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Perfilagem

PERFILAGEM
Aula 07: Perfilagem por indução

AULA 07: PERFILAGEM POR INDUÇÃO


Perfilagem
Perfil por indução - ILD

1. Perfilagem por Indução;


2. Características;
3. Aplicações.

AULA 07: PERFILAGEM POR INDUÇÃO


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Perfil por indução - ILD

Esta perfilagem fornece leitura aproximada da resistividade da rocha contendo hidrocarbonetos, através da
medição de campos elétricos e magnéticos induzidos nas rochas;
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Mede a variação de condutividade, identifica condutores.

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• Resistividade

A resistividade elétrica de um material qualquer é a medida da dificuldade deste material em


transportar cargas elétricas livres sob a ação de um campo externo. Ela é definida pela Lei experimental
de Ohm, que estabelece o relacionamento linear entre a densidade da corrente e o campo elétrico.
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Na perfilagem, a resistividade pode ser conhecida através de dispositivos que utilizam corrente galvânica
dc e indução eletromagnética.

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• Em poços com espaços ou sem lama de perfuração, não é possível fazer bons contatos dos eletrodos
com a rocha e injetar corrente elétrica, como fazem as ferramentas de eletrodos galvânicos. Essas
ferramentas precisam de um meio condutivo, como a lama à base de água;

• Outro tipo de lama pode apresentar problemas no acoplamento elétrico devido às suas características
de alta condutividade ou de isolamento (NERY, 2004). No entanto, com ferramentas de indução
magnética de penetração profunda (ILD) ou média (ILM) é possível induzir campos magnéticos que
penetram profundamente e minimizam os efeitos | das zonas próximas à parede do poço. Um problema
subsistente para essas ferramentas é a lama muito condutiva (salgada) ou com uma zona de invasão
muito profunda na parede do poço. Isso causa uma medição alterada da resistividade da formação;

• Além disso, as rochas com resistividades muito altas tornam impreciso o perfil de indução (SERRA,
2008). Em tal situação, as leituras devem ser corrigidas utilizando cartas disponibilizadas pelos
fabricantes da ferramenta ou sondas de indução.

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• O perfil de indução, de maneira semelhante aos perfis de resistividade por condução de corrente, é
aplicado na correlação lateral de poços, na identificação qualitativa da litologia e do fluido nas rochas.
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Além disso, é aplicado também na estimativa da saturação de água (com lei de Archie) e na
identificação de zonas de alta permeabilidade (SCHLUMBERGER, 1998; NERY, 2004).

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• A medição da resistividade é realizada através da ferramenta de indução, que é responsável pela


medição da condutividade (inverso da resistividade). A sonda de indução é constituída por duas
bobinas, uma bobina transmissora onde é aplicada uma corrente constante de alta frequência e uma
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bobina receptora. A corrente aplicada à bobina transmissora gera um campo eletromagnético ao redor
da ferramenta, o que por sua vez induz correntes na formação. As correntes induzidas criam um campo
eletromagnético secundário que induz uma corrente alternada na bobina receptora. (RIDER, 2011)

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• A bobina transmissora gera um campo magnético que induz correntes circulares nas camadas que,
por sua vez, geram campos magnéticos induzindo sinais na bobina receptora;
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• Como a intensidade das correntes induzidas na formação é proporcional a sua condutividade, o sinal
induzido na bobina receptora é também proporcional à condutividade da formação e, portanto,
inversamente proporcional a sua resistividade.

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• O perfil de indução trabalha no sentido de minimizar o efeito do filtrado. Para isto seu princípio físico é
baseado no acoplamento eletromagnético (indutivo) entre os sensores (bobinas) e as rochas.
A vantagem de usar um campo eletromagnético, no lugar de um campo elétrico, é que este não
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apresenta distorções, penetrando indistintamente no meio para qualquer que seja o contraste resistivo.
Para se entender o princípio desta ferramenta usa-se um único par de bobinas ambas coaxiais ao eixo do
poço, a transmissora e a receptora.

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• A sonda de indução, basicamente, é composta por uma antena transmissora e outra receptora. A antena
transmissora induz uma corrente elétrica na formação rochosa que produz um campo magnético
captado pela antena receptora. (BASSIOUNI, 1994; ELLIS & SINGER, 2008);
| é proporcional ao campo magnético captado.
• A condutividade registrada pela ferramenta de medição
Em seguida, as medições de condutividade são transformadas em medições de resistividade (relação
inversa) e regularmente distribuídas na profundidade, para produzir o perfil de indução. A unidade desse
tipo medição é ohm metro (Ωm).

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• A corrente alternada, ao circular na bobina transmissora, produz em sua volta um campo


eletromagnético variável e de mesma frequência, capaz de induzir em outra bobina dentro de sua zona
de influência, uma voltagem alternada com iguais características, porém com sentido oposto. Assim, o
campo propaga-se eletromagneticamente dentro do meio com a velocidade das ondas de rádio;
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• Caso a bobina energizada (transmissora) esteja dentro do poço, a corrente alternada gera um campo
eletromagnético que por sua vez varre radialmente a formação invadida pelo filtrado, nas diversas
camadas da formação geológica, no nível da bobina transmissora.

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• O perfil de Indução é adequado para lama à base de água fresca ou à base de óleo. A ferramenta de
indução opera dentro de um intervalo de 10 centavos
| de quilohertz, bem como a variação dos campos
eletromagnéticos que permitem a circulação da corrente além das regiões resistivas.

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• Apesar do fato da indução se referir à medida da "resistividade" a tensão induzida para a bobina
receptora é efetivamente proporcional à formação condutora. Em meios isotrópicos, a indução de
corrente é circular e coaxial, tendo como referência| a sonda. Estes resultados mostram linhas em
paralelo que permanecem dentro do meio condutor uniforme (pelo menos para poços verticais de
camadas horizontais).

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• Através deste perfil, pode-se calcular o fator de resistividade da formação que, segundo Tiab (1996),
representa um excelente parâmetro para detecção de zonas de hidrocarbonetos.

FR = Ro / Rw
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Onde,
FR = Fator de resistividade da formação;
Rw = Resistividade da água que satura uma rocha;
Ro = Resistividade da Rocha com poros preenchidos somente por água.

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• O fator de formação é essencialmente constante para areias limpas e calcários. Para areias sujas ou
argilosas, FR diminui enquanto a resistividade da água saturada, Rw, aumenta; e apesar de Ro aumentar,
isso não acontece proporcionalmente porque a argila na água age como um condutor (TIAB, 1996).
Dessa forma, quando a condutividade aumenta, na presença de água salgada, Ro diminui e quando a
condutividade diminui, na presença de água doce, Ro aumenta.
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• De acordo com Contreras (2012), os valores de resistividade-padrão para os fluidos são:
1x 10-9 a 2 ohm.m - água salgada;
1 a 10 ohm.m - água doce;
50 a 150 ohm.m - petróleo; e
150 a >1500 ohm.m - gás.

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• Aplicações dos perfis de indução

Obtenção da resistividade da formação (Rt);


Determinação do diâmetro de invasão de fluidos na formação;
Determinação de zonas portadoras de hidrocarbonetos associado à água doce.


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O principal uso do perfil de resistividade é a detecção de hidrocarbonetos. Quantitativamente, este
perfil fornece dados para cálculos petrofísicos. Além disso, este perfil contribui com informações a
respeito da litologia, textura, fácies, pressões e aspectos da rocha fonte (RIDER, 2002).

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• Para determinar a saturação original do reservatório, a resistividade da formação não invadida pelo
filtrado deve ser determinada. Isto pode ser calculado tanto pelos dados obtidos pela ferramenta de
Dupla-indução (ILD) quanto pela ferramenta Duplo-Lateral (LLD);
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• A saturação da água pode ser determinada a partir dos dados fornecidos por este perfil. Com esta
variável pode-se determinar também a saturação de hidrocarbonetos do reservatório.

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• A indústria petrolífera deseja que as formações tenham alta porosidade e alta permeabilidade para
que os fluidos a serem produzidos tenham boa mobilidade no meio, o que dependerá também da
densidade dos fluidos. Os hidrocarbonetos se afastam mais rapidamente do que a água intersticial
|
formando um anel com elevada saturação de água presente entre a zona invadida e a zona não
invadida da formação. Sua influência, nas medições de perfis, depende da localização radial do anel e
do contraste entre as resistividades.

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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?

Perfilagem de Potencial Espontâneo (SP);

Características;

Aplicações.

AVANCE PARA FINALIZAR


A APRESENTAÇÃO.
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