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8 e 9 de junho de 2012

ISSN 1984-9354

UM ESTUDO ACERCA DO
PLANEJAMENTO FINANCEIRO EM
ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS

Carlos Eduardo de Oliveira


(UFU)
Apoena Alves Jardim
(UFVJM)
Kamilla Guimarães Laure
(UFVJM)
Salvador Soares Jr
(UFVJM)

Resumo
O planejamento e controle nas entidades sem fins lucrativos no Brasil
começaram a ter mais espaço na gestão destas organizações por
contribuir para a sua sustentabilidade. Percebe-se a importância das
entidades do chamado terceiro setor, viisto que, realizam suas
atividades visando o bem-estar social e sem o intuito de obtenção do
lucro. Através das atividades que as diversas organizações do terceiro
setor (OTS) desempenham, elas contribuem para a transformação da
sociedade e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Este
estudo de caso tem como objetivo principal identificar e descrever os
componentes utilizados para o planejamento e controle dos recursos
financeiros da Pastoral da Criança do município de Ataléia/MG.
Utilizou-se o questionário como instrumento de coleta de dados. Como
resultados, a pesquisa mostra que a entidade que possui dificuldades
na elaboração do planejamento e controle, bem como a adequada
prestação de contas de todas as aplicações dos recursos obtidos;
carece do apoio e da colaboração da sociedade na qual está inserida
de modo a melhor desenvolver suas atividades e proporcionar
efetivamente a transformação da vida das pessoas por ela atendidas. O
estudo trouxe condições de identificação de componentes necessários
para a evolução do planejamento dos recursos financeiros da entidade
estudada a fim de contribuir em seu processo de tomada de decisão.

Palavras-chaves: Entidades Sem Fins Lucrativos, Planejamento,


Controle de Recursos.
VIII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
8 e 9 de junho de 2012

1 Introdução

O contexto capitalista em que a sociedade vive atualmente transparece a idéia de que é


difícil uma organização sobreviver sem que obtenha lucros. A valorização que se dá ao capital
e o individualismo imperam na sociedade. Ao contrário, as entidades do terceiro setor vêm
demonstrar que a ajuda ao próximo, sem visar algo em troca, é a melhor estratégia para se
viver em uma sociedade melhor e com maior igualdade. A sociedade brasileira presencia
atualmente um momento em que a solidariedade, caridade e voluntariado são muito
importantes, principalmente porque o Estado e as empresas privadas não conseguem cumprir
seu papel, no que tange à assistência das necessidades básicas da população.

Na tentativa de proporcionar melhoria na assistência social, apresentam-se as


entidades do terceiro setor, ou organizações do terceiro setor (OTS). Uma característica básica
das OTS é que elas não têm fins lucrativos, e são conhecidas como entidades sem fins
lucrativos (ESFL). Tais entidades visam suprir as deficiências que o Estado (primeiro setor) e
o setor privado (segundo setor) apresentam com relação ao atendimento das necessidades
sociais.

A definição de entidade sem fins lucrativos é bastante diversa entre os pesquisadores


do tema, porém, pode-se afirmar que existe a convergência de que tais entidades visam o bem
estar social e a transformação do ser humano. Por meio das atividades que as diversas
organizações do chamado terceiro setor desempenham, elas contribuem para a transformação
da sociedade e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. As organizações do terceiro
setor vêm demonstrar como isso é possível, visto que são entidades voltadas para o ser
humano, que buscam oferecer melhores condições de vida e bem-estar à sociedade em geral
ou a grupos específicos. Algumas dessas entidades dependem da caridade e do voluntariado
de pessoas dispostas a ajudar e também lidam com os recursos financeiros escassos.

Entende-se que manter uma entidade sem fins lucrativos e suas atividades filantrópicas
no atual contexto capitalista é complexo. Com base neste cenário, este estudo de caso tem
como objetivo principal identificar e descrever os componentes utilizados para o
planejamento e controle dos recursos financeiros da Pastoral da Criança do município de
Ataléia/MG, de modo a realizar suas atividades em busca da sustentabilidade.

Com vistas a alcançar o objetivo geral, este trabalho teve como objetivos específicos:
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 Descrever as atividades realizadas pela entidade bem como os tipos de recursos


que ela obtém para mantê-la em funcionamento;

 Identificar as formas de aplicação dos recursos obtidos;

 Verificar a existência do planejamento e controle dos recursos captados e


aplicados pela entidade.

Contudo, este trabalho justifica-se pela importância do objetivo a que se propõe.


Ressalta-se a sua importância como auxílio à tomada de decisão, ao tornar público, a
realidade de entidades que realizam suas atividades sem o intuito de lucro, e que dependem
basicamente de doações da sociedade em geral e de subvenções por parte do governo.

2 Procedimentos Metodológicos

A investigação científica depende de um conjunto de procedimentos intelectuais e


técnicos para que seus objetivos sejam atingidos (GIL, 2007). A pesquisa tem um caráter
pragmático, é um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O
objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para os problemas mediante o
emprego de procedimentos científicos.

Realizou-se inicialmente o levantamento das pesquisas existentes sobre o tema de que


trata este artigo, composta de livros, artigos, dissertações e teses, com a finalidade de
identificar a existência de trabalhos semelhantes e de construção do referencial teórico.
Segundo Marconi e Lakatos (2009), a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento da
bibliografia publicada em livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua
finalidade é colocar o pesquisador em contato com o que foi escrito sobre determinado
assunto.

O levantamento dos dados foi efetuado através da pesquisa de campo, utilizando como
instrumento de coleta de dados o questionário, constituído por uma série ordenada de
perguntas abertas e fechadas de múltipla escolha, que foram respondidas por escrito e sem a
presença do entrevistador. De acordo com Marconi e Lakatos (2010), o questionário é um
instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas.

Esta pesquisa classifica-se também como descritiva, uma vez que buscou-se descrever
as diversas informações levantadas nesta pesquisa, tais como informações gerais sobre a
entidade, as atividades realizadas na mesma e as formas de planejamento existentes na
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entidade. Na concepção de Gil (2007), as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial
a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou então, o
estabelecimento de relações entre variáveis.

A pesquisa foi realizada na Associação Pastoral da Criança, objeto do estudo, que está
situada no município de Ataléia/MG. A escolha do referido local de estudo foi por ser uma
entidade relevante para o município e região, bem como à disponibilidade de acesso às
informações necessárias para a conclusão do presente trabalho.

O questionário foi levado em mãos na entidade pelos autores, juntamente com uma
carta de apresentação. Dado o prazo de dois dias para a resposta, os autores direcionaram-se à
entidade efetuando o recolhimento do questionário entregue. Foi solicitado o direcionamento
do questionário ao responsável pela entidade.

O método escolhido para o estudo apresenta a limitação de que a abrangência da


pesquisa a uma determinada entidade deixará à parte outras entidades do mesmo setor
presentes na região, o que não permitirá generalizações das conclusões extraídas do estudo.

3 Referencial Teórico
3.1 Planejamento
A espécie humana utiliza o planejamento em praticamente toda a sua trajetória. A
Bíblia Sagrada (1990) comenta no livro dos Provérbios (21:5) que os projetos do trabalhador
trazem lucro e os planos do apressado trazem miséria, procurando demonstrar que o
planejamento é fundamental para a sustentabilidade do homem ao longo do tempo. O
planejamento está relacionado diretamente com “imagens do futuro”, onde o homem busca,
no presente, programar as ações do futuro.

Megginson (1998) define planejamento como o processo de estabelecimento de


objetivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las. O planejamento estabelece
o alicerce para as subseqüentes funções de organizar, liderar e controlar, e por isso é
considerado função fundamental.

Em linhas gerais, Sanvicente e Santos (1983) comentam que planejar é estabelecer


com antecedência as ações a serem executadas, estimar os recursos a serem empregados e
definir as correspondentes atribuições de responsabilidades em relação a um período futuro
determinado.

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Especificamente, Donahue (1964) menciona que o planejamento do lucro estimula o


aparecimento, na organização inteira, de uma atmosfera de consciência em relação ao lucro,
de consciência em relação ao custo e de parcimônia.

Ackoff (1976) afirma que o futuro pode ser melhorado por uma intervenção ativa no
presente. Também comenta que o planejamento é a habilidade de controlar o que é
controlável, identificando o planejamento como o instrumento utilizado para controlar o
futuro. Surgiu nos anos de 1960, o planejamento de longo prazo, que possuía como principais
características a projeção e análise das tendências.

Para Oliveira (2008), a sobrevivência de uma organização está relacionada


diretamente com o seu planejamento. As decisões tomadas no presente irão refletir no futuro.
O ambiente mercadológico competitivo obriga o compromisso profissional, definidos na
missão e nos objetivos da empresa, em todos os seus níveis, buscando a satisfação dos
clientes, acionistas e colaboradores internos e externos.

De nada adiantaria o planejamento se este não possui objetivos. Sanvicente e Santos


(1983) definem objetivo como instrumento de administração e os orçamentos elaborados
fornecem a direção e instruções para a execução de planos, enquanto o acompanhamento,
levando ao controle, permite a comparação das realizações da empresa ao que tenha sido
planejado.

De acordo com Lobato (2000), os objetivos são resultados quantitativos e ou


qualitativos que a empresa precisa alcançar em prazo determinado no seu ambiente, para
cumprir sua missão.

Slack (1996) afirma que um plano é uma formalização de o que se pretende que
aconteça em determinado momento no futuro. Um plano não garante que um evento vá
realmente acontecer; é uma declaração de intenção de que aconteça. Os planos são baseados
em expectativas, contudo, expectativas são apenas esperanças relativas ao futuro.

No processo de tomada de decisões pela administração, Oliveira (2008) comenta que a


manipulação das variáveis controláveis (aspectos controlados pela empresa, sob seu poder de
decisão) e o aproveitamento dos efeitos das variáveis não controláveis sobre receitas, sobre os
custos e investimentos são fatores importantes, bem como sua correta classificação. Como as
variáveis não controláveis não podem ser influenciadas pelos gestores, não justifica em sua

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análise, que estimativas dessas variáveis não sejam possíveis, para que possam ser
minimizados os riscos de um efeito sazonal.

Welsch (1983) recomenda a identificação dos elementos de um programa amplo de


planejamento e controle de Resultados. Elaborar um plano substantivo deve conter os
seguintes levantamentos:

 Objetivos gerais;

 Objetivos específicos;

 Estratégias;

 Premissas de planejamento;

 Planejamento de resultado em longo prazo.

O plano de longo prazo que se refere aos gastos de capital, para Sanvicente e Santos
(1983), deve ser cuidadosamente analisado para que os responsáveis pela elaboração do
orçamento de capital possam tomar contato com os projetos desse plano. Os investimentos
em ativo imobilizado normalmente constituem o ponto central desse processo, não só pelos
valores envolvidos, como também porque, uma vez tomadas certas decisões, as mesmas não
serão facilmente modificadas ou revertidas.

Gitman (1997) comenta que os planos financeiros de longo prazo direcionam a


formulação de planos e orçamentos operacionais de curto prazo. De forma geral, é por meio
desses planos e orçamentos a curto prazo que se implementam os objetivos estratégicos de
longo prazo da empresa.

São várias as vantagens de se elaborar o planejamento nas organizações. Welsch


(1983) relaciona as vantagens gerais de se elaborar um programa de planejamento e controle
de resultados:

 Ele obriga a análise antecipada das políticas básicas;

 Exige uma estrutura administrativa adequada, isto é, um sistema definido de


atribuição de responsabilidades a cada função da empresa;

 Obriga todos os membros de administração, nos seus mais diversos níveis, a


participar do processo de estabelecimento de objetivos e preparação de planos;

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 Obriga os chefes de departamentos a fazer planos em harmonia com os planos de


outros departamentos e de toda a empresa;

 Exige da administração a quantificação do que é necessário para um desempenho


satisfatório;

 Exigem dados contábeis históricos adequados e apropriados;

 Obriga a administração a planejar o uso mais econômico da mão-de-obra, matéria


prima, instalações e capital;

 Liberta os executivos de muitos problemas internos rotineiros, graças a políticas


predeterminadas e relações de autoridade bem definidas dando-lhes mais tempo
para planejar e usar sua criatividade;

 Tende a diminuir a incerteza, especialmente existentes nos grupos administrativos


inferiores, sobre as políticas e objetivos básicos da empresa;

 Destaca as áreas de eficiência e ou ineficiência;

 Promove a compreensão mútua de problemas entre os membros da administração;

 Força a administração a dedicar parte de seu tempo e atenção aos efeitos das
tendências esperadas das condições econômicas gerais.

 Força uma auto-análise periódica da empresa;

 Ajuda o processo de obtenção de crédito bancário;

 Permite a verificação de progresso em relação aos objetivos da empresa;

Mesmo não tendo finalidade de obtenção de lucro, as OTS podem e necessitam obter
lucros. Isto se explica à medida que tem-se em mente que estas entidades, geralmente não têm
fonte permanente de recursos, ou seja, sobrevivem de doações, do trabalho voluntário, ou
seja, sobrevivem do senso de caridade dos seus provedores, logo,estas organizações devem
administrar seus recursos de modo que possam continuar a realizar suas atividades mesmo
quando os recursos são mais escassos.

A partir daí percebe-se a importância de um adequado planejamento de recursos


dentro das OTS. Cabe aqui definir o que seria esse planejamento de recursos e como ele
contribui para que as entidades sem fins de lucro consigam manter-se em atividade mesmo
com poucos recursos.
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A atividade de administrar uma organização do terceiro setor pode ser tão difícil
quanto administrar uma empresa privada uma vez que essas organizações geralmente devem
prestar contas aos diversos colaboradores que fornecem recursos às mesmas além de também
ter que prestar contas à sociedade como um todo e ao governo uma vez que, normalmente,
recebem diversos incentivos por parte deste.

Desta forma, uma correta prestação de contas exige um controle adequado das receitas
e recursos recebidos e das despesas incorridas. Para que haja uma adequada prestação de
contas pela entidade é necessário um planejamento e controle de recursos a serem utilizados
na manutenção da atividade de modo que os provedores da entidade possam ter a certeza da
idoneidade e da seriedade do trabalho desenvolvido pela mesma. O planejamento no caso das
OTS, especificamente a questão de planejar as receitas e recursos a serem obtidos é um pouco
complexa, já que basicamente sobrevivem de doações. Mesmo assim, cabe ressaltar a
necessidade de que estas entidades realizem o planejamento dessas receitas visto que devem
realizar a prestação de contas da aplicação das mesmas.

3.2 Organizações do Terceiro Setor


Na literatura existente no Brasil, atualmente encontra-se a classificação das
organizações empresariais em primeiro, segundo e terceiro setor. O primeiro setor representa
o Estado e o segundo setor representa as empresas privadas como um todo. O terceiro setor é,
basicamente, composto por entidades sem fins lucrativos, que executam diversas atividades,
tais como comercialização de produtos e prestação de serviços sem, porém, visarem obter
lucros com as mesmas.

O objetivo primordial das entidades do terceiro setor é atender às necessidades sociais,


e, em consequência, promover o bem-estar e a transformação do ser humano. O terceiro setor
surgiu na tentativa de preencher as lacunas deixadas pelo Estado e pelas entidades privadas no
que tange ao atendimento das necessidades sociais.

Conforme Araújo (2006), o primeiro setor representa o Estado, que por meio de seus
órgãos e entidades, exercem múltiplas atividades, como as políticas, administrativas,
econômicas e financeiras, com o objetivo de cumprir suas finalidades básicas. Acrescenta-se
ainda que, no segundo setor, encontram-se as empresas privadas, que exercem suas atividades
com o objetivo de obter lucros a serem distribuídos aos investidores como remuneração do
capital aplicado.
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O conceito de terceiro setor é bastante diverso, mas convergentes basicamente no


sentido de que o terceiro setor é um conjunto de organizações que realizam suas atividades
sem a finalidade de lucro, visando atender às necessidades sociais baseadas no trabalho
voluntário, na filantropia e na caridade. Com isso, nota-se que as entidades sem fins lucrativos
(ESFL) não visam o lucro no desenvolvimento de suas atividades, objetiva-se afirmar que o
seu foco, a finalidade destas entidades não é a obtenção e a consequente distribuição de
parcelas do patrimônio das mesmas, uma vez que objetivam atender à população como um
todo, tendo por alicerce, entre outros, o trabalho voluntário, a solidariedade e a caridade.

Andrade (2002) considera que o terceiro setor representa um conjunto de iniciativas da


sociedade civil organizada, com base na ação voluntária, sem fins lucrativos e que visa o
desenvolvimento social. Ressaltasse que as Organizações do Terceiro Setor (OTS)
apresentam características bem próprias que as tornam de fácil identificação dentre as demais
organizações existentes.

Para Soares (2008) pode-se conceituar o Terceiro Setor como um setor composto de
organizações diversificadas que se caracterizam pelo valor não econômico, fundadas pela
iniciativa privada (sociedade civil) com interesses públicos e sociais, com contornos
participativos, cooperativos e solidários, e apoiadas no trabalho contratado.

Com relação às OTS, não visar o lucro não significa não ter lucro. Tais entidades
podem e devem ter lucros com a realização de suas atividades, visto que precisam
constantemente de recursos. Porém, esse lucro, chamado de superávit pelas OTS, não é
distribuído aos associados; ele deve ser reinvestido na manutenção das atividades da entidade,
de modo que ela consiga atender o maior número de pessoas e com a melhor qualidade que
puder oferecer.

Conforme Araújo (2006) as OTS objetivam provocar mudanças sociais; têm como
principais fontes de recursos as doações, contribuições, subvenções e prestação de serviços
comunitários; utilizam o lucro como meio para atingir os objetivos institucionais; não
distribuem seus resultados aos seus provedores; geralmente são isentas ou imunes de tributos.

Para Andrade (2002), as OTS atuam em diversas áreas tais como cultura e recreação,
educação e pesquisa, saúde, assistência social, ambiental, desenvolvimento e defesa dos
direitos, religião e associações profissionais.

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Conforme o entendimento de Laffin e Ebsen (2004), além do papel social


desempenhado pelas entidades do terceiro setor, no atendimento às demandas sociais não
atendidas pelo Estado, tais entidades ainda desempenham um importante papel na economia,
o de gerador de trabalho e renda.

O campo da gestão é considerado, para Teodósio (1999), um dos espaços centrais para
o avanço das organizações do Terceiro Setor, e necessita, segundo Assis (2005), de um
desdobramento no desenvolvimento de instrumentos e mecanismos gerenciais capazes de
mensurar e monitorar processos, resultados e impactos nos projetos executados, a fim de que
seus objetivos sociais sejam alcançados.

As Entidades Sem Fins Lucrativos são definidas por Olak (2010) como instituições
privadas com propósitos específicos de provocar mudanças sociais e cujo patrimônio é
constituído, mantido e ampliado a partir de contribuições, doações e subvenções e que, de
modo algum, se reverte para os seus membros ou mantenedores.

A crescente tendência à profissionalização das organizações do Terceiro Setor está


exigindo delas e de seus gestores, para sua efetividade e consolidação, a configuração de seu
campo gerencial como uma prática social, o que implica dizer que a gestão deve ter uma
concepção mais realista, flexível e integrada da realidade do Terceiro Setor. (SOARES, 2008)

Percebe-se, contudo, a relevância das OTS, visto que, além de contribuírem para suprir
as carências existentes no atendimento da população em geral, tais organizações ainda
revelam-se como fontes de trabalho e renda para muitas pessoas. Os diversos projetos
realizados por essas entidades favorecem muitas oportunidades de trabalho e renda para as
pessoas assistidas pelas referidas organizações.

No Brasil especificamente, para Olak (2010), o emprego de terminologias Terceiro


Setor, organizações não governamentais (ONGs), organizações da sociedade civil,
organizações sociais, entidades beneficentes, organizações filantrópicas, entre outras, ocorre
de forma equivocada, já que são utilizadas normalmente como sinônimas, contribuindo para
aumentar ainda mais a confusão. Ainda fundamentado em Olak (2010), como se isso não
bastasse, passou-se a conviver, recentemente, com mais duas “inovações institucionais”: as
Organizações Sociais (OS) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP); as primeiras criadas a partir da reforma administrativa do aparelho do Estado, e as
OSCIP, decorrentes da publicação da Lei nº 9.790 de 23.03.1999, sendo ambas sem fins
lucrativos.
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Olak (2010) afirma que do ponto de vista legal (Código Civil), as ONGs são pessoas
jurídicas, de direito privado, constituídas sob a forma de associações ou fundações, ou seja, o
que chamamos de “ONG” só será contemplado pelo nosso Direito Social.

Apresentam-se como categorias das ESFL, dentre as diversas entidades que compõem
o chamado terceiro setor:

 Associações;

 Organizações filantrópicas beneficentes e de caridade;

 Organizações não governamentais (ONGs);

 Fundações Privadas;

 Organizações Sociais.

O Quadro 1 apresenta as principais características das Associações, Organizações


filantrópicas beneficentes e de caridade, Organizações não governamentais (ONGs),
Fundações Privadas e Organizações Sociais.

Quadro 1: Principais categorias do terceiro setor no Brasil


Categoria Principais Características
São organizações baseadas em contratos estabelecidos
livremente entre os indivíduos pare exercerem atividades
comuns ou defenderem interesses comuns ou mútuos. Estão
Associações voltadas para seus membros, compreendendo uma grande
variedade de objetivos e atividades, tais como recreativas,
esportivas, culturais, artísticas, comunitárias e profissionais.
Organizações voltadas para seus clientes na promoção de
assistência social (abrigos, orfanatos, centros para indigentes,
distribuição de roupa e comida, etc.) e de serviços sociais nas
áreas de saúde e educação (colégios religiosos, universidades e
hospitais religiosos).
Organizações filantrópicas beneficentes e de
caridade Também se inclui nessa categoria a filantropia empresarial.
Embora estas organizações sejam classificadas como
associações no Código Civil Brasileiro, o que as diferencia
daquelas são seus valores intrínsecos de altruísmo, boa
vontade e serviço à comunidade.
Como no caso das associações, são organizações
comprometidas com a sociedade civil, movimentos sociais e
transformação social.
Embora também estejam classificadas como associações no
Código Civil Brasileiro, diferenciam-se das associações por
estarem sobretudo orientadas para “terceiros” grupos, ou seja,
Organizações não governamentais (ONGs)
para objetivos externos aos membros que as compõem.
Também se diferenciam das organizações filantrópicas – e isto
é questão de honra para as ONGs – por não exercerem

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qualquer tipo de prática de caridade, o que seria contrário à sua


idéia de construção de autonomia, igualdade e participação dos
grupos populares.
É uma categoria de conotação essencialmente legal.
A criação de uma fundação se dá, segundo o Código Civil
Brasileiro, pelo instituidor, que, através de uma escritura ou
Fundações Privadas
testamento, destina bens livres, especificando o fim a ser
alcançado.
Trata-se de um modelo de organização pública não estatal
destinado a absorver atividades publicizáveis (áreas de
educação, saúde, cultura, meio ambiente e pesquisa científica)
Organizações Sociais mediante qualificação específica.
É uma forma de propriedade pública não estatal, constituída
pelas associações civis sem fins lucrativos orientadas para o
atendimento do interesse público.
Fonte: Adaptado de Olak (2010).

Conforme o Código Civil (2002), as organizações do terceiro setor podem ser


constituídas como associações ou como fundações. As associações são constituídas pela união
de pessoas que se organizem para fins não econômicos; devem ter estatuto que contenha sua
denominação, os fins a que se destina e a sede, além dos requisitos para a admissão, demissão
e exclusão dos associados, os direitos e deveres dos mesmos, as fontes de recursos necessários
à manutenção da entidade, o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e
administrativos e ainda as condições para a alteração das disposições estatutárias.

Segundo Olak (2010), as associações são organizações baseadas em contratos


estabelecidos entre os indivíduos para exercerem atividades ou defenderem interesses comuns
ou mútuos.

No caso de dissolução da associação, o Código Civil (2002), em seu artigo 61,


comenta que dissolvida a associação, o remanescente de seu patrimônio líquido, será
destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou se este for omisso, por
deliberação dos associados, a instituição municipal, estadual ou federal de fins idênticos ou
semelhantes. Em caso de não existir entidade conforme descrita no Município ou no
Estado,ou no Distrito Federal,o que remanescer do patrimônio da entidade será devolvido à
Fazenda do Estado, Distrito Federal ou da União.

Araújo (2006) afirma que o termo fundação designa um patrimônio destinado a servir,
sem intuito de lucro, a uma determinada causa de interesse público que adquira personificação
jurídica por seu possuidor.

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O artigo 62 do Código Civil (2002) define que as fundações somente poderão ser
constituídas para fins religiosos, morais, culturais e de assistência. Caso a fundação não tenha
tais finalidades não deverá ser constituída, e se já estiver em funcionamento, deverá ser
extinta e o seu patrimônio será incorporado ao de outra fundação de fins semelhantes aos da
extinta.

Ainda conforme o Código Civil (2002), artigo 66, as fundações serão controladas pelo
Ministério Público de onde estiverem situadas. Para que haja alteração no estatuto da
fundação existem algumas regras enumeradas pelo Código Civil que devem ser observadas
tais como a deliberação de dois terços dos responsáveis por gerir e representar a entidade; não
contrariar as finalidades da fundação; deve haver aprovação do Ministério Público.

As Organizações Sociais não representam uma nova categoria de Organização do


Terceiro Setor, mas merecem atenção pelas suas características já que representam um
modelo diferente de gestão para as OTS. As Os são regidas pela lei n. 9.637 de 1998,
chamada Lei das OS. As Organizações Sociais são entidades do Terceiro Setor que realizam
um contrato de gestão com o Estado, onde há mútua cooperação entre os dois envolvidos, ou
seja, existem obrigações e favores recíprocos entre os dois envolvidos de modo que o
atendimento das necessidades sociais sejam atendidas.

Conforme Araújo (2006), as OSCIP são organizações do terceiro setor que, por
intermédio da lei, relacionam-se com o Estado através de termo de parceria. A lei que
regulamenta as OSCIP é a Lei n. 9.790 de 23 de março de 1999, chamada Lei do Terceiro
Setor.

As Organizações Não Governamentais (ONG's) são entidades não estatais que visam
atender a demanda social. Conforme Olak (2010) as ONG's são entidades comprometidas
com a sociedade visando seu bem estar e sua consequente transformação.

4 Resultados da pesquisa

Neste tópico serão apresentados os resultados obtidos por meio da aplicação do


questionário proposto. Inicialmente, serão apresentadas considerações relativas à
caracterização da entidade em questão; logo após, serão apresentadas informações relativas às
atividades desenvolvidas pela entidade.

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A Pastoral da Criança é dividida em setores, áreas e ramos. O Ramo de Santa Cruz,


4160, (Pastoral da Criança de Ataléia/MG) pertence a área 04 do setor 174, Teófilo Otoni. A
Pastoral da Criança de Ataléia/MG foi fundada em 12 de março de 1995 e tem como setor de
atuação a prestação de serviços de apoio às crianças e adolescentes, e conta atualmente com a
ajuda de dezessete colaboradores voluntários.

Ressalta-se que o respondente possui o cargo de direção da entidade, faz onze anos
que atua na entidade, sendo que há dois anos está na função atual. Identificou-se que o
respondente teve como experiência em outras organizações a função de professor e vice-
diretor de escola.

Conforme informações do respondente da pesquisa realizada, a Pastoral da Criança do


município de Ataléia/MG realiza as seguintes atividades:

 Acompanhamento de crianças de 0 a 6 anos e gestantes do 1o ao 9o mês;

 Realiza comemorações da Páscoa, Natal e Dia das Crianças;

 Pesagens das crianças.

Destaca-se que a entidade em questão atende aproximadamente 194 famílias e 242


crianças em todo o município de Ataléia/MG.

Com relação aos recursos necessários para a realização das atividades desenvolvidas
na entidade, tem-se que a mesma recebe recursos da Coordenação Nacional da Pastoral da
Criança, que é um organismo de Ação Social da CNBB que possui diversas parcerias como
bancos, indústrias, Associação Nacional de Amigos da Pastoral da Criança (ANAPAC),
Ministério da Saúde, Projeto Criança Esperança, Unicef, entre outras. E ainda, percebe-se a
existência de doações de pessoas das comunidades atendidas. As receitas oriundas da
Coordenação Nacional da Pastoral da Criança são permanentes, porém o valor é calculado
pelo número de crianças pesadas cadastradas e pelo número de gestantes atendidas. As
doações de pessoas da comunidade variam mês a mês. Essas pessoas são chamadas de
Padrinhos da Pastoral.

Os recursos necessários para a manutenção das atividades são diversos, dos quais
destacam-se:

 Dinheiro;

 Bens móveis (mesas, bancos e colchões como principais);


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 Mão-de-obra voluntária;

 Ferramentas e equipamentos (balanças, livros, cadernos de acompanhamento,


cartazes, cartões de vacina, entre outros);

 Instalações, pois a entidade funciona em sala cedida pela Igreja Católica do


município.

Com relação às principais despesas da entidade, identificaram-se as seguintes:

 Merenda;

 Cópias de materiais diversos;

 Correios;

 Gás;

 Viagens a serviço da pastoral.

Com relação à gestão dos recursos da entidade, obteve-se pela pesquisa que o
coordenador do ramo é capacitado para realizar a gestão de recursos. A capacitação é
chamada de Missão e Gestão. Ocorre sempre que existe a troca do coordenador. Tal
capacitação ocorre geralmente no município de Teófilo Otoni, para as áreas próximas deste
município. Não foi possível obter dados sobre a forma de capacitação que é realizada aos
coordenadores, portanto, avaliar a qualidade do coordenador enquanto gestor do planejamento
e controle dos recursos financeiros não se aplica ao estudo.

O respondente cita alguns problemas enfrentados pela entidade na manutenção de suas


atividades:

 Poucos voluntários;

 Falta de equipe de apoio para auxiliar na pesagem e na merenda;

 Falta de materiais para auxiliar no trabalho, como cadeira, mesas, bancos, fogão,
entre outros.

O respondente ainda afirma que os recursos obtidos são suficientes apenas para
realizar atividades básicas da entidade e que, para a realização de atividades adicionais é
preciso pedir a ajuda da comunidade. Entende-se que os recursos obtidos pela entidade
servem para suas atividades operacionais. Quando existe a necessidade de recursos para, por

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exemplo, reformar, ampliar, adquirir ativos, entre outros, efetuam-se atividades junto à
comunidade para angariar recursos financeiros que serão direcionados a determinado fim.

Com relação ao planejamento dos recursos obtidos pela entidade, o respondente afirma
que o planejamento é feito limitando-se ao valor recebido pela Coordenação Nacional da
Pastoral da Criança. O controle dos recursos é feito por meio de recibos, e demonstração
mensal das despesas. O planejamento dos recursos é realizado mensalmente, sendo que o
valor depende do montante a ser repassado pela Coordenação Nacional, conforme o número
de crianças e gestantes atendidas.

5 Conclusões

O planejamento, a execução e o controle das entidades sem fins lucrativos estão


diretamente relacionados com sua sobrevivência no atual ambiente em que se encontram. Seu
gestor deverá possuir informações qualitativas e quantitativas sobre os acontecimentos
históricos e cenários futuros, assim poderá prever possíveis dificuldades, e, no presente, tomar
decisões que irão proporcionar resultados desejados.

As entidades com ou sem fins lucrativos normalmente necessitam de relatórios


quantitativos de previsão de resultados e a elaboração do planejamento orçamentário facilita o
processo de tomada de decisão. Após análise dos resultados da pesquisa nas entidades, pode-
se concluir que:

 A administração e o controle dos recursos financeiros acontecem de forma


rudimentar, o que pode comprometer sua sustentabilidade;

 A falta da declaração de missão da entidade pode dificultar o direcionamento dos


esforços dos colaboradores e voluntários;

 Os recursos obtidos servem somente para suas atividades operacionais, o que pode
comprometer sua operacionalização em caso de sazonalidade e na necessidade de
suportar financeiramente algum imprevisto;

 O planejamento de longo prazo não é realizado pela entidade, o que pode


comprometer suas ações no futuro;

 Apesar dos esforços dos gestores, colaboradores e voluntários, a entidade carece


de procedimentos de controle adequados ao seu negócio, bem como instrumentos

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de mensuração quantitativa, que poderão contribuir para o planejamento e controle


da entidade;

 Percebe-se que alguns problemas tornam-se obstáculos à manutenção e também à


ampliação das atividades da entidade, os quais notam-se a falta de voluntários e
sua capacitação, bem como os recursos escassos, impedindo que a entidade se
desenvolva eficazmente em todas as atividades projetadas, estas que poderiam
atender um maior número de pessoas e que certamente beneficiariam cada vez
mais o município de Ataléia/MG e os demais municípios vizinhos;

 Nota-se que a prestação de contas à comunidade somente acontece quando há a


necessidade. Pode-se considerar a prestação de contas à sociedade como um
instrumento poderoso de transparência de gestão e servir como um instrumento
para captação de novos recursos e a manutenção dos existentes, por apresentar que
os recursos estão sendo geridos de maneira que a sociedade possa saber como suas
doações estão sendo utilizadas. Cabe ressaltar que a prestação de contas não
significa que os recursos estão sendo aplicados da forma correta.

Contudo, este trabalho justifica-se pela importância do objetivo a que se propõe,


ressaltando seu auxílio à tomada de decisão. É importante destacar que a referida entidade
necessita do apoio de toda a sociedade, dada sua relevância no atendimento de crianças e
gestantes do município. Recomendam-se estudos com o mesmo objetivo em outras entidades
semelhantes ao presente estudo, bem como de outros setores. Sem o adequado planejamento e
controle dos recursos financeiros não é possível que a referida entidade possa atingir os seus
fins e, consequentemente, contribuir efetivamente para a transformação da sociedade.

Os autores agradecem o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do


Estado de Minas Gerais - FAPEMIG para a realização desta pesquisa.

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