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Quanto vale sua empresa sem você?
INTRODUÇÃO
Um dos primeiros ditados populares que ouvimos, quando temos
a nossa empresa, é que “O olho do dono que engorda o gado”, ou
seja, estar dentro da empresa é o que faz com que ela cresça. Se isso
fosse verdade, como que empresas como Domino’s, Zara, Imaginari-
um e Coca Cola existiriam, sendo que os seus donos não conseguem
seguir essa regra?
Talvez essa frase até seja verdade, mas nós a interpretamos mal. Se
eu pudesse lhe dar um significado mais real, diria que esse fazendei-
ro que observa o gado deve, de fato, estar sempre pensando qual é
a melhor forma de fazer o gado dele engordar mais e melhor. Cer-
tamente não será ele quem pessoalmente alimentará o gado, mas
precisará analisar os indicadores para tomar as decisões que ger-
arão o menor custo e o maior lucro.
Estrela porque são cinco pontas, mas você pode pensar em um cír-
culo, em uma linha do tempo ou em passos, o que for melhor para
o seu aprendizado. Vamos, então, à primeira ponta.
Para você que quer começar a definir sua meta, existem 3 elemen-
tos importantes que você nunca pode esquecer:
Pode ser que você tenha um, dois ou vários indicadores de sucesso.
Caso você queira se aprofundar mais sobre esse assunto, sugiro a
leitura dos temas: OKR, KPI e o livro 4 Disciplinas da Execução.
O ideal é que você realize o teste DISC com cada membro da equipe
para saber quais aptidões natas cada um tem e se existe a necessi-
dade de reorganizá-las.
Quando você estiver nessa parte, foque em tudo que diz respeito
ao posicionamento estratégico das pessoas daquele departamento,
desde o processo de contratação e demissão, passando pela gestão
de conflitos e tudo o que você possa fazer para que cada pessoa,
dentro de seu devido setor, seja valorizada e aproveitada ao máxi-
mo.
Lembra que o primeiro passo foi definir a meta? Pois então, nessas
reuniões semanais não é permitido falar sobre problemas triviais
do dia a dia, mas somente de problemas que estão atrapalhando a
equipe a alcançar a meta. Lembrando que uma meta pode ser al-
cançada de forma direta ou indireta.
Ao pensar na sua equipe, adapte o que for mais funcional para ela,
esqueça métodos engessados:
Agora que a sua equipe já sabe porque ela faz o que ela faz (meta),
quem é responsável por qual parte (posicionamento) e revisa pe-
riodicamente as tarefas (delegação), é hora de mostrar como você
espera que as tarefas sejam realizadas.
Quando você vai passar essa tarefa para o seu subordinado, a prob-
abilidade de esquecer algum detalhe existe, principalmente se a pes-
soa estiver começando a fazer essa função agora. Então por que não
criar um check-list? Ao invés de ter que sempre pedir a mesma coisa,
crie um passo a passo para que a pessoa consiga acompanhar e ter
menos erros ao longo da execução da tarefa. E essa criação de listas
serve para quase qualquer tarefa, desde enviar uma proposta com-
ercial, até organizar uma cerimônia, ou organizar o tempo do chefe
de operações.
Você que já treinou alguém, me diga: passar a meta, dizer quais são
as funções e um passo a passo é suficiente para uma pessoa já estar
100%? A resposta é: nem sempre. Quanto mais complexo for o tra-
balho, mais exigirá treinamento. Cadastrar um cliente no sistema é
muito mais fácil do que fazer um atendimento de excelência.
1. Panorama
Dê a ela um overview de todo o trabalho a ser executado. Mostre
o sistema como um todo, as principais ferramentas, os principais
clientes, as principais técnicas. Nesse momento é como se a pessoa
estivesse recebendo uma aula, seja sua, seja da pessoa que está re-
sponsável por treiná-la.
2. Acompanhar o expert
Depois que a pessoa já se ambientou, permita que ela acompanhe
o trabalho de uma pessoa mais experiente (de preferência a mel-
hor pessoa da sua equipe).
3. Supervisão próxima
Essa é a fase em que o funcionário passará a maior parte do tempo
e é aqui que ele aprenderá de verdade. Essa fase pode demorar um
ou vários meses, dependendo da complexidade do trabalho que a
pessoa estará executando.
4. Supervisão distante
A medida em que as semanas se passam, a pessoa terá mais ex-
pertise e naturalmente não precisará de um acompanhamento tão
próximo. Quanto mais maestria ela absorver em partes da atividade,
mais autonomia pode ser atribuída a ela.
Essa é a fase que você ensina a pessoa a tomar decisões sem a sua
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presença, como se fosse uma análise de cenários. Se isso acontecer,
como ela deve lidar? E se tudo der errado, como reagir? Quanto mais
você prepara sua equipe para lidar com problemas mais complexos,
mais ela consegue se autogerenciar, mesmo na sua ausência.
No lugar em que a resposta for “não”, será o passo que você precisa
investir mais energia naquele momento.
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