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INDUTÂNCIA – A característica de um circuito elétrico que se opõe a mudanças na

corrente. A reação (oposição) é causada pela criação ou destruição de um campo


magnético. Quando a corrente começa a fluir, linhas magnéticas de força são
criadas. Essas linhas de força cortam o condutor induzindo uma força eletromotriz
contrária em direção oposta à corrente.

AUTO-INDUTÂNCIA – O processo pelo qual um circuito induz uma força


eletromotriz (fem) em si próprio pela movimentação de seu campo
magnético. Todo circuito elétrico possui auto-indutância. Essa oposição
(indutância), entretanto, apenas aparece quando há uma mudança na corrente do
circuito. A Indutância NÃO se opõe à corrente, apenas a MUDANÇAS na corrente. A
propriedade da indutância pode ser aumentada se o condutor formar um laço. Em
uma volta, as linhas de força afetam mais o condutor. Isso aumenta a fem auto
induzida.
INDUTÂNCIA EM UMA BOBINA – A propriedade da indutância pode ser
aumentada ainda mais se o condutor for enrolado em uma bobina. Como uma
bobina contém muitas voltas, mais do condutor será afetado pelo campo
magnético. Indutores (bobinas) são classificados de acordo com o tipo de núcleo.
Normalmente o material deste Núcleo é o ar (núcleo oco), Lâminas de Aço Silício
ou ferrite .
FATORES QUE AFETAM A INDUTÂNCIA DAS BOBINAS – A indutância em uma
bobina é totalmente dependente da sua constituição física. Alguns dos fatores que
afetam a indutância são:
O número de voltas na bobina. Aumentando o número de voltas, aumenta-se a
indutância.

Diâmetro da bobina.
A indutância aumenta em proporção direta ao aumento da área da secção
transversal da bobina.
Comprimento da bobina.
Quando o comprimento da bobina é aumentado, mantendo-se o número de voltas
inalterado, o espaço entre as voltas aumenta. Isso diminui a indutância da bobina.

O tipo de material do núcleo.


Aumentando-se a permeabilidade do núcleo aumenta-se a indutância da bobina.
Enrolar a bobina em camadas.
Quanto mais camadas são usadas para formar uma bobina, maior é o efeito que o
campo magnético tem sobre o condutor. Enrolando-se a bobina em camadas
aumenta-se a indutância.

UNIDADE DE INDUTÂNCIA – A Indutância (L) é medida em henries (H). Um


indutor tem uma indutância de um henry (H) se uma força eletromotriz (fem) de
um volt é induzida no condutor quando a corrente através do condutor está
mudando a uma taxa de um ampere por segundo. As unidades comuns de
indutância são (H), milihenry (mH) e o microhenry (µH).
AUMENTO E QUEDA DE CORRENTE EM UM CIRCUITO LR – O tempo requerido
para a corrente em um indutor aumentar até 63,2% da corrente máxima, ou para
diminuir até 35,9% da corrente máxima é conhecido como constante de tempo. O
símbolo para a constante de tempo LR é L/R. Ou como formula:

A constante de tempo de um circuito LR também pode ser definida como o tempo


necessário para a corrente no indutor aumentar ou cair até o seu valor final caso
ela continuar a aumentar ou diminuir à sua taxa inicial. Para os propósitos práticos,
a corrente no indutor alcança o seu valor máximo em 5 “Constantes de Tempo” e
diminui para zero em 5 “Constantes de Tempo”.
PERDA DE POTÊNCIA EM UM INDUTOR
Uma vez que um indutor (bobina) contém um certo número de voltas de fio, e todo
fio tem alguma resistência, o indutor tem uma certa quantia de resistência. Essa
resistência normalmente é muito pequena e tem um efeito desprezível sobre a
corrente. Entretanto, há perdas de potência em um indutor. As principais perdas de
potência num indutor são: perdas devidas ao cobre, à histerese, e ao
turbilhonamento da corrente. A perda devida ao cobre pode ser calculada
multiplicando-se o quadrado da corrente pela resistência do fio na bobina (I2R).A
perda por histerese acontece pela potência que é dissipada na reversão do campo
magnético toda vez que a corrente muda de direção. A perda por turbilhonamento
da corrente acontece devido ao aquecimento do núcleo causado pelas correntes
circulantes induzidas no núcleo de ferro pelo campo magnético da bobina.
INDUTÂNCIA MÚTUA – Quando duas bobinas são posicionadas de modo que o
fluxo de uma bobina corte as voltas do enrolamento da outra, essas bobinas têm
indutância mútua. A quantidade de indutância mútua depende de vários fatores: a
posição relativa dos eixos das bobinas, a permeabilidade dos núcleos, a dimensão
física das duas bobinas, do número de voltas em cada bobina, e da distância entre
as bobinas. O coeficiente K desse “acoplamento” especifica a intensidade de
interação entre as bobinas. Se todo o fluxo de uma bobina cortar todas as voltas do
enrolamento da outra o coeficiente K é 1 ou unitário. Se nenhum fluxo de uma das
bobinas cortar o enrolamento da outra, o coeficiente k é zero. A indutância mútua
entre duas bobinas (L1 e L2) pode ser expresso matematicamente assim:

CALCULANDO A INDUTÂNCIA DE UM CIRCUITO – Quando a indutância total de


um circuito é calculada, os valores individuais são tratados da mesma forma que
valores de resistência. As indutâncias de várias bobinas em série são somadas,
como as resistências de resistores em série. Isto é:

As indutâncias de bobinas em paralelo são combinadas matematicamente como as


resistências de resistores em paralelo, isto é:
Ambas as formulas acima são precisas, mostrando que não há indutância mútua
entre os indutores.

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