INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS – CAMPUS ARINOS

ATIVIDADE AVALIATIVA – ATENDIMENTO ESPECIAL

Língua Portuguesa – 3º Agro I - Prof. Me. Renato Oliveira
2º trimestre - Data: - Valor:
NOME: ....................................................................................... Nº: ........... TIPO 01

INSTRUÇÕES
1. Esta prova contém 12 questões. Verifique se o seu exemplar está completo.
2. Leia sempre e atentamente todas as questões antes de dar as respostas.
3. Redija suas respostas com tinta azul ou preta.
4. Circule a resposta marcada indevidamente e marque com X sua nova opção (questões de múltipla escolha).
5. A ortografia, a concordância e a estrutura da frase serão itens considerados na avaliação e aplicação da nota.

Questões numeradas de 01 a 12

TEXTO I

INSTRUÇÃO: Leia o texto I e responda às questões de 01 a 06, que a ele se referem ou o tomam como ponto de partida.

Um guia para você se proteger sozinho das fake news

(Hélio Gurovitz)

Notícias falsas infestam as redes sociais feito gafanhotos. Na tentativa de deter a

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praga, Facebook e Twitter, atarantados e atabalhoados, adotam medidas drásticas,
que deixam no ar aquele cheiro inconfundível da borracha queimada dos tempos da
censura. Autoridades eleitorais no mundo todo, assustadas com a intervenção de
5 hackers e robôs na eleição de Donald Trump e no plebiscito do Brexit, buscam um
pesticida milagroso para exterminar o acrídio onipresente que batizaram de fake
news. Em vão. Em apenas um ano, os países afetados por campanhas digitais de
manipulação e desinformação saltaram de 28 para 48, de acordo com um
levantamento da Universidade de Oxford, entre eles, destaca-se o Brasil, bem às
10 vésperas da eleição presidencial mais angustiante desde a redemocratização. A
imprensa profissional, porto seguro para quem buscava informações confiáveis, enfrenta uma crise de imagem e credibilidade sem
paralelo. Em quem confiar? Como se proteger em meio à revoada irrefreável de mentiras, falsidades ou propagandas disfarçadas de
notícias?
Por mais que empresas ou governos tentem resguardar o cidadão, o ambiente se tornou inexoravelmente mais hostil. Sites e
15 ferramentas de checagem, concebidos como antídotos à peçonha, parecem apenas alimentar o coro de reprovação, que brada “fake news”
diante de qualquer notícia, análise ou opinião que desagrade. As regras mais triviais para regular o meio digital e disciplinar a
disseminação de mentiras são vistas como expressão de censura ou viés ideológico. Não é que governos ou empresas estejam errados. É
que simplesmente podem ser inúteis – algo como tentar curar um viciado em álcool apenas dando conselhos para que largue a bebida. A
demanda por conteúdo que confirme as crenças da audiência é inesgotável, bem maior que a demanda pela verdade.
20 Quem está interessado em fatos reais e informações fidedignas tem de aprender rudimentos de jornalismo para se proteger sozinho da
infestação de mentiras e da manipulação no meio digital. Felizmente, o próprio avanço tecnológico torna isso mais fácil.
“As pessoas terão de adquirir suas próprias notícias, até certo ponto, e deverão, portanto, aprender técnicas jornalísticas e os vários
truques do ofício”, escreve o economista Bruce Bartlett em The Truth matters (A verdade importa), um guia com 15 dicas práticas
para separar fatos de mentiras e combater a praga das fake news. Veterano de mais de 40 anos em Washington, Bartlett lidou com a
25 imprensa em todos os cargos que ocupou na Câmara, no Senado e na Casa Branca. Foi um dos artífices do corte de impostos no governo
Ronald Reagan e um crítico veemente da política econômica no governo George W. Bush. Mesmo antes da eleição de Trump, rompera
com os republicanos, sem aderir aos democratas. Vê a imprensa de fora.
O maior valor de suas dicas está justamente no olhar externo e sofisticado de alguém com tarimba suficiente para entender por dentro o
funcionamento do jornalismo profissional, para reconhecer suas qualidades e limitações, sem cair na histeria bocó de quem enxerga a
30 “mídia” como mera máquina de pregação ideológica e manipulação.
Seus conselhos são expostos de modo prático e sucinto. É preciso saber distinguir entre fontes primárias e secundárias; usar
corretamente sites, documentos, a Wikipédia ou bibliotecas públicas; compreender convenções jornalísticas, como “on” e “off”, o equilíbrio
artificial em reportagens ou o emprego de termos vagos, como “esquerda” e “direita”; saber confiar em acadêmicos e entender os
interesses de institutos privados; desconfiar de pesquisas e pôr números em contexto; confiar mais em opiniões assinadas que em
35 anônimas; e, sobretudo, saber apontar a diferença entre notícias e boatos, notícias e propaganda, notícias e opinião. “As melhores defesas
contra fake news são: pensamento crítico; obter as notícias de uma variedade de fontes, incluindo aquelas que não confirmam suas
próprias crenças; ser cético quanto à informação que parece boa (ou ruim) demais para ser verdade.”
Revista Época, n. 1049, 6 ago. 2018, p. 44. Adaptado.
QUESTÃO 01 -
Em todas as alternativas, o significado da palavra destacada foi identificado corretamente, EXCETO em:

A. Autoridades eleitorais no mundo todo, assustadas com a intervenção de hackers e robôs na eleição de Donald Trump e no plebiscito
do Brexit, buscam um pesticida milagroso para exterminar o acrídio onipresente que batizaram de fake news. (Linhas 4-7) – ACRÍDIO
= PRAGA.
B. Por mais que empresas ou governos tentem resguardar o cidadão, o ambiente se tornou inexoravelmente mais hostil. (Linha 14)-
INEXORAVELMENTE= INEVITAVELMENTE.
C. Foi um dos artífices do corte de impostos no governo Ronald Reagan e um crítico veemente da política econômica no governo
George W. Bush. Mesmo antes da eleição de Trump, rompera com os republicanos, sem aderir aos democratas. ( Linhas 25-27) –
ARTÍFICES = OPOSITORES.
D. O maior valor de suas dicas está justamente no olhar externo e sofisticado de alguém com tarimba suficiente para entender por dentro
o funcionamento do jornalismo profissional (...). ( Linhas 28 e 29) – TARIMBA = EXPERIÊNCIA.

QUESTÃO 02 -
Todos estes nomes a seguir resgatam, com atitude avaliativa, a expressão “notícias falsas” do texto, EXCETO
A. praga (linha 2).
B. pesticida (linha 6).
C. mentiras (linha 24).
D. peçonha (linha 15).

QUESTÃO 03 -
O jornalista, autor do texto, diz que o economista Bartlett “Vê a imprensa de fora.” (linha 27). O jornalista faz essa afirmação com o objetivo
de
A. mostrar que os conselhos do economista são práticos e sucintos.
B. evidenciar que, devido ao fato de o economista ter se inserido na política, adquiriu experiência suficiente para lidar com as mídias.
C. opor-se à ideia de que só jornalistas conhecem o funcionamento das mídias.
D. persuadir o leitor a respeito da isenção das ideias do economista, no que diz respeito aos conselhos que fornece sobre não se deixar
manipular pelas fake news.

QUESTÃO 04 -
Pelo texto, depreende-se que lidar de maneira crítica com as mídias envolve, EXCETO
A. .uma confiança excessiva em determinados órgãos midiáticos e em outros, não.
B. compreender que o uso da linguagem funciona como meio de persuasão porque manipula o sentido do que é dito.
C. ter interesse por adquirir meios próprios de ter acesso a fontes de notícias as mais diversificadas.
D. saber que as mídias são órgãos sociais, institucionais, sujeitos a tudo que é próprio dos homens, defeitos e qualidades.

QUESTÃO 05 -
Leia a observação a seguir:
Embora tenhamos consagrado a forma adverbial de negação “não”, encontramos nesse texto outras formas de negar.
Todas as alternativas abaixo, de acordo com o contexto em que se inserem, justificam essa observação, EXCETO
A. “Em vão.” (linha 7).
B. “Quem está interessado em fatos reais e informações fidedignas tem de aprender rudimentos de jornalismo [...]” (linha 20).
C. “[...] sem cair na histeria bocó de quem enxerga a „mídia‟ como mera máquina [...]” (linhas 29-30).
D. “[...] desconfiar de pesquisas e pôr números em contexto [...]” (linha 34).

QUESTÃO 06 -
Leia o fragmento subsequente:
“(...) incluindo aquelas que não confirmam suas próprias crenças; ser cético quanto à informação que parece boa (ou ruim) demais para ser
verdade.”

No excerto acima, há a presença de dois pronomes relativos que, respectivamente, do ponto de vista sintático, possuem a função de

A. Sujeito e Objeto Direto.

B. Objeto indireto e Objeto Indireto.
C. Objeto Indireto e Objeto Indireto.
D. Sujeito e Sujeito.
QUESTÃO 07 ‒

Marque a alternativa em que a função do pronome foi identificada INCORRETAMENTE.

A. A sala em que estou é extremamente bem decorada. ( Predicativo do Sujeito)
B. Os atletas que obtinham medalhas eram assediados pelas garotas. (Sujeito)
C. Os advogados a quem recorremos atenderam nossas súplicas. (Objeto Indireto)
D. Avaliei positivamente a dissertação que você me entregou. (Objeto Direto)

QUESTÃO 08 ‒

Identifique e justifique as diferentes possibilidades de interpretação nos seguintes exemplos:

a) Os índios que estavam nus não puderam entrar no salão de convenções.

_______________________________________________________________________________________________________________
b) Os índios, que estavam nus, não puderam entrar no salão de convenções.

QUESTÃO 09 ‒

Identifique a função dos pronomes relativos presentes nas orações abaixo:

A. Não consegui enxergar beleza nessa obra que o artista pintou.

_______________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________

B. Estou muito feliz com os resultados do procedimento a que me submeti.

_______________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________________

TEXTO II

www.melhorestirinhas.com.br
QUESTÃO 10 ‒

A partir da leitura da tirinha, é CORRETO afirmar que:

A. os locutores presentes no texto compartilham da crítica estruturada na tirinha. Entretanto há uma quebra de expectativa no final do
texto em função da resposta de Hagar.
B. o produtor do texto teve a intencionalidade de valorizar as diferentes posturas existentes nas mais diversas sociedades.
C. a associação entre a linguagem verbal e a imagética é responsável pela manutenção da expectativa inicial do leitor.
D. no último quadrinho, há uma ruptura do pacto de leitura estabelecido pelo produtor do texto desde o primeiro quadrinho.
 Texto III

QUESTÃO 11 –

O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A estratégia que o autor utiliza para o
convencimento do leitor baseia-se no emprego de recursos expressivos, verbais e não verbais, com vistas a

A. ridicularizar a forma física do possível cliente do produto anunciado, aconselhando-o a uma busca de mudanças estéticas.
B. enfatizar a tendência da sociedade contemporânea de buscar hábitos alimentares saudáveis, reforçando tal postura.
C. criticar o consumo excessivo de produtos industrializados por parte da população, propondo a redução desse consumo.
D. associar o vocábulo “açúcar” à imagem do corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo adoçante.

TEXTO IV

Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2010 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)

QUESTÃO 12 –

O anúncio publicitário está internamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um produto. No texto apresentado,
utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração “Noites do Terror”, de um parque de diversões. O entendimento
da propaganda requer do leitor

A. a identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio.

B. o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular.
C. a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror.
D. a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente.