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AULA 12/08
Atividade: contrato por meio do qual um se obriga a entregar a revisão de uma escritura
de debêntures de 1800 páginas no prazo de 01 mês e em contrapartida deve receber 100
mil reais, a serem pagos no dia 12/09. Em seguida, duas cessões consecutivas desse
crédito.
Quem cedeu era efetivamente titular do crédito? Quando chegou no primeiro cessionário,
o crédito poderia ter sido compensado, por exemplo. O devedor deve ser notificado a cada
cessão.
Não há nada que impeça a cessão de crédito pelas vias normais do Direito Civil. Porém,
quanto mais o crédito “anda”, mais inseguro ele fica.
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Título de crédito: é um instrumento que possibilita a circulação de crédito com segurança
e garantia. Facilita enormemente a circulação de riquezas. Não é preciso de notificação,
cláusula contratual, garantia etc.
AULA 15/08
A obrigação de pagamento fica vinculada a como a prestação foi feita. A cessão de uma
obrigação de um contrato no Direito Civil vai ser feita via um contrato, acrescentando um
contrato na relação, o qual estará sujeito a todos os requisitos de validade de um contrato
comum. A lógica da cessão de crédito é a mesma desde o Direito Romano.
Com o passar do tempo, a carta passou a poder circular para qualquer um.
A grande inovação desse instrumento foi permitir que um direito de crédito fosse
materializado num título, circulando com ele. Reconhecimento de que o direito estava
contido no papel.
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não o pague. Só não haverá essa garantia se o endossante escrever expressamente no título
que o endosso é sem garantia; do contrário, o endosso sempre terá essa garantia.
Exemplo do Professor: o Credor 3 pode cobrar do Devedor, mas também pode cobrar do
Credor 1 e do Credor 2. O risco da operação, porém, não é aumentado. Ainda, cada um
que endossa fica à disposição para pagar o título caso o devedor não o pague.
1. PRINCÍPIOS:
a. Princípio da autonomia das obrigações: cada um que se obriga num título,
obriga-se autonomamente, independentemente de outras relações do título (“assinou o
título, responde”).
No âmbito dos títulos de crédito, quanto mais o título circula, maior a chance de o credor
receber. Na cessão de crédito, por outro lado, quanto mais o crédito circula, mais difícil
é para o credor receber, pois a cadeia toda deve estar regular para isso.
O direito não está no título: ele está referido nele, mas existe independentemente dele. Se
perder o documento, há a possibilidade de o recompor, porém, isso deve ser feito
judicialmente.
c. Princípio da literalidade: vale o que está escrito no título ou o que está na lei. O
credor só pode exigir e o devedor só pode ser exigido na exata medida do que está escrito
no título ou definido na lei.
AULA 19/08
Atividade: Elaborar letra de câmbio e responder as perguntas com base na Lei Uniforme
de Genebra sobre Letras de Câmbio e Notas Promissórias.
A letra de câmbio não é promessa de pagamento como a nota promissória, mas sim uma
ordem de pagamento. Trata-se de relação triangular, na qual se têm sacador, sacado e
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beneficiário. Sacador é quem emite a letra contra o sacado, ordenando que este efetue o
pagamento para o beneficiário.
Protesto por falta de aceite: certificado de que o título não foi aceito. Quem tem que pagar
é o sacador, à vista, imediatamente.
AULA 22/08
Letra de câmbio é um título pouco utilizado hoje, porém, é a origem da estrutura que é
usada, a ordem de pagamento.
Para se ter uma nota promissória ou uma letra de câmbio, basta colocar no papel todos os
requisitos necessários a cada uma delas.
O Professor destaca que o artigo 887 do Código Civil traz uma definição errada do que é
o título de crédito: o direito não está contido no título, mas apenas mencionado/referido
nele, circulando com ele.
No endosso, “você pode escolher qualquer um que está atrás de você e eles, por sua vez,
podem cobrar em regresso de quem está atrás deles”.
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Caso em que há um problema no negócio fundamental: a defesa baseada no negócio feita
pelas partes envolvidas no negócio sempre pode ser oposta, porque é uma relação pessoal
das partes e não uma relação de títulos de crédito. Entre as partes originais, isso é muito
simples. Se o título já foi endossado, porém, a situação é diferente: se o título está com
um terceiro de boa-fé, tem que pagar e depois pode cobrar da contraparte no negócio
fundamental.
Todo título, em princípio, é à ordem. Pode-se estabelecer que será emitido não à ordem.
O meio de provar que o título foi cobrado, mas não foi pago é o protesto. Com o protesto,
pode-se cobrar daqueles anteriores na cadeia. Se o avalista não se manifestar, ele é
avalista do devedor principal, podendo ser cobrado mesmo antes deste, pois está na
mesma posição que ele.
AULA 29/08
CHEQUE
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Na letra de câmbio, o sacador mandava o sacado pagar para o beneficiário; o sacado
decide se quer ou não pagar o título. O cheque tem a mesma estrutura, com a diferença
de que o sacado é sempre um banco, que não tem a opção de não pagar. O Banco pagará
com recursos do próprio sacador (dinheiro que ele tem em conta corrente). É uma ordem
de pagamento à vista.
O cheque tem uma forma obrigatória, de modo que todo cheque terá sempre a mesma
“cara”. Trata-se de modelo padronizado, por isso é possível a existência da máquina de
preencher cheques.
O Banco não tem obrigação nenhuma de pagar com fundos próprios, ele paga com
dinheiro do próprio sacador.
Cheque nominal, em que se dizia quem emitiu o cheque, o Banco e o nome do beneficiário
(Mercado São Jorge).
O cheque deveria ter sido endossado para ser transferido a alguém. Se o cheque é nominal,
ele deve ser pago para o beneficiário - qualquer um pode levar o cheque no banco, desde
que deposite na conta dele. O Banco, portanto, só poderia aceitar o depósito na conta do
beneficiário.
O cheque pode ser transferido pela simples entrega se não for endossado, mas não pode
ser apresentado ao Banco para pagamento a outrem que não o próprio beneficiário.
O título cartularizado pode circular sem endosso, mas, quando isso é feito, não se tem os
benefícios do endosso: obrigação, ter a sequência de quem recebeu o título etc.
Endosso traslativo: transfere o direito. Pode ser em preto (digo quem é o endossatário
ou beneficiário) ou em branco (não digo quem é o endossatário).
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Exemplo de quando Collor proibiu títulos ao portador (aqueles em que não se identifica
quem é o credor). Se alguém preencher um cheque sem preencher quem é o beneficiário,
trata-se de cheque ao portador, de modo que qualquer um que apareça no caixa pode
depositá-lo. Fica impossível o rastreamento. A proibição segue até hoje. Ou seja, para se
receber um direito ou crédito que está no título, será sempre necessária a indicação do
credor. Isso não significa que o título não possa circular ao portador: o cheque pode ser
ao portador, mas, para ser depositado, o portador deve completá-lo, identificando-se.
Título incompleto apresentado para pagamento não poderá ser pago.
O que originou o título foi a compra no mercado, na qual Fabiano era o comprador e o
Mercado, o vendedor. O mercado dá a mercadoria e o comprador paga em 5 meses.
O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Assim, emitido o cheque, assim que ele
chegar no Banco, deve ser pago. Não significa que as partes não poder acordar diferente,
porém, isso é do contrato e não do título. O cheque feito com data posterior é tecnicamente
chamado pós-datado, mas, na prática, é chamado de pré-datado.
Se o título circulou, ele é abstrato, pois a causa não circula com ele: em outras palavras,
quem receber não tem nenhuma responsabilidade.
Ainda que o posto pegue o cheque e tenha uma data posterior à que ele o recebeu, ele não
precisa observá-la. O Mercado deveria ter estabelecido um contrato com ele.
30 (mesma praça) ou 60 (praças diferentes) dias para apresentação. Após isso, está
prescrito e não é mais objeto para execução.
Fabiano tem direito a indenização, pois o Mercado descumpriu sua obrigação, que não
era uma prestação cambiária, mas sim extra-cambiária (não era prestação de título de
crédito, e sim contratual).
AULA 09/09
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DUPLICATA
Atividade: Com base no julgado (REsp 821.102), qual o negócio foi reconhecido como
sendo justificador da cobrança do crédito retratado na duplicata e da procedência da
ação? Qual a importância do negócio jurídico para a emissão e a cobrança de uma
duplicata? Com base na lei, o que precisa se fazer presente para que uma duplicata
mantenha a qualidade de título de crédito dotado de força cambiária?
NF Fatura: a partir dela, faz-se a duplicata, a qual, por sua vez, retrata a fatura. A NF
Fatura é documento que tem finalidade contábil e fiscal (indicação de ICMS ou ISS).
Ação monitória: reconhece que, por algum motivo, o título já perdeu a força executiva,
o que pode ter se dado devido a protesto. No momento em que recebe, pode assinar e
devolvê-la (título devolvido com aceite) – nessa circunstância, o protesto se torna
obrigatório também contra o devedor principal.
Falta de aceite (protesto por indicação): se não houve recusa, o protesto é facultativo
em relação ao devedor principal, mas obrigatório em relação ao coobrigado.
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A Lei de Protesto (Lei 9.492/97) não é exclusiva para a duplicata. Atenção especial para
os arts. 21 e 22 da referida Lei:
“Art. 21. O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução.
§1º O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do vencimento
da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução.
§2º Após o vencimento, o protesto sempre será efetuado por falta de pagamento,
vedada a recusa da lavratura e registro do protesto por motivo não previsto na lei
cambial.
§3º Quando o sacado retiver a letra de câmbio ou a duplicata enviada para aceite e
não proceder à devolução dentro do prazo legal, o protesto poderá ser baseado na
segunda via da letra de câmbio ou nas indicações da duplicata, que se limitarão a
conter os mesmos requisitos lançados pelo sacador ao tempo da emissão da
duplicata, vedada a exigência de qualquer formalidade não prevista na Lei que
regula a emissão e circulação das duplicatas.
§5º - Não se poderá tirar protesto por falta de pagamento de letra de câmbio contra
o sacado não aceitante.”
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VI - a aquiescência do portador ao aceite por honra;
Ideia de que o devedor tem que formalizar, por escrito, a sua recusa. A duplicata é
considerada de aceite obrigatório, ou seja, se não há manifestação do devedor, presume-
se aceita a duplicata.
Estou obrigado a emitir duplicata sempre que prestar serviço ou vender mercadoria? Não,
ela é de cunho facultativo. A fatura, porém, é obrigatória, pois tem toda uma outra eficácia
para questões contábeis e de recolhimento tributário.
A duplicata, tendo uma característica formal, tem certos requisitos exigidos pela Lei nº
5.474/68, quais sejam: (i) indicação do número da fatura; (ii) data certa do vencimento da
obrigação; (iii) indicação do número de parcelas, se existente.
Se eu recebo uma duplicata para um produto e recebo produto diverso, devo manifestar a
recusa ao aceite de modo formalizado.
A duplicata pode servir como garantia: posso fazer o desconto da duplicata com caução.
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Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento.
§2º - O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de
aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
§4º - O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro
do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito
de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas.
Duplicata fria ou simulada: é a duplicata que foi emitida a partir de um negócio que não
existiu (ou não existiu naqueles termos específicos) com o fim de simular um crédito.
Trata-se de crime previsto no art. 172 do Código Penal.
Ressalta-se, por fim, que o boleto não é a fatura nem a duplicata. Ele vai ser utilizado
como prova da relação jurídica. Se for necessário o protesto por indicação, o boleto é um
documento que vai servir como prova e ajudar o cartório a identificar o devedor.
AULA 12/09/2019
CONTRATOS EMPRESARIAIS
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1. CONCEPÇÃO DE “CONTRATO” PARA O DIREITO EMPRESARIAL
Toda a construção do conceito pelo Direito Civil não pode ser ignorada. Todavia, já se
começa a entender que o contrato não necessariamente é apenas bilateral – ele pode ser
plurilateral. A ideia do contrato plurilateral não corresponde apenas a uma pluralidade de
partes: diz respeito também a um feixe de obrigações múltiplo – não se trata de uma
situação isolada. Esse conceito de contrato plurilateral se torna muito importante para o
Direito Empresarial, na medida em que explica por que muitos doutrinadores entendem
a sociedade como um contrato e, além disso, no direito concorrencial, tem-se reconhecido
cada vez mais a figura dos contratos associativos, os quais podem ter essa característica
plúrima. Assim, se houver várias partes e uma confluência de prestações entre elas, trata-
se de contrato plurilateral.
Isso vai mudando com o tempo, na medida em que temos uma despersonalização das
relações. No início, tudo era feito no interesse egoístico da parte, o homem era o centro
de tudo.
O Direito do Consumidor acaba surgindo com uma necessidade de regras próprias para
explicar essas relações massificadas.
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Hoje, o contrato vai deixando de ser um instrumento para circular riquezas e vai se
tornando um instrumento para criar riquezas.
A teoria geral dos contratos passa a ser regida pelo Código Civil de 2002, com uma
incorporação dessa tendência mais moderna – o Direito Civil começou a regular relações
empresariais. Algumas regras de interpretação do Código Comercial não foram
incorporadas pelo Código Civil.
Como aplicar as regras paritárias do Código Civil para situações em que há abuso de
poder e outras formas de desigualdade presentes nas relações empresariais? Os
doutrinadores começam a questionar a defender a necessidade de segregar o Direito do
Consumidor e o Direito Empresarial como disciplinas autônomas.
O contrato passou a ser entendido por alguns como instrumento que diminui os custos de
transação. Uma outra teoria passou a defender que o contrato é naturalmente incompleto:
por mais informadas que as partes estejam, sempre haverá algo que não foi previsto e
disciplinado e, ainda, sempre haverá circunstâncias externas que criam interferências no
que foi inicialmente negociado – tem-se aqui uma discussão sobre até que ponto o juiz
deveria/conseguiria completar de forma adequada um contrato.
Com isso, o contrato ganha uma concepção mais moderna, defendida por Enzo Roppo
como “veste jurídico-formal das operações econômicas”: reconhece-se que o contrato
é um instrumento natural da economia, que ajuda a circular e criar riquezas, mas que
também organiza a atividade empresarial, sendo inerente a ela.
É preciso reconhecer que o contrato está informado pela CF, no art. 170. Direito
Empresarial e contrato empresarial ficam reconhecidos como categoria autônoma por
uma base constitucional que determinam princípios e vetores para sua interpretação.
AULA 16/09/2019
Atividade:
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2. Como sociedade empresária, caberia à Tradicional negociar, no momento da
contratação, as condições necessárias para mitigar os riscos do negócio.
3. Exceção do contrato não cumprido (art. 476, CC).
I. REGRAS DE INTERPRETAÇÃO:
Pacta sunt servanda vs. rebus sic stantibus (acontecimentos que mudem as circunstâncias
objetivas da época da contratação podem ensejar a revisão do contrato). Nos contratos
empresariais, pouco se aplica a última; apenas se aplicará se o prejuízo incorrido não
poderia ter sido previsto pois não era inerente à atividade.
Para a eventual revisão de contratos empresariais, a alteração ensejadora deve ter sido de
circunstâncias objetivas que não poderiam ter sido previstas.
II. CONCLUSÃO:
AULA 19/09/2019
A professora Paula Forgioni faz uma reflexão de que contratos necessitam de trato
sucessivo para que as trocas econômicas se tornem mais seguras, mais “alongadas” no
tempo.
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Assim, os instantâneos tenderiam a ser completos, enquanto os de trato sucessivo, por sua
vez, seriam incompletos.
Exemplo do contrato de compra e venda nas vending machines, que seria um contrato
instantâneo e, portanto, completo. Mas e se você comprou um refrigerante e ele veio sem
gás? Com quem você reclamaria – com o dono da máquina, dono do estabelecimento,
PROCON? Será que esse contrato instantâneo que parece completo de fato está completo
e cobre todas as circunstâncias que podem afetá-lo?
A ideia é de que o contrato complexo sempre será incompleto, porque ele geralmente já
se insere num espaço que acaba demonstrando uma dificuldade maior de disciplinamento
contratual devido à própria complexidade da relação e do contexto no qual o contrato se
insere, bem como à necessidade de um conhecimento técnico mais aprofundado para que
ele possa ser lido, escrito, informado e interpretado. Essas relações complexas acabam
gerando mais incompletudes (riscos, variantes de mercado etc.).
Além disso, temos uma abertura para um contrato denominado “contrato quadro” ou
“contrato guarda-chuva”, no qual as partes estabelecem toda a regra contratual da
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relação sob um “guarda-chuva”: é como se houvesse condições gerais para aquela relação
(clausulado geral). Estabelece-se um clausulado geral com “micro-contratações” abaixo
dele, as quais podem vir por meio de ordens de serviço, por exemplo – é um contrato que
vai ganhando volume com o tempo. Fidelização de fornecedores.
a. Contratos de Colaboração
Contratos de colaboração são todos os contratos estruturados entre uma pessoa detentora
de serviço ou produto que faz uso de um terceiro para chegar até o consumidor e ao
mercado. O terceiro age por conta e ordem e em benefício do primeiro, muitas vezes sob
o mando dele; além disso, acaba fazendo uso da marca do fabricante ou do idealizador e
conquista o mercado para tal fabricante ou idealizador.
b. Contratos de Associação
Além dos contratos de colaboração, surge também a ideia dos contratos associativos, que
são contratos nos quais os interesses são confluentes, muito similar a uma sociedade.
Entre esses contratos, temos os contratos de joint venture, os de consórcio (união de
esforços para consecução de objeto comum, com compartilhamento dos riscos e do
investimento, além de garantia da completude de expertises), e os de aliança (referida na
Lei de Inovação).
5. TEORIA DO TIPO
Correlação com o tipo penal (só é crime aquilo que a lei disser que é). Assim, contrato
típico seria aquele previsto em lei.
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Dentro dessa ideia, surgiu uma subdivisão para dizer que existem contratos que são
“atípicos por insuficiência legislativa” (existiria previsão em lei, mas esta não seria
suficientemente precisa ao dizer suas características para que se possa afirmar que ele é
típico).
Os contratos que não têm previsão legal são considerados atípicos, o que hoje se mostra
a maior tendência no Direito Comercial em meio à economia de compartilhamento e os
consequentes novos negócios e tecnologias. Dentro dessa ideia, insere-se ainda a seguinte
divisão:
AULA 23/09/2019
INTERPRETAÇÃO E PRINCÍPIOS
I. REGRAS DE INTERPRETAÇÃO
O CCOM possuía regras específicas de interpretação contratual que não foram acolhidas
pelo CC/02, mas nem por isso devem ser desprezadas, podendo a elas se socorrer o
aplicador do Direito como usos e costumes.
Miguel Reale, como um dos coordenadores do CC/02, destacou os valores essenciais que
nortearam os princípios contratuais presentes no novo sistema, quais sejam:
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II. INTERPRETAÇÃO DOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS – PAULA FORGIONI
a. Mercado, causa e função econômica: prática, usos e costumes da praça; motivos
juridicamente relevantes, função econômica.
b. Racionalidade jurídica: segurança, certeza e previsibilidade. Racionalidade
jurídica reconhece como legítimo o proveito econômico, o lucro, mas leva em
consideração os princípios jurídicos orientadores das condutas. Também se conecta com
a função econômica de cada espécie contratual. Evitar o oportunismo e prevalecer a boa-
fé.
c. Interpretação em favor do devedor e do aderente.
d. Interpretação segundo a intenção das partes – regra clássica.
e. Boa-fé e mútua confiança.
f. Livre iniciativa x legalidade x liberdade de contratar.
g. Livre concorrência x disputa pela oportunidade de troca.
III. PRINCÍPIOS
Os princípios, apesar de serem comuns ao CC/02, são vistos sob uma ótica diferenciada
no Direito Comercial.
Enunciado 29: “Aplicam-se aos negócios jurídicos entre empresários a função social do
contrato e a boa-fé objetiva (arts. 421 e 422 do Código Civil), em conformidade com as
especificidades dos contratos empresariais.”
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Com a evolução da teoria contratual, a doutrina hoje é pacífica em afirmar que os
princípios que governam o direito contratual são (itens iv, v e vi são os contemporâneos,
e flexibilizaram os anteriores):
i. Autonomia privada;
ii. Força obrigatória dos contrato;
iii. Relatividade subjetiva dos efeitos;
iv. Função social;
v. Boa-fé objetiva; e
vi. Equilíbrio contratual.
O princípio da função social impõe dois tipos de deveres: (i) realizar a função econômica
como forma de circular riquezas, instalando o bem-estar social; e (ii) obrigação de não
fazer, não prejudicando os interesses contratuais, de terceiros ou da coletividade, quando
da regulação de seus interesses. Assim, o contrato tem que cumprir a função que a
sociedade e a economia dele esperam, não podendo se aceitar que um contrato não cumpra
sua função econômica – trata-se de forma de identificar simulação contratual.
AULA 26/09/2019
I. NATUREZA JURÍDICA
A compra e venda está no centro dos negócios, assegurando a circulação das mercadorias
e dos bens. A compra feita com finalidade de revenda é ato de comércio por excelência.
Para os particulares, a compra e venda é ato do cotidiano, para consumo final. Ambos são
ontologicamente iguais, mesmo sabendo que a finalidade é diversa e que os regimes
jurídicos aplicáveis também o são.
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O que diferencia a compra e venda mercantil é que ela é sempre feita no ambiente
econômico, representando operação econômica e envolvendo um agente empresário. Para
alguns doutrinadores, seria uma operação realizada para revenda do bem adquirido ou
para sua transformação (insumo direto).
A compra e venda, seja firmada pelas formas tradicionais, seja pela telemática, deverá
apresentar todos os mesmos elementos de existência e requisitos de validade, cabendo ao
aplicador do Direito, ao intérprete, atestar se de fato estamos diante de um negócio
jurídico, de uma compra e venda, para, finalmente, investigar se estão presentes todos os
elementos para sua existência e todos os requisitos para sua validade.
O Código Civil elege, em seu art. 104, para a validade do negócio jurídico, os seguintes
elementos: (i) agente capaz, (ii) objeto lícito, possível, determinado ou determinável e
(iii) forma prescrita ou não defesa em lei. Tal dispositivo diferencia-se do art. 82 do CC/16
por inserir, quanto ao objeto, as qualidades “possível, determinado ou determinável”.
Ainda dentro dos elementos essenciais, Antonio Junqueira de Azevedo salienta que
existem os elementos categoriais, aqueles particulares a cada contrato em espécie, que
caracterizam a essência de cada tipo contratual e, assim, são inderrogáveis.
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essencial da compra e venda pois seria natural de todo contrato. Para os outros, tem
característica obrigacional e não real.
A coisa abrange os bens corpóreos e incorpóreos, títulos de crédito, ações, créditos, coisas
futuras, direitos etc. Destaque-se que quando envolver um bem corpóreo ou um direito,
utiliza-se, comumente, o termo “cessão”. Vale lembrar, ainda, que a universalidade
também pode ser alienável, sendo exemplo o estabelecimento empresarial que, por ser
considerado universalidade de fato, pode ser vendido, passando o contrato à denominação
de trespasse.
Paulo Luiz Netto Lôbo esclarece que, a princípio, a coisa deve ser própria, mas a venda
de coisa alheia não impede a conclusão do negócio, tendo em vista o caráter obrigacional
da compra e venda para o Direto Civil brasileiro. Ele elucida, ainda, que ela pode ser
específica (quando há determinação exata do bem) ou genérica (quando se alude a
quantidade ou gêneros de coisas), mas, em qualquer dessas hipóteses, tem que se ter
sempre presente o caráter de determinação (determinado ou determinável), requisito
exigido por lei e a partir do Código Civil de 2002.
A compra e venda tida por mercantil, na atualidade, é aquela que tem por objeto bens
inseridos na economia e não apenas no comércio. Historicamente, a mercantilidade da
compra e venda vinculava-se à natureza do bem que dela fosse objeto, devendo ser,
necessariamente, um bem móvel ou semovente, pois só esses se prestavam ao comércio,
não se concebendo compra e venda mercantil de bens imóveis.
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Hodiernamente, tal concepção foi superada, e a compra e venda mercantil não se presta
apenas a bens móveis e a semoventes, podendo, sim, ter por objeto um bem imóvel,
bastando que este se insira na atividade empresarial, destinando-se à revenda ou à locação,
por exemplo, ou quando circulam representados por títulos.
Muito se discutiu que a compra e venda mercantil só o seria se tivesse como objeto bens
móveis, ou seja, bens relacionados à mercancia, os quais teriam a qualidade de
mercadoria. Isso foi evoluindo, reconhecendo-se que o semovente também poderia ser
reconhecido como objeto e, mais recente, também os bens imóveis, desde que se
reconheça na relação a inserção do imóvel dentro de um trato econômico. Os bens
imateriais que podem se inserir nessa relação podem ser marca, patente, software.
Alguns bens, ainda, não podem ser alienados e, por isso, não podem estar sujeitos à
compra e venda mercantil. Os bens inalienáveis ou que não possam ser apropriados pelo
homem não se inserem entre as coisas transferíveis por compra e venda – Arnoldo Wald
indica como inalienáveis o direito aos alimentos, usufruto, direito à sucessão de pessoa
viva, coisas inalienáveis em decorrência de contrato ou de testamento. Fran Martins, por
sua vez, analisando a compra e venda mercantil, cita, como exemplo, as coisas legalmente
inalienáveis, os bens fora do comércio e aqueles insuscetíveis de apropriação (como o ar);
revela, por fim, que a coisa deve possuir um valor intrínseco ou estimativo capaz de gerar
a contraprestação do preço.
VI. PREÇO
Maria Helena Diniz ressalta que também não se pode ser dado em contraprestação
serviço, pois, nesse caso, também não se trataria de compra e venda, mas de contrato
inominado. O preço, portanto, tem que ser pago em dinheiro. Paulo Luiz Netto Lôbo não
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concorda com essa afirmação, pois, para ele, a expressão “preço em dinheiro” deve ser
entendida como pagamento do preço em moeda corrente nacional, excetuada a compra e
venda internacional, cujo preço pode ser expresso em moeda corrente estrangeira.
Nas hipóteses de o preço ser composto de uma parte em dinheiro e outra em bem ou em
serviço, não é causa para desnaturar o contrato de compra e venda, desde que a parte em
dinheiro seja maior. Se não houver como aferir tal valoração, o contrato será misto.
Maria Helena Diniz indica, ainda, que o preço pode ser pago mediante valor fiduciário
correspondente ou por meio de título de crédito. Silvio de Salvo Venosa, sobre esse
aspecto, elucida que a venda será pro soluto quando a entrega de títulos de crédito
representar pagamento definitivo, quando os títulos se desgarram do contrato de compra
e venda, impedindo a rescisão. Em contrapartida, se recebidos pro solvendo, em caso d
não liquidação da cártula, poderá ser rescindida a compra e venda.
Fran Martins indica que o preço deve, em princípio, ser livremente fixado pelas partes,
como reflexo da regra de que se considera perfeito e acabado o contrato de compra e
venda quando as partes acordam no preço e na coisa. Ocorre que é cada vez mais
frequente a intervenção do Estado na determinação do preço, seja para evitar exploração
de ordem econômica e explorações motivadas pela escassez ou raridade de produtos de
largo consumo, ou, ainda, em razão da essencialidade do consumo de determinados
produtos, como os de primeira necessidade ou de utilidade pública, os quais,
consequentemente, passam a ter seus preços tarifados.
Venda ad corpus: a princípio, não há nada a reclamar. Compra o bem do jeito que está –
“porteira fechada”.
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Venda ad mensuram: vendida uma determinada metragem, se faltar, pode exigir
complemento da área (actio ex empto); sendo impossível o complemento, resolver o
contrato (actio redhibitoria) ou abatimento do preço (actio aestimatoria).
VIII. MODALIDADES
Quando o bem é imaterial, por exemplo, na maioria das vezes a compra e venda ganha o
nome de cessão – cessão de patente, cessão de software etc. Têm-se, nesses casos, a
transferência de titularidade, a qual, a depender do objeto da cessão, terá sua eficácia
sujeita a algumas especificidades – em caso de software, por exemplo, o contrato deve
registrado junto ao INPI. Ressalta-se que a licença no contexto dos bens imateriais, por
outro lado, está relacionada à locação, e não à compra e venda.
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b. Atacado: mercadorias são compradas em quantidade, por preço inferior ao valo
unitário. Geralmente, são firmadas entre empresários (compra para revenda).
X. VENDA EM CONSIGNAÇÃO
Consignatário pode ficar livre para fixar o preço, mas o consignante pode determinar o
preço máximo de revenda.
XIII. FORNECIMENTO
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Compra e venda que na sua execução se desdobra em prestações continuadas ou
periódicas de coisas. Não se confunde com a compra e venda a prazo e em parcelas.
Exemplo: fornecimento de energia e catering (fornecimento de refeições pré-
confeccionadas.
Direito potestativo conferido a uma das partes de interferir na esfera jurídica do outro,
contra pagamento de preço, transferindo, quando do exercício, a propriedade do bem
objeto da opção.
AULA 26/09/2019
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Em regra, é melhor comprar ações na Bolsa do que diretamente de um terceiro que as
detêm. Todas as operações realizadas em Bolsa são realizadas entre instituições
autorizadas (corretoras). Para uma operação de Bolsa, comprador e vendedor serão
sempre corretoras.
Em Bolsa, todos devem fazer suas ofertas públicas, seja para vender ou para comprar.
Assim, todas as ofertas de compra ou de venda são vistas por todos os participantes do
mercado para ter a certeza de que o melhor preço de compra está se encontrando com o
melhor preço de venda. A formação de preço, portanto, leva em conta não só os negócios
fechados, mas também o que se pretende pagar.
Day trade: operação dentro do dia. Exemplo do professor: às 11h, uma pessoa compra
1.000 ações no começo do dia por R$100,00 cada; às 14h do mesmo dia, ela vende as
1.000 ações por R$105,00 cada e, no final do dia, quando a Bolsa liquida todos esses
valores, a pessoa ganha R$ 5.000,00, dos quais são descontados apenas os impostos
devidos. Todavia, nesse mesmo exemplo, se o valor da ação caísse para R$ 94 ao invés
de subir, teria que pagar R$ 6.000,00.
Toda operação em Bolsa será garantida pela clearing – trata-se de garantia institucional.
A clearing exige garantias da corretora e do cliente para que estes operem, garantias estas
que devem ser rapidamente liquidáveis. Desse modo, negócios realizados em Bolsa muito
dificilmente não serão liquidados.
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Lei nº 10.214/10 (Lei do Sistema Brasileiro de Pagamentos): explica como funcionam os
mecanismos dos agentes de compensação.
O sistema é eficiente, garante segurança na aquisição do ativo, mas nem sempre quem
está operando quer de fato comprar. Em Bolsa, não necessariamente quem quer comprar
quer o bem que está comprando – a lógica para o vendedor é a mesma. Enquanto o ativo
estiver variando, a Bolsa está operando bem.
MERCADO FUTURO
i. Contrato a termo: realiza o negócio em um dia para que ele seja liquidado no
futuro. Mesmo que o preço tenha aumentado no dia de liquidação, será pago o
valor do dia em que o negócio foi acordado, assim, a depender do valor no dia da
liquidação, vai perder ou ganhar. Neutraliza-se a chance de ganhar ou perder,
protegendo-se contra riscos (hedge). Só faz sentido o contrato a termo se existe
dúvida em relação ao valor futuro. Exemplo da venda de café: vende em dezembro
para liquidar apenas em julho; em dezembro, acorda-se pelo preço de R$100, o
qual deverá ser respeitado mesmo que em julho o preço suba para R$105 ou caia
para R$ 98. Exemplo das apostas em relação ao jogo do Palmeiras: a segunda
aposta seria um hedge, pois reduziria o risco em relação à primeira.
ii. Contratos futuros strictu senso;
iii. Opções; e
iv. Swaps – não é contrato de Bolsa.
Mercados futuros são basicamente para assumir riscos, seja para especular, seja para se
proteger.
AULA 03/10/2019
CONTRATOS DE FACTORING
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Contrato em que um comerciante cede a outro os créditos, na totalidade ou em parte, de
suas vendas a terceiros, recebendo o primeiro do segundo o montante desses créditos,
mediante o pagamento de uma remuneração.
Fomento mercantil: aquisição de créditos faturados por uma sociedade empresária, por
uma empresa especializada (factoring), sem que haja qualquer direito de regresso contra
o mesmo.
A factoring não coleta nem capta recursos monetários. Além disso, ela não realiza
intermediação financeira e não integra o SFN.
É muito parecido com o contrato de desconto bancário, que é um contrato por meio do
qual o banco adianta um crédito ainda não vencido ao seu cliente/correntista, deduzindo
juros, comissões e despesas a título de remuneração. Ele se caracteriza pela transferência
da propriedade do título cambial com vencimento futuro, através do endosso, que
determina a transferência do crédito cambiário descontado. Todos os créditos podem ser
objeto de desconto, desde que estejam incorporados em títulos de crédito.
Tipo de instituição.
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Remuneração: factoring e desconto bancário cobram remuneração para transformar o
crédito a prazo em crédito À vista. A diferença é o nome da remuneração (taxa, no
desconto, e fator, no factoring).
O arrendador DEVE ser pessoa jurídica. Além disso, as operações de leasing somente
podem ser realizadas por empresas arrendadoras que fizerem dessa operação o objeto
principal de sua atividade ou que centralizem essas operações em um departamento
especializado com escrituração própria – art. 2º, §2º, Lei 6099/74.
I. Espécies
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d. VRG (Valor Residual Garantido): valor mínimo garantido ao arrendador quando
o arrendatário opta por não adquirir o bem ao término do prazo contratual.
VRGA + VVB > VRGC → Arrendatário receberá a diferença → O arrendador receberá no máximo o VRGC
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a. Leasing Operacional (renting): o arrendador é proprietário do bem, havendo
necessidade de prestação de assistência técnica/manutenção do bem. Devolução
antecipada do bem isenta o arrendatário do pagamento das prestações faltantes.
Não há VRG.
II - o prazo de arrendamento;
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VI - a concessão à arrendatária de opção de compra dos bens arrendados, devendo
ser estabelecido o preço para seu exercício ou critério utilizável na sua fixação;
atraso;
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XII - a faculdade de a arrendatária transferir a terceiros no País, desde que haja
anuência expressa da entidade arrendadora, os seus direitos e obrigações
decorrentes do contrato, com ou sem co-responsabilidade solidária.”
Em janeiro de 1999, consumidores que tinham contratos de leasing com reajuste das
prestações baseado na variação cambial (dólar norte-americano) foram surpreendidos
com a repentina desvalorização do real.
STJ: a diferença entre a soma das prestações devidas a partir de janeiro de 1999 com base
na variação cambial e de acordo com a variação do INPC, deve ser dividida entre o
consumidor (arrendatário) e o arrendador. Entendeu-se, então, que não seria “razoável
que estando autorizada a arrendadora a contratar pela variação cambial e assim acordando
o mutuário, tenha de arcar com o ônus integral, já que igualmente vítima da drástica
desvalorização do Real. Que há onerosidade excessiva, sem dúvida, porém não
propriamente da cláusula em si, que é legal, mas das circunstâncias que advieram a partir
de certo momento, quando em curso a relação obrigacional”.
AULA 07/10/2019
DERIVATIVOS
(CONTINUAÇÃO)
Quando chega no vencimento, o comprador não precisa pagar o preço e o vendedor não
precisa entregar a mercadoria, basta que eles realizem a liquidação por diferença. As
partes já saem com o lucro e com o prejuízo. No mercado futuro em que se negocia soja,
por exemplo, ninguém quer soja de fato, mas sim a variação do preço da soja.
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Nesses contratos de derivativos, o ativo que está sendo negociado é apenas uma referência
de preço.
Short é quem aposta que o preço vai cair e long é quem aposta que vai subir.
AULA 17/10/2019
AULA 21/10/2019
CONTRATOS DE COLABORAÇÃO
A doutrina entende como contratos de colaboração todos aqueles que se apresentam como
facilitadores para a ampliação do mercado, entre os quais se listam os seguintes contratos:
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i. Distribuição;
ii. Agência;
iii. Comissão;
iv. Representação comercial
v. Mandato;
vi. Concessão; e
vii. Franquia.
Exclusividade que pode ser devida por ambas as partes ou por apenas uma delas.
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Quota de aquisição e estoque. Quanto mais vende o produto, mais barato é o preço de
aquisição para revenda.
Distribuição: acordo de vontades pelo qual uma parte negocia, em seu nome, bens de
outra pessoa, tendo a coisa a ser negociada à sua disposição. Legalmente, na distribuição,
a coisa está na posse do distribuidor, enquanto na prática a coisa é adquirida pelo
distribuidor para ser revendida.
Por ser contrato atípico, depende de instrumento escrito para regrar e determinar as
obrigações devidas de parte a parte.
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autêntico, o distribuidor comercializa diretamente o produto recebido do fabricante ou
fornecedor, e seu lucro resulta das vendas que faz por sua conta e risco.”
Agenciamento: acordo de vontades pelo qual uma pessoa se obriga (agente), em caráter
não eventual mediante retribuição, a realizar em caráter não eventual e sem subordinação
hierárquica, certos negócios em determinadas zonas, em favor e por conta de outrem.
Agência x distribuição: Existem muitos doutrinadores que entendem que as duas figuras
permanecem convivendo e que a lei de representação passa a ser aplicada de forma
supletiva à agência por força do art. 721 do CC. Traçam a distinção quanto à exigência
de cadastro para representante e de a representação se destinar apenas a atividades
mercantis, enquanto que a agência não sofreria tal limitação.
Distribuição por aproximação: acordo de vontades pelo qual uma pessoa negocia, em
seu nome, bens de outra pessoa.
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b. Dar exclusividade ao agente em determinada região, salvo disposição em
contrário;
c. Se não se efetivar o negócio por culpa do proponente, a remuneração será devida
ao agente (art. 716, CC);
d. Arcar com as despesas decorrentes do agenciamento e da distribuição (Art. 713,
CC).
Extinção:
Conceito: uma das partes obriga-se a obter pedidos de compra dos produtos fabricados
ou comercializados pela outra, desta forma, não firma contratos em nome do
representado, apenas encaminha os pedidos obtidos, recebendo comissão quando da
liquidação/pagamento.
Contrato típico: regulamentado pela Lei nº 4.886/64, alterada pela Lei nº 8.420/92.
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exercício sem registro importa em sanções administrativas e não prejudica o direito ao
recebimento das comissões.
Comissão: para que seja devida, é necessária aceitação do pedido pelo representado e
pagamento do preço. O direito será mantido se rescindida a venda por culpa do
representado ou em caso de vício ou evicção. A condição de pagamento pelo comprador
pode ser afastada contratualmente.
Indenização: se o término contratual se motiva por culpa do representante, a lei não fixa
indenização, razão pela qual o representado deve pleitear indenização com base na
responsabilidade civil. Se não houve culpa do representante, então a lei fixa patamares de
indenização a fim de compensar o mercado conquistado ou ampliado. A lei fixou patamar
mínimo, podendo ser aumentado pelas partes. A lei não atrela a indenização à perda da
clientela e do mercado, de forma que ela só será válida se o representado continuar
explorando o mercado.
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Contrato por prazo indeterminado – denúncia com 30 dias, ou pagamento de indenização
equivalente à média dos últimos 3 meses. Se houver rescisão, 1/12 do total das comissões
recebidas, com correção.
AULA 24/10/2019
CORRETAGEM
Basta a aproximação ou deve haver um resultado útil? O que seria resultado útil? Se as
partes conversaram mas não efetivaram negócio nenhum, não há resultado útil.
Obrigações do corretor:
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Extinção do contrato:
a. Conclusão do negócio;
b. Decurso do prazo (prazo determinado);
c. Morte de qualquer das partes;
d. Qualquer das partes poderá denunciá-lo sem justo motivo (prazo indeterminado).
Caso tenha sido celebrado após a denúncia, com pessoas apresentadas pelo
corretor, a comissão será devida.
AULA 04/11/2019
CONTRATO DE FRANQUIA
Alternativa ao empresário que quer expandir seus negócios sem investir muitos recursos:
autorização para terceiros explorarem o negócio.
I. HISTÓRICO
Século XIX: Singer Sewing Machine Company procurou ampliar sua rede de distribuição
sem utilizar capital próprio.
No Brasil, sua utilização começou com as escolas de inglês Yázigi (1954), FISK (1962)
e CCAA (1969), que transferiam o material didático e metodologia.
II. CARACTERÍSTICAS
a. Cessão dos direitos de uso: marca, kow-how, produto.
b. Cessão dos direitos de distribuição: produto ou serviço desenvolvido pelo
franqueador.
c. Ausência de vínculo empregatício: franqueador e franqueado são PJs diferentes.
d. Franqueado possui independência econômica e jurídica: age em nome próprio.
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e. Franqueador fornece os elementos para organização da empresa do franqueado:
dá treinamento, oferece prestação de assistência técnica; auxilia na publicidade da marca
etc.
f. Pagamento de remuneração periódica.
III. VANTAGENS
Expansão dos negócios com a utilização do capital de terceiros, o qual fica responsável
pelos custos de produção ou distribuição do produto ou serviço.
Franqueador não gasta e ainda recebe remuneração pela concessão do direito de uso da
marca ou distribuição do produto.
Franqueado não precisa criar nada de novo: o modelo já vem pronto e ele utiliza a
reputação do franqueador.
IV. CLASSIFICAÇÃO
a. Contrato complexo: envolve várias operações (cessão de uso de marca,
distribuição de produtos ou serviços, transferência de know-how, compra e venda,
prestação de serviços).
b. Consensual.
c. Bilateral: as partes se obrigam mutuamente.
d. Formal: exige forma escrita e duas testemunhas (Art. 6º).
e. Oneroso: pagamento de prestação.
f. Comutativo: equilíbrio entre prestação e contraprestação.
g. Execução continuada: prestação periódica.
h. Intuitu personae.
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Deve ser entregue ao candidato com no mínimo 10 dias de antecedência da assinatura do
contrato ou pré-contrato de franquia – pena: anulabilidade do contrato e devolução de
valores pagos.
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VIII - informações claras quanto a taxas periódicas e outros valores a serem pagos
pelo franqueado ao franqueador ou a terceiros por este indicados, detalhando as
respectivas bases de cálculo e o que as mesmas remuneram ou o fim a que se
destinam, indicando, especificamente, o seguinte:
d) seguro mínimo; e
a) supervisão de rede;
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e) manuais de franquia;
a) know how ou segredo de indústria a que venha a ter acesso em função da franquia;
e
Sobre o negócio: descrição detalhada da franquia e das atividades que deverão ser
desempenhadas, total do investimento necessário, informações sobre as taxas periódicas
devidas, situação perante o INPI, relação de franqueados e ex-franqueados, modelo do
contrato.
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Situação pós-contratual do franqueado: utilização do know-how ou segredo de
indústria, implantação de atividade concorrente da atividade do franqueador.
Franqueador pode exigir que franqueado apenas comercialize sua marca de produtos
ou serviços.
Registro (art. 211 da Lei nº 9.279/96): o INPI fará o registro dos contratos que impliquem
em transferência de tecnologia e contratos de franquia para produzirem efeitos em relação
a terceiros e perante o Fisco, com a dedução dos royalties pagos pelo uso da marca, bem
perante o BACEN, para a remessa de recursos ao exterior.
VIII. CONTROVÉRSIAS
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Franquia de produtos: cadeia de fornecimento – Resp 1.426.578/SP
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