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Peça “As sufragistas” – Falas das personagens

1ª - Sufragistas gritam: Mulheres nas urnas !


2ª – Miller: São os homens que têm os direitos sobre os filhos. Nós mulheres
temos a chance de mostrar que somos iguais aos homens no direito de votar
Valent: Cale a boca, tem muita gente que quer ouvir.

3ª – Miller: Machucada...
Miller: Quero que você vá assistir o meu discurso no tribunal.
Maud: Vou só escutar, não posso falar.

Miller: Você tem que falar por mim, estou ferida, não vão aceitar meu
depoimento.
Miller: Vamos, vamos...

4ª Tribunal: Pode começar senhora Watts.

Maud: Estou com o depoimento dela.


Juiz: Você também trabalha na lavanderia?
Maud: Nasci aqui...
Juiz: Então vou ouvir o seu depoimento.
Maud: Não sei o que sizer.
Juiz: A sua mãe trabalha na lavanderia?
Maud: Desde os 14 anos. A minha mãe me amarrava nas costas caso eu
dormisse. Todos faziam isso com os (filhos) bebês.
Juiz: E o empregador deixava?
Maud: Ele nos mandava voltar o quanto antes.
Juiz: A sua mãe ainda trabalha na lavanderia?
Maud: Ela morreu quando eu era criança.
Juiz: Eu entendo!
Maud: A cuba virou e ela a escaldou.
Juiz: E o seu pai?
Maud: Eu não o conheço.
Juiz: Você trabalhava para o Senhor Taylor?
Maud: Meio período, desde os 7 anos, e período integral desde os 12 anos.
Não precisa de estudos para lavar roupas. Eu era luva nos colarinhos em
passar tecidos finos, tenho uma mão boa. Me tornei lavadeira principal aos
17 anos, gerente aos 20, agora tenho 24.
Juiz: Você é tão jovem para tal cargo.
Maud: O trabalho da lavanderia é curto para uma mulher.
Juiz: Por que você diz isso?
Maud: Você sente dores, dedos esmagados, úlceras nas pernas, dor de
cabeça pelo gás. No ano passado uma menina foi intoxicada, não pode mais
trabalhar, arruinou os pulmões.
Juiz: E o salário ?
Maud: Recebemos três istilinguis por semana. Os homens recebem 19, nós
trabalhamos mais horas. Saímos para fazer entregas, eles ficam a maior parte
do tempo entregando, e ficam no ar fresco.
Juiz: O que significa voto para vocês?
Maud: Nunca pensei que mulheres poderiam votar, por isso nunca pensei
num significado.
Juiz: Então, por que está aqui?
Maud: “Pela ideia de que... há outra maneira de viver a vida”
Maud: Desculpa as minhas palavras.
Maud: Eu...
Juiz: Não, a melhor eloquência é o que faz as coisas acontecerem.
Juiz: Obrigado: Sr. Watts, já anotamos tudo e teremos uma resposta em
breve.
Maud: Eu preciso buscar meu filho às 6 hs, estou atrasada, ele precisa de
chá.
Ministro: Não estará em casa para o chá.
Maud: Eu não sou sufragista.
Ministro: Trabalhava diretamente para o Sr. Punkres, eu perguntei a ela
porque fazia isso, ela disse que fazia a vida valer alguma coisa.
Maud: Eu não sou uma sufragista!
Ministro: Que bom... sabe! Dizem que o jeito que as mulheres vinham
agindo nos últimos meses dá um belo tempero ao argumento.
Maud: Eles mentiram para nós.
Ministro: Não mentiram, prometerem o nada e não deram nada.

2ª Cena
Maud: E o Geroge?
Sonny: Está dormindo.
Maud: Sinto muito Sammy, eu tentei voltar o quanto antes, mas eles me
seguraram lá.
Sonny: Mas conseguimos nos segurar.
Maud: Não sabe o que fizeram conosco?
Sonny: Com você... e comigo e com o Geroge? A polícia veio aqui e a rua
toda está comentando.
Maud: Não acontecerá de novo.
George: Mamãe !
Maud: Oi meu amor.
Sonny: Volte para a cama agora!
Maud: Querido já estou indo.
Maud: Vocês já comeram?
Sonny: A senhora Gowst nos ajudou.
Maud: Vou lhe fazer um chá.
Sonny: Eu fiquei esperando por você até o amanhecer... Eu rezei para você
voltar.
Sonny: Nunca mais vai nos envergonhar assim.
Hugh: Posso te ajudar?
Edith: Não, Eu posso fazer isso sozinha.
Hugh: Valet não vai mais participar?
Edith: Não, ela questionou nossa estratégia.
Hugh: Nossos amigos existem para nos desafiar. Tá perdendo o equilíbrio.
Edith: Não pode haver dúvida.
Hugh: O movimento tá dividido, até a Silva Pankurst está fora disso; é
contrária ao movimento militante da mãe e das irmãs dela.
Edith: O único caminho é para a frente.
Hugh: E se você se explodir numa porcaria dessa, o que será da sua maldita
causa?

Sufragistas se reúnem para planejar a luta e explodem a casa do


governo.

Ministro: Vocês foram muito espertas, não achei nada de dinamites em


vocês.
Maud: E por que estou aqui?
Ministro: No mínimo... por uniões ilegais.
Maud: O que me deu direito de parar no meio de um monte de mulheres
apanhando e não dizer nada.
Ministro: Violência não se faz justiça, ela leva inocentes, o que lhe dá o
direito em por a vida daquela mulher em perigo.
Maud: Você é um hipócrita; alei não significa nada para mim, eu não ciei
leis.
Ministro: Então só nos resta deter você.
Maud: Nós, equilibramos janelas, queimamos objetos, porque é a única
linguagem que os homens escutam, porque vocês nos bateram e nos traíram.
Ministro: Pode perder a vida antes que tudo acabe.
Maud: O que vão fazer? Prender todos nós? Estamos em cada caso, e somos
metade não, não podem nos deter, nós vamos vencer.

Cena de Maud indo á sua casa, ver o filho, no aniversário:

Maud: Só quero desejar feliz aniversário... Ao menos deixe eu fazer isso.


Esposo: Agora não.
Maud: Sany !
Sonny: Não é tarde demais...
Sonny: Essa é a senhora, é a senhora.
Sonny: Eles não vão levar o George.
Maud: O que você está falando.
Sonny: Eles vão adotá-lo.
Maud: Sonny?
Senhora: Nós temos uma bela casa; com um jardim e tudo que ele precisa.
Maud: Não, George, venha aqui.
Sonny: Eu não posso cria-lo, não posso ser mãe e pai.
Sonny e Maud: Eu não posso cuidar dele, George venha aqui.... eu não
consigo, a senhora Garston não quer ele por perto, nós somos expulsos.
Maud: George, George venha aqui, abra o seu presente. George, o nome da
sua mãe é Maud Watts, não se esqueça disso.

Final do filme: Edith entrega o jornal a Maud e fala que luta foi vencida, em
seguida se abraçam.

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