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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA, CAMPUS BALSAS

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA


DISCIPLINA: FISICA EXPERIMENTAL I
DOCENTE: EDSON NUNES COSTA PAURA
DISCENTE: KAIO MORAIS GOMES

INSTRUMENTOS DE MEDIDAS

BALSAS – MA
2019.2
KAIO MORAIS GOMES

Relatório I: Instrumentos de Medidas

Relatório submetido à disciplina de


Fisica Experimental I, como requisito
para a obtenção da nota.

Balsas – MA

2019

1
Sumário

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 6
3 EQUIPAMENTOS E COMPONENTES ................................................................................... 6
4 METODOLOGIA ................................................................................................................. 7
5 PRODECIMENTO EXPERIMENTAL ....................................................................................... 7
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................ 10
7 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 23
8 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 24

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1 INTRODUÇÃO

Na área de exatas, especificamente no ramo de experimentações, a


medição de grandezas físicas é essencial para a obtenção de resultados
precisos e avaliações da natureza e fenômenos. Sendo assim, surgiram
diversos meios e instrumentos para tornar esta medição possível. Um dos
métodos mais simples e utilizados consiste na comparação direta com um
padrão adotado de medidas como unidades, como por exemplo, a medição da
distância entre duas cidades – muitas das vezes dada em quilômetros – ou o
comprimento de um lápis – geralmente adotando centímetros como unidade –
do qual se deseja saber o grau de “tamanho” observado.

Em geral, o resultado de uma medição é somente uma aproximação ou


uma estimativa do valor real especifico. Tal valor pode variar dependendo do
método utilizado, do instrumento e até mesmo de fatores externos
imprevisíveis. Portanto, o resultado desta medição somente pode ser completo
se acompanhado pela declaração de incerteza dessa estimativa.

Muitas das vezes, o resultado de uma medição é determinado com base


em séries de observações repetidas sob condições iguais ou relativamente
parecidas, assim, pode-se supor que o erro se torna menor e mais aceitável.
Um erro pode ser obtido ao se conhecer o valor real de uma grandeza, porém,
ao ser medido encontra-se outro valor. Assim sendo, matematicamente, o erro
é dado por:

Erro = valor medido – valor real

Dentre os tipos de erros existentes, pode-se citar alguns principais como:

 Erro de escala: associado ao limite de resolução do instrumento;


 Erro sistemático: dado ao medidor constantemente em todo processo de
medição;
 Erro aleatório: decorrente de perturbações estatísticas impossíveis de
serem previstas.

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Para aproximações sobre o real valor de uma grandeza, pode-se
determinar tal número obtendo-se o valor médio das experimentações feitas.
Assim, tem-se que:

̅ ∑

Também, é preciso afirmar que os números devem seguir uma linha de


algarismos significativos. Os resultados não devem conter mais algarismos dos
quais o instrumento oferece, ou seja, não se pode fornecer uma precisão maior
do que a oferecida pelo aparelho. Do mesmo modo, não se pode diminuir a
precisão do instrumento. Por exemplo, tem-se os valores:

5,0 e 5,00

O valor 5,00 apresenta uma precisão maior pois contém um algarismo


significativo a mais. Porém, pode-se adotar o que é conhecido como algarismo
duvidoso. Este trata-se de um número que não é explicito pelo instrumento
utilizado, contudo, pode ser deduzido pelo usuário ao observar a medida.

Figura 1: Algarismos significativos e duvidosos.

Há instrumentos com maior precisão que outros, como por exemplo da


trena e do paquímetro. A trena ou fita métrica é um equipamento de medição
bastante utilizado por ser fácil de manusear e com uma boa precisão para
medir o comprimento de objetos relativamente grandes, a trena possui uma

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margem de erro associada a 0,5 mm. Já o paquímetro é uma outra ferramenta
para medições de comprimento, porém, esta possui um erro associado a 0,05
mm, ou seja, possui uma precisão maior do que a trena.

O paquímetro é formado por duas partes principais:

 A primeira é chamada de parte fixa, possuindo uma escala milimétrica;

Figura 2. Escala milimétrica fixa.

 A segunda parte, chamada de nônio ou vermier, possui uma escala


utilizada para comparar e obter a medida, bem como sua precisão.

Figura 3. Escala móvel do paquímetro.

Um paquímetro é capaz de realizar quatro tipos de medidas, são estas:

 Medição externa;
 Medição interna;
 Medição de profundidade;
 Medição de ressaltos.

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Figura 4. Tipos de medidas do paquímetro.

Assim, pode-se observar que há inúmeras formas que comparar


medidas e tamanhos. Por isso é de suma importância verificar que não há,
também, certezas absolutas ao se calcular medidas em experimentos, porém,
deve-se chegar a um valor que seja o mais próximo possível do valor real
seguindo uma série de procedimentos e/ou métodos eficazes para isto.

2 OBJETIVOS

A finalidade desta experiência é familiarizar o aluno com algumas


técnicas de medidas, cuidados experimentais no laboratório, algarismos
significativos e desvios avaliados, utilizando instrumentos de medida muito
simples como paquímetro e a trena.

3 EQUIPAMENTOS E COMPONENTES

 Cilindro maciço;
 Bloco de madeira;
 Esfera;
 Cilindro vazado;
 Trena;
 Paquímetro.

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4 METODOLOGIA

Foi realizado no dia 18/10/2019 o primeiro experimento da disciplina


Física Experimental I com o título de Instrumentos de Medidas no qual foram
realizadas medidas das grandezas de quatro objetos, dos quais deveriam ser
realizados por cada integrante que compõem os grupos afim de concluir os
resultados como média, desvio padrão, volume e área ao se comparar os
dados no intuito de obtenção de resultados precisos.

5 PRODECIMENTO EXPERIMENTAL

Para este experimento, foram utilizados os instrumentos trena e


paquímetro para realizar as medições respectivas de cada um dos materiais
como bloco de madeira, cilindro maciço, esfera e cilindro vazado. Cada
integrante do grupo montado realizou sua própria medição sem influência dos
outros participantes para que houvesse uma comparação ao final com os
resultados. Assim, para cada uma das medições obteve-se os seguintes
resultados:

Bloco de madeira (Trena em mm)

Alunos Comprimento Largura Altura


Aluno 1 45,2 22,5 46,1
Aluno 2 45,1 22,9 45,0
Aluno 3 45,6 20,3 45,6
Aluno 4 45,6 20,3 45,6
Média 45,375 21,5 45,575

Bloco de madeira (Paquímetro em mm)

Alunos Comprimento Largura Altura


Aluno 1 46,25 23,70 46,55
Aluno 2 46,20 22,60 46,85

7
Aluno 3 46,00 23,50 46,50
Aluno 4 46,20 23,70 47,00
Média 46,1625 23,375 46,725

Cilindro (Trena em mm)

Alunos Diâmetro Altura


Aluno 1 31,8 30,5
Aluno 2 30,9 31,0
Aluno 3 30,0 30,0
Aluno 4 30,0 30,0
Média 30,675 30,375

Cilindro (Paquímetro em mm)

Alunos Diâmetro Altura


Aluno 1 31,40 31,30
Aluno 2 31,50 30,30
Aluno 3 31,30 30,40
Aluno 4 31,55 30,40
Média 31,4375 30,6

Esfera (Trena em mm)

Alunos Diâmetro
Aluno 1 27,1
Aluno 2 23,9
Aluno 3 22,0
Aluno 4 24,0
Média 24,25

8
Esfera (Paquímetro em mm)

Alunos Diâmetro
Aluno 1 27,00
Aluno 2 25,90
Aluno 3 25,00
Aluno 4 25,00
Média 25,725

Cilindro Vazado (Trena em mm)

Alunos Diâmetro Externo Diâmetro Interno


Aluno 1 39,8 37,3
Aluno 2 39,2 32,2
Aluno 3 40,0 33,0
Aluno 4 40,0 32,0
Média 39,75 33,625

Cilindro Vazado (Paquímetro em mm)

Alunos Diâmetro Externo Diâmetro Interno


Aluno 1 41,00 34,40
Aluno 2 40,50 34,15
Aluno 3 39,80 34,10
Aluno 4 40,15 34,25
Média 40,3625 34,225

Tendo obtido tais resultados, o experimento foi finalizado.

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6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a obtenção dos dados referentes ao procedimento experimental,


será possível realizar os cálculos dos desvios finais para cada uma das
medidas apresentadas, sejam elas: comprimento; largura; altura e diâmetro
para cada um dos instrumentos utilizados (trena e paquímetro).

Para o cálculo de tais valores, serão utilizadas as seguintes formulas:

Média
̅

Desvio padrão ̅ ̅ ̅ ̅
√ =√

Desvio padrão √
final

Onde representa a incerteza residual, no caso de instrumentos de medida,


costuma vir indicada pelo fabricante na própria ferramenta (trena = 0,5 mm e
paquímetro = 0,05 mm).

Portanto, partindo para os cálculos do desvio final de cada uma das


informações apresentadas nas tabelas do tópico 5 deste relatório. Inicialmente
iremos calcular o desvio padrão para cada um dos dados. Então.

Para o bloco de madeira:

 Trena
i) Comprimento

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,3 mm

10
Desvio padrão final:

ii) Largura

̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅


1,4 mm

Desvio padrão final:

iii) Altura

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,4 mm

Desvio padrão final:

 Paquímetro
iv) Comprimento

11
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅

0,11 mm

Desvio padrão final:

v) Largura

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,52 mm

Desvio padrão final:

vi) Altura

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,24 mm

Desvio padrão final:

12

Para o Cilindro:

 Trena
vii) Diâmetro

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,9 mm

Desvio padrão final:

viii)Altura

̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅


0,4 mm

Desvio padrão final:

 Paquímetro
ix) Diâmetro

13
̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅

0,11 mm

Desvio padrão final:

x) Altura

̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅


0,46 mm

Desvio padrão final:

Para a esfera:

 Trena
xi) Diâmetro

̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅


2,1 mm

Desvio padrão final:

14

 Paquímetro
xii) Diâmetro

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,95 mm

Desvio padrão final:

Para o cilindro vazado:

 Trena
xiii)Diâmetro externo

̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅


0,4 mm

Desvio padrão final:

xiv) Diâmetro externo

15
̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅

2,5 mm

Desvio padrão final:

 Paquímetro
xv) Diâmetro externo

̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,51 mm

Desvio padrão final:

xvi) Diâmetro externo

̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅


0,13 mm

Desvio padrão final:

16

Também, é possível utilizar os dados obtidos para calcular o volume dos


objetos estudados. Assim, pode-se conhecer diversos aspectos sobre o objeto
com base nas medições realizadas. Para este cálculo, temos que levar em
conta os possíveis erros cometidos durante o experimento de medições, então,
para se ter um valor mais aproximado possível, pala “lei de propagação de
incertezas” tem-se que:

Assim, para o volume do bloco de madeira, sabendo que o volume de


um paralelepípedo é dado por “comprimento * largura * altura” (c, l e h
respectivamente) temos que:

( ) ( ) ( )

Então, para o bloco de madeira medido com a trena temos:

 Volume:

 Desvio médio padrão:

Para o bloco de madeira medido com o paquímetro temos:

 Volume:

17
 Desvio médio padrão:

Agora, tem-se que realizar o cálculo do volume do cilindro, próximo


objeto observado no experimento. O volume de um cilindro pode ser
expressado como:

( )

( ) ( )

( ) ( )

Então, para o cilindro medido com a trena temos:

 Volume:

( )

( )

 Desvio médio padrão:

( ) ( )

( ) ( )

Para o cilindro medido com o paquímetro temos:

 Volume:

( )

18
( )

 Desvio médio padrão:

( ) ( )

( ) ( )

Continuando, passado agora para o cálculo do volume da esfera medido


no experimento, realizando o mesmo procedimento repetido até agora. Para o
volume de uma esfera tem-se:

( )

( )

Então, para a esfera medido com a trena temos:

 Volume:

 Desvio médio padrão:

19
( )

( )

Para a esfera medido com o paquímetro temos:

 Volume:

 Desvio médio padrão:

( )

( )

Por fim, o cálculo da área da base do cilindro vazado a partir dos


resultados obtidos pode ser expresso por:

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

20
Então, para o cilindro vazado medido com a trena temos:

 Área da base:

 Desvio médio padrão:

( ) ( )

( ) ( )

Para o cilindro vazado medido com o paquímetro temos:

 Área da base:

 Desvio médio padrão:

( ) ( )

( ) ( )

Então, para os resultados finais tem-se:


 Volume do bloco de madeira

Trena (
Paquímetro (

21
 Volume do cilindro

Trena (
Paquímetro (

 Volume da esfera

Trena (
Paquímetro (

 Área do cilindro vazado

Trena (
Paquímetro (

22
7 CONCLUSÕES

A partir dos resultados obtidos pode-se concluir sobre a precisão dos


aparelhos utilizados. Em comparação, o paquímetro apresenta uma precisão
maior que a da trena. Tal efeito pode ser visto ao observar o desvio médio
padrão de cada item, onde o paquímetro se mostra com um desvio menor se
comparado a trena. Assim, observa-se que há sim diferenças entre as
precisões dos aparelhos e como pode ser concluído o número que melhor se
aproxima do valor real do objeto.

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8 REFERÊNCIAS

YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I. Tradução de: Sonia Midori


Yamamoto. 12. Ed. São Paulo: Pearson, 2008.

NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. 5. ed. rev. e atual. São Paulo:
Blucher, 2013. v. 1.
MUNDO ELÉTRICA. Como usar um paquímetro. Disponível em: <
https://www.mundodaeletrica.com.br/como-usar-um-paquimetro/ >

SLIDEPLAYER. Algarismos Significativos. Disponível em: <


https://slideplayer.com.br/slide/378948/>

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