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O manifesto comunista em cordel – (Primeira Parte)

Antônio Queiroz de França

Pensadores, sociólogos, O Manifesto Comunista,


Cientistas sociais Dizendo que nosso grito Sobre nossos ombros pesa
Preocupam-se com o homem Necessita ser conquista. A responsabilidade
Este “rei dos animais” Pelo combate à causa
Que cultiva o egoísmo, Em mil e oitocentos e Dessa insensibilidade
Da ética não lembra mais. Quarenta e sete emitiram Entre o nosso segmento
Na liga dos comunistas. Com solidariedade.
Devido à desigualdade Em congresso decidiram,
Estudam a economia O Manifesto dos pobres O Partido Comunista
E chegam à conclusão Marx e Engels redigiram. Já começa a progredir
Que a poucos privilegia E os vários movimentos
Sem o mínimo pra ter vida Feito de forma eclética Resolveram se unir,
Sofre a grande maioria Uni anticapitalistas Para a vil exploração,
Da grande Liga Operária Nesse planeta, abolir.
Fizeram a divisão Os quais eram comunistas
Após “estudos profundos”: Que faziam um consenso Várias correntes de idéias,
“Primeiro mundo” dos ricos; Com os irmãos anarquistas. Movimentos sociais,
“Terceiro” dos moribundos. Havia, entre operários
Os pobres escravizados Quando a vida virou luxo E entre intelectuais.
Por burgueses dos dois mundos. Neste tal Planeta Terra Depois deste Manifesto
Onde poucos vivem bem. Tornam-se consensuais.
Um grande gênio alemão Pra se manter fazem guerra
E um outro camarada Sobre muitos que produzem O movimento operário
Prepararam uma tese Nova escravidão se encerra. Chamava-se comunista,
Da humanidade estudada Dos intelectuais
E descobriram a causa Gera insensibilidade Era o socialista.
Da fome verificada. Em todos desde a infância: Afora outro que havia
Nos ricos por vaidade, Chamado de anarquista.
Foi de Karl Marx e Engels É causada por ganância;
A grande ação humanista Nos pobres pela miséria, Diziam no Manifesto
Quando lançaram ao mundo A causa é a ignorância. Que existia um fantasma
Rondando toda a Europa Se for um pobre operário
(De medo o Estado pasma), Ficará desempregado. Na nova sociedade
Que prometia dar fim, Não acaba antagonismo
Entre nós, num cataplasma. Chegaram a conclusões Diminui os segmentos
Num congresso que ocorreu: Nas leis do capitalismo
Por fim nos paliativos Primeiro: que o Comunismo Concentrando capital,
Das doenças sociais Finalmente apareceu. Cresce o individualismo.
Só eliminando a causa É força reconhecida
Elas não voltarão mais No continente europeu. Menos oportunidade
Não confundindo a espécie Nessa nova economia,
Com a de outros animais. Segundo: que já é tempo Dos servos do feudalismo
De todo o mundo saber Se origina a burguesia.
Karl Marx conclama a todos Como pessoa o comunista, Operário ser patrão
Para entrarem em ação Que política quer fazer, É uma grande utopia.
Unindo os trabalhadores Que agora não é fantasma
Sem distinção de nação É real o que se vê. A descoberta da América,
Para o fantasma passar A circunavegação
À materialização. Em Londres se reuniu Da África, ofereceu
Um grupo de comunistas À essa classe em ascensão,
O tal fantasma falado De várias partes do mundo Mercado da Índia e China,
Era o socialismo Para planejar conquistas, Um novo campo de ação.
Que é o primeiro passo Como primeira estratégia
Pra chegar ao comunismo, Contra as leis capitalistas. Com a colonização
Chamado pelos burgueses, O comércio tem amento
Projeto de terrorismo. O Manifesto é escrito Provocando na indústria
Em idioma inglês, Maior desenvolvimento.
O papa e imperadores Em alemão e flamengo, A revolução burguesa
Fizeram a “Santa Aliança” Italiano e francês. Ganha com isso,um alento.
Contra a idéia comunista, Ainda foi divulgado
Dos pobres uma esperança Também em dinamarquês. O modo de produção
Enquanto estes mendigavam Do velho Estado feudal
Os ricos enchiam a pança. Tem o primeiro capítulo Já não mais satisfazia
“Burgueses e Proletários”, Ao mercado mundial.
A palavra “comunismo” Fala de dois segmentos: O fim das corporações
Passou a ser condenada. Pobres e proprietários, Era fato natural.
A igreja com a burguesia Vivendo a luta de classes
Já era mancomunada, Que é o choque dos contrários. Nascem as manufaturas
Pregava que esta idéia Com a pequena burguesia,
Estava amaldiçoada. Perversa luta de classes Mestres de corporações
E nem sempre o povo vê O seu fim chegou o dia
O Manifesto Comunista Que pobres trabalhadores A divisão do trabalho
Está ainda atual Só querem mesmo é viver. Era a nova que surgia.
Pois a causa da miséria Enquanto que a burguesia
É aquele antigo mal. Luta para manter poder. Com o aumento da procura
São riquezas concentradas Do mercado em expansão
Em forma de capital. Mas essa luta traz guerras, Exige da burguesia
As guerras, transformação. Uma maior produção,
O capital sempre foi Se idéias novas triunfam, Levando a manufatura
Sem pátria e sem fronteira Chama-se revolução. À sua suplantação.
É suor, sangue e lágrimas Sendo as conservadoras,
Da humanidade inteira Chama-se manutenção. Com a máquina a vapor
Dizer “Globalização” Surge uma nova estrutura,
É redundância grosseira. A história da humanidade Assim a máquina moderna
Teve pouca alteração, Põe fim na manufatura
A atual economia Sempre dividida em classes, Mas, a média burguesia
Tem base na exploração. Tinha o servo e o barão, Não resiste à conjuntura.
Pra que poucos vivam bem, O homem livre e escravo,
Muitos passam privação, Hoje operário e patrão. Cede para os magnatas
Despojados da virtude Que conhcemos demais,
Que é a indignação. Os patrícios e plebeus, Os famigerados chefes
Escravos e cavaleiros, De tropas industriais.
Quem repudia injustiça Tinham na Idade Média São os burgueses modernos
Ou defende injustiçado, Os mestres e companheiros: Piores do que chacais.
A fúria da burguesia Vassalos, sendo aos senhores,
Deixa estigmatizada. Submissos verdadeiros. A grande indústria criou
O mercado mundial Velada por ilusão, Geram instabilidade.
Provocando o progresso A qual era alimentada
De forma fenomenal, Bem pela religião. Desponta o capitalismo
Comunicação e transporte Já com caráter global
Foi alavanca principal. Nessa nova economia Por haver necessidade
Tem exploração aberta. Da expansão comercial
Com a indústria e o comércio A todos profissionais Negando a reação
Amplia a navegação, Tal situação aperta, Ou conceito nacional.
Vias férreas desenvolvem-se A médico, poeta e padre
Com a comunicação, Mísero salário oferta. O velho nacionalismo
E no capital burguês Não tem mais sustentação
Faz a multiplicação. As relações sociais Com o cosmopolitismo
Que traz o capitalismo Da atual exploração
Nas classes da Idade Média Dissolvem entre famílias Pra garantir o consumo
O banimento provoca Todo sentimentalismo, Da crescente produção,
As revoluções nos modos Transforma tudo em comércio,
De produção e de troca Estimula o egoísmo. Com essa interdependência
E a cada evolução Em nível universal
Nova política coloca. A burguesia revela De todas as produções,
A mesma força brutal Não só a material,
A burguesia aniquila Que tinha na Idade Média São de todas as nações,
A organização feudal O velho Estado feudal. Até a intelectual.
E nesse Estado moderno Com apoio da reação
A mudança é natural, É o sistema atual. Atraiu até os bárbaros
Pra comitê de negócios Com sua ideologia
Que é em nível mundial. A capacidade humana Produtos com baixos preços
De importantes construções, Foi arma da burguesia
Essa atitude burguesa A burguesia provou Rompe muralhas da China
Foi revolucionária. Com suas realizações Domando aquela etnia.
Mas, continua o domínio Que foram superiores
Com a hoste parasitária Às antigas invasões. Sua imagem e semelhança
Sugando e debilitando Ela conseguiu formar
Nossa classe proletária. Maiores que as pirâmides Ricos, pobres, miseráveis,
Coisas são realizadas: Iguais passaram a pensar.
A burguesia aboliu Conduziu expedições Dizem: “A burguesia fede
Os poderes naturais Que superou as cruzadas Mas pode se perfumar”.
Ligados ao feudalismo, Até as catedrais góticas
Idílicos, patriarcais, São, em importância, atrasadas. Convence a sociedade
Ficando a supremacia De uma falsa perfeição,
Com os grandes industriais. Os aquedutos romanos Que só no capitalismo
Também foram superados Temos civilização
Para se identificar Por meios de produção E que o socialismo
Quem é homem poderoso, Totalmente renovados É uma idéia do “cão”.
Agora é o capital, Com as novas relações
Não é ser religioso. Costumes são dizimados. Reconheço a existência
Todo sentimentalismo De uma veracidade,
Sofre choque fragoroso. As relações sociais Que o progresso burguês
Na nova ordem classista É uma realidade.
Até a dignidade Tornaram-se antiquadas Mas, a serviço de poucos
Passa a ter valor de troca. Logo após sua conquista Não, de toda humanidade.
Quanto à do ser humano, Porque a sua estrutura
Simplesmente se derroca. Tem o princípio egoísta. As populações urbanas
Todo valor existente A burguesia aumentou
Contra a ética se choca. Na atual economia Os meios de produção
São condições naturais Nas cidades concentrou
Numerosas liberdades, As mudanças permanentes Às condições da metrópole
Com esforço, conquistadas. Tornam-se essenciais O campo subordinou.
Pela “livre concorrência” No modo de produção Logo no primeiro século
Elas todas são trocadas. E nas relações sociais. Que a burguesia mandou
Mas, as novas liberdades Gerou forças produtivas
São farsas bem preparadas. Daí vem a insegurança Que ninguém antes criou
Em toda sociedade A dos Estados passados
O novo domínio impõe As políticas econômicas O progresso superou.
Uma nova exploração São de curta validade
No lugar da anterior E para os ricos e pobres Das forças da natureza
Fez a subjugação Pela saúde do escravo
E da máquina a vapor Se a vítima for um pobre Sem miserabilidade.
Patrocina a construção Dão-lhe outro tratamento:
Impulsionando a indústria Ele é logo torturado Hoje no capitalismo
Também a navegação. Não vai nem a julgamento O patrão é diferente
Morre em presídio lotado Não quer saber se operário
A aplicação da química Sobre seu próprio excremento. Está com fome ou doente,
Na indústria e agricultura Se os filhos não têm comida,
Faz com telégrafo elétrico Queremos tecnologia “Quem for fraco se arrebente!”
Das fronteiras, abertura Com solidariedade
Assim como a ferrovia Não a serviço de poucos O valor do homem é zero
Que ainda hoje perdura. Mas de toda a humanidade Menos que outro animal,
Não para matar irmãos Sãoas características
Nem o Karl Marx nem Engels Mas para a fraternidade. Da economia atual.
Tinham pensado algo igual. O homem só tem valor
Em algum século passado A crise capitalista Se possuir capital.
Quem teria tido sinal Assola o planeta inteiro
Da força oculta no seio Quanto mais concentra renda O nosso maior valor
Do trabalho social? Menos gente tem dinheiro É de todos ser irmão
Isto é, o feitiço volta Não o valor monetário
Quando as forças produtivas Contra o próprio feiticeiro. Que é uma humilhação
Entravaram a produção Não podemos ser menor
No seio do feudalismo Esse mercado é composto Que o fruto da nossa ação.
Nasce uma organização Pela oferta e a procura
Que era o capitalismo Quando a primeira é maior Depois da exploração
Em estágio de embrião. Causada pela fartura Por um mísero salário
Pobres compram alimentos Ainda não fica livre
O capitalismo hoje E os ricos vão a loucura. Do insensível usuário
Vive num processo igual Mudou apenas o título
As riquezas se concentram Quando a segunda é maior De escravo para operário.
Em forma de capital Os preços são majorados
E a miséria do povo Os ricos ficam felizes E dos donos do aluguel
Dá-lhe o golpe fatal. Os pobres mais desgraçados (Os burgueses varejistas)
Ter paz no capitalismo Passam a ser proletários
Acontece o mesmo entrave São impossibilitados. Camponeses e artistas
Na atual economia Sujeitos à servidão
Porque quem produz riquezas É inerente ao sistema Das hostes capitalistas.
Não compra mercadoria. Essa tal contradição
São eles, os proletários, Com baixo poder de compra Por vários estágios passa
Uma grande maioria. Da grande população O bravo operariado
A burguesia decide Começando pela luta
Com o estudo da ciência Destruir a produção. Do operário isolado
Inventos são aplicados Depois unidos nas fábricas
Pra concentrar mais riquezas Burgueses criaram armas Ele foi organizado.
Os roubos são adotados Pra extirpar o feudalismo
E com isso os proletários Mas criaram proletários Aos proletários unirem-se
Ficaram desempregados. Que querem socialismo Os burgueses ensinaram.
E usam as mesmas armas E contra seus inimigos
Máquinas não ganham salários Pra abater o capitalismo. Empresários os usaram
Eis, pois, a contradição Um dia esses seus soldados
E o maior consumidor Quanto mais se modernizam Contra eles se voltaram.
Com certeza é o povão Os meios de produção
Sem condição de comprar Menos exige do homem Por fim se arregimentam
Roubar é única opção. Sua participação Por cada categoria
Diminuindo o salário Da mesma localidade
Daí surge a violência Ou preço da sua ação. E enfrentam a burguesia
Agem as autoridades Destruindo o maquinário,
Usando a lei do Estado O homem na velha ordem Queimando mercadoria.
Defendem propriedades Era uma propriedade
Conforme o perfil do réu Mas o senhor era cônscio (Fim da primeira parte)
Goza flexibilidades. Da responsabilidade
O manifesto comunista em cordel – (Segunda Parte)
Antônio Queiroz de França

Mercadoria estrangeira Não ocorrerá igual Os partidos operários


Que lhes fazia concorrência À revolução burguesa Diferem dos comunistas
Por falta de informações Quando ganhou o apoio Os primeiros que citamos
Usavam a violência De uma parte da nobreza. Eles são nacionalistas
Por não saberem a causa Hoje poucos ricos querem Enquanto que os segundos
Combatiam a consequência. A divisão da riqueza. São internacionalistas.

Karl Max hoje conclama Somente alguns ideólogos A segunda diferença


Todo proletariado Dessa classe dominante É que são politizados
Em todo planeta terra Fazem combate à miséria E no partido operário
Pra que seja unificado, Que é muito preocupante São menos orientados
Porque o capitalismo Precisa ser cada um Com objetivos comuns
É universalizado. Da nossa espécie um amante. Na luta estão irmanados.

A consciência de classe Nessa atual conjuntura As propostas comunistas


Por parte dos operários A classe dos proletários Não são idéias acabadas.
Era só o que faltva Ocupa a posição Mas, nas condições históricas
Para enfrentar empresários De revolucionários Elas estão baseadas
Apesar da divisão Para dividir riquezas E na real luta de classes
Entre estes proletários. Não é com os empresários. Tendo as massas exploradas.

Várias associações, O lumpen-proletariado No projeto comunista


Por operários, criadas São hoje os miseráveis Karl Marx diz com clareza:
Com as contendas internas Em uma revolução - é a abolição total
Foram desorganizadas. Tem posições variáveis Da propriedade burguesa
Mas, sempre renasciam Destituídos de tudo E não a dos proletários
Eram mais revigoradas. Em condições deploráveis. Pois só possuem pobreza.

Essas organizações Têm eles uma tendência Quanto ao pequeno burguês


Conseguiram uma proeza De aderir à reação Da antiga economia
A jornada de dez horas O proletariado quer A sua propriedade
Em toda a indústria inglesa A desapropriação Decresce no dia-a-dia
Com brigas da burguesia Da propriedade privada Ela já foi abolida
Nos momentos de fraqueza. Dos meios de produção No Estado da burguesia.

Nas divergências internas Tem o segundo capítulo: Os operários não criam


Proletários são chamados “Comunistas e Operários”. Pra eles propriedade.
Para fazer a defesa Sendo anticapitalistas Mas, para o patrão burguês
De grupos determinados Deverão ser solidários Que é a atual potestade
Nesse combate político Pra combater a injustiça Quando um pouquinho lhes sobra
Ficaram bem afinados. Uniram-se aos libertários. Iniciam a liberdade.

As armas dos empresários Lamentamos o episódio É essa propriedade


Passaram a manejar Do continente europeu Base da emancipação
Para defender a classe A guerra dos bolcheviques Que o proletário constrói
Logo aprendem a usar A velha ordem venceu Fruto de uma privação
E a burguesia se obriga Mas a União Soviética Que sua família sofre
A algumas leis aprovar. Um bom exemplo não deu. Até na alimentação.

Com o desenvolvimento Como qualquer outro estado O salário que é pago


Surge a grande concorrência Usou sua autoridade Para o pobre proletário
Grandes frações dominantes Mas, onde ela imperar Que o patrão diz que é muito
Sofreram a consequência Não haverá liberdade É o mínimo necessário
Muitos só como operários Frustrada a revolução Pra sua manutenção
Conseguem sobrevivência. Só restou a crueldade. Apenas como operário.

Quando uma economia Preparemos desta vez O comunismo não tira


Encontra-se agonizante A nova revolução Poder de se apropriar
Adere à revolução Modificando o conceito De parte da produção
uma fração dominante Do que é educação De que ajudou a gerar
Faz nova situação “Difundir conhecimentos, O que não é permitido
Se o plano for triunfante. E não domesticação”. É ao homem escravizar.
A propriedade burguesa Pondo fim na hipocrisia, irmandade é Em economias classistas
Que chamamos capital nosso pleito, As servidões coincidem.
É produto coletivo Nas relações sociais,
E não força pessoal Terá um novo conceito. As leis e religiões
Portanto ela deve ser São sempre atualizadas
Propriedade social. Inventam que os comunistas E conforme as circunstâncias
A pátria destruirão. Elas são modificadas.
Acusam aos comunistas Operários não tem pátria Mas, as instituições
De a família destruir Vivendo em submissão, Mantiveram-se atrasadas.
No estado capitalista Escravos da burguesia
Só ricas podem existir Que domina co´opressão. Porque mantém o Estado
E à família dos pobres À estrutura classista.
A fome veio abolir. Tomar o poder político Dominante e dominada
E ter a dominação, Remonta ao Estado escravista,
Acusam aos comunistas Esse é o objetivo E só será dizimada
De abolir a exploração Da nossa revolução. Com a idéia comunista.
Das crianças pelos pais Como somos maioria,
Para dar educação Somos a própria nação. Vejam as “verdades eternas”:
E levar à juventude “A Justiça e a liberdade”,
A nova concepção. Todos os antagonismos, Citamos os dois exemplos
Não sobreviverão mais. Mas é uma infinidade,
Acaso vossas escolas O Estado socialista Tais máximas na nova ordem
Não são vossos instrumentos, Não tem marcos nacionais, Cessam na totalidade.
Juntos às religiões, Nem as discriminações
Pra explicar sofrimentos De sexo e raciais. Reformas não interessam
E convencer que só Deus Para o proletariado.
Nos livrará dos tormentos? Do homem pelo próprio homem Somente a revolução
A exploração terá fim Trará novo resultado.
A vossa ideologia É uma necessidade, Sem a divisão de classes,povo será
Deixa o povo alienado O acontecimento assim, respeitado.
Convicto de que não há nada Se ela aidna perdurar,
Além das leis do Estado Até para rico é ruim. Revolução comunista
E que a união dos pobres Significa ruptura
É um plano endiabrado. Suprimida a exploração Com o monstro capitalismo
Soa homens pelos irmãos. E toda a sua cultura,
A nossa ideologia E todos seres humanos Propriedade privada
Tem outra finalidade. Resolverem dar as mãos, Que é a sua armadura.
Ela é fundamentada Será vitória de todos,
Na solidariedade, De islamitas e cristãos. E o grande objetivo
Porque a espécie humana Da insurreição comunista
Clama por fraternidade. A burguesia persiste É tirar os operários
Em fazer acusação Do jugo capitalista,
Sobre educação e família Dizem que o comunismo E ser classe dominante
Fazem só demagogia Extingue a religião Na transição socialista.
A indústria faz das crianças Não haverá nenhum choque
Escravas da burguesia. Na nova situação. Um decálogo comunista
Sem contato com os país Sustenta a revolução
Nem um momento por dia. Sabemos que a população De posse do latifúndio
De cunho intelectual A sua expropriação
Acusam aos comunistas Sofreu as transformações E o Estado será dono
De promoverem a mulher, Da proteção material. De toda sua produção
Por eles, considerada A ideologia burguesa
Um objeto qualquer. Surgiu no Estado feudal. Passemos ao número dois,
Reconhecemos sua força Também muito sugestivo:
Para o que der e vier. Tanto nas religiões Para o grande capital
Como na filosofia Um imposto progressivo
É costume entre os burgueses Não haverá grande abalo E que será revertido
Ética não observarem, Ao mudar a economia A serviço coletivo.
Além de usarem as servas, Porque trazem elementos
E prostíbulos freqüentarem. Do sistema que inicia. Proposta número três:
É uma prática normal Fim do direito a herdade.
Entre eles se chifrarem. Em todas as revoluções Quatro: a confiscação
Idéias novas progridem, Da grande propriedade
Queremos, n´s comunistas Sincrônicas à velha ordem Que o dono tenha litígio
É promover o respeito Velhas idéias regridem. Ou outra nacionalidade.
Suas manifestações Cria a vida enclausurada,
Cinco: A centralização Logo se surpreendia Pobreza e sofrimento
Em um banco estatal Com o acervo de brasões, Para a classe dominada.
O monopólio do crédito Do velho Estado feudal
E um banco nacional. Pendurado em seus roupões. Vimos no socialismo
Cada país controlando De cunho reacionário
O seu próprio capital. Dando grandes gargalhadas “Socialismo feudal”
As massas se dispersavam Para latifundiário,
Seis: A centralização Legitimistas franceses Aristocratas e nobres
Do sistema de transportes Aristocratas firmavam O tinham como ideário.
Sete: A multiplicação Com a tal “Jovem Inglaterra”
Das fábricas, tornando fortes (Círculo que participavam). Veremos também a idéia
Também o arroteamento De outro socialismo:
As terras, cria suportes. Esses reacionários, Era o “pequeno burguês”,
De uma forma geral, Vítima do capitalismo.
Oito: Torna-se o trabalho, Tentavam convencimento Muitos dos seus seguidores
Pra todos, obrigação. Que a exploração atual Foram jogados no abismo.
Nove: Faz do campo e fábrica É maior do que a antiga
A mesma organização. Da economia feudal. O abismo que me refiro
Dez: O estado dar a todos É a proletarização
Gratuita educação. Eles esquecem a história Dessa classe que ajudou,
Da famosa exploração Na última revolução,
Com fim do antagonismo Que o mundo sempre mudou. E depois foi massacrada
E das classes sociais Ao entravar a produção Pela modernização.
Logo, consequentemente, Suas idéias caducaram
Opressão não terá mais, Com o mercado em expansão. Sismondi, quem chefiou
Haverá associações A nova literatura,
Para o bem dos demais. Eles esquecem também Na Inglaterra e na França,
A origem da burguesia, Estuda a nova estrutura
Terceiro e último capítulo E que está é um fruto E os mortíferos efeitos
Trata da literatura Da antiga economia, Das máquinas e da usura.
Socialista e comunista, Que ao mercado mundial
E sua histórica cultura. Ela não satisfazia. Do acúmulo de riquezas,
A aristocracia caída Também territorial,
Aos proletários procura. Aristocratas e nobres Querem os pequenos burgueses
Acusam a burguesia Regime patriarcal
E contra essa burguesia De ter criado um regime Para a agricultura,
Vivia a cantarolar Que a reação não queria, Igual ao Estado feudal.
Sátiras sobre os senhores Como o proletariado
que passaram a dominar Que a revolução fazia. E para a manufatura
Fazendo até profecias Regime corporativo
Que o império ia findar. A história não volta atrás, Velho modo de produção
Nem conseguimos parar Tornar outra vez ativo.
E nesse clima nasceu A nossa necessidade. Depois veio a frustração
“O socialismo feudal”. É a direção tomar Pra luta cessou o motivo.
“Jeremíades e libelos” Para que a humanidade
Era um escrito atual O cérebro aprenda a usar. Visto como “verdadeiro
Contra a tal classe burguesa, Socialismo Alemão”,
Ameaça de rival. Esses ricos da Alemanha, Tem a sua literatura
Do poder, destituídos, A França como padrão
Agouro para o futuro Na sua luta política, Não viam na Alemanha
E os ecos do passado Pobres eram preteridos, Tinha outra situação.
A velha aristocracia Queriam apoio pra ter
Foi poder no velho Estado, Interesses garantidos. Agiram de modo inverso
Tal segmento não aceita Daqueles monges cristãos
Do poder ser apeado. Pároco e senhor feudal Que recobriam com lendas
Marcharam de braços dados, Os manuscritos pagãos.
Fingindo-se populares, Do socialismo feudal Suas idéias mesclaram,
Os senhores derrotados Princípios eram pregados, Somando às dos irmãos.
As sacolas de mendigos Eram preceitos cristãos
Eram instrumentos usados De socialismo, pintados. Sob a crítica francesa
Para fascinar o povo A “das funções do dinheiro”,
Aos pobres sendo igualados. Pregaram até a extinção Fizeram uma inserção
Da propriedade privada, Àquele escrito primeiro:
E quando o povo ocultava Do Estado e do matrimônio. “Da alienação humana”
Que correu o mundo inteiro. Que essa classe faz defesa. Chegou a agonizar,
As massas que tudo perdem Em um sistema completo
Sob a crítica francesa Mesmo só tendo pobreza. Passaram a elaborar.
A “do Estado burguês”. Comunistas, filantropos
Fizeram um outro escrito Esqueciam os discípulos Ajudaram a preparar.
Baseados no francês, Dessa tal literatura
Cujo título eu direi O que ela representava Protetor de animais,
Na próxima estrofe, a vocês. Era só a conjectura Também os humanitários
Deum sucesso burguês Queria que nessa ordem
“A eliminação do poder Para a alemã conjuntura. Não houvesse proletários,
Da universidade abstrata” Pra nessa situação,
E outras interpolações Para os governos déspotas Não ter revolucionários.
Na literatura que trata Da Alemanha de então
Do antídoto contra o mal Esse molde socialista Da autoria de Proudon
Que a humanidade maltrata. Foi como um espantalhão “Filosofia da Miséria”
Pra assustar a burguesia É outra literatura
E cuja literatura Que estava em ascensão. Que tratava da matéria.
Versão do povo alemão O tempo nos ensinou
Passou a ser conhecida Uniu-se as hipocrisias A querer resposta séria.
“Filosofia da Ação”, Política e religiosas,
“Verdadeiro socialismo”, Palavras adocicadas O socialismo burguês
Outra denominação. Com as ações belicosas Teve maior expressão
Contra levantes constantes Quando enfim sua retórica
A literatura francesa Das classes laboriosas. Transformou-se em um refrão
Com essa deformação Defendendo os interesses
Da velha luta de classe “O socialismo verdadeiro” De toda população.
Não era mais expressão Foi arma reacionária
Porém de luta constante Contra a classe burguesa O socialismo e o
De nação contra nação. Que er revolucionária Comunismo crítico-utópico
Contra o fortalecimento Do nosso simples trabalho
A “estreiteza francesa” Da ascensão proletária. Representa o último tópico,
Diziam ter superado Sobre a luta das classes,
E que maiores proezas O socialismo alemão Havia um problema óptico.
Eles teriam conquistado Basicamente defendia
Em benefício humano Uma classe reacionária Saint-Simon e Fourier
Não só do proletariado. A pequena burguesia Não viam antagonismo,
Que da nação alemã Nem mesmo Robert Owen,
Do homem que ainda existe Proclamou supremacia. Pai do cooperativismo,
Só na imaginação Não via na luta de classes
Com a revolução burguesa Mentia ser contra a idéia O sêmen do comunismo.
Seria uma ocasião “Brutalmente destruidora”,
Pra transformar teoria Do comunismo que prega A fraternidade humana
Em uma real ação. A classe trabalhadora Reclama à Mãe Natureza
E da idéia semita, Antes que já seja tarde
Lançar seus anátemas contra Foi fonte divulgadora. Não demonstremos fraqueza
A liberdade burguesa Contra o capitalismo,
E contra tal igualdade O socialismo burguês Bactéria da pobreza.

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