Universidade de São Paulo

Programa de Pós-graduação em Integração da América Latina

PROLAM

Referentes da simbiose Musica-política na Argentina e no Brasil

Estudo comparativo da Cantata Montoneros da agrupação Huerque Mapu,

Argentina e a Suíte dos Pescadores Doryval Caymmi, Brasil

Projeto preliminar de pesquisa

Processo seletivo 2019

Linha de Pesquisa: Comunicação e

Cultura

Sebastián Esteban Ruiz Jaque

São Paulo

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Resumo

O presente projeto de pesquisa propõe identificar e dar lhe a conhecer a

articulação existente entre música e política, na experiência da Cantata
Montoneros da agrupação Huerque Mapu e a Suite dos pescadores do
compositor Doryval Caymmi. Reconstruir as circunstancias políticas, as ligações
com as organizações revolucionarias peronistas, no caso da Cantata e o papel
que protagonizou na narrativa épica do ativismo peronista Argentino. Mencionar
a importância das canções da Resistência como ferramentas de luta, no caso da
Suíte dos pescadores do compositor Doryval Caymmi. Para esse fim propõe-se
uma pesquisa de caráter qualitativo e descritivo com foco na metodologia
comparativa para identificar semelhanças e diferencias destas obras musicais
no contexto político e social da época.

Palavras-chave: Música, política, Cantata Montoneros, suíte dos pescadores,

peronistas, metodologia comparativa.

Resumen

El presente proyecto de investigación propone identificar y darles a

conocer la articulación existente entre música y política, en la experiencia de la
Cantata montoneros del grupo Huerque Mapu e la Suite de los Pescadores del
compositor Doryval Caymii. Reconstruir las circunstancias políticas, las uniones
con las organizaciones revolucionarias peronistas, en el caso de la Cantata y el
papel que protagonizó en la narrativa épica del activismo peronista argentino.
Mencionar la importancia de las canciones de resistencia como herramienta de
lucha, en el caso de la Suite dos Pescadores do compositor Doryval Caymmi.
Para ese fin se propone una investigación de carácter cualitativo y descriptivo
con foco en la metodología comparativa para identificar semejanzas y diferencias
de estas obras musicales en el contexto político y social de aquella época.

Palabras-clave: Música, Politica, Cantata Montoneros, suíte de los pescadores,

peronistas, metodologia comparativa.

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Introdução

Na ampla gama de gêneros musicais existentes podemos encontrar a

alguns que perduraram as épocas e à gerações, adaptando-se aos câmbios
sociais. A Cantata, como composição musical, consolida-se pelo final do século
XVII na Europa, prestando serviços religiosos y pagãos, reunindo pessoas,
porém podemos dizer que concebi um eixo absolutamente político. O Maior
expositor de dito estilo de composição é o alemão Johan Sebastian Bach.

Os estudos musicológicos realizados podem confirmar a importância

significativa da relação entre política e música, transformando-se num importante
veículo artístico-cultural de compromisso com as identidades sociais, tanto
subjetivas como coletivas.

É assim como no século XX reapareceu a Cantata no Cone sul,

reconhecendo-se como cantata popular pelo conteúdo centrado nas temáticas
sociais e políticas sempre na busca de uma identidade Latino-Americana.

A Cantata Montoneros surge pela ideia de contar as histórias de luta do

grupo revolucionário, como uma crónica de época, e culmina com a eleição como
presidente do Juan Domingo Perón em 1973 na Argentina. O grupo Huerque
Mapu foi o responsável de fazer a composição e foi encomendada pelo Nicolás
Casullo, quem era nessa época chefe do departamento de cultura e
comunicação de massa do ministério de educação, e ele recebeu a ordem da
gravação da cantata, encomendada por os mais altos chefes dos Montoneros.

“Los Montoneros” foi uma organização revolucionaria Argentina que se

identifica com a ideologia de esquerdista peronista e teve a sua luta armada entre
os anos 1970 e 1979. Juan Domingo Perón é um militante dos montoneros que
chegou até a presidência pela primeira vez entre os anos 1946 e 1952,
implementando mudanças sociais, atingindo ao setor obreiro que se tornou
popular entre a classe trabalhadora, gerando disputas e opositores dentro da
mesma linha de militantes. Finalmente foram eles que pelo ano 1955 durante o
segundo período presidencial de Perón, executaram um golpe de estado,
lavando-o a ficar no exílio por 18 anos.

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 Foi durante esse período que o presidente exilado manteve conexões com
pessoas que estavam ligadas à ideologia e gerou grupos revolucionários que
lutavam para que volte à presidência Juan Domingo Perón. Esses eixos de luta
e resistência na história da Argentina foram expostos na Cantata Montoneros e
foram os versos de Caymmi que confortaram muitos presos políticos que
passaram pela celas do departamento de ordem política e social de São Paulo
durante a década de 1970.

As duas composições se destacam de tal forma que acabam por colocar

uma série de questões: Podemos considerar as duas obras como crónica de
época, relatando eixos verdadeiros num contexto de denuncia social? Ou talvez,
A Cantata Montoneros é um meio de expressão ideológico Peronista, na beira
do panfletário? É possível falar que são obras geradas a partir da injustiça social?
E finalmente, Podemos supor que estão relacionadas aos mesmos motivos de
luta? Qualquer das opções, são validas para um estudo meticuloso no seu
sentido histórico e musicológico.

O projeto de pesquisa tem como fundamento principal a simbiose música e

política que se apresenta no estudo do reaparecimento da Cantata da América
latina ou ainda simplesmente cantata Americana e como a suíte dos pescadores
é uma canção de resistência brasileira e cria uma identidade nacional, regional
e local.

Objetivo geral

Comparar como se produz o processo de criação de consciência social, por meio

das simbiose música-política na Cantata Montoneros na Argentina e a Suíte dos
Pescadores no Brasil, dentro dos contextos urbanos e como transforma-se numa
ferramenta de luta.

Objetivos específicos

 Contextualizar e analisar os processos sociais foram compostas a

Cantata Montoneros na Argentina e a Suíte dos pescadores no Brasil

 Analisar a narrativa das obras

 Determinar as semelhanças e divergências das duas composições

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  Identificar quais são as principais contribuições das obras e o que
provocaram nas sociedades latino-americanas.

Justificativa

A “nueva canción” no América latina e a cantata Montoneros

“La copla no tiene dueño

Patrones no más mandar
La guitarra americana
peleando aprendió a cantar”
(“Canción para mi América”, Daniel Viglietti)

A “nueva canción”, como movimento poético-musical aconteceu na

América latina toda ao longo das décadas de 1960 e 1970, tendo os inicios na
virada da década de 1950 para a de 1960, com o fim de se liberar das influências
dos Estados Unidos e da Europa. Esse movimento teve como principais
vertentes “el nuevo cancionero Argentino”, a “nueva trova Cubana e a “nueva
canción Chilena” (GOMES, 2010)

Como um aspecto sociocultural, a “Nueva Canción” foi um “instrumento

político-estético en la revolución política socialista” (Valencia, 2007), e no
musical inicia uma renovação do canto tradicional folclórico por meio de uma
exaltação do popular e nacional, ao mesmo tempo que se apresenta uma
aversão pelo estrangeiro e a suas intervenções na política da América Latina.

La presencia de la política en música tiene diversas maneras de

manifestarse: a través de un texto que relata un hecho político, a través
del nombre de la obra, sin la intervención de un texto; o bien, sin ninguna
alusión de idea política: aquí, el reconocimiento del autor como artista
comprometido o la explicación que él da de la obra, es el canal de
información que el receptor tiene para saber si esa obra porta un
mensaje político. (HERRERA, 2010)

A Cantata é uma continuação da estética e ideologia daquele momento e

com a singularidade que está dentro das dimensões folclóricas, com as
referências do folclore e elementos do estilo erudito. Um referente da Cantata e
“A Cantata Santa Maria” do compositor chileno Luis Advis, que foi composta
finalizando o ano 1969 e interpretada pela Agrupação “Quilapayun”. Percorrendo
o ano 1974 a agrupação Huerque Mapu interpreta “La Cantata Santa Maria” no

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teatro independente IFT de Buenos Aires e amplia as possibilidades musicais e
estéticas da agrupação para a posterior criação da Cantata Montoneros. A partir
da apresentação da Cantata, assistir aos recitais de Huerque Mapu tornou-se
para muitos seguidores da Tendência em um ato militante por si só.
(SESSA,2010).

Por outro lado, deve-se notar que a divulgação do trabalho não pôde
materializar como fora planejado. Primeiro de tudo, devido à frustração
do projeto criar uma gravadora do Ministério da Educação da Nação. E
em segundo lugar porque com a violência repressiva que foi
desencadeada a partir de janeiro de 1974, quando o disco tinha acabado
de ser libertado, tanto a posse do mesmo como o desempenho público
de suas músicas começaram a representar risco extremo. (SESSA,
2010)

Uma das problemáticas surgidas durante a pesquisa da Cantata, é o

origem duplo da narrativa que se observa ao longo da obra, por um lado,
achamos uma exaltação dos militantes combatentes massacrados nas batalhas
com o fim de construir uma moral e uma crónica de época, e por outra parte, a
utilização de instrumentos eruditos interpretando ritmos folclóricos, ligando dois
estilos por uma questão política com o fim de transformar-se numa ferramenta
de luta e resistência.

Nesse sentido da busca de inovação do folclore, aponta

fundamentalmente para a criação de algo novo no âmbito das “expressões
tradicionais”, o movimento mira não para o passado, mas sim para o futuro.
Segundo Carlos Molinero (2011):

Para a validação da criação põe implicitamente o acento no futuro, mais

que no passado. E é esta sua verdadeira revolução. O popular se
encontra no povo por seu destino, obviamente aberto então a uma
evolução histórica e política ainda não determinada, mais que por suas
tradições.

Em relação as ideologias políticas entre as das décadas dos 1960 para a

de 1970, que foram anos marcados pela consciência social e coletiva dos jovens,
desde a Revolução Cubana em 1959 que estabeleceu uma ideologia anti-
imperialista entre as agrupações da esquerda nos países da América Latina.

Provocou grandes mudanças nas estruturas econômicas e sociais, só que

como projetos nacionais precipitaram em grandes crises estruturais. Seguindo

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essa linha pode-se deduzir que na frente deste panorama, aconteceram ondas
de violência, repressão, censura, tortura e desaparecimento ou ainda
simplesmente extermínio por parte das forças militares no Cone sul.

Nesse fatídico contexto, as ideologias de esquerda mobilizaram aos

jovens ansiosos pelas reformas políticas e sociais, assim nasceu “La nueva
canción latino-americana” e “A música popular brasileira”. Entre os que fundaram
esse movimento continental, podemos mencionar: Geraldo Vandré, Tom Jobim,
Milton Nascimento, Chico Buarque, Edu Lobo e Taiguara no Brasil; Victor Jara,
Quilapayun, Inti Illimany, Violeta Parra e os filhos no Chile; Atahualpa Yupanqui,
Mercedes Sosa y Facundo Cabral na Argentina; Carlos Puebla, Noel Nicola,
Pablo Milanés y Silvio Rodriguez na Cuba; Daniel Viglietti, Alfredo Zitarrosa e
“Los Olimareños” no Uruguay; Amparo Ochoa e Oscar Chavez no México. O
movimento musical consolidou-se no Festival da Canção de resistência
comemorado na Casa das Américas em Varadero, Cuba.

Foi após esse festival que definiu como deveria ser a nova canção de
resistência e a sua função social como ferramenta de luta ao favor das forças
revolucionarias de esquerda, identificados com o povo e a realidades social que
envolvia o continente.

Dessa maneira o compositor devia devolver pro o povo a sua legitimidade

cultural, definida pela identidade da américa latina e demarcada pela impressão
poética de cada pais. Os nexos sócio-culturais e históricos se tornaram pontos
relevantes na análise musical, abrindo o campo para a música popular.
(PIEDADE, 2007)

No caso do Brasil e as canções de resistência, as pesquisas apontam a

música popular Brasileira servia como forma de evadir os dias nas prisões e para
ter uma ponte com as lembranças dos momentos da liberdade. Conta o
vivenciado a presa política Iara Seixas (62° Reunião Anual da Sociedade
Brasileira do Progresso da Ciência 2010), hoje professora universitária(USM):

Consegui espiar através de uma janela da Oban (Operação

Bandeirantes) a sala de uma casa vizinha onde os moradores estavam
à mesa comendo e conversando. A imagem espiada de uma família de
classe alta jantando faceira ao lado de uma prisão, alheia aos gritos de
dor que emanavam da câmera de tortura, misturadas à memória de sua
própria vida em família, arrebatou-a. No mesmo instante evocou a
música de Caetano Veloso e Gilberto Gil “Panis et circenses”.

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 A música que aparentemente é uma doce canção do mar, a Suíte dos
pescadores, funcionava com hino de celebração à vida em homenagem aos
companheiros que saiam do cárcere e podiam vislumbrar novas perspectivas
preservando o vínculo com os que ficaram prisioneiros.

No contexto da formação de identidades culturais latino-americanas a

figura da música como ferramenta política ocupou e ocupa um papel de destaque
que promove o engajamento, à articulação política, o pensar de seus respectivos
países participando das discussões estéticas e políticas (GÓMES, 2013)

Numa pesquisa bibliografia anterior ao projeto, demonstra que não temos

encontrado muita bibliografia em relação as letras de Dorival Caymmi, pode se
apreciar que o compositor queria criar uma consciência social, na narrativa, mas
foi despois que os prisioneiros políticos utilizavam a Suíte dos pescadores, para
não desistir e continuar a luta contra a ditadura, podemos dizer que a música
cumpre funções que vão além da comunicação de uma aspiração ideológica.

Segundo Bispo (2009) entre outras relações possíveis entre esta obra de
Caymmi, podemos citar a preocupação em retratar as descrições das viagens
marítimas também com uma pitada de esperança, como na letra de Canção da
partida:

Minha jangada vai sair pro mar

Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer

A música, une as pessoas, dá-lhes a coragem de denunciar, por meio

dela, suas carências, criando além disso, espaços de fortalecimento da
comunidade, onde não só os músicos, mas a comunidade em geral, que têm
visto debilitados seus direitos, sentem que sua voz se escuta e conhecida pela
sociedade. (QUINTERO, 2015)

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 A Suíte dos Pescadores tem muitas semelhança com a Cantata
Montoneros, uma de elas é o nome que colocaram os compositores. A Suíte
como estilos de composição e um conjunto de danças e o nome tem origem na
época Barroca, na mesma época musical que viu nascer a cantata no século XII
e as duas formas composicionais renasceram na América do sul no século XX.

A ideia de figura e de retórica musical pressupõe, portanto, uma

compreensão da música enquanto discurso. As unidades musicais deste
discurso são, muitas vezes, atribuídas de qualidade ou ethós, isto por
meio de convenção cultural (diga-se, histórica e tácita). O encadeamento
destas unidades compõe parte do discurso musical e sua lógica
(PIEDADE, 2009)

A importância na comparação das semelhanças e divergências que

pudessem aparecer entre a análise da narrativa musical e a contextualização
histórica, social e cultural das obras em estudo é importante no desenvolvimento
deste projeto, onde se espera dilucidar maiores informações musicais e
estruturais das narrativas, e do processo de hibridação. Segundo Nestor Garcia
Canclini, os processos de hibridação cultural são mais importantes do que os
resultados culturais híbridos em si (CANCLINI 2008, p. 22).

Ainda está longe de ser dito e ouvido tudo sobre a importância da música
na superação do período das Ditaduras Militares. Mais do que qualquer outras
arte, a chamada canção de protesto representou para a sobrevivência dos
presos políticos uma ferramenta importantíssima na luta pelas classes sociais.

O indiscutível poder mobilizador da música parece naturalmente

chamado a desempenhar um papel importante em qualquer
processo de mudança. Mas essa naturalidade acaba quando se
trata de definir esse papel. Em um mundo bipolar, com dois eixos
ideológicos claramente antagônicos como era a situação nos
anos 60, a posição era muitas vezes radical e deixava pouco
espaço para nuances. (Patricio Wang,2007)

A música humanizou os horrores da opressão e as melodias rompiam o

padrão de medo e barbárie do universo carcerário alimentando as esperanças
de conforto para a dor e introduzia um sopro de vida nas rotinas de sessões de
tortura.

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Metodologia

Como consequência da forte influência recebida pela antropologia, a

etnomusicologia destaca-se na preocupação a respeito dos fatores sociais e
culturais que se relacionam com o processo de produção musical, seja ele
realizado de maneira coletiva ou individual.

Pelas características do projeto de pesquisa, será guiado pelo método

comparativo o qual permite descobrir relações empíricas entre categorias (CAIS,
1997). Considera-se a complexidade da temática e o contextos nos quais
estiveram imersas as produções musicais, requer categorias que permitam uma
aproximação de aspectos comuns e diferentes entre elas para realizar uma
comparação efetiva e focada.

Uma das bases bibliográficas serão as discografias musicais das obras

estudadas, pelo qual terá uma revisão bibliográfica e de análises narrativos e
musicais, de toda a bibliografia proveniente de títulos e artigos publicados,
trabalhos acadêmicos, e o registro sonoro da Cantata e da Suíte do pescador.

Segundo Sarmento (2017) no analise da Cantata pra Alagamar

Chegaremos à conclusão que os sentidos discursivos produzidos tanto

pelas palavras constituintes do texto da obra, como pelos discursos dos
agentes que se relacionam de alguma maneira com a produção da peça,
só podem ser entendidas a partir da compreensão do contexto histórico
e social a que estes se referem (SARMENTO p.21)

Conforme Orlandi (2011), as condições de produção tem o sujeito e a

situação como fundamentais para o desenvolvimento dos discursos. O
direcionamento metodológico adotado inclui os seguintes procedimentos
fundamentais. Na coleta e análise da informação, pretende-se seguir um
processo sistemático:

1 . O estudo da história do conflito retratado na Cantata Montoneros

2 . O estudo da apropriação da canção de Despedida de Caymmi no contexto

brasileiro.

3 . A análise do texto utilizado nas peças e do registro fonográfico em suas

características gerais.

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 Para o analises se utilizará o método de análise tripartito de Nattiez (1994)
que leva em conta os níveis poiético, aestésico e neutro do objeto musical para
estudo.

O poiético fala sobre a criação, o pensamento do compositor, sua postura ética-

estética, a razão para as técnicas e procedimentos ocupados na construção,
entre outras incursões.

O neutro aborda a análise de forma e conteúdo. É a análise puramente musical

baseado na partitura ou escuta concentrada da composição.

A aestésica é a interpretação de quem ouve e recebe a peça, de como ela

alcança ao ouvinte, está ligado à experiência estética do coletivo.

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Cronograma

1° Semestre 2° Semestre 1° Semestre 2° Semestre

Atividades 2019 2019 2019 2019
Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
1. Reestruturação
do projeto
2. Revisão
bibliográfica
4. Estruturação do
referencial teórico
5. Elaboração dos
instrumentos
metodológicos
6. Analise e
interpretação de
dados
7. Qualificação
8. Conclusões
9. Redação do
texto final
10. Observações e
ajustes
11. Defesa da
dissertação

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Referências Bibliográficas

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13
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