros (SÉRGIO, 2019). Em geral, a produção
de capim brachiaria pode variar de 2 a 10 kg por metro quadrado por ano, dependendo
das condições de cultivo.
No entanto, é importante ressaltar que a produção pode ser aumentada com
o manejo adequado, como o uso de fertilizantes, o controle de pragas e doenças, a manu-
tenção da densidade de plantio adequado e irrigação adequada.
Além disso segundo (SÉRGIO, 2019), a produção de capim braquiária pode
variar ao longo do ano, com perı́odos de maior produção durante as estações chuvosas
e menores durante as estações secas. Portanto, é importante monitorar regularmente a
produção da planta e ajustar o manejo para otimizar a produção.

10
4 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a implementação de um sistema de irrigação
eficiente e sustentável desempenha um papel fundamental na garantia do fornecimento
adequado de água às plantas, visando o seu crescimento saudável e a economia dos re-
cursos hı́dricos. Por meio de uma abordagem sistemática, que envolve a seleção dos
métodos de irrigação, levando em consideração as caracterı́sticas da área, tubulação e
bomba hidráulica.

4.1 Definição do sistema de irrigação

Com a finalidade de definir qual tipo de sistema de irrigação seria o melhor


para irrigar a área desejada, irrigação por superfı́cie, irrigação por aspersão ou irrigação
por pivô central, foi distribuı́do pontos de 0 a 5 para 3 tipos de categorias: eficiência,
custo e área de irrigação. A relação esta descrita na tabela ??.

Tabela 1: Pontuação dos sistemas de irrigação (0 a 5)


Sistema de irrigação Eficiência Custo Área Total
Superfı́cie 3 3 4 10
Aspersão 4 5 3 12
Pivô 5 1 5 11
Fonte: (Próprios autores, 2023)

• Hipóteses para definição de pontuação da eficiência do sistema:

Superfı́cie: possui um eficiência mediana, pois não há tanta precisão na distri-
buição de água, havendo muitos desperdı́cios.
Aspersão: tem uma boa eficiência por conseguir irrigar uma área mais uni-
forme, e utilizando menos água.
Pivô central: tem uma ótima eficiência por conseguir irrigar uniformemente
toda a área de extensão utilizando a água na quantidade certa.

• Hipóteses para definição de pontuação do custo de implantação:

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Superfı́cie: tem um bom custo de implantação devido ao fato de precisar de
poucos materiais e pouca mão de obra especializada.
Aspersão: tem um baixo custo de implantação por precisar de poucos elemen-
tos, e os que são utilizados tem um baixo custo.
Pivô central: tem um alto custo de implantação por ter uma extensão grande
e necessita de uma mão de obra especializada por dotar de diversos sensores e motores
elétricos.

• Hipóteses para definição da pontuação da área de irrigação:

Superfı́cie: consegue cobrir uma área bem extensa, mas havendo muito des-
perdı́cio de água.
Aspersão: consegue irrigar uma área limitada, a área é definida em cada tipo
de aspersor.
Pivô central: consegue irrigar grandes área de uma vez só, por ser distribuı́do
em toda a área.
Com base na tabela de pontos, a irrigação por aspersão é a melhor opção, tendo em vista
que obteve a maior pontuação em relação aos outros sistemas de irrigação, além de ser
mais eficiente e cobrir uma área maior com menor perda de água. No caso especı́fico da
área de 6500 m², a irrigação por aspersão se mostra como uma opção ideal para irrigar
essa área com uma boa eficiência e menor custo em relação ao sistema de irrigação por
pivô central.

4.2 Definição do aspersor a ser utilizado

Para definir qual o aspersor a ser utilizado é consultado a tabela 2 disponibili-


zada pela fabricante Agropolo com as informações técnicas para definir o aspersor ideal,
utilizando como critério avaliativo o maior diâmetro de aspersão, a maior vazão máxima
e a menor pressão de trabalho.

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Tabela 2: Parâmetros de operação dos aspersores
Diâmetro de aspersão Vazão Pressão de trabalho
3027ER 21,20 m 1,25 m³/h 30 MCA
4488ER 28,60 m 1,79 m³/h 20 MCA
2822ER 29,40 m 2,17 m³/h 20 MCA
2835ER 30,40 m 2,88 m³/h 20 MCA
2848ER 31,00 m 3,27 m³/h 20 MCA
Fonte: (Próprios autores, 2023)

Após a consulta a tabela, o aspersor 2848ER apresenta o maior diâmetro de


aspersão (31,00 m ), a maior vazão (3,27m³/h) e a menor pressão de trabalho (30 MCA)
sendo então utilizado para os cálculos posteriores de dimensionamento de bomba de ve-
locidades do fluı́do.

Figura 6: Áspersor

Fonte: (AGROPOLO, 2017)

4.3 Área para a irrigação

Para a escolha do equipamento que será utilizado, através da ajuda do uso


da ferramenta Google Maps e também da ferramenta Google Earth foi definida a área
do local que será de 100 metros de comprimento por 65 metros de largura (100x65), e o
respectivo desnı́vel de 2 metros definido para o projeto.
O local escolhido para o projeto em questão está localizado na região rural da
cidade de Arcos–MG, é uma área com ótimo potencial para o plantio. A propriedade em
sua extensão possui áreas onde é adequado para a o plantio, com fácil acesso a água, o

13
que viabiliza a utilização dos aspersores. A definição da área de um piquete é influenciada
por diversos fatores, assim como área total disponı́vel, o tipo da planta e seu tempo de
crescimento.
Tendo conhecimento da área do local e com o aspersor definido, é calculado a
quantidade de aspersores necessários para conseguir irrigar toda a área definido.

4.3.1 Divisão da área de irrigação

Sabe-se que a produção do alimento do gado deve ser durante o ano inteiro,
e para não ocasionar a queda no alimento nas estações de seca do ano, é necessário que
o espaço seja dividido e separados em piquetes para que haja um intervalo tempo onde
o capim irá se regenerar, onde rotacionando o gado entre os piquetes, sempre haverá um
piquete pronto para pastagem. Além de conseguir definir uma bomba com uma potência
menor para o uso, ocasionando em menos gasto de energia e água.
O terreno a ser irrigado terá 100 metros de comprimento e 65 metros de largura.
Cada piquete terá 25 metros de comprimento e 65 metros de largura, no total serão 4
piquetes com uma área de 1625 m² cada.
Para irrigar a área de 1 piquete deverá ser utilizado 3 aspersores em cada
divisão, tendo em vista que 1 aspersor tem 3,5 metros de altura para conseguir alcançar
um diâmetro de irrigação de 31 m, cobrindo uma área de 750 m² cada aspersor, cada
aspersor tem um espaçamento de 20,8 metros um do outro. Exemplificação presente na
Figura 7.

Figura 7: Área de irrigação dividida

Fonte: próprios autores

14
4.4 Transporte da água

O transporte de água do sistema desde a fonte, que pode ser de reservatórios,


córregos, rios, represas e afins até a bomba que irá bombear a aguá que seguirá até os
aspersores de distribuição é por meio de um sistema misto de tubos e mangueiras de PVC,
onde as linhas principais são feitas por tubos e as ramificações em mangueiras devido a sua
maleabilidade. A decisão de utilizar esse tipo de material é a sua facilidade de manuseio,
transporte, resistência, custo e durabilidade. Irá ser utilizado tubos e mangueiras de
1 polegada para atender corretamente os dimensionamentos da bomba e do aspersor e
minimizar as perdas.

4.5 Cálculo da perda

Será calculado a perda de carga linear na tubulação utilizando o teorema da


aprovação de Darcy-Weisbach, que é dada por:

L V2
Hf = f × × (1)
D 2×g

Onde:
f é o fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional);
L é o comprimento da tubulação (m);
D é o diâmetro interno da tubulação (m);
V é a velocidade média da água na tubulação (m/s);
g é a interferência da gravidade (m/s²).

Também será calculado as perdas de cargas localizadas na tubulação dado por:

V2
Hl = K × (2)
2×g

Onde:
V é a velocidade média da água na tubulação (m/s);
g é a interferência da gravidade (m/s²).
K é o comprimento equivalente dado pela tabela fornecida pela ABNT NBR

15
5626:1998

Logo após será calculada a altura manométrica total (HTM). Para que por fim calcule-se
a pressão necessária para mover o fluido na tubulação dado por:

P = ρ × g × HT M (3)

HT M = Hf + h + Hl (4)

5 RESULTADOS
A fim de definir qual será da bomba utilizada para o bombeamento da água
para os aspersores de cada setor, calculou-se a quantidade de aspersores necessários para
irrigar o espaço desejado, 9 aspersores. Porém foi observado que devido ao fato de que o
aspersor tem uma área de irrigação circular ficará espaços sem irrigação como mostrado
na figura 8 , optou-se pela utilização de 12 aspersores.

Figura 8: Irrigação com 9 aspersores

Fonte: próprios autores

Utilizou-se a razão da vazão pela área da seção transversal. Encontrando a


velocidade de 1,79 m/s. Ao utilizar o teorema da aprovação de Darcy-Weisbach foi definido
que a perda de carga linear na tubulação é de 11,5 metros, utilizando o valor da perda
de carga obtida foi calculada a altura manométrica total de 17 metros. Considerando

16
Figura 9: Irrigação com 12 aspersores

Fonte: próprios autores

somente as perdas lineares na tubulação foi encontrado a pressão necessária de 166,27


KPa.

17
6 CONCLUSÃO
De acordo com a quantidade de aspersores utilizados por área recortada definiu-
se que a vazão necessária de 9,81 m³/h para alimentar o conjunto de aspersores simulta-
neamente. Com a pressão necessária para vencer as perdas determinada, pode-se concluir
que justifica-se a utilização uma bomba centrifuga de 2 CV com uma vazão máxima de
14,8 m³/h a pressão de 26 m.c.a e vazão mı́nima de 4,7 m³/h a uma pressão de 34 m.c.a
para que atenda as especificações sem atingir sua capacidade máxima.

18
Referências
AGROINSIGHT. Histórico da irrigação. 2021. Acessado em 29/03/2023. Disponı́vel em:
⟨https://agroinsight.com.br/historico-da-irrigacao/⟩.

AGROPOLO. Aspersor NY-30 Agropolo. 2017. Acessado em 19/04/2023. Disponı́vel em:


⟨https://www.agropolo.com.br/ny-30⟩.

AGROPóS. Irrigação por Aspersão: Saiba Tudo Sobre esse Assunto! 2014. Acessado em
29/03/2023. Disponı́vel em: ⟨https://agropos.com.br/irrigacao-por-aspersao/⟩.

CPT. Pivô central: saiba como funciona e indicações de uso. 2021. Acessado
em 19/04/2023. Disponı́vel em: ⟨https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/
vantagens-do-pivo-central/\#:∼:text=Em\%20um\%20sistema\%20com\%20piv\%C3\
%B4,\%C3\%A1gua\%20e\%20de\%20energia\%20el\%C3\%A9trica.⟩

EMBRAPA. Métodos de Irrigação e Quimigação. 2014. Acessado em 29/03/2023.


Disponı́vel em: ⟨https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPMS/19630/1/
Circ\ 86.pdf⟩.

JOSÉ. quantidade de água. 2021. Acessado em 10/04/2023.


Disponı́vel em: ⟨https://www.girodoboi.com.br/noticias/
posso-irrigar-pasto-em-area-com-declive-qual-o-volume-de-agua-por-hectare/\#:∼:
text=\%E2\%80\%9CA\%20quantidade\%20m\%C3\%ADnima\%20seria\%20de,
acordo\%20com\%20o\%20seu\%20clima.⟩

LOXAM. oque é bomba centrı́fuga. 2019. Acessado em 10/04/2023. Disponı́vel em:


⟨https://degraus.com.br/entenda-o-funcionamento-de-uma-bomba-centrifuga/⟩.

PROPEQ. Funcionamento de bomba centrı́fuga. 2019. Acessado em 10/04/2023.


Disponı́vel em: ⟨https://propeq.com/como-funciona-uma-bomba-centrifuga/⟩.

SÉRGIO. Kg de capim por m². 2019. Acessado em 10/04/2023. Disponı́vel em: ⟨https:
//www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/zootecnia/ANACLAUDIARUGGIERI/
especies\ forrageiras.pdf⟩.

19
7 APÊNDICE
A área total é de 6500m², segundo casa da irrigação (??) diâmetro de alcance do
aspersor NY30 longo azul tem um diâmetro de alcance de 31m.
Encontrando a quantidade de aspersores:

6500
N= =9 (5)
π × 15, 52

Será utilizado 12 aspersores para realizar a divisão de 4 piquetes com 3 aspersores, o


aspersor utilizado tem uma vazão de 0,00090833 m³/s. a tubulação de PVC tem um
diâmetro interno de 0,0254m, com isso encontrou-se a velocidade na saı́da de cada
aspersor:

0, 00090833
V = = 1, 79m/s (6)
π × 0, 01272

Utilizou-se o python para Calcular a perda de carga linear, o fator de atrito é


aproximadamente 0,02 segundo lamon(??), a perda de carga localizada utilizando um te
de saida bi-lateral, um joelho de 90° e duas curvas de 90°. A altura manométrica total
com 2 metros de sucção, logo apos calcular a pressão necessária para entregar a água na
saı́da do aspersor considerando uma tubulaçao de 19.05 mm, 25.40 mm, 31.75 mm,
Para tubulação de 19,05 temos:
Para tubulação 25,4 mm: Para tubulação 31,75 mm:

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Figura 10: soluçao em python para tubulação de 19,05 mm

Fonte: próprios autores

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Figura 11: soluçao em python para tubulação de 25,4 mm

Fonte: próprios autores

Figura 12: soluçao em python para tubulação de 31,75 mm

Fonte: próprios autores

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