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ApendiceA PDF
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As integrais do tipo Z ∞
In (a) = dx xn e−ax (1)
0
podem ser expressas através da função gama, definida como
Z
1 ∞
In (a) ≡ Γ(n + 1) onde Γ(n + 1) ≡ dx xn e−x . (2)
an+1 0
Para valores inteiros de n, a função gamma pode ser calculadas integrando-se por partes:
Z Z ∞ Z
∞ ∞ ∞
n −x −x n n −x
Γ(n + 1) = dx x e =− d(e ) x = −x e
+n dx xn−1 e−x
0 0 0 0
Z ∞
= n dx xn−1 e−x = n Γ(n) , (3)
0
R∞
dando-nos uma fórmula de recorrência. Assim, como Γ(1) = 0 dx e−x = 1, temos que
Z ∞
Γ(n + 1) = dx xn e−x = n! . (4)
0
Esta relação é chamada de representação integral do fatorial. A classe de integrais definidas pela
Eq. (1) pode ser estendida para potenciais não inteiras de x, ou seja,
Z ∞
Γ(ν + 1) ≡ dx xν e−x , (5)
0
1
Esta relação (7) não é tão óbvia como a relação de recorrência dada pela Eq. (3), mas ambas são
construı́das baseadas no mesmo princı́pio. Note também que (7) é um bom truque para calcu-
lar integrais em geral, veja por exemplo Matthews e Walker [MW70]. Como a Eq. (7) relaciona
seqüências de n pares ou ı́mpares (o passo em n é 2), precisamos de I0(α) e I1 (α) como “se-
mentes”das seqüências para calcularmos os In superiores.
√
Para obtermos I0 (α) começamos fazendo a mudança de variável y = αx, para depois
Z ∞ Z ∞ Z ∞ Z ∞ 1/2
2 2 2 2
I0(α) = dx e−αx = α−1/2 dy e−y = α−1/2 dxe−x dye−y .
0 0 0 0
2
Destes resultados obtemos a fórmula geral (n par ou ı́mpar)
Z ∞
n −αx2 1 n+1
dx x e = Γ α−(n+1)/2 . (11)
0 2 2
A parte não trivial do cálculo de VN (R) é obter o “volume”do ângulo sólido em N dimensões, que
é uma grandeza de interesse mais geral.
Por argumentos de dimensionalidade ou por mundança de variáveis de integração é imediato
ver que
VN (R) = CN RN . (13)
Para alguns valores de N a integral da Eq. (12) pode ser feita diretamente através de uma escolha
adequada de variáveis angulares. Assim, C1 = 2, C2 = π e C3 = 4π/3. Valores arbitrários de N
requerem uma análise um pouco mais sofisticada.
Nosso objetivo aqui é determinar a constante CN . Para tal vamos escrever
Z Z
VN (R) = dx1 dx2 dx3 · · · dxN
x21 +x22 ≤R2 x23 +···+x2N ≤R2 −x21 −x22
Z q
= dx1 dx2 VN −2 R2 − x21 − x22
x21 +x22 ≤R2
Z R q
= 2π dρρ VN −2 R2 − ρ2 .
0
Comparando a relação acima com (12) obtemos
Z R N −2
CN RN = 2πCN −2 dρρ(R2 − ρ2) 2
0
o que nos dá a relação de recorrência:
Z 1 Z 1
CN 2 N −1 N π
= 2π dρρ(1 − ρ ) 2 =π dx(1 − x) 2 −1 = .
CN −2 0 0 N/2
Esta relação nos permite obter seqüências pares e ı́mpares de N s. (Note que C3/C1 satisfaz a
relação acima, como era de se esperar.)
Examinemos a seqüência ı́mpar utilizando C1 como “semente”:
π π2
C3 = 2 3 C5 = 2 3 5 C2N +1 =
2
·
2 2
Já a seqüência par é
π π2
C4 = π C6 = π C2N =
2 2·3
de recorrência que acabamos de derivar, concluı́mos que
N −1
π 2
CN = 1 (14)
2
· 32 · · · N2