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FACULDADE DE DIREITO DE COIMBRA

SUMÁRIO:

1. O direito de impugnação judicial ou de recurso como direito fundamental de


acesso aos tribunais e de tutela jurisdicional efectiva de direitos ou interesses
legalmente protegidos em matéria tributária (art.ºs 20.º e 268.º n.ºs 4 e 5 da CRP e 95.º
e 97.º da LGT). O objecto do processo (concepção objectivista e subjectivista do
objecto do processo): a relação jurídica tributária. Actos preparatórios e actos
prejudiciais do procedimento tributário. Actos autónomos. O princípio da impugnação
unitária (art.º 54.º do CPPT). Os actos lesivos (art.º 95.º da LGT). Os actos de
liquidação de impostos e de outros tributos, mesmo locais. O processo judicial tributário
enquanto produto da eleição do legislador ordinário como meio (tido) por mais
adequado para fazer valer em juízo os direitos emergentes de uma relação tributária.
Modalidades do processo judicial tributário (art.º 97.º, n.º 1 do CPPT). A correcção do
processo quando o meio usado não for o adequado segundo a lei (art.º 97.º, n.º 3, da
LGT). Possibilidade do uso do processo adequado fora do prazo de caducidade, nos
casos de o indicado pela administração não vir a ser tido como tal pelo tribunal (art.º
37.º, n.º 4, do CPPT). O recurso de actos administrativos que não comportem a
apreciação da legalidade do acto de liquidação (art.º 97.º, n.º 1, alínea p) e n.º 2, do
CPPT – isenções e benefícios fiscais dependentes de reconhecimento
administrativo/isenções automáticas paralisadoras dos efeitos da norma de tributação):
regime. O processo de impugnação judicial de normas tributárias (art.º 72.º do CPTA):
os indicadores objectivos de base técnico-científica (art.º 89.º da LGT).
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A irrenunciabilidade do direito de impugnação ou de recurso: sujeição ao


princípio da formalidade (história do preceito) (art.º 96.º da LGT).

2. Pressupostos processuais. A personalidade e capacidade judiciárias


tributárias: susceptibilidade de ser sujeito de relações jurídicas tributárias e capacidade
de exercício de direitos tributários. Mandato tributário e mandato judicial. Obrigação de
constituição de advogado (art.º 6.º do CPPT). Legitimidade activa e passiva tributárias
(art. ºs 9.º e 15 do CPTT). A intervenção do M.º P.º (art.º 14.º do CPPT). A competência
do tribunal e efeitos da declaração judicial de incompetência (art.º 18.º, n.º 2, do
CPPT).

3. Pressupostos ou condicionamentos específicos de recorribilidade: a sujeição


a procedimentos prévios administrativos de apreciação (pedido de revisão da matéria
colectável com base em erro na quantificação ou nos pressupostos de aplicação de
métodos indirectos – art.º 117.º, n.º 1; reclamação de actos de autoliquidação – art.º
131.º, n.º 1; de actos de errada retenção da fonte não corrigível em entregas seguintes
– art.º 132.º, n.º 3; de actos de fixação de valores patrimoniais – art.º 134.º, n.º 7, todos
do CPPT).

4. A competência dos tribunais no âmbito do conhecimento das questões


tributárias (art.º 13.º do CPPT) e o princípio do inquisitório relativamente aos factos
alegados ou de conhecimento oficioso (art.º 99º da LGT).

5. Nulidade insanáveis do processo judicial tributário (art.º 98.º do CPPT).


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6. Fundamentos da impugnação judicial: qualquer ilegalidade, traduzida,


nomeadamente, em errónea qualificação e quantificação dos rendimentos, lucros,
valores patrimoniais e outros factos tributários (erro nos pressupostos de direito e de
facto); incompetência, ausência ou vício da fundamentação legalmente exigida e
variabilidade da densidade exigível desta [art.ºs 77.º da LGT e 63.º do CPPT (caso der
aplicação de normas antiabuso] e preterição de outras formalidades legais (art.º 99.º do
CPPT).

7. Prazo da impugnação judicial e dies a quo. Prazos especiais, de 15 dias e de


30 dias (art.º 102.º, n.º 2, e 131.º, 132.º e 134.º do CPPT). A inconstitucionalidade do
dies a quo fixado na alínea f) do n.º 1 do art.º 102.º do CPPT em face do disposto no
art.º 268.º, n.º 3, da CRP. A polémica sobre a natureza do vício de violação de lei
traduzido na aplicação de norma inconstitucional (art.º 103.º, n.º 3, da CRP) e o seu
reflexo sobre o prazo de impugnação.

8. Petição inicial. Requisitos (art.º 108.º do CPPT). Igualdade de meios


processuais (art.º 98.º da LGT). Cumulação de pedidos e coligação de autores (art.º
104.º CPPT). Arguição subsidiária dos vícios (art.º 101.º), com reflexo na ordem do
conhecimento judicial (art.º 124.º do CPPT). Local da apresentação da petição.

9. Contestação da Fazenda Pública: prazo (90 dias) e junção do processo


administrativo. Efeitos da falta de contestação (não confissão) e de não impugnação
especificada (livre apreciação dos factos alegados (art.º 110.º do CPPT). Possibilidade
de revogação do acto impugnado pelo órgão periférico local e regional, consoante o
valor do processo (quíntuplo da alçada do trib. tributário de 1ª instância ou superior –
Euros: 935,25) (art.º 112.º do CPPT).
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10. Conhecimento imediato do pedido (art.º 113.º do CPPT).

11. Provas admissíveis (art.º 115.º do CPPT). Prova pericial: regime do CPC
(art.º 116.º CPPT). Testemunhas (art.º 118.º CPPT): número, regras de audição e faltas
A questão do valor das informações prestadas pela inspecção tributária e pelos
serviços de administração tributária (art.ºs 111.º, n.º 2, e 115.º, n.º 2, do CPPT e 76º da
LGT): a regra da sujeição ao princípio da objectividade de controlo judicial.
Colaboração dos particulares e das autoridades públicas (art.º 99.º da LGT). Dúvidas
sobre o facto tributário e utilização dos métodos indirectos (art.º 100.º CPPT).

12. Alegações finais e sentença. Efeitos da decisão favorável ao sujeito passivo


(art.º 100.º da LGT). Juros indemnizatórios e juros moratórios.

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