Você está na página 1de 5

Façanha as próprias custas

José Adriano Fenerick

Fichamento (com base na página do pdf, pois o trabalho estava sem página)

Pág. 2

Introdução

- São paulo, vinculado com o ''novo'.


Desde semana de arte moderna de 22, a capital se posiciona na vanguarda dos acontecimentos
culturais do país

- Muitos autores = centralidade urban-industrial e metropolização-cosmopolita, cria ambiente


favorável as experimentações.

- Cidade nas décadas de 50 e 60:


+surgimento do Concretismo
+ parte MUITO influente do tropicalismo (que apesar de liderado por baianos, alguns dos
acontecimentos mais marcantes rolaram em SP)
+ vanguarda musical erudita (música nova)
+ jovem guarda

- a partir da década de 50 um 'culto à renovação'.

- expressão vanguarda paulista foi uma criação da impresa de são paulo da década de 1980.
- Sob este rótulo, procurava-se aglutinar músicos com diferentes propostas estéticas e de trabalho,
tais como: Arrigo Barnabé e banda sabor de veneno, Itamar Assunpção e banda isca de policia; os
grupos Rumo, Premeditando o Breque (Premê) e Língua de Trapo, além de mais alguns nomes a
eles ligados, como Ná Ozzeti, Susana Salles, Eliete Negreiros, Vânia Bastos, Tetê Espindola,
Virginia Rosa.

- esta expressão (vanguarda paulista) nem sempre foi bem recebida pelos músicos:

Pág.3

+arrigo diz que os grupos tem características bem diferentes


+ Na Ozzeti (ex integrante grupo rumi) diz que a expressão exerceu influencia negativa, por ser
usado de forma errônea, associada a vanguarda a a maldição.
+ Luiz Tatit (também grupo rumo): rotulo que veio de fora pra dentro, como tantos outros.

- fato que mesmo que os músicos não vem bons olhos, no inicio de 80 existia uma preocupação com
o novo.
Entrevista arrigo a veja em 82:
diz que é filho da tropica lia
e que fiz a inovação de caetano e gil e que deu vontade de fazer na sua musica.
Foi algo premeditado.

Pág. 4
- Músicos do da Vanguarda Paulista, em sua maioria, foram Alunos do ECA da USP.
+Arrigo foi aluno do dep, de musica da ECA, onde sua produção não foi valorizada pelos
professores. Ele procurou outros espaços, dps de 1 ano e meio de curso.
+ Claus Petersen, Mário Aidar e Marcelo Galberti (do premeditando o breque) também cursaram a
ECA.
+ do grupo rumo, muitos cursaram a ECA: Hélio Ziskind, Cecilia tuccori, paulo tati, luzi tatit.
+ da chamada vanguarda paulsita, apenas os integrantes de língua de trapo (jornalismo na casper
libero) e itamar assumpção, não foram alunos da ECA.

- maioria de musicos com formação musical academica. Que se preocuparam em fazer música
popular, ao inves de seguir a linha proposta pelo departamento de música do ECA, voltada para as
vanguardas eruditas.

- conhecimento acadêmica musical desses artistas = influente - e perceptivel em arranjos, estrutuas


harmonivas, e melodias – mas também mostrou o caminho a ser seguido, que não era do a musica
erudita, e sim do da musica popular.

Pág.5

- acadêmicos, ou não (minoria como itamar), a preocupação desses músicos era a de se posicionar
como populares. Como criados da musica popular.

- maioria da vanguarda era músicos universitários fazendo musica para publico universitário.

- preocupação do conhecimento teórico-letrado da música com os rumos da musica popular


brasileira.

Pág. 6

- vanguarda paulista = preocupação com a música popular brasileira e seu futuro

Pág. 7

- para esses músicos a música popular brasileira, precisava se revigorar, precisava dar um passo
adiante, algo de novo precisava surgir.

- arrigo barnabé = se pretendia como um continuador dos tropicalistas

- esse trabalho não tem a prerrogativa de confirmar ou refutar a ideia de que o trabalho desses
músicas tenha efetivamente levado adianta a 'linha evolutiva' da música popular brasileira.

- Perspectiva desse trabalho: pensamos que as propostas estéticas apresentadas pela


Vanguarda Paulista resolveram criativamente (e criticamente) os impasses musicais colocados
em seu tempo, o que não necessariamente deve ser entendido como um passo adiante na linha
evolutiva da música popular brasileira.

Pág. 8
- problema da palavra vanguarda
se referia ao que vinha na frente nas estratégias militares (avant-garde)
romper frentes de batalha, destruir infra-estruturas, destroçar retaguardas, desarticular e inutilizar
forças de combate e subsistência do inimigo.
'com o desenvolvimento das novas rtecnologias de guerra e destruição, ocorre a dissolução da
prórpia ideia militar de vanguarda. “ (baterias de longo alcance, bombardeios áreos, e misses e
guerra elotronica, tornaram obsoletas as vanguardas nas estratégias militares.

- quando vanguarda' perde força no terrno militar, ganha força no campo social e politico.

- ideias socialistas do século xix = radicalizaram o significado de vanguarda.


(vanguardas socialistas)

- autor importante na ideia de vanguarda: o espanhol Eduardo Subirats

Pág. 9

- aproximação entre o conceito militar e o de criação artística da palavra vanguarda = caráter


destrutivo
+ criação do novo = apenas com a destruição do velho, já estabelecido.

Pág. 10

- autor importante no conceito de vanguarda: Clement Greenberg


+ tendência autocritica (que se iniciou com kant)

- “Do ponto de vista de Greenberg, tudo que existe de 'verdadeiramente vivo' em nossa cultura está
permeado por essa 'tendência autocritica que começpu com o filosofo kant ”.

Pág. 11

- Greenberg: traça um fio condutor de ligação entre manet e pollock = MUITOS AUTORES
SOBRE O MODERNISMO ODEIAM ISSO
+ para ele, vanguarda não tem ruptura com o passado, mas uma continuação.
+ lógica do desenvolvimento

Pág. 12

- ideia boa(que outros autores concordam) de greenberg: vanguarda como forma de


resistência ao avanço da cultura de massa

- nota de rodapé: as vanguardas historicas (futurismo, cubismos, impressionismo, etc) SE


TORNARAM CANÔNICAS , perdendo força.

Pág. 13

- exrcerto de Maria Lucia Bueno: vanguarda é a antítese da comunicação.


+Não visa o grande público
+tinha uma estética particular. (acessivel apenas aqueles que dominam os codigos e referencias do
universo restrito)
- distinção entre arte em geral e vanguarda (pelo lance de ser a antítese da comunicação)

- “A vanguarda, assim, por não estar ligada ao mercado, preserva não apenas o desenvolvimento
autônomo da cultura, mas também a sua qualidade” (FRASE TENSA)

- Excerto de Maria Lucia Bueno:


“Somente a arte, na sua independência, pode resgatar a qualidade perdida””

- “ A partir de Greeberg, 'o adversário da produção artística no século XX é a cultura de massa”


(maria lucia bueno também)

- como pensar em uma vanguarda na música popular, a pont de lançada industria cultural no século
XX? Teria existido uma Vanguarda Paulista na música popular brasileira?
(motivos para legitimar o sim e o não a ultima resposta)

Pág. 14

- armadilha da segmentação do mercado, estabelecida pela industria fonográfica.


Onde a palavra vanguarda, quando aplicada a música popular, costuma designar apenas e tao
somente um rótulo que pretende especificar um tipo de produto direcionado a um tipo especifico de
consumidor.

- Adorno, tal como Greenberg, também defende o pressuposto de uma obra de arte autônoma,
reflexiva, autocrítica e divorciada das regras impositivas do mercado. Entretanto, Adorno pensa e
encara a questão da cultura de massa, e por conseguinto, a questão da música popular - coisa que
Greenberg não faz.”

- “ O problema central da música produzida para o consumo das massas, na perscpectiva do filósofo
frakfurtiano está na escuta regressiva, proporcionada pela lógica da Industria Cultural. Está no
conflito entre a padronização e não-padronização da produção/difusão musical. Ou seja, para
Adorno, a Indústria Cultural impõe a resignação ao ouvinte, que passa a querer sempre mais do que
já lhe é conhecido, criando a padronização (regressão) da escuta”

- Excerto de Marcos Napolitano.


“A criação musical inovadora fica bloqueada, na medida em que as agência de comercialização da
música querem apenas a fórmula. “

Pág. 15

- cuidado ao aplicar o conceito de industria cultural a outras casos, para não culminar em
uma análise genérica.

Pág. 16

- Música popular brasileira = uma variedade de combinações.

- Ensaísta e compositor José Miguel Wisnik diz que na musica comercial popular brasileira,
convivem 2 modos de produção diferentes:
1- o industrial (que cresceu enormemente na década de 70, com o crescimento das gravadoras, e das
empresas que controlam os canis de radio e TV)
2- o artesanal: que compreende os poetas músicos criados de uma obra marcadamente
individualizada, em que a subjetividade se expressa lírica, satírica épica e parodicamente

- objeto deste estudo = analisas as tensões entre esses dois modos de produção de música popular.
Nesta tensão, se insere a Vanguarda Paulista.

Pág. 17.

estudo busca entender as especificidades dessa produção musical, que, mesmo sem ter chegado ao
grande público, ou talvez por isso mesmo, teve um papel importante no questionamento da lógica
de produção da grande industria fonográfica, ao mesmo tempo em que pode realizar experiências
musicais notadamente singulares na história da música popular brasileira.

Você também pode gostar