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Alyson Geraldo Guimarães Cardoso


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Aterramentos Elétricos
• Condições de baixa frequência

Prof. Alyson Geraldo Guimarães Cardoso


UNIFEMM
Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

➢ Frequências próximas a fundamental – 60 ou 50 Hz


➢ Envolve a maioria das condições de projeto (ex: correntes de curto
circuito)

“Como o aterramento constituído pode, também, estar sujeito a ocorrências


associadas a fenômenos rápidos, é prática usual promover-se algumas
correções localizadas no aterramento projetado para condições de baixas
frequências, para ajustar sua configuração, complementando-a para também
atender às solicitações rápidas.”

VISACRO FILHO, Silvério. Aterramentos elétricos: conceitos básicos, técnicas de medição e instrumentação, filosofia de
aterramento. São Paulo: Editora ArtLiber, 2002.
Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

➢ A reatância longitudinal (de caráter indutivo: 𝜔𝐿 ) e a susceptância


transversal (de caráter capacitivo: 𝜔𝐶) podem ser desprezadas.
➢ Despreza-se também a resistência longitudinal nos condutores devido a
ausência do efeito pelicular nessa faixa de frequência. A resistência
interna do condutor é muito reduzida devido à alta condutividade do s
eletrodos metálicos e à usual dimensão da seção desses condutores.

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aterramento. São Paulo: Editora ArtLiber, 2002.
Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

➢ O aterramento passa a ser representado por um conjunto de condutâncias


em paralelo, assegurando-se a inclusão dos efeitos mútuos condutivos
entre as mesmas.
“Nessa perspectiva, o sistema passa a enxergar o aterramento como uma
resistência, designada Resistência de Aterramento (𝑅𝑇 ), equivalente a solução
do conjunto de condutores”

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Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

➢ A Resistência de Aterramento é diretamente proporcional a resistividade


do solo (𝜌) em que os eletrodos estão colocados.
➢ A constante de proporcionalidade 𝐾 expressa apenas os efeitos
geométricos (dimensão e forma) dos eletrodos.

𝑅𝑇 = 𝐾 ∗ 𝜌

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Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

Resistividade do solo – Conceito


“Pode-se definir resistividade do solo (𝜌) como a resistência (𝑅) medida entre
as faces opostas de um cubo de dimensões unitárias (aresta 𝑙 de 1 𝑚, área
das faces 𝐴 de 1 𝑚2 ) preenchido com este solo. Sua unidade é “Ω. 𝑚”.”

𝑙
𝑅= 𝜌
𝐴
ou
𝐴
𝜌=𝑅
𝑙

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Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

Resistividade do solo – Conceito


“O solo em seu estado natural é um mau condutor de eletricidade. Se for
considerado totalmente seco, ele se comporta como um material isolante”

Condutor Resistividade (Ω. 𝑚)


Cobre puro 1,6 𝑥 10−8
Alumínio 2,7 𝑥 10−8
Solos mais comuns 5 𝑎 20000

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Resistividade do solo – Fatores determinantes


a) Tipo de solo:
• Não são claramente definidos
• A mesma variedade de solo em locais distintos pode apresentar
valores de resistividade diferentes
• É possível determinar faixas de valores usuais de resistividade de
certos tipos de solo

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Tipo de Solo Resistividade (Ω. 𝑚)


Lama 5 a 100
Húmus 10 a 150
Limo 20 a 100
Argilas 80 a 330
Terra de jardim 150 a 480
Calcário fissurado 500 a 1000
Calcário compacto 1000 a 5000
Granito 1500 a 10000
Areia comum 3000 a 8000
Basalto 10000 a 20000
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Resistividade do solo – Fatores determinantes


b) Umidade do solo:
• Em baixa frequência a condução no solo é feita basicamente por
mecanismos eletrolíticos
• Para que a eletrólise se estabeleça é essencial a existência da água e
dos sais que vão prover os íons da mistura.
• A condutividade do solo é sensivelmente afetada pela quantidade de
água nele contida
• O aumento da umidade do solo implica a diminuição da sua
resistividade.

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Resistividade do solo – Fatores determinantes


b) Umidade do solo:
• A quantidade de água no solo varia com uma série de fatores:
✓ Clima
✓ Época do ano
✓ Temperatura
✓ Natureza do solo
✓ Existência de lençóis subterrâneos
✓ Etc.

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Resistividade do solo – Fatores determinantes


b) Umidade do solo:
• A umidade em geral aumenta com a profundidade

“Não é razoável presumir que um solo que retenha grande quantidade de


água tenha forçosamente pequena resistividade. Isto não ocorrerá, por
exemplo, se a concentração de sais dissolvidos na água for muito baixa ou
mesmo se esta estiver congelada, pois a estrutura cristalina do gelo lhe
confere alta resistividade elétrica.”

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aterramento. São Paulo: Editora ArtLiber, 2002.
Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

Efeito da umidade na resistividade de um solo arenoso


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