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Prof.

Alyson Geraldo Guimarães Cardoso


UNIFEMM
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Aterramentos Elétricos
• Condições de baixa frequência

Prof. Alyson Geraldo Guimarães Cardoso


UNIFEMM
Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

Resistividade do solo – Região de minas Gerais

➢ Valor médio da resistividade – 2500 Ω. 𝑚


➢ Valores entre 5000 e 10000 Ω. 𝑚 são comuns em locais onde são
implantadas instalações elétricas
➢ Localizações elevadas com solo seco afetadas pela erosão –
resistividade superior a 10000 Ω. 𝑚

“O estado de Minas Gerais constitui-se numa região cujos solos superficiais


são compostos predominantemente de formações antigas, principalmente
do período Pré-Cambriano”
VISACRO FILHO, Silvério. Aterramentos elétricos: conceitos básicos, técnicas de medição e instrumentação, filosofia de
aterramento. São Paulo: Editora ArtLiber, 2002.
Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

Mapa geológico do estado de Minas Gerais


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aterramento. São Paulo: Editora ArtLiber, 2002.
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Região Valores típicos de


resistividade do solo (𝜴. 𝒎)
Minas Gerais 2450
São Paulo 700
Paraná 200 – 1000
Mato Grosso 500 – 2000
Pernambuco 100 – 2000

Resistividades usuais de algumas regiões brasileiras


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Aterramentos Elétricos – Condições de Baixa Frequência

Resistividade do solo – Região de minas Gerais

➢ Resistividade usual na França e Alemanha – 50 Ω. 𝑚

“Pode se estimar de imediato que a resistência de aterramento de


determinada configuração de eletrodos instalada em solo típico de Minas
Gerais deve apresentar um valor de resistência aproximadamente 50 vezes
superior àquele encontrado pela configuração idêntica de eletrodos instalada
num solo típico da França.”

➢ As práticas de aterramento usuais na Europa ser inoportunas para as condições


brasileiras.

VISACRO FILHO, Silvério. Aterramentos elétricos: conceitos básicos, técnicas de medição e instrumentação, filosofia de
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Resistência de Aterramento

➢ Uma conexão a terra apresente resistência, capacitância e indutância

“Em baixa frequência, baixas correntes e resistividade do solo não muito alta,
são desprezíveis os efeitos capacitivos e de ionização do solo e o mesmo
comporta-se praticamente como uma resistência linear.

“Em alta frequência, por exemplo em telecomunicações, ou no estudo de


ondas impulsivas (descargas atmosféricas) é necessário considerar-se o efeito
capacitivo, principalmente nos solos de alta resistividade e também a
influência da reatância indutiva ao longo dos condutores e eletrodos.”
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➢ Considere a aplicação de uma onda de corrente impulsiva (simulação


de corrente de descarga atmosférica) sobre um aterramento
constituído de uma haste de pequenas dimensões.

Efeito da intensidade da corrente no comportamento do aterramento


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➢ No gráfico se relaciona o valor de pico da onda de corrente com a


“impedância impulsiva” (relação entre os valores de pico das ondas de
tensão e corrente)

Efeito da intensidade da corrente no comportamento do aterramento


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➢ Para pequenos valores de pico da corrente a impedância tem valor


elevado, comportando-se praticamente como uma resistência.

Efeito da intensidade da corrente no comportamento do aterramento


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➢ Para correntes de pico maiores há ionização do solo em torno da


haste, com o aparecimento de canais de descarga no solo.

Efeito da intensidade da corrente no comportamento do aterramento


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Resistência de Aterramento

“Tais canais, constituídos de plasma, têm natureza condutora e o efeito


equivalente dos mesmos é a formação de um cilindro de dispersão de
corrente, com área ampliada em relação à superfície do condutor.”

“Essa ampliação equivalente da superfície dos eletrodos, que será tanto


maior quanto maior for o valor de pico de corrente, resulta no crescimento
tanto da corrente condutiva quanto capacitiva no solo, com a consequente
redução da impedância de aterramento.”

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Resistência de Aterramento

“Em condições de baixa frequência e valores de impedância superiores a um


ohm, é comum desprezar-se a componente reativa dessa impedância.”

“Contudo, para valores inferiores a meio ohm, possíveis em grandes sistemas


de aterramento, deve-se considerar a componente indutiva, pois esta pode
influenciar não só no valor de uma possível corrente de falta, como também
na distribuição dessa corrente no solo, tendendo a tornar seu percurso
próximo à linha de transmissão e alterando as linhas de potencial na
superfície do solo.”

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Resistência de Aterramento

“A quantificação da resistência de aterramento pode ser traduzida através da


relação entre o valor da tensão resultante no eletrodo e o valor da corrente
injetada no solo através do mesmo.”

𝑅𝑇 = 𝑉𝑇 Τ𝐼

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Natureza da resistência de um aterramento


➢ A resistência de um aterramento tem três componentes:

✓ Resistência própria do eletrodo e das ligações elétricas ao mesmo


(usualmente de valor muito reduzido, dada a alta condutividade
dos metais empregados)

✓ Resistência de contato entre o eletrodo e a terra jacente ao


mesmo (de valor desprezível se o eletrodo estiver ausente de
qualquer cobertura isolante, como tintas, óleos e gorduras, e se a
terra estiver bem comprimida de encontro à superfície do
eletrodo)

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Natureza da resistência de um aterramento


➢ A resistência de um aterramento tem três componentes:

✓ Resistência da terra circunvizinha (componente fundamental, que


efetivamente determina o valor da resistência de um aterramento
bem instalado, e que depende basicamente da resistividade do
solo e da distribuição da corrente provinda do eletrodo, esta
determinada principalmente pela forma e dimensão do mesmo)

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➢ Considera-se o fluxo de uma corrente de condução para um solo


homogêneo por meio de um eletrodo de formato hemisférico. Na
estilização, o solo é aproximado por um conjunto de fatias
hemisféricas de mesma espessura e resistividade, cuja área cresce à
medida que se afasta do eletrodo.

Modelo de solo homogêneo aproximado por fatias


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➢ A soma da resistência de todas as fatias até uma distância infinita


resulta no valor da Resistência do Aterramento.
➢ Como a espessura é a mesma para todas as fatias, quanto mais
próxima do eletrodo está a fatia, maior é a sua resistência, pois a área
atravessada pela corrente é menor.

Modelo de solo homogêneo aproximado por fatias


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➢ Quando a distância ao eletrodo é muito significativa, a área da fatia


em consideração torna-se tão ampla que a sua resistência fica
desprezível.
➢ Assim, quem determina efetivamente o valor da resistência de
aterramento é a terra mais próxima do eletrodo.

Modelo de solo homogêneo aproximado por fatias


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➢ Admitindo-se um potencial nulo no infinito, o valor do potencial


aumenta à medida que se aproxima do eletrodo, devido à queda de
tensão no percurso considerado no solo.

Perfil de potencial no solo


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“O mesmo tipo de estilização é válido para outras configurações de eletrodos


(como hastes e eletrodos horizontais). Nesse caso, a forma das
equipotenciais na região próxima ao eletrodo é semelhante a forma deste, e
o mesmo deve ocorrer na forma de fatias.”

“A diferença no formato das primeiras fatias resulta, certamente, em valores


diferentes para a resistência das mesmas em relação ao caso anterior (...)
Nota-se que tal diferença é devida apenas às camadas de solo mais próximas
do eletrodo, que, entretanto são aquelas que exercem maior influência na
composição do valor da Resistência de Aterramento”

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