Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PEDAGOGIA
A rotina na educação infantil, Atividades dirigidas, Atividades livres (isto é, menos
dirigidas pelo professor), Atividades de cuidado pessoal, reforçar a idéia.
Rotina à estrutura básica, da espinha dorsal das atividades do dia. A rotina diária é o
desenvolvimento prático do planejamento. É também a seqüência de diferentes
atividades que acontecem no dia-a-dia da creche e é esta seqüência que vai possibilitar
que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se desenvolva. Uma rotina adequada
é um instrumento construtivo para a criança, pois permite que ela estruture sua
independência e autonomia, além de estimular a sua socialização.
Maria Carmen Barbosa e Maria da Graça Horn, afirma em Organização do Espaço e do
Tempo na Escola Infantil.
“O cotidiano de uma Escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que
certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores.
Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o
horário da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras – os jogos
diversificados – como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de
materiais gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo
adulto e outras”.
Assim, para organizar estas atividades no tempo, é fundamental levar em consideração
três diferentes necessidades das crianças:
“As necessidades biológicas, como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene
e à sua faixa etária; as necessidades psicológicas, que se referem às diferenças
individuais como, o tempo e o ritmo de cada um; as necessidades sociais e históricas
que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida”.
É interessante aqui reforçar a idéia de que a rotina deve prever pouca espera das
crianças, principalmente durante os períodos de higiene e de alimentação. A espera pode
ser evitada se organizarmos a nossa sala de aula de maneira que a criança tenha a
possibilidade de realizar outras atividades, de forma mais autônoma, tendo livre acesso
a espaços e materiais, enquanto o professor está atendendo uma única criança.
Atividades de organização coletiva
As crianças definem o que desejam fazer, e para isso é necessário que o ambiente, em
termos de materiais e espaços, dê condições. Já as crianças maiores podem participar na
própria organização das atividades. Uma festa, por exemplo, é uma atividade coletiva
que pode ser organizada junto com as crianças. O mesmo pode ser feito com relação a
um passeio, uma visita fora da instituição.
Atividades de cuidado pessoal
Não devemos separar o “cuidar” do “educar”. Uma das preocupações básicas das
atividades de cuidado pessoal é com a saúde, entendendo a saúde como sendo o bem-
estar físico, psicológico e social da criança. A higiene, o sono e a alimentação são
algumas das principais condições para a sua vida, é necessária uma atenção maior em
relação à limpeza e aos hábitos adequados de higiene. Também a alimentação é muito
importante e não deve ser encarada com momento de dificuldade e de tensão. É
importante observarmos alguns detalhes, tais como: o uso do guardanapo, a utilização
correta dos talheres, e a ingestão de líquidos no momento adequado.
É possível organizar na creche brincadeiras e músicas que envolvam questões de
higiene e alimentação. O sono é outro fator relevante para a saúde da criança, o ideal é
que sejam ofertadas outras opções de atividades para as crianças que não querem ou não
conseguem dormir. O problema da exigência dos momentos de sono da criança é o
resultado da falta de pessoal. Mas isso não é correto? Importante: as crianças nunca
devem dormir sem a presença de um adulto para atender a qualquer eventualidade,
como passar mal, acordar aos sustos, por exemplo. Além disso, o horário é de descanso
das crianças e não do profissional, que neste momento está trabalhando!
O momento do banho é especial para a criança na creche. No berçário, devemos cuidar
da temperatura da água, arrumar as roupas antecipadamente e escolher os brinquedos
para entreter a criança antes, durante e após o banho. No maternal pode-se dar banhos
de mangueira nas crianças, ou mesmo instalar chuveiros externos quando as condições
climáticas assim permitirem.
Atividades dirigidas
Na creche, as atividades dirigidas são aquelas que o professor realiza com uma ou
poucas crianças, procurando chamar a atenção pra algum elemento novo do ambiente,
como uma figura, uma brincadeira com som etc. No momento em que as crianças
aprendem a andar é relevante realizar passeios pela creche. O adulto deve coordenar
inúmeras atividades com as crianças, a partir de certa idade, tais como: contar histórias,
fazer teatro com fantoches, ensinar músicas e brincadeiras de roda, brincar de esconde-
esconde. O interessante é propor atividades à criança e deixá-la segura para escolher a
forma de participar. Isso significa respeitar seu ritmo, confiar na criança, na sua
capacidade de ação e na liberdade que tem para expressar seus sentimentos.
Atividades livres (isto é, menos dirigidas pelo professor)
Estas atividades devem fazer parte d programação diária de todos os grupos de crianças,
desde o berçário até a turma dos maiores. Cabe a este organizar espaços e momentos
para que as crianças livremente explorem o ambiente e escolham suas atividades
específicas, mas é sempre interessante que o professor intervenha na coordenação das
brincadeiras quando assim for necessário e integre-se como participante.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/arti
gos/pedagogia/rotina-da-creche/50560
PEDAGOGIA
16/09/2013
A creche é um equipamento de assistência e de educação, onde a criança é a prioridade absoluta.
A educação se dá pelo relacionamento com outras crianças e adultos, onde a maior parte do
tempo ela interage-se com as pessoas e os objetos, fazendo desse cotidiano uma proposta
educativa.
Na prática educativa de creches e pré-escolas, está sempre presente uma rotina de trabalho, que
pode ter autorias diversas: em alguns casos, são normas ditadas pelo próprio sistema de ensino;
outras vezes, pelos técnicos ou burocratas dessas repartições; outras ainda, pelos diretores,
supervisores ou professores e demais profissionais da instituição e, em certas escolas, também
as próprias crianças são convidadas a participar da elaboração das normas.
A rotina é apenas um dos elementos que integram o cotidiano, não deve ser entendida como
robotizadora, tampouco, sufocar e inibir, portanto, deve facilitar a participação ativa das
crianças, voltadas ao desenvolvimento, autonomia e independência.
O conjunto de ações simultâneas, que envolvem adultos e crianças, deve-se caracterizar sempre
uma organização flexível, para atingir os objetivos da creche, de modo a sintetizar o projeto
pedagógico, mediante a proposta educativa dos profissionais.
É preciso aprender certas ações que, com o decorrer do tempo, tornam-se automatizadas, pois é
necessário ter modos de organizar a vida, para se adquirir confiança. Do contrário, seria muito
difícil viver, se todos os dias fosse necessário refletir sobre todos os aspectos dos atos
cotidianos.
Os acontecimentos diários são únicos, portanto, é preciso ter consciência das múltiplas
dialéticas, com o cuidado de não reduzir o cotidiano ao rotineiro, repetitivo, a-histórico.
As rotinas podem tornar-se uma tecnologia de alienação quando não consideram o ritmo, a
participação, a relação com o mundo, a realização, a fruição, a liberdade, a consciência, a
imaginação e as diversas formas de sociabilidade dos sujeitos nela envolvidos; quando se
tornam uma sucessão de eventos, de pequenas ações, prescritas de maneira precisa, levando as
pessoas a agir e a repetir gestos e atos em uma seqüência de procedimentos que não lhes
pertence nem está sob seu domínio(fora da realidade). É o vivido sem sentido, alienado, pois
está cristalizado em absolutos. Ao criar rotinas, é fundamental deixar uma ampla margem de
movimento, senão encontraremos o terreno propício à alienação, frente ao imediatismo com a
falta de imaginação e esperança, enfatizando a morte cotidiana, ao invés da vida cotidiana.
A rotina pedagógica é um elemento estruturante na normatização da subjetividade das crianças e
dos adultos que frequentam os espaços coletivos de cuidados e educação.
Diante disto, o currículo explícito deve despertar no aluno, a curiosidade e não somente o
comportamento, impulsionando interiorizações que serão levadas para toda a vida, tendo em
mente que ser humano eu quero formar, agregando a plena importância na interação professor-
aluno; aluno-professor; aluno-aluno, adquirindo o respeito ao próximo, ou seja, a concepção de
desenvolvimento é interacionista, tendo o professor como facilitador.
Estabelecer uma rotina produtiva garante que ninguém fique parado à toa e mostra que a equipe
é capaz de integrar cuidados com o ato de educar.
Fornecer atividades regradas garante mais conforto e segurança, pois as crianças, se acostumam
com a sequência de acontecimentos e conseguem prever o que virá depois. Isso também permite
que os pequenos conheçam seus limites e entendam que as coisas nem sempre podem ser
realizadas na hora e do jeito que eles desejam. A assimilação de normas desde a primeira
infância é imprescindível para que, no futuro, todos se tornem adultos seguros e tolerantes,
capazes de lidar com frustrações.
Créditos: Shutterstock
"As crianças de zero a três anos estão aprendendo a todo o momento,
seja nas atividades de cuidados físicos, como nos desafios
proporcionados pelas outras crianças nas interações e
compartilhamento de sentidos das experiências, como nos objetos,
brinquedos, materiais que os professores colocam a disposição da
criança para explorar, conhecer, criar", Alice Junqueira
Créditos: Shutterstock
"A brincadeira é a forma de a criança ser e estar no mundo. Ela usa os
objetos com um sentido bem especial, primeiro ela quer saber o que é,
e pega, põe na boca, olha, cheira, chacoalha, bate, enfim , percebe
todas as propriedades deste objeto seja ele qual for. Depois, quer
saber para que aquele objeto é usado, para que ele serve. E por fim a
criança transforma em algo novo, que ela imagina e cria", diz Cisele
Ortiz, psicóloga especialista em educação infantil
E, ao contrário do que muitos podem pensar, quanto menos "pronto"
for o brinquedo, melhor ele servirá ao propósito do brincar da criança.
Nesse sentido, materiais simples como caixas de papelão, panos,
sucatas, folhas, galhos, na creche, ganham o status de poderosas
ferramentas pedagógicas. “Eles certamente os transformarão, por
meio da imaginação, em brinquedos bem mais interessantes e
divertidos dos que os industrializados”, afirma Alice Junqueira do
Cenpec.
Leia também: Jardim de Infância na Noruega retira brinquedos das salas; o resultado foi
crianças mais criativas
O contato com a leitura começa antes da alfabetização
A leitura tem grande importância na creche, pois coloca os bebês
desde cedo em contato com a linguagem escrita. "Por meio dela,
percebem que a fala do dia a dia é diferente daquela usada numa
leitura em voz alta, notam que tem cadência, ritmo e emoção
diferentes. Estar em contato com livros desde o berçário é um
excelente caminho para despertar paixões pela leitura", disse Alice
Junqueira, do Cenpec.
Créditos: Shutterstock
"Para a criança, os livros são um 'brinquedo' como outro qualquer, e
se tornam tão mais interessantes quanto mais estiverem associados a
interações com os pais e outros entes queridos", afirma João Batista.
Mas, a tarefa de educar e criar futuros leitores não deve ser exclusiva
dos educadores. Livros e leituras assistidas devem permear a rotina
das crianças na instituição de ensino, mas também as brincadeiras
entre pais e filhos em casa. "Livros trazem em si o elemento mágico
de compartilhar narrativas, melodias e fortalecer
vínculos", completa Cisele Ortiz, psicóloga especialista em educação
infantil.
E as telas?
Na era da internet, as telas estão presentes na rotina das famílias.
Mas será que atividades com tablets, filmes ou moimentos de
televisão fazem sentido no ambiente da creche?
Os especialistas consultados vêm com muita cautela o uso das telas
na rotina das crianças nas creches. "Esse tipo de atividade só tem
sentido quando está relacionada a algum projeto ou proposta
pedagógica", aponta a psicóloga Alice Junqueira.
Cisele Ortiz, que é Coordenadora do GT de Educação Infantil de Rede
Nacional Primeira Infância, sugere sessões de cinema na creche para
as famílias como uma possibilidade de ampliação cultural para a
comunidade escolar. "Deve-se ter em mente sempre que a ação da
creche é complementar à ação da família, portando deve ir mais, ir
além e não reproduzir o que a criança já tem", afirma.
Leia também: Telas e crianças: conheça os mitos e riscos desta exposição
Os cuidados com o bem-estar do bebê e a rotina na creche
Cisele Ortiz, psicóloga especialista em educação infantil e coautora do
livro "Ser professor de bebês: cuidar educar e brincar uma única
ação", destaca a importância da criança ter na creche uma rotina
estável, e que seja centrada nas necessidades infantis e não nas
necessidades institucionais e dos adultos. “A rotina é fundamental
para as crianças como elemento de segurança que favorece a
construção da identidade e da autonomia”, afirma.
Chegada e acolhida
Esta é a parte mais importante do dia da criança na pré-escola. Superada a
dificuldade na separação dos pais, a criança aprende que é bem-vinda. Quem a
recebe, como é recebida pelos adultos, professores e colegas determina o tom
do dia e de sua percepção da vida na pré-escola. A chegada também é o
momento de formação de importantes hábitos: localizar e guardar objetos,
colocar e tirar roupas, amarrar e desamarrar sapatos. A criança deve adquirir
autonomia nessas questões logo nas primeiras semanas. A presença de um
adulto é fundamental para orientar a formação de hábitos e sequências, bem
como para estimular a criança a, progressivamente, tornar-se autônoma.
Iniciação e rodinha
Há duas formas mais comuns de iniciar o dia: em algumas escolas, a criança
se dirige à sala e tem liberdade para fazer o que quer ou pode ficar brincando
no pátio, até a organização de alguma atividade; em outras, as crianças já se
dirigem diretamente para uma atividade organizada pela professora. Essa
atividade pode ser a rodinha habitual, ou algo que a professora preparou para
engajar as crianças diretamente nela. O mais usual é a rodinha, e há várias
formas e agendas para ela, dentre as quais destacamos:
Lanche
A hora do lanche é um momento privilegiado para a formação de hábitos de
higiene e saúde, organização, comportamentos sociais e habilidades
psicomotoras. Mas é, sobretudo, um tempo privilegiado para uma interação
adulto-criança muito semelhante à vida em casa. A possibilidade do professor
sentar-se junto às crianças e conversar de maneira livre e descontraída deve
ser vista como um momento ímpar.
Recreio
Numa escola dinâmica em que a criança tem vários graus de liberdade para ir
e vir e escolher tarefas e amigos, o recreio não é muito diferente de outros
momentos da pré-escola. A existência de espaços e equipamentos adequados e
a presença de outros adultos também pode ajudar muito no desenvolvimento
de comportamentos sociais. Assegurar a segurança das crianças deve ser uma
preocupação básica, e como tudo em segurança, a prevenção é sempre o
melhor remédio.
Repouso
As crianças variam muito em suas necessidades de repouso e na duração
dele. As necessidades tendem a se reduzir com o tempo, mas, como qualquer
hábito, o repouso deve ser previsto e cultivado. A escola poderá decidir se as
crianças que não têm o hábito de dormir devem permanecer quietas
descansando ou se podem participar de outras atividades. Ademais, há
momentos em que a criança precisa de um tempo e um espaço isolado para se
recompor.
Banheiro/higiene
Há várias questões importantes a respeito desses temas.
1. Com relação à higiene. Comprovadamente as mãos são as maiores
transmissoras de doenças entre pessoas, e isso é particularmente acentuado no
caso das crianças. Portanto, o acesso a locais para lavar as mãos com
frequência é fundamental para evitar doenças.
3. Tudo isso sugere que pias e banheiros devem ser de tamanho adequado, estar
na altura adequada e estar localizados, de preferência, em espaços contíguos
ou adjacentes à sala de aula. De outra forma, essa atividade pode consumir
20% ou mais do tempo diário do professor.
Despedida
A despedida deve ser precedida de uma revisão do dia. Isso ajuda as crianças
a desenvolver o sentido de planejamento, previsibilidade e estabilidade.
Também ajuda no desenvolvimento da memória e da organização de
estruturas narrativas. Antes do encerramento do dia há cuidados a serem
levados em conta:
1. Arrumação da sala e dos materiais: as crianças devem fazer isso após cada
atividade, mas especialmente ao final do dia é importante deixar a sala limpa e
arrumada. Isso reforça o senso de planejamento, de ordem e de
responsabilidade.
3. Itens para levar para casa: frequentemente a criança leva para casa mensagens,
bilhetes, trabalhos que faz, livros ou objetos emprestados, ajuda também ajuda
o processo de memória.
4. Dever de casa: se houver dever de casa, o ideal é que isso seja feito de forma
sistemática, por exemplo, todos os dias, ou em um dia determinado. Dever
passado, deve ser cobrado e cumprido – isso é essencial para a criança
desenvolver o senso de responsabilidade.
5. Saudações calorosas: são essenciais para constituir e reforçar laços de
afetividade das crianças entre si e com os adultos e professores. Além disso, é
o momento de interações e troca de informações entre professores e pais.
Brincadeira livre
Dependendo dos recursos disponíveis, as crianças podem ter tempo para fazer
o que quiserem em diferentes espaços da sala. Caso isso seja possível, a
professora deve assegurar que as crianças circulem nos vários espaços em dias
diferentes, para evitar que sempre façam a mesma coisa. Normalmente, isso se
faz formando duplas ou trincas e estimulando as crianças a brincarem juntas.
São momentos importantes para as crianças desenvolverem sua
individualidade, aprenderem a brincar em grupos de dois, três ou mais; e são
momentos preciosos para o professor observar as crianças e engajar-se em
conversas reais em torno da atividade que as crianças estão fazendo. Conversa
real significa diálogos longos, em que o professor estimula a criança a
elaborar seus pensamentos, sentimentos, explicar a ação, etc. É o contrário de
fazer questionários com perguntas e respostas ou dar ordens.
Atividades organizadas
A cada dia o professor organizará duas, três ou quatro atividades, utilizando os
materiais disponíveis. As atividades devem ser planejadas de forma espaçada,
mas podem ser sequenciais: por exemplo, o professor pode fazer a leitura de
uma história infantil e depois fazer uma atividade ou um desenho sobre o
texto lido. A preparação para cada atividade deve ser cuidadosa, pois isso
facilita a transição e ajuda as crianças a se concentrarem no que irão começar
a fazer.
http://www.alfaebeto.org.br/blog/como-deve-ser-uma-boa-rotina-de-pre-escola/