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g) Intervenientes na GRH
I. Profissionais de Recursos Humanos
Especialmente contratados para realizar atividades relativas ao departamento de RH. Desempenham
funções de assessoria tais como:
• Definição e aplicação de Políticas;
• Conselhos e pareceres;
• Informação e atividades em áreas como o recrutamento, seleção e formação;
• Controlo através da monitorização do desempenho dos empregados e da conformidade com as
políticas da empresa.
Atualmente verificam-se papéis adicionais para os Profissionais de RH, que se focalizam em:
• Incremento de eficácia da interação com os Gestores de Linha;
• Transferências de algumas responsabilidades de RH para estes últimos.
Papéis:
• Fornecedores: dão conhecimento de assessoria dos gestores de linha;
• Delegantes: transferem papéis de pessoal para os gestores de linha;
• Auditores: avaliam desempenho dos gestores de linha na implementação de políticas de RH;
• Inovadores: melhoram a competência técnica e o acesso dos gestores à informação,
desenvolvendo programas e procedimentos;
• Formulas de políticas: desenvolvem políticas de RH consistentes e de custo-benefício favorável
à empresa.
II. Gestores de Topo
Fornecem o quadro em que pretendem que os RH sejam geridos, clarificando as metas
organizacionais e pessoais bem como as responsabilidades delegadas aos Profissionais de RH e aos
Gestores de Linha.
Devem aprovar e legitimar as funções de RH.
Participam no desenvolvimento e supervisão de várias práticas e procedimentos de RH na
organização, apesar de delegarem responsabilidades significativas relacionadas com o desenho e
implementação de políticas de RH.
Os Gestores de Topo envolvem-se diretamente nas práticas de RH que influenciam diretamente os
seus subordinados imediatos, tais como entrevistar candidatos a funções de gestores, ou avaliar outros
gestores.
Em áreas como o planeamento de RH e as negociações laborais, os Gestores de Topo devem
assumir um papel central.
III. Gestores de Linha
Implementam as decisões dos gestores de topo e profissionais de RH. Desempenham funções como:
avaliação de desempenho; entrevistas a candidatos; análise de necessidades de formação; análise de
cargos.
Devem assumir cada vez mais um papel ativo no desempenho dos sistemas de RH e na
monitorização das práticas de RH nos seus departamentos.
IV. Sindicatos
Os sindicatos e os delegados sindicais nas organizações, bem como a legislação vigente, têm
influência na Gestão de Recursos Humanos, tendo em vista a proteção dos direitos dos trabalhadores.
O poder negocial dos gestores e as boas relações que conseguem estabelecer com os sindicatos e
os trabalhadores sindicalizados são fatores importantíssimos para a eficácia da GRH.
Formação e
Contabilida Recrutamen
Finanças Desenvolvi
de to e Seleção
mento
• Delineia as tarefas desempenhadas por • Descreve o que a função exige dios • Identifica o nível de desempenho
um dado titular. empregados. esperado do titular da função e os
• Inclui condições de trabalho e outros • Inclui competências e aptidões, nível de critérios de mensuração do
aspectos intrínsecos e extrínsecos da habilitações literárias, experiência e desempenho.
função. exigências físicas e mentais requeridas
para a função.
•Perceções dos indivíduos em relação ao conjunto de •Fatores conscientes e inconscientes que causam,
dimensões que caracterizam o seu ambiente de direcionam e mantêm o comportamento dos
trabalho. indivíduos nas organizações.
•Constitui um mapa cognitivo, representativo da sua •As motivações dos indivíduos nas organizações
visão da organização, e de como esta funciona, que dependem da sua personalidade, mas também das
lhes proporciona cirtérios úteis para organizar e situações concretas em que se entram, ou do modo
adaptar o seu comportamento. como percebem essas situações.
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• Problemas, suas causas e propostas de • À tomada de decisão • Contribuição da função pessoal para a
solução para eliminar e diminuir eficácia e eficiência da organização
A auditoria de RH leva à eficácia e eficiência dos RH que levam à eficácia e eficiência das decisões.
2.3.1.1. Objetivos da Auditoria de RH
Maior rigor na gestão; melhor controlo e autocontrolo; diagnóstico das causas e consequências dos
problemas sugeridos; melhor preparação das decisões.
2.3.1.2. Processo de Auditoria de RH
I. Recolha de informação — Exame inicial da documentação (estabelecer a primeira lista de problemas e
colocar questões para esclarecer); Observação (existência de desvio em relação às normas); Verificação
(ausência de informação e insuficiência de controlo);
II. Avaliação de informação — é realizado um exame detalhado para identificar problemas e avaliar a sua
gravidada;
III. Verificação da informação — a fim de descobrir se são verdadeiras e exatas;
IV. Avaliação — apreciar desvios face aos objetivos. Salientar os pontos fracos e fortes da GRH. Avaliação é
uma base para a realização de propostas de ação, considerando custos, benefícios e rapidez de implementação;
V. Recomendações/propostas de ação — emissão de propostas de ação que a gestão deve implementar
para corrigir as situações julgadas disfuncionais, ou reforçar controlos não eficientes.
2.3.1.3. Instrumentos de Auditoria de RH
Relatório Único: Avalia a fiabilidade dos dados e a sua conformidade.
Painel de Bordo: Permite visualizar rapidamente tendências ou desvios face a objetivos estratégicos
definidos na organização. Também é um elemento de informação para julgar a capacidade de controlo e
de previsão a função pessoal.
Avaliação dos Desempenhos individuais: Utilizada para descobrir certos prolemas, verificar se são
respeitados procedimentos e examinar se os objetivos visados estão a ser atingidos.
Organigrama: Fornece informações sobre que departamentos estão a ter o seu estatuto (por
intermédio dos seus dirigentes), quem sucede a quem, etc.
Pirâmide de ideias: Representação gráfica duma população por anos ou por classes de idades que
permite dar conta de possíveis desequilíbrios.
Gráficos de fluxos: Podem ser utilizados para melhor compreender um procedimento e ter assim um
melhor conhecimento dos sistemas de controle internos.
Indicadores de eventos sociais: Indicadores de manifestação ou consequências de problemas,
constituindo critérios para julgar uma situação.
2.3.2. Auditoria Social
Diagnóstico de problemas postos pelas relações da organização com o seu ambiente externo
(poluição, relacionamento com fornecedores) e interno (condições de trabalho, promoções,
cumprimento de horários)
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Poderem e
Competências
Quererem
(qualificações,
exercer as
conhecimentos, Motivação
funções
experiências e
necessárias num
aptidões)
dado momento
Os objetivos da GPRH são quantitativos e qualitativos. O GPRH é difícil de executar, dado a sua
natureza e complexidade:
• Diz respeito à evolução futura da empresa: “Quais serão os mercados da empresa daqui a 5
anos? Qual a tecnologia? Que novos postos de trabalho aparecerão?”;
• Diz respeito a um sistema humano dotado de forte inércia: “Qual será a capacidade de
adaptação das pessoas?”;
• Tem efeitos sobre o conjunto de práticas de RH: “Quais as relações com a definição e
classificação de funções, o recrutamento, o sistema de remunerações, a formação, as carreiras?”.
a) Objetivos da GPRH
Detetar problemas decorrentes da estratégia. Elaborar propostas de solução de problemas. Analisar
diferentes soluções avaliando o risco. Construir soluções antecipando problemas. Evitar soluções
pontuais, casualistas.
b) Etapas da GPRH
Planificação, programação
Difinir objetivos da Relacionar objetivos com Estimar demissões Provimento de vagas e realização das ações
Organização necessidades de RH privisíveis (RI ou ER?) Recrutamento selecção
Formação
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Prever
necessidade Avaliar oferta
futura Presente e Futura Comparar a
procura com a
(por categorias e (Por categorias e oferta
funções) funções)
Quer a procura, quer a oferta de trabalho, podem ser determinadas a dois níveis:
• A um nível macroeconómico, que se refere à disponibilidade geral de recursos;
• A um nível mais restrito, que se refere à procura e oferta de certos tipos de trabalhadores.
3.2.1.1. Métodos de previsão das necessidades
a) Estimativas de previsão das necessidades
•Suoervisores estimam nº e tipo de •Gestão de topo decide o nº de RH •abordagem iterativa que obtém e
qualificações de RH que irão necessários nas várias categorias usa as opiniões de um grupo de
necessitar, e transmitem esse nº ou funções na organização, pessoas para prever as
ao supervisor; baseada na avaliação da força de necessidades futuras de RH;
•Este recolhe informações de trabalho necessária para •Requer um moderador, por
previsão dos supervisores e estima implementar o plano estratégico. exemplo profissional de RH, para
a procura de trabalho para essa coordenar desempenho do grupo.
unidade;
•soma das necessidades de RH de
cada unidade fornece a
necessidade global de RH da
organização.
b) Análise de Tendências
Análise Evolução
Efetivo
Técnicas
(estrutura matemáticas Estimativa das
qualificações, necessidades
(séries temporais)
repartição
geográfica)
c) Métodos de Regressão
Análise fiável que complementa as estimativas dos superiores hierárquicos.
d) Métodos Linear
Pode ser aplicada para determinar o nº de empregados necessários para alcançar os objetivos,
dentro de um conjunto de restrições.
e) Simulação
Estuda o comportamento de determinadas variáveis, por exemplo, o nº de empregados necessários,
face a um determinado cenário inicial, que vai sendo alterado, dando origem a vários cenários
alternativos.
É assim possível construir planos de contingência para os vários cenários possíveis.
3.2.1.2. Métodos de previsão dos recursos disponíveis
a) Análise da estrutura do efetivo
Análise que possibilita a previsão de reformas através da elaboração de pirâmides (idades,
antiguidade, qualificações), conseguindo assim prever os recursos disponíveis.
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d) Organigramas de substituição
Consiste num organigrama que indica os potenciais sucessores de cada membro da empresa.
Utiliza-se sobretudo para a gestão de topo e as pessoas consideradas essenciais à empresa.
Pode servir como um mapa das evoluções de carreira possíveis para os membros da empresa,
permitindo assim ter uma visão da oferta interna para cada função num determinado período de
tempo.
3.2.1.3. Análise do equilíbrio entre necessidades e recursos disponíveis
A constatação de um desequilíbrio entre as necessidades e os recursos disponíveis leva à realização
de ajustamentos que corresponderão a estratégias diferentes por parte da GRH.
Essas estratégias e o modo de as implementar são analisadas no âmbito do planeamento de
programação.
3.2.2. Planeamento de programação
Desenvolvimento e implementação de estratégias e operações que ajudam a atingir os objetivos do
plano de emprego, nomeadamente o modo de resolver o desequilíbrio entre os recursos necessários e
disponíveis.
Uma escolha estratégica fundamental será a de privilegiar os ajustamentos internos ou os
ajustamentos externos.
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•Peso excessivo dos custos adicionais •Impossibilidade de reorganizar o •Impacto negativo na qualidade ou
•Menor capacidade de responder a trabalho entre o restante pessoal desempenho
pedido dos clientes •Impossibilidade de recrutar pessoal •O trabalho não pode ser realizado nas
adicional horas que o requerente propõe
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4. Estratégias e GRH
4.1. Pesquisa da Price Waterhouse
As organizações com uma estratégia formal de recursos humanos (escrita) geraram resultados 35%
acima daquelas que não o tinham.
4.2. Perspetivas sobre estratégias da GRH
4.2.1. Perspetiva universalista
Existe um “one best way” de gerir os RH e procura identifica-los.
Há um modelo de GRH que leva sempre a elevados resultados organizacionais, independentemente
do contexto e das estratégias da organização.
Políticas de GRH Resultados nos RH Resultados Organizacionais
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Construir uma opinião pública "Vender" a organização como Filtrar os candidatos não
favorável à organização potencial empregador desejados
•Preocupação em causar boa •Fornecer informação sobre os •Focalizar-se naqueles que
impressão nos candidatos, cargos e as características serão chamados para a
sejam eles aceites ou não organizacionais continuação do processo
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•Recrutamento tem papel viral o que implica atrair •Restrições no recrutamento o que implica atrair
colaboradores: apenas colaboradores:
•Que facilitem o rápido desenvolvimento da •com ompetências de que se tem necessidade
empresa; absoluta;
•Estejam rapidamente operacionais (experiência •imediatamente operacionais.
prévia é importante);
•Sejam flexíveis para acompanhar evolução da
empresa.
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Tendências Consequências
• Nº de pessoas na população ativa está a aumentar (+mulheres, • Mais difícil recrutar e reter os trabalhadores jovens de elevado
imigração); talento e potencial;
• Proporção da população ativa face à população total tende a • Como o estado vai ter dificuldades na gestão das pensões de
diminuir (>longevidade pós-reforma). reforma, as oferecidas pelas organizações vão ser
potencialmente críticas para a atração de candidatos.
Diversidade
Tendências Consequências
• Aumento do nºde mulheres na força de trabalho é uma das tendências • Ter atenção às necessidades das famílias em que ambos os cônjuges
sociais mais significativas das últimas décadas; trabalham;
• Nº de indivíduos oriundos de minorias étnicas tem vindo a aumentar • Necessário respeitar as leis sobre discriminação;
significativamente nas últimas décadas. • Necessário respeitar as leis sobre assédio sexual e psicológico e dar mais
atenção à possibilidade da sua ocorrência na organização
Questões importantes:
1. Em que consistem as tarefas deste posto de trabalho?
2. De que modo as tarefas atuais diferem das realizadas pelo titular anterior?
3. Quais os aspetos do posto de trabalho que indicam o tipo de candidato requerido?
4. Sobre que aspetos do posto de trabalho será importante os candidatos terem informação
antes de se candidatarem?
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E-recrutamento
Redes sociais
*Linkdln
Impacto e possibilidades Valores Gerenciais dos Novas formas de *Facebbok
abertas pelas TIC Millennials recrutamento *Youtube
*Google +
*Twitter
*...
E-Recrutamento
É uma forma que tem por base a utilização de ferramentas web. Centrado no website do
empregador. A sua utilização tem vindo a ganhar relevância. Práticas e consequências estão ainda a ser
debatidas e avaliadas.
Vantagens:
• Chega a muitos candidatos a baixo custo;
• Rapidez na obtenção de respostas.
• Facilidade de análise de candidaturas (campos de dados estanderizados).
• Permite excluir candidaturas não adequadas ao perfil desejado (e.g. filtros).
• Promoção de uma imagem "moderna" da empresa.
Desvantagens:
• Gera um grande valor de resposta que pode ser difícil processar.
• Não alcança pessoas com iliteracia informática ou com fraco uso das novas tecnologias.
b) Métodos alternativos
Elevator Pitch: breve apresentação a uma empresa com vaga disponível, normalmente um vídeo
(deve ser tão curta e objetiva que pode ser feita numa viagem de elevador).
Billboards: placards que se encontram em locais de grande visibilidade.
Open house: evento que ocorre num local específico, normalmente na empresa recrutadora
(consiste em abrir as portas da empresa e convidar as pessoas a passar o dia nas instalações).
Job hot lines: criar uma linha telefónica em que os atendedores recolhem informações sobre novas
vagas de emprego, provenientes de chamadas feitas por recrutadores. Posteriormente, informam sobre
vagas disponíveis às pessoas que ligam.
Vehicle wrap: é feita publicidade num veículo, regra geral num camião de longa dimensão.
5.1.4.7. Listas os. Candidatos elegíveis para o processo de seleção
Recebidas as candidaturas o passo final do processo de recrutamento será lista-las, fazendo uma
triagem, para que se possa dar início ao processo de seleção.
a) Fase de triagem
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5.2. Seleção
5.2.1. Problemas básicos e responsabilidades
A seleção consiste na escolha, entre os candidatos, daquele(s) mais adequado(s) ao(s) cargo(s)
existentes na empresa, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal. A seleção
visa dar a resposta a dois problemas básicos, a adequação das pessoas ao cargo e a eficiência das
pessoas no cargo.
A seleção pode ser configurada como um processo de:
• Comparação (indivíduos/especificações do cargo);
• Decisão (escolha final).
A decisão final de aceitar ou rejeitar candidatos é sempre da responsabilidade do órgão
requisitante. O órgão de seleção apenas presta o serviço especializado, aplica as técnicas de seleção, e
recomenda aqueles candidatos que julga mais adequados ao cargo.
5.2.2. Preocupações da seleção
Não existe uma maneira perfeita para levar a cabo a seleção. Se esta é mal deita acarreta custos. A
utilização de diferentes métodos permite prever melhor qual o candidato para o cargo. As práticas e
atividades de seleção devem estar de acordo com os requisitos legais.
5.2.3. Abordagem atual à seleção
A seleção não é apenas uma decisão da organização, mas também dos candidatos.
• Os candidatos avaliam e escolhem as organizações pelos contactos estabelecidos;
• Os comportamentos e decisões dos candidatos são influenciados pelas interações durante o
processo;
• Para decidirem se o cargo e a organização lhes convêm, os candidatos devem receber toda a
informação relevante.
5.2.4. Processo de seleção
5.2.4.1. Definição dos critérios de seleção
Tradicionalmente apenas se avalia se a pessoa se adequava ao cargo. Atualmente utilizam-se três
tipos de critérios:
a) Critérios de adequação à organização
Atributos valorizados nos empregados da organização.
Frequentemente expressos em termos de:
• Personalidade (ser perseverante, ser confiante);
• Atitudes (ex: saber trabalhar em equipa, dinamismo);
• Flexibilidade (ex: capacidade de reação ao imprevisto ou adaptação à mudança);
• Empenhamento (ex: iniciativa, proactividade);
• Objetivos (ex: orientação para os objetivos).
b) Critérios de adequação à Equipa/Grupo funcional
Caso seja inserido numa equipa já existente é importante se tem competências interpessoais
apropriadas para essa equipa.
c) Critérios de adequação ao cargo
A análise e descrição de cargos constou já do recrutamento, mas será agora reutilizada como ponto
de partida para o processo de seleção.
A seleção baseia-se nos requisitos e características que o ocupante do cargo deverá possuir.
As exigências de seleção baseiam-se nas especificidades do cargo, cuja finalidade é dar maior
objetividade e precisão à seleção de pessoal para aquele cargo.
A tendência atual é largar a verificação da adequação a um leque de cargos.
Os perfis de competências são também utilizados.
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5.3. Socialização
5.3.1. Socialização Organizacional
Uma vez tomada a decisão de admitir um candidato, é necessário assegurar, nas melhores
condições, o seu acolhimento e integração.
A entrada numa organização implica que o recém-admitido aprenda um conjunto de atitudes e
comportamentos considerados adequados à função, de acordo com as normas e valores da organização.
Em muitos casos não existem procedimentos formalizados e normalmente, as empresas que têm um
programa de recrutamento utilizam procedimentos que facilitam a integração dos empregados.
• Deve ser feita atempadamente;
• Ajuda os novos empregados a adaptarem-se emocionalmente e a compreenderem a
organização;
• É uma maneira de transmitir informação que será necessária no dia a dia.
a) Permite:
• Promover a formação dos empregados;
• Transmitir a cultura organizacional;
• Desenvolver comportamentos de cidadania organizacional.
b) Perspetiva tradicional:
• Processo unidirecional;
• Cabe à organização um papel ativo, no sentido da transmissão de normas e valores;
• Cabe ao novo membro, um papel mais passivo enquanto recetor dessas normas e valores.
c) Perspetiva atual:
• Cada novo membro traz consigo um conjunto de novos valores, motivações e expectativas face
à organização e às pessoas que nela trabalham;
• Influencia e altera o equilíbrio social existente na organização.
d) Fase do processo
Socialização antecipatória Þ Encontro Þ Mudança e aquisição
5.3.1.1. Socialização Antecipatória
• Quando se fornece ao candidato informações sobre os valores e normas da
Inicia-se na fase de recrutamento e seleção organização
5.3.1.2. Encontro
Inicia-se no 1º dia na organização e termina habitualmente no fim do período experimentar, este
pode ser prolongado.
Indivíduo e organização procuram ajustar-se mutuamente numa relação de compromissos e
cedências mútuas — contrato psicológico.
Através das interações pessoais vai tomando contacto com as normas e valores da organização e vai
construindo a sua própria perceção desta.
Algumas empresas têm programas específicos de acolhimento e integração.
O acolhimento e integração engloba 2 níveis:
• Acolhimento na empresa — visita e informações gerais, informações sobre segurança, entrega
de um dossier e formalidades administrativas;
• Acolhimento no serviço — Vista detalhada, apresentação do posto de trabalho, formação
específica e regulamentos sobre segurança.
Integração pode ser facilitada pela presença de um tutor:
• Tutor acompanha e aconselha o novo trabalhador durante o período de adaptação;
• Apenas se responsabiliza por parte dos procedimentos de acolhimento, nomeadamente, a
prestação de informações que facilitem a adaptação dos novos trabalhadores à sua tarefa e ao
ambiente de trabalho.
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Estas táticas baseadas nos princípios clássicos do condicionamento operante, consistem em reforçar
os comportamentos desejáveis e ignorar ou punir os indesejáveis.
O processo de Socialização Organizacional é contínuo, desenvolvendo-se ao longo da carreira na
organização:
• Cada novo cargo/função traz consigo novas exigências e a necessidade de aprendizagem de
novos conhecimentos e atitudes;
• É necessário ajustar objetivos individuais e organizacionais num novo contrato psicológico.
5.4. Retenção de colaboradores
Interesse na retenção depende de:
• Serem trabalhadores de elevado potencial e desempenho;
• Condições de mercado para cada função;
• Taxas de turnover de cada função.
5.4.1. Turnover
Desvantagens: Vantagens:
• Substituir pessoas é dispendioso; • Rejuvenescimento da organização;
• Podem perder-se recursos valiosos; • Entram novas ideias e experiências;
• Indicativo de má gestão. • Ajuda a manter o controle de custos;
• Custos de despedimentos são menores;
• Pode ser mais funcional que disfuncional.
Análise do turnover:
• Entrevistas aos que saem, para saber os motivos;
• Análise das taxas de cada departamento e cargo;
• Disgnósticos de clima e motivação.
Razões para o turnover:
• Internas: insatisfação com o trabalho e/ou organização;
• Externas: atração de organizações rivais.
• Razões internas mais relevantes que as externas;
• Colaboradores procuram alternativas quando estão insatisfeitos na sua organização atual;
• Poucos declaram que saem por razões financeiras.
5.4.2. Estratégias de retenção
Programas de acolhimento e integração; Gestão das expectativas no R&S; Formação e
desenvolvimento; Melhoria da qualidade das chefias; práticas de GRH “family friendly”; Gestão das
remunerações e benefícios sociais.
5.4.2.1. Gestão das expectativas
Durante o R&S deve ser dada aos empregados uma visão realista do cargo que vão ocupar.
A insatisfação é mais frequente quando se tem expectativas altas que depois não se conseguem
cumprir.
5.4.2.2. Dar formação e desenvolvimento
Vantagem: aumenta a satisfação e o compromisso com a organização, pelo que os empregados
terão menor tendência para sair.
Desvantagens: torna os empregados mais atrativos para outras organizações, podendo estes decidir
desenvolver a sua carreira noutro lado.
5.4.2.3. Melhorar a qualidade das chefias
Só deve ser escolhido para chefia quem tenha dado provas de capacidade de liderança; Deve ser
dada formação específica a chefias; As capacidades de liderança dos gestores devem ser reconhecidas
5.4.2.4. Práticas “family friendly”
Licenças de maternidade/paternidade mais longas que as previstas na legislação; Férias para além
das previstas na legislação; Disponibilização de tempo para emergências familiares; Flexibilidade de
horários.
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g) Desenvolvimentos de carreiras
Ações desenvolvidas para melhorar a possibilidade de evolução na carreira — habilidade designada
por “carreira interna”.
Visa dar resposta às necessidades concorrentes e futuras da organização do indivíduo.
É difícil separar as atividades de desenvolvimento de carreira das atividades gerais de formação.
6.1.1. Gestão de carreiras pelas organizações
6.1.1.1. Benefícios da gestão de carreiras para as organizações
Responde às necessidades estratégicas da empresa em termos das competências disponíveis na
mesma, prepara planos de substituição que saem da empresa, torna a organização atrativa para as
pessoas que se possam vir a candidatar, motiva o desenvolvimento pessoal e o desempenho dos
empregados, e responde aos objetivos dos empregados, reduzindo o turnover.
I. Objetivos dos empregados
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Legitimar a Avaliação de
desempenhos — escolher Identificar e coordenar as
o processo e instrumentos Integrar a Avaliação de Apoiar o auto esforço atividades de
menos vulneráveis aos desempenhos com outras Encorajar o diálogo através do desenvolvimento que
problemas referidos, e funções da Gestão de superior-subordinado desenvolvimento e não da ajudam a atingir os
obter o apoio dos Recursos Humanos punição objetivos resultantes da
responsávies na avaliação
organização
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Avaliação de funções: conjunto de procedimentos sistemáticos para determinar o valor relativo das
funções numa organização, isto é feito através de 4 métodos.
I. Método de escoamento (Job Ranking)
Método de comparação simples: método rudimentar, não há decomposição de cargos e tende a ser
superficial.
Método função a função: cada função é comparada com as outras com base num critério (ex.
complexidade).
Consiste em: dispor as funções numa escala hierárquica em relação a um critério de comparação.
Vantagem Desvantagens
•Proporciona uma base aceitável para discussão e negociação, •Os cargos não são detalhados nos componentes e requisitos.
embora produza uam estrutura de funções muito pouco •Não dá nenhuma indicação do grau de diferença entre os cargos.
discriminativa. Indica apenas se um cargo requer mais ou menos do indivíduo.
Especidades Desvantagens
•Categorias são negociadas com pareceiros sindicais e •Pode tornar-se inflexível, pouco sensível a mudanças e
deve ser registada no MT conteúdo dos cargos
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6.4. Liderança
É um processo onde um indivíduo influencia outros membros de um grupo de forma a que estes
alcancem os objetivos do grupo ou organizacionais.
É um processo que envolve influência e ocorre no contexto de um grupo para alcançar objetivos.
Um líder lidera os seus seguidores para alcançar os objetivos.
6.4.1. Teorias de liderança
6.4.1.1. Teorias dos traços:
Focalizam-se em traços de personalidade, sociais, físicos ou intelectuais que distinguem os líderes
dos não líderes.
5 características de um líder — são importantes, mas não são dominantes, ou seja, um líder tem que
ter estas características, mas uma pessoa com estas características pode não ser um líder.
1. Pensamento estratégico;
2. Entrepreneurial skills;
3. Originalidade;
4. Flair;
5. Capacidade de resolução de problemas.
Traços de um líder carismático: Dominante; Forte desejo de influenciar e liderar; Autoconfiante;
Forte sentido de valores morais.
Traços de um líder inspiracional: Compreende e admite as suas fraquezas; Compreende as situações
e o que deve fazer; É empático; Conhece-se.
6.4.1.2. Teorias comportamentais:
Focalizam-se em comportamentos específicos que distinguem os líderes dos não líderes.
a) Teoria X e Teoria Y de McGregor:
As conceções de base do gestor condicionam a forma como os empregados reagem. O estilo de
gestão deve reforçar a teoria Y para que os empregados assumam responsabilidades, estejam
motivados e trabalhem mais.
Teoria X Teoria Y
• O ser humano médio: • o dispêndio de energia física e mental no trabalho é tão natural como brincar ou
• têm tendência para não gostar de trabalhar e evitá-lo-á sempre que possibel descansar
• não tem ambições e prefere ser dirigido para evitar respondabilidades • os empresados empenham-se quando podem dirigir as suas ações e atingir
• resiste à mudança objetivos pessoais
• a maioria das pessaos terá de ser controlada, coagida, recompensada ou • o ser humano médio aprende, nas condições próprias, não só a aceitar como a
ameaçada com punições para que se esforce para atingir os objetivos procurar responsabilidades
• o ser humano médio pode ser criativo na resolulção de problekas
Críticas à teoria de Blake e Mouton — assume que o estilo 9,9 é o ideal sem que tal tenha sido
corroborado pela investigação. Esta abordagem não contempla as características dos seguidores nem a
natureza da situação.
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•Influência social, cultural, política, religosa, etc, que as pessoas •Preparação das pessoas para uma profissão e para o seu
recebem do ambiente durante a sua vida desenvolvimento pessoal e profissional
Gestores mais qualificados e profissionais de •participam em atividades de procura de informação externa sobre
RH formação
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c) Programação da formação
Programar a formação é recolher as seguintes informações: A quem?, Quem ensona?, Onde?,
Como?, Quando?, Quanto?, Para quê? E O quê?
A programação da formação requer um planeamento que envolva:
1) Abordagem de uma necessidade específica de cada vez;
2) Definição clara de formação a ser desenvolvida em módulos, pacotes ou ciclos;
3) Definição da população alvo, considerando-se o número de pessoas, disponibilidades de
tempo, grau de habilitações, habilidade e tipo de atitudes, características pessoais de
comportamento;
4) Determinação dos conteúdos de formação, considerando-se os aspetos de quantidade e
qualidade da formação;
5) Escolha dos métodos de formação;
6) Escolha dos recursos necessários em termos físicos (audiovisuais, equipamento,
ferramentas) e humanos (pessoal docente — consultor externo ou membro da empresa —
e não docente);
7) Local onde será efetuada a formação;
8) Data ou periodicidade da formação;
9) Execução financeira do programa;
10) Controle e avaliação dos resultados.
Classificações da formação e desenvolvimento
• Formação interna (ministrada por colaboradores da empresa) e formação externa (ministrada
por formadores externos);
• Métodos expositivos, de simulação e práticos;
• Formação no local de trabalho (aprendizagem, estágio, rotação de cargos e treino em tarefas) e
formação fora do local de trabalho (aulas/conferências, estudos de casos, simulação e jogos, e
instrução programada).
Método de formação: a escolha do método de formação deve ter em conta duas condições básicas:
• A potencialização da aprendizagem: existem vários fatores que influenciam o processo de
aprendizagem, de retenção e aplicação de conhecimentos, pelo que ao escolher-se um método deve
verificar-se se ele respeita esses princípios.
• A adequação do método de formação às necessidades identificadas: uma condição essencial
para a escolha do método de formação será a análise do seu conteúdo para se avaliar a adequação
deste às necessidades identificadas para a organização e para os indivíduos.
Princípios de aprendizagem: a motivação dos formados através do estabelecimento de objetivos, a
qualidade da matéria, a adequação do conteúdo às necessidades individuais dor formados, e o
envolvimento ativo dos formados (ex. através da prática), a duração adequada das sessões de formação,
o fornecimento de feedback aos formados sobre a sua aquisição gradual de conhecimentos, a qualidade
dos fornecedores, e a possibilidade de transferência dos conhecimentos adquiridos para a situação de
trabalho (aplicabilidade).
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Adequação do tipo de formação ao tipo de formandos: Honey and Mumford identificaram 4 tipos
de formados:
• Ativistas: preferem aprender através de tentativas que não impliquem uma preparação prévia.
Gostam de exercícios de role-play;
• Refletores: preferem ouvir e observar. Gostam de estudos de caso, de analisar o que aconteceu
e porquê.
• Teóricos: gostam de desenvolver conceitos e teorias a partir da análise. Preferem começar a
aprendizagem através de leituras sobre um tópico.
• Programáticos: preferem informação que possa ser aplicada imediatamente nas tarefas que
desempenham.
Preocupações atuais com os métodos de formação: o movimento das competências é a ênfase dada
pelas organizações e pelo Governo às competências técnicas. Até aqui era o conhecimento geral e não
as competências técnicas que davam status. Na formação há discrepância entre o que o formando
aprende e as competências que é capaz de utilizar depois da formação.
Formação de competências está relacionada com os critérios específicos, focaliza-se no
desenvolvimento das capacidades do formando de levar a cabo tarefas relacionadas com o trabalho e
as competências são expressas em termos de resultados de desempenho e medem-se por indicadores
específicos.
d) Avaliação da formação
Ponto crítico para se poder apreciar a eficácia da mesma, assegurando que não estão a ser
despendidos recursos com programas que não se enquadram nas necessidades da empresa e a relação
custo-benefício dos programas de formação é favorável para a empresa, constituindo estes um
verdadeiro investimento de que a empresa virá a colher frutos.
Métodos de avaliação da formação: a avaliação da formação (modelo Kirkpatrick) pode ser feita
através de uma apreciação das reações, aprendizagem, comportamento e dos resultados.
• Avaliação das reações: apreciação dos sentimentos dos participantes em relação à formação
(se gostam, se valeu a pena, etc.), a apreciação é feita através de entrevistas e questionários e é
importante porque fornece uma primeira estimativa da satisfação com a formação e os
sentimentos dos participantes sobre formação irão influenciar a aplicação das competências ou
atitudes adquiridas.
• Avaliação de aprendizagem: avaliação dos conhecimentos adquiridos ou das atitudes
modificadas e a aprendizagem pode ser avaliada através de testes escritos ou avaliações.
• Avaliação do comportamento: ver modificações que se verificam no local de trabalho como
resultado da formação, análise das avaliações de desempenho antes e depois da formação permite
ver os efeitos comportamentais da formação e a utilização de grupos de controle para verificar se o
comportamento é diferente do grupo que seguiu a formação.
• Avaliação dos resultados: impacto da formação nos resultados da empresa (a nível da
organização, dos recursos humanos, das tarefas e operações no seu todo), difícil de levar a cabo,
uma vez que pode haver explicações alternativas para os novos resultados, e estão a ser
desenvolvidos métodos que permitam relacionar a formação e os resultados organizacionais.
Níveis de apreciação dos resultados da formação:
• Nível organizacional: aumento da eficácia e eficiência organizacional, melhoria da imagem da
empresa, do clima organizacional e facilidade nas mudanças e inovação.
• Nível dos recursos humanos: redução da rotação do pessoal e absentismo, aumento dos
conhecimentos e habilidades, da eficiência e eficácia individual.
• Níveis das tarefas e operações: aumento da produtividade, da qualidade dos preços e serviços,
redução do treino inicial em novas tarefas, do índice de acidentes e do índice de manutenção de
máquinas e equipamentos.
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