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SINAIS SENOIDAIS: TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS 97

&I carga
A

+
VF V& Z

Figura 6.4.1 – Fonte de Tensão alternada alimentando um circuito RLC

V&
Z=
&I
onde:

V& – fasor tensão entre os terminais A e B (V);


&I – fasor corrente entre os terminais A e B (A);
Z – Impedância do bloco de carga entre os terminais A e B (Ω).
A impedância Z, dada pela relação entre tensão e corrente num circuito misto,
representa a medida da oposição que este circuito oferece à passagem de uma corrente
alternada.
Como os fasores V& e &I são números complexos, a impedância Z é também um número
complexo, mas não é um fasor.

• Para um circuito (ou bloco) resistivo puro:


Se o bloco de carga do circuito da figura 6.4.1 for composto apenas por um ou uma
combinação de resistores ideais (circuito resistivo puro) e sabendo que a tensão e a corrente estão
em fase num elemento resistivo, então:

V& R Vef ∠0 o Vef


ZR = = = ∠0 o = R∠0 o = R
&I Ief ∠0 o I ef
R

Nos terminais de um resistor ou de um circuito resistivo puro a impedância Z é igual à


resistência R:
ZR = R
É, portanto, um número real positivo.
No plano cartesiano a representação de uma impedância de um resistor ideal é dada na
figura 6.4.2.

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Im

ZR=R
Re

6.4.2 – Impedância de um resistor ideal: número real no plano cartesiano.

• Para um circuito (ou bloco) indutivo puro:


Se o bloco de carga do circuito da figura 6.4.1 for composto apenas por um ou uma
combinação de indutores ideais (circuito indutivo puro) e sabendo que a corrente está atrasada de
90o da tensão num elemento indutivo puro, então:

V& L Vef ∠0 o V
ZL = = = ef ∠ + 90 o = X L ∠ + 90 o = + j ⋅ X L = + j ⋅ ω ⋅ L
&I Ief ∠ − 90 o Ief
L

Num circuito ou bloco indutivo puro a impedância Z é igual à reatância indutiva XL:
ZL = + j ⋅ XL = + j ⋅ ω ⋅ L

É, portanto, um número imaginário positivo.


No plano cartesiano a representação de uma impedância de um indutor ideal é dada na
figura 6.4.3.

Im
ZL=+j|XL|

+90o
Re

6.4.3 – Impedância de um indutor ideal: número imaginário positivo no plano cartesiano.

• Para um circuito (ou bloco) capacitivo puro:


Se o bloco de carga do circuito da figura 6.4.1 for composto apenas por um ou uma
combinação de capacitores ideais (circuito capacitivo puro) e sabendo que a corrente está
adiantada de 90o da tensão num elemento capacitivo puro, então:
V& C Vef ∠0 o Vef o o XC 1
ZC = = = ∠ − 90 = X C ∠ − 90 = − j ⋅ X C = =
&I Ief ∠ + 90 o I ef j j ⋅ ω ⋅C
C

Nos terminais de um indutor ou num circuito capacitivo puro, a impedância Z é igual à


reatância capacitiva XC:
−j 1
ZC = − j ⋅ XC = =
ω⋅C j⋅ω⋅C

É, portanto, um número imaginário negativo.

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No plano cartesiano a representação de uma impedância de um capacitor ideal é dada na
figura 6.4.4.

Im

Re
o
-90

ZC=-j|XC|

6.4.4 – Impedância de um capacitor ideal: número imaginário negativo no plano cartesiano.

• Para circuito (ou bloco) RLC misto:


Se o bloco de carga do circuito da figura 6.4.1 for composto pela combinação de elementos
passivos (circuito misto), a tensão e a corrente terão ângulos de fase diferentes e estarão defasados
por um ângulo φ.
Sabendo que:
φ = θ V − θI
então:
V& Z Vef ∠θ v Vef
Z= = = ∠(θ v − θ i ) = Z ∠(θ v − θ i ) = Z ∠ ± φ = R ± j ⋅ X
&I I ef ∠θ i I ef
Z

Como sabemos, um número é chamado complexo porque é composto por duas partes:
uma parte real e uma parte imaginária. Portanto:
A impedância de um elemento de carga misto é um número complexo.
Na forma polar possui um módulo |Z| e um ângulo φ. Na forma retangular possui uma parte
real, representada pela resistência R da carga do circuito e uma parte imaginária, representada pela
reatância X da carga do circuito:
Z = Z∠ ± φ =R ± j⋅ X

Nos terminais de uma carga mista (RLC), a impedância Z será composta por uma parte real
positiva referente ao teor resistivo e uma parte imaginária referente ao teor reativo (capacitivo ou
indutivo).
• Se a parte imaginária for positiva, o teor é indutivo.
• Se a parte imaginária for negativa, o teor é capacitivo.
O ângulo φ representa a diferença entre as fases da tensão e da corrente e é chamado
ângulo de defasagem, ângulo de deslocamento ou ângulo de impedância:
φ = θV - θI
A impedância de um circuito de carga mista pode ser representado no plano cartesiano
como um número complexo, como mostra a figura 6.4.5.

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Im
Im
+jXL Z=R+jXL R
|Z| Re


Re |Z|
R -jXL Z=R-jXL
(a) (b)
6.4.5 – Impedância de um circuito de carga mista é um número complexo no plano cartesiano: (a) teor indutivo, parte
imaginária positiva; (b) teor capacitivo, parte imaginária negativa.

Como estudado na matemática, podemos representar um número complexo na forma polar


e na forma retangular e ainda transformarmos de uma forma em outra. Assim, podemos representar
a Impedância na forma polar ou na forma retangular e transformá-las uma em outra, como mostra a
figura 6.4.6:

R = Z cosφ X = Z senφ

Z = Z ∠φ Z = R + jX
X
Z = R2 + X 2 φ = arctg
R
FORMA POLAR FORMA RETANGULAR

Figura 6.4.6 – transformação de impedâncias da forma polar para a forma retangular e vice-versa.

Observação: A maioria das calculadoras científicas apresenta uma função que permite essas
transformações facilmente. É importante conhecer como fazê-las, para facilitar os cálculos
necessários a uma análise de um circuito em corrente alternada.

No trato dos circuitos no domínio fasorial, todos os elementos do circuito ser substituídos por
uma única impedância equivalente Zeq, que em geral é representada na forma retangular:

Z eq = Z eq ∠ ± φ = R ± j ⋅ X

Nesta representação, R, a parte real, é a resistência total do circuito e X, a parte imaginária,


é a reatância total do circuito que depende das reatâncias indutivas e capacitivas existentes.
V&
Como se pode notar de Z = , o ângulo da impedância é o ângulo através do qual a
&I
corrente de entrada avança com relação à tensão aplicada, contanto que este ângulo seja positivo.
Se for negativo, então a corrente avança com relação à tensão.
Um circuito com um ângulo de impedância positivo é chamado circuito de teor indutivo,
porque as reatâncias indutivas dominam as reatâncias capacitivas. Similarmente, um circuito que tem
um ângulo de impedância negativo é chamado de circuito de teor capacitivo, pois as reatâncias
dos capacitores dominam sobre as reatâncias indutivas.
Se o ângulo φ for nulo na forma polar, a parte imaginária será nula na forma retangular. Isso
significa que o circuito possui teor resistivo.

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6.4.1. Diagrama de Impedâncias e Triângulo de Impedâncias

Um diagrama de impedância é um auxiliar gráfico para se entender a impedância. Este


diagrama é construído sobre um plano cartesiano de impedâncias (ou plano complexo) que, como
ilustra a figura 6.4.7(a), tem um eixo horizontal (dos números reais) que representa as resistências,
designado por R, e um eixo vertical (dos números imaginários) que representa as reatâncias,
designado por jX. Os dois eixos devem ter a mesma escala.
Um circuito com teor indutivo apresenta um diagrama de impedância no primeiro quadrante
(XL +) e um circuito com teor capacitivo apresenta o diagrama de impedância no quarto quadrante
(XC -).

Observação: Para um diagrama estar ou no segundo ou no terceiro quadrante, um circuito deveria


ter uma resistência negativa. Isso só poderia ser produzido por uma ou mais fontes dependentes no
circuito. Este caso não será objeto de nosso estudo neste trabalho.

O Triângulo de Impedância é geralmente uma representação gráfica mais conveniente. O


triângulo retângulo contém vetores que correspondem à resistência R, à reatância jX e à impedância
Z, com o vetor jX, traçado na ponta do vetor R e o vetor para Z traçado como a soma destes dois
vetores, como mostra a figura 6.4.7(b) e (c). Podemos perceber que a impedância é a soma
vetorial da resistência com a reatância.
Assim, no Triângulo de Impedância:
• o cateto adjacente é a resistência;
• o cateto oposto é o módulo da reatância;
• a hipotenusa é o módulo da impedância;
• o ângulo é o argumento da impedância que corresponde à defasagem (deslocamento) da
corrente com relação à tensão no circuito.

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Im
+jXL

R
Re

-jXC
(a)

Im
Z=R+jXL=|Z|∠φ
|Z|
+jXL

Re
R
(b)

Im
R
Re

-jXC
|Z|
Z=R-jXC=|Z|∠-φ
(c)
Figura 6.4.7 – Diagrama de Impedâncias e Triângulo de Impedâncias: (a) cargas puras R, L ou C não formam o triângulo de
impedâncias; (b) cargas RL formam um triângulo de impedância positivo; (c) cargas RC formam um triângulo de impedância
negativo.

Sabemos que a relação entre a tensão e a corrente num elemento ou parte de um circuito é
a impedância. Esta, por sua vez, é um número complexo:
V& Z Vef ∠θ v Vef
Z= = = ∠(θ v − θ i ) = Z ∠(θ v − θ i ) = Z ∠ ± φ = R ± j ⋅ X
&I I ef ∠θ i I ef
Z

Através da análise do triângulo de impedância podemos aplicar as relações trigonométricas


para obter o cateto adjacente (resistência) e o cateto oposto (módulo da reatância). Assim:
R = Z ⋅ cos φ

X = Z ⋅ sen φ
Se tivermos disponíveis os valores da resistência e da reatância, podemos aplicar as
relações trigonométricas do triângulo de impedâncias e obter a hipotenusa (módulo da impedância) e
o ângulo (argumento da impedância). Assim:
2
Z = R2 + X

⎛X⎞
φ = ±arctg⎜ ⎟
⎜R⎟
⎝ ⎠

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Exemplo 6.4.1: Em uma carga de um circuito de corrente alternada, uma tensão
v( t ) = 12 ⋅ 2 ⋅ sen(377 ⋅ t + 15 o ) provoca uma corrente i( t ) = 3 ⋅ 2 ⋅ sen(377 ⋅ t − 45 o ) .
a) Determine a impedância dessa carga
b) Determine a defasagem entre tensão e corrente e o teor do circuito;
c) Trace o triângulo de impedância da carga;
d) Trace as formas de onda da tensão e da corrente na carga.
Sabemos que a impedância de uma carga é dada pela relação entre o fasor tensão e o fasor
corrente nessa carga:
V&
Z=
&I

Assim, a partir dos sinais de tensão e corrente fornecidos na forma trigonométrica podemos
obter os fasores:

V& = 12∠15 o e &I = 3∠ − 45 o

A impedância será:

V& 12∠15 o 12
Z= = = ∠[15 − ( −45)] = 4∠60 o
&I 3∠ − 45 o 3
Na forma retangular, a impedância é:
Z = 2 + j3,46 Ω
Podemos concluir que o teor do circuito é indutivo, pois a parte imaginária é positiva. A
defasagem pode ser obtida diretamente do ângulo da impedância, ou fazendo-se:

φ = θ V − θ I = 15 o − ( −45 o ) = +60 o
O triângulo de impedância fica como apresentado na figura 6.4.8.

Im
Z=2+j3,46=|4|∠60o

|Z|=4
XL=+j3,46
o
+φ=60

Re
R=2

Figura 6.4.8 – Triângulo de impedância para o exemplo 6.4.1.

Para traçarmos as formas de onda, devemos atribuir valores para a variável tempo t, desde
zero até o valor de um período T, às equações trigonométricas de tensão e corrente. Utilizando um
software para traçar as formas de onda obtemos as curvas da figura 6.4.9. Podemos notar o
defasamento de 60o entre a tensão e a corrente. Como o circuito é indutivo a corrente está atrasada.

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20

16

12
tensão (V), corrente (A)

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
-4

-8

-12

-16

-20
tempo (ms)
v(t) i(t)

Figura 6.4.9 – Formas de onda de tensão e corrente para o exemplo 6.4.1.

6.4.2. Associação de Impedâncias:

Como uma Impedância é a medida da oposição de um circuito à passagem da corrente


alternada, as impedâncias se relacionam com os fasores de corrente e de tensão através da Lei de
Ohm, da mesma maneira que as resistências se relacionam com as correntes e tensões em CC.
Portanto,
As impedâncias podem ser associadas da mesma forma que as resistências.

6.4.2.1. Associação Série de Impedâncias:


A impedância equivalente Zeq de uma associação de n impedâncias em série, como mostra
a figura 6.4.10 dada pela soma das impedâncias individuais da associação:
n
Z eq = ∑ Zi
i =1

Z1 Z2 Z3 Zn
...
Z eq= Z1 + Z 2 + Z 3 + L + Z n

Figura 6.4.10 associação série de impedâncias.

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6.4.2.2. Associação Paralela de Impedâncias:
O inverso da impedância equivalente Zeq de uma associação de n impedâncias em paralelo,
como mostra a figura 6.4.11é dada pela soma dos inversos das n impedâncias da associação:
n
1 ⎛ 1⎞
Z eq
= ∑ ⎜⎜⎝ Z i ⎟⎟⎠
i=1

Z1 Z2 Z3 Zn
...

1 1 1 1 1
= + + +L +
Z eq Z1 Z2 Z3 Zn
Figura 6.4.11 associação paralela de impedâncias.

Como mostra a figura 6.4.12, a Impedância equivalente (Zeq) de duas (e somente duas)
impedâncias em paralelo: é a razão do produto pela soma das duas impedâncias da associação:
Z1 ⋅ Z 2
Z eq =
Z1 + Z 2

Z1 Z2

Z1 ⋅ Z 2
Z eq =
Z1 + Z 2
Figura 6.4.12 associação de duas impedâncias em paralelo.

Exemplo 6.4.2: Determine a impedância equivalente para os circuitos, onde Z1=10+j30Ω; Z2=25-
j25Ω; Z3=50Ω e Z4=-j20Ω.

Z1 Z2

Z4 Z3
a)
Como a associação é série, simplesmente somamos as impedâncias:
Z eq = Z 1 + Z 2 + Z 3 + Z 4 = (10 + j30) + (25 − j25) + (50) + ( − j20) = 85 − j15 Ω

Z1 Z2 Z3

b)
A associação é em paralelo, então fazemos pelo inverso da soma dos inversos:

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1 1 1 1 1 1 1 1∠0 1∠0 1
= + + = + + = + + =
Z eq Z 1 Z 2 Z 3 (10 + j30) ( 25 − j25) 50 31,6∠71,6 35,35∠ − 45 50

1
= (0,0316∠ − 71,6 ) + (0,02828 ∠45 ) + (0,02∠0 )
Z eq

1
= (0,01 − j0,03 ) + (0,02 + j0,02) + (0,02) = 0,05 − j0,01
Z eq

1 1∠0
Z eq = = = 20∠ + 11,3 o Ω
0,05 − j0,01 0.05∠ − 11,3

Z1
Z2 Z4

c)
Este é um circuito misto. Devemos começar pela associação paralela de Z2 com Z4.
Podemos determinar pela relação do produto pela soma:

Z' =
Z2 ⋅ Z4
=
(25 − j25) ⋅ (− j20 ) = (35,35∠ − 45 ) ⋅ 20∠ − 90 = 707∠ − 135 = 13,74∠ − 74,05 o
Z 2 + Z 4 (25 − j25 ) + (− j20 ) 25 − j45 51,47∠ − 60,95
Como Z’ está associada em série com Z1, somamos as duas impedâncias:

( )
Z eq = Z'+ Z 1 = 13,74∠ − 74,05 o + (10 + j30 ) = (3,78 − j13,21) + (10 + j30 ) = 13,78 + j16,79 Ω

6.4.3. Tabelas-resumo

Relações entre Tensão e Corrente nos Elementos Passivos (RLC)


Domínio Tempo Domínio Fasorial
Elemento Comportamento
Unidade Relação Relação Unidade

Corrente em fase v R (t) V& R


Resistor Ohm, Ω R= R= Ohm, Ω
com a tensão iR ( t ) &I
R

dv C ( t ) V& C
Corrente adiantada iC (t ) = C ⋅ XC =
Capacitor dt &I Ohm, Ω
90o da tensão Farad, F C

Corrente atrasada diL ( t ) V& L


Indutor Henry, H v L (t) = L ⋅ XL = Ohm, Ω
90o da tensão dt &I
L

Corrente defasada V& Z


Impedância Ohm, Ω - Z= Ohm, Ω
da tensão &I
Z

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Relações entre Tensão e Corrente nos Elementos Passivos (RLC)
Forma
Unidade Natureza Forma Polar Módulo
Retangular
Resistência
Ohm, Ω Real R R R
R
Reatância
Imaginário 1 1
Capacitiva Ohm, Ω XC = X C = X C ∠( −90 o ) XC =
Negativo j⋅ ω⋅C ω⋅C
XC
Reatância
Imaginário
Indutiva Ohm, Ω XL = j ⋅ ω ⋅ L X L = X L ∠( +90 o ) XL = ω ⋅ L
Positivo
XL
Impedância 2
Ohm, Ω Complexo Z = R ± jX Z = Z∠ ± φ Z = R2 + X
Z

v( t ) = Vp ⋅ sen( ω ⋅ t + θ V ) = 2 ⋅ Vef ⋅ sen( ω ⋅ t + θ V ) ⇒ V& = Vef ∠θ V

i( t ) = Ip ⋅ sen(ω ⋅ t + θI ) = 2 ⋅ Ief ⋅ sen(ω ⋅ t + θI ) ⇒ &I = I ∠θ


ef I

Vp = 2 ⋅ Vef

2⋅π
ω = 2⋅π⋅f =
T
φ = θ V − θI
onde:
ω - freqüência angular [rad/s];
f – freqüência [H];
T – período do ciclo [s];
φ - defasagem entre tensão e corrente [o ou rad];
v(t) e i(t) – tensão e corrente instantâneas, respectivamente [V e A];
VP e Ip – tensão e corrente de pico, respectivamente [V e A];
Vef e Ief – tensão e corrente eficaz, respectivamente [V eA];
V& e &I - fasor tensão e corrente, respectivamente [V e A];
θV e θI – ângulo de fase inicial da tensão e da corrente, respectivamente [o ou rad];

Convenções de Sinais
Positiva Teor Indutivo
Defasagem φ Negativa Teor Capacitivo
Zero Teor Resistivo

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6.4.4. Exercícios

6.4.4.1) Dados os pares de tensão e corrente numa carga, calcule a impedância, desenhe o
triângulo de impedância e determine o teor da carga:

a) v( t ) = 200 sen( ωt + 30 o ) V e i( t ) = 10 sen( ωt + 30 o ) A

b) v( t ) = 50 sen(377 t + 20 o ) V e i( t ) = 5 sen(377 t − 70 o ) mA

c) v( t ) = 300 sen(1000 t + 10 o ) V e i( t ) = 60 sen(1000 t + 100 o )

d) v( t ) = 220 2 sen(377 t + 60 o ) V e i( t ) = 22 2 cos(377 t )


6.4.4.2) Dados os circuitos, determine a impedância equivalente, considerando uma freqüência de
1000Hz.
Dados: R1=50Ω; R2=100Ω; L1=50mH; L3=20mH; C1=20μF

a)

b)

c)

6.5. ADMITÂNCIA
Definimos Admitância Y como sendo o inverso da impedância Z. Assim:
1
Y=
Z
Como,
V&
Z=
&I

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