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NÚMEROS 14.

20-23

AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO:


REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE.
Murmurar: falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar.
Aparentemente para quem murmura, todos os motivos são justos ∕ corretos –
quem murmura sempre acha que está com a razão.
1) O que tem nos levado a murmurar (na prática família)?
2) É algo de que queremos nos afastar?
3) O que temos feito para nos afastarmos da murmuração?
4) Será que é possível mesmo viver sem murmurar?
5) Como vivem as pessoas (famílias) que não andam murmurando?
6) Qual é a linha tênue entre contentamento e murmuração?
7) E, se queremos algo a mais para nós e a nossa família, estamos murmurando por não
nos contentarmos com o que temos, ou não possuímos mais as coisas (conquistas em
geral) porque somos muito acomodados e preguiçosos, sem perspectiva de
crescimento?
8) Como avançar em novos projetos na vida sem murmurar?
9) Será que pelo fato de Deus nos responder como queremos, significa que ele está
aprovando o que fazemos ainda que murmuremos?
Reflitamos a respeito do povo de Israel na jornada no deserto, e vejamos o
quanto aquele povo fracassou em sua relação com Deus por causa da murmuração.
Em Números 14.22, temos a sentença punitiva de Deus ao povo de Israel porque
somaram 10 murmurações contra Deus. Chama a atenção, que Deus estava pontuando
esse comportamento do povo.

1ª MURMURAÇÃO (falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).


Ex 14.11,12
"Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para
que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?
12°Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois
melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.
A murmuração: medo de morrer no deserto.
Resposta de Deus: a travessia do Mar Vermelho (14.22).
1ª ministração em 02∕05∕19 Açail

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

2ª MURMURAÇÃO
Ex 15.22-25
22Fez Moisés partir a Israel do mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur;
caminharam três dias no deserto e não acharam água.
23Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram
amargas; por isso, chamou-se -lhe Mara. 24E o povo 'murmurou contra Moisés, dizendo:
Que havemos de beber?
A murmuração:
Reclamaram das águas amargas;
Criticaram Moisés porque não lhes deu a água que queriam.
Resposta de Deus: as águas ficarem doces (15.25).
Reflexão:
Como nos comportaríamos depois de andarmos com nossa família três dias no deserto
sem acharmos água?
E quando ela fosse encontrada, não fosse uma água potável, o que diríamos ao nosso
líder que nos dirigiu a esse lugar?
Que sentimentos teríamos desse líder? Ele seria respeitado por nós?
Diríamos: “nós te entendemos, não fique preocupado conosco, sabemos que estas
coisas acontecem – estamos com você! Sobre as nossas crianças com sede, vamos orar
para que chova ou que o Senhor nos dê uma direção – afinal de contas, somos todos
responsáveis por esta jornada...”
É assim que nos comportamos quando as coisas não estão boas conosco? Certamente
não! Ainda temos muito a aprender. Em vez de murmurarmos, agradecermos a Deus
pelo que ele tem feito por nós.
MACARTHUR, 2010, p. 112
(Êx) 15.24 murmurou contra Moisés. A lembrança da vitória dos israelitas foi
extremamente breve. As declarações personalizadas do cântico deles de louvor ao
Senhor, entoado três dias antes, desvaneceram-se no ar. A crença deles em
Moisés desapareceu do quadro (1431).
A pergunta que fizeram sobre água potável repeliu de modo grosseiro todas as recentes
afirmações de que Deus era digno de louvor porque tinha feito maravilhas e estava
claramente levando-os pela sua mão.
15.25 as águas se tornaram doces. Pelo fato de não haver nenhuma árvore conhecida
que poderia tornar naturalmente água insípida em água potável, o presente
acontecimento deve ter sido um milagre mediante o qual Deus demonstrou sua boa
vontade
APLIC:
Não é correto que louvemos o nome de Deus e logo depois, murmuremos desse
nome. Não adianta cantar louvores a Deus e depois culpá-lo da vida que você leva, ou
mostrar-se insatisfeito com o que ele tem dado.
2ª MINISTRAÇÃO - ATÉ AQUI EM 09.05.19

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

3ª MURMURAÇÃO (falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).


Ex 16.2,3
2Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto;
3disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela
mão do Senhor, na terra do Egito, “quando estávamos sentados junto às
panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para
matardes de fome toda esta multidão.
A murmuração:

 As críticas de todo o povo foram dirigidas à Moisés e à Arão;


REFLEXÕES:
Há quem diga: “a voz do povo é a voz de Deus”! – será que é isso mesmo? Há quem
entenda também, que se a maioria decide por um lado é porque estão certos. Será que
é isso mesmo?
Note que todos se posicionaram contra Moisés e Arão. Eles achavam que estavam com
a razão.

 Descontentamento com o suprimento de Deus – tanto pela quantidade quanto


pela qualidade;
 Estavam reclamando porque estava no deserto;
Resposta de Deus: enviou codornizes e o maná (16.13, 31).
Aplicações para hoje:
Pode ser que o Senhor nos coloque no “deserto” afim de treinar-nos,
aperfeiçoar-nos.
Quanto ao sustento e à continuação da vida, observe que na vida animal, a busca
pela a alimentação – implicando sempre em defesa e ataque – é o principal objetivo de
todos os animais no seu habitat natural.
Observando a nossa realidade, vemos que nossas famílias têm sido sustentadas
por Deus. Mas quantas vezes ficamos reclamando do que ele tem nos concedido? Nem
sequer paramos para pensar que muitos ao redor de nosso planeta tem agonizado e
morrido de fome.

Segundo o site: Nações Unidas Brasil (https://nacoesunidas.org/fao-


fome-aumenta-no-mundo-e-afeta-821-milhoes-de-pessoas/),

Pelo terceiro ano consecutivo, a Organização das Nações Unidas para a


Alimentação e a Agricultura (FAO) registrou um aumento no número de pessoas
passando fome no mundo, que subiu de 815 milhões de indivíduos, em 2016, para
quase 821 milhões em 2017.
Segundo novo levantamento da agência da ONU e parceiros, a América Latina e o
Caribe acompanharam a tendência global — na região, 39,3 milhões de pessoas
vivem subalimentadas, valor que representa um crescimento de 400 mil.
(...) o relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018
revela que, em 2017, uma em cada nove pessoas no planeta foi vítima da fome.
Além dos conflitos armados e das crises econômicas, as variações do clima e
fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes, foram as principais
causas do avanço da subnutrição.

Certamente, estes dados devem levar-nos à oração em favor de todos os


necessitados. Outra atitude, é a da glorificação do nome de Deus pelo seu sustento durante
estes anos todos de nossa existência. Assim, em vez de murmurar, glorifiquemos a Deus
por graça em nosso favor.

ATÉ AQUI EM 23.05.19

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

Podemos sim, corrigir uma murmuração. E a maneira mais eficaz de fazê-lo é com
a gratidão. Isso é muito importante que seja observado por nós, principalmente, porque
estamos tão acostumados a murmurar que nem sequer, na maioria das vezes, conseguimos
ser críticos de nós mesmos. Admitimos, que somos capazes de murmurar até quando
somos abençoados.
Esta é uma lição difícil de aprender. Poucos cristãos podem ser considerados os nossos
“Josués e Calebes” nos dias de hoje. Historicamente, uma nação quase que inteira
acometeu-se da murmuração.

4ª MURMURAÇÃO (contexto das codornizes e o maná)


(falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).
Ex 16.19,20
19Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. 20 Eles, porém, não
deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu
bichos e cheirava mal.
BEACON, 176, 177
“Deus envia codornizes e pão (16.13-21). As codornizes, que subiram e cobriram o
arraial (13), faziam seu trajeto habitual de migração “pelo mar Vermelho, em grande
quantidade nesta época do ano, e, cansadas pelo vôo longo, [...] podiam ser capturadas
facilmente perto do chão”.43
Na manhã seguinte, houve um orvalho ao redor do acampamento (13). Quando o
orvalho se secou, encontraram “uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a
geada sobre a terra” (14, ARA).

Quando viram, as pessoas perguntaram: Que é isto? (15). Moisés respondeu: Este é
o pão que o SENHOR vos deu para comer. “O nome maná é proveniente da pergunta
[Que é isto?], ou a semelhança no som tem relação com as duas palavras originais [man
hu].”
... O maná da Bíblia:
1) Foi o principal alimento nutritivo para Israel por quarenta anos;
2) Era fornecido em quantidades grandes;
3) Ocorria ao longo do ano inteiro;
4) Aparecia somente em seis dos sete dias da semana; e
5) Criava bichos se fosse guardado por dois dias, exceto no sábado.

45 Obviamente este maná era um milagre de Deus, sendo um tipo do Cristo que
desceu do céu (Jo 6.32-40).
O maná era como semente de coentro (31), “uma semente pequena e cinzento- branca,
com sabor picante e agradável, usada amplamente como tempero para cozinhar”.49
Tinha gosto de bolos feitos de farinha de trigo, óleo e mel. O alimento que Deus dava
era agradável ao paladar.
As instruções para colher o maná eram inequívocas. Cada família tinha de colher
quantidade suficiente para o consumo de um dia: um gômer por cabeça (16),
cerca de 1,3 litro, e segundo o número de pessoas da família”.

No texto, vemos ordens expressas a respeito do consumo do maná. Entretanto,


observamos que parte do povo deixou dele para o dia seguinte, e por isso murmurou
contra Deus.
Murmuração:

 “(...) não deram ouvidos a Moisés...”


 (...) desobedeceram as ordens de Deus – “alguns deixaram do maná ...”

Resposta de Deus: alimentação amaldiçoada – indigesta.


APLIC:
Murmuramos quando desobedecemos às ordens de Deus. Normalmente, nem
atentamos para este critério bíblico – o da obediência à voz de Deus.
Neste aspecto, podemos admitir que todos nós temos sido murmuradores.
No que concerne à nossa realidade contrastando com a dos judeus, podemos
observar:

 Para os judeus no deserto, o problema não era conseguir ouvir a voz de Deus, e
sim, obedecê-la.
 Para muitos de nós hoje, a voz de Deus tem sido ignorada, ou por falta de
conhecimento dela, ou por incapacidade de ouvi-la e compreendê-la.
 Tornou-se uma voz muito subjetiva, assim sendo, alheia à realidade de muitos.
A pergunta que pode surgir é: será que foi Deus quem falou? Como posso ter certeza
de que é a vontade de Deus neste momento para minha vida? Que aplicações da Palavra
de Deus podem ser feitas à minha vida?
ATÉ AQUI – 06.06.19

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

5ª MURMURAÇÃO (ainda no contexto das codornizes e o maná)


(falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).
Ex 16.24-28

24 E guardaram-no até pela manhã seguinte, como Moisés ordenara; e não


''cheirou mal, nem deu bichos. 25Então, disse Moisés: Comei-o hoje,
porquanto o sábado é do Senhor; hoje, não o achareis no campo. 26Seis dias o colhereis,
mas o sétimo dia é o sábado; nele, não haverá.
27 Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o
acharam.
28 Então, disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus
mandamentos e as minhas leis?
BEACON, p. 178
No sexto dia, quando alguns israelitas colhiam quantidades duplas de maná, todos os
príncipes da congregação (22) não entenderam. Moisés repetiu a regra sem deixar
dúvidas: Não haveria maná no sábado (25).
No sexto dia, eles tinham de cozer no fogo (assar) ou cozer em água (ferver; usado como
pão ou mingau) o que precisavam e guardar para o dia seguinte (23).
Aprenderam que o maná guardado para o sétimo dia não se estragava (24). Estes
versículos indicam um conhecimento do sábado anterior ao recebimento dos Dez
Mandamentos (20.8-11). Deus estabeleceu um dia de descanso na criação do mundo
(Gn 2.2,3); este fato era provavelmente conhecido por Abraão, visto que em certo
sentido era observado pelos babilônios. Mas nem os primitivos hebreus nem os egípcios
conheciam uma semana de sete dias.47 Levando em conta que depois da criação o
sábado é mencionado somente neste momento, podemos supor que esta é uma
renovação da observância sabática.
Durante a opressão egípcia, a observância teria sido impossível; portanto, para estas
pessoas as palavras de Moisés eram novidade.48 Embora Moisés tivesse deixado claro
que não haveria pão no dia de sábado (26), mesmo assim alguns do povo saíram para
colher (27).

Sempre há quem não acredita na palavra de Deus, desta forma


recusando guardar seus mandamentos e leis (28). A ordem tornou-se mais explícita:
Ninguém deveria sair do seu lugar no sétimo dia (29).
Ninguém deveria sair do acampamento; as pessoas tinham de descansar no sétimo dia
(30). Ver mais comentários sobre o sábado em 20.8-11.

Conforme os argumentos lógicos, podemos depreender do texto lido as


seguintes sentenças:

 Todos guardaram para a manhã seguinte;


 Porque todos guardaram, neste critério, todos foram obedientes à Deus;
 Porque todos guardaram, o maná podia ser consumido na manhã seguinte;
 A maioria não saiu para buscar o maná no sábado;
 Somente alguns foram buscar o maná no sábado;
 Somente estes que saíram no sábado não acharam o maná;
 Somente estes que saíram no sábado foram repreendidos por Deus.
 Somente estes que saíram no sábado murmuraram.
Até quando recusaremos guardar os mandamentos de Deus?
Até quando murmuraremos contra o nosso irmão, marido, esposa, filhos, trabalho, etc?
Murmuração: Alguns do povo saíram no sábado para colher o maná, mesmo diante da
ordem de Deus de que não deveriam fazê-lo.
Resposta de Deus: Descontentamento com a rebeldia de parte do povo, pela recusa em
guardar os mandamentos e as leis divinas.
APLIC:

 Murmuramos quando saímos do lugar onde estamos, sendo que a ordem de


Deus é que não nos movamos;
 Murmuramos quando ficamos onde estamos, sendo que a ordem de Deus é que
saiamos do lugar onde estamos.
 Assim sendo, na menor desatenção ao que Deus diz-nos, podemos estar
murmurando.

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

6ª MURMURAÇÃO (falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).


Ex 17.2-4

2Contendeu, o povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes
Moisés: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor? 3 Tendo aí o povo sede
de água, murmurou contra Moises e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos
matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos? Então, clamou
Moisés ao Senhor: Que farei a este povo? Só lhe resta apedreja-me...” 7E chamou
o nome daquele lugar: Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel
e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós ou não?

Mostrar as citações deste contexto em outras partes da Bíblia...


Resposta de Deus: fez brotar água da rocha em Refidim.
(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

7ª MURMURAÇÃO (falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).


(De maneira indireta, sem a palavra “murmuração” sendo expressa.

Ex 32.1-6
1Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e
lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a
este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido.

 O Povo sabia que Moisés estava com Deus no monte Sinai, e mesmo assim
murmurou achando que Moisés estava demorando demais a aparecer (40 dias e
40 noites no monte Sinai);
 O povo murmurou quando pressionou Arão para satisfazer seus interesses
pecaminosos – a murmuração de se unir à uma liderança para derrubar a outra.
Note que Arão era um líder temporário.
 O povo murmurou quando se rebelou contra Deus, pedindo a Arão que lhe
fizesse deuses. Note que o povo excluiu o próprio Deus de sua jornada no
deserto, dizendo: “faze-nos deuses que vão adiante de nós”.
MACARTHUR, 134
32.1 faze-nos deuses. A influência do mundo politeísta no lugar em que os israelitas
viviam era tal que, em tempo de pânico ou impaciência, sucumbiam à visão de mundo
pagã.
O que tornou tudo a inda mais alarmante foi a rapidez com que idolatria pagã se
infiltrou, apesar das demonstrações reais da grandeza e bondade de Deus para com eles.
Mas eles não estavam apenas pedindo deuses, e sim deuses para conduzi-los à frente
— "que vão adiante de nós".

A visão de mundo pagão os havia privado da visão de como Deus os tinha tirado
do Egito; debochadamente atribuíram o êxodo a Moisés (cf. At 7.40).

 O povo murmurou mostrando-se indiferente com Moisés quando disse: “quanto


a este Moisés”... não sabemos o que lhe terá sucedido”. Demonstrando que não
estavam preocupados com sua integridade física.

2 Disse-lhes Arão: Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos
filhos e vossas filhas e trazei-mas.

 Arão conduziu o povo na fabricação de deuses usando todo o ouro disponível


naquele momento – não fizeram um “deus qualquer jeito”.
3 Então, todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão.
 Ouve empenho e muita generosidade de todos em ofertar para se fazer aquela
imagem, sem contar que ninguém precisou buscar oferta, pois eles mesmos a
levaram.

4Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril (fazer gravuras em
metal) e fez dele um bezerro fundido (liquefeito, derretido). Então, disseram: São
estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.
 O povo murmurou deixando de glorificar a Deus para glorificar os seus deuses,
a despeito de toda a trajetória saindo do Egito e sendo conduzido no deserto.

MACARTHUR,

32.4 um bezerro fundido. O bezerro fabricado por Arão era um símbolo religioso
pagão de poder viril (relativo ao homem, masculino).
Uma forma de bezerro em miniatura, embora feita de bronze e prata, foi encontrada no
lugar da antiga cidade filisteia de Asquelom.
A data aproximada dessa miniatura é 1 550 a.C.; isso indica que o culto ao bezerro era
conhecido não apenas no Egito mas também em Canaã, antes do tempo de Moisés. Ao
adorarem o bezerro, os israelitas violaram os primeiros três mandamentos (20.3-7).

5 Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele e, apregoando (anunciando,


divulgando), disse: Amanhã, será festa ao Senhor.

 Fazer o bezerro de ouro foi o primeiro passo. O próximo, foi fazer um local
apropriado para colocá-lo, daí, fizeram um altar.
 O cenário era de insanidade espiritual: Arão teve a ousadia de divulgar para o
povo: “amanhã, será festa ao Senhor” – chamaram o bezerro de ouro de seu
“Senhor”.
6No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas
pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.

 O povo foi ao culto bem cedo – “madrugaram”;


 O povo cultuou – “ofereceram holocaustos”;
 O povo ofertou – “trouxeram ofertas pacíficas”;
 O povo participou de um banquete idólatra – “...assentou-se para comer e
beber”;
 O povo se envolveu com orgias – “para divertir-se”.
Quando Arão foi questionado por Moisés, teve a coragem de dizer: “(v.24 “...e
saiu este bezerro”).

Resposta de Deus:

 Ficou a ponto de destruir o povo todo, e propôs a Moisés de que faria dele uma
grande nação.
 Mas por causa da oração de Moisés, não fez isso. Entretanto, cerca de uns três
mil homens morreram.
(ATÉ AQUI EM 04.07.19 – AÇAIL)

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

8ª MURMURAÇÃO (falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).


Nm 11.1-3

“1Queixou-se o povo de sua sorte aos ouvidos do Senhor; ouvindo-o o Senhor,


acendeu-se-lhe a ira, e fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu
extremidades do arraial.
CHAMPLIN, 641
Queixou-se. As notas introdutórias a este capítulo nos dão informações sobre a questão
das murmurações de Israel, um dos temas dominantes do Pentateuco. Nada nos é dito
acerca da razão de tais queixas, mas os vss. 4 ss. sugerem problemas com o suprimento
alimentar, talvez no tocante tanto à quantidade quanto à variedade. Yahweh ouviu as
murmurações dos israelitas e isso O desagradou.
E então, em Sua ira, os castigou. Algum tipo de fogo atingiu as fímbrias do
acampamento. Talvez tenha havido algum desastre natural, que foi desfechado em um
momento exato, como uma erupção vulcânica, alguma tempestade elétrica, ou coisa
similar. Mas outros vêem um juízo divino direto. A teologia dos judeus era fraca quanto
a causas secundárias, pelo que desastres naturais eram vistos como castigos diretos
enviados por Deus.

Observe o leitor as expressões antropomórficas. Yahweh aparece aqui a ouvir, a ficar


desagradado e irado, algo semelhante ao que os homens experimentam.

2 Então, o povo clamou a Moisés, e, orando este ao Senhor, o fogo se apagou.


CHAMPLIN, 641
O povo clamou a Moisés. Moisés era o mediador entre Yahweh e Israel, e também era
o principal líder dos filhos de Israel. Por isso, ele precisou aguentar o bruto impacto das
queixas de Israel.
O fogo se acendeu em labaredas; muitos israelitas morreram. O fogo nada perdoava;
era um julgamento divino. Só o poder de Yahweh era capaz de fazer o fogo apagar-se.
E, assim sendo, o povo voltou-se para o homem de Yahweh, Moisés.
A oração de Moisés fez o fogo apagar-se; e assim o pedido do povo foi concedido, e esse
julgamento chegou ao fim.

Mas a lição não foi aprendida. Logo rebentaram de novo outras queixas,
e o resto do capítulo descreve isso. Sem dúvida, muitas tendas foram incendiadas, e o
incêndio espalhou-se com o vento. Porém, não há explicação no que tange à causa da
conflagração.

3Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porque o fogo do Senhor se acendera entre
eles.
CHAMPLIN, 641
Taberá. No hebraico, lugar de fogo (ou lugar de refeição). Os israelitas murmuraram, o
que acabaria por tomar-se um costume, para todos os efeitos práticos, durante a
jornada pelo deserto.
O sentido da palavra está em dúvida e a definição de queimadura pode ter surgido
mediante uma etimologia popular, e não científica. Cf. a história em geral com os
comentários neotestamentários em I Cor. 10.11,12.

Resposta de Deus: ira manifestada pelo fogo no arraial.


ATÉ AQUI EM 11.07.19 -AÇAIL

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

9ª MURMURAÇÃO (falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).


Nm 11.4-6
4E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos
egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram:
Quem nos dará carne a comer? 5Lembramo-nos dos peixes que, no Egito,
comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das
cebolas e dos alhos. 6Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos
senão este maná.

4E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos
egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem
nos dará carne a comer?
CHAMPLIN, 641
Populacho. O termo hebraico assim traduzido é ‘asapsup, que se acha apenas aqui, em
todo o Antigo Testamento. O termo tem o sentido básico de “coleção", pois estavam em
foco aquelas pessoas que haviam sido “coletadas” ao longo do caminho, pessoas
indesejáveis, que não pertenciam ao povo de Israel, mas tinham acompanhado os
israelitas, de alguma maneira, fugindo dos egípcios por uma série de razões.
No Egito, muita outra gente vivia escravizada no Egito, e não somente os hebreus. É
provável que muitos dentre aquela “coleção” fossem escravos de outras raças, que
se tinham aproveitado da emancipação dos israelitas para escaparem.
Outros podem ter sido meros aventureiros que estavam procurando uma oportunidade
para fugir. E também haviam meros descontentes, talvez até alguns egípcios
que buscavam fortuna, os quais, impressionados com as promessas feitas por Moisés,
resolveram sair do Egito juntamente com os filhos de Israel.
CHAMPLIN, 642

Os israelitas preocupavam-se com o que poderiam comer. Mais de três milhões


de pessoas estavam atravessando um extenso deserto estéril. Seria mister uma série
contínua de milagres para alimentar tanta gente, até que chegassem à Terra Prometida,
sem passarem fome.

5Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos
melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos.
CHAMPLIN, 642
Lembramo-nos dos peixes. O rio Nilo era muito piscoso, com variadas espécies, servindo
de grande suprimento alimentar no Egito. Por igual modo, os pepinos do Egito eram
grandes e saborosos. E também haviam melões e outras frutas, legumes e condimentos,
como as cebolas e as duas variedades de alhos mencionadas neste versículo.
No Egito nada faltava para que houvesse uma cozinha farta e variegada. No hebraico, a
palavra aqui traduzida por alhos silvestres que, na opinião de alguns especialistas,
significa uma espécie de trevo, peculiar ao Egito, usado como
condimento. As cebolas egípcias eram de boa qualidade, e até as classes pobres
dispunham de cebolas à vontade.

6Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná.
CHAMPLIN, 642
... alguns estudiosos dão aqui a tradução “força” ou “vida". A ausência de uma dieta
apropriada havia ressecado as forças físicas de algumas pessoas.
“E agora precisavam encher o estômago com alimentos gostosos” (John Marsh, in loc.),
para que se livrassem daquela sensação de sequidão, devido ao maná, maná, maná.

7Era o maná como semente de coentro, e a sua aparência, semelhante à de bdélio.

8 Espalhava-se o povo, e o colhia, e em moinhos o moía ou num gral o pisava, e em


panelas o cozia, e dele fazia bolos; o seu sabor era como o de bolos amassados com
azeite.
9Quando, de noite, descia o orvalho sobre o arraial, sobre este também caía o maná.

Resposta de Deus:

 Ficou, grandemente, irado contra o povo (v.10);


 Ordenou a Moisés que separasse 70 homens para ajuda-lo, já que Moisés estava
murmurando achando o seu cargo muito pesado (v. 16, 17);
 Ordenou que o povo se santificasse para o dia seguinte, pois Deus os daria carne
à vontade (v. 18);
 Reagiu à incredulidade de Moisés dizendo que seu poder era o mesmo para fazer
o que queria (v. 23);
 Providenciou codornizes para alimenta o povo.

(AS 10 MURMURAÇÕES DE ISRAEL NO DESERTO: REFLEXÕES PARA A IGREJA DE HOJE).

10ª MURMURAÇÃO (falar mal de (alguém ou algo); criticar, reclamar).


(Contexto dos 12 espias da terra de Canaã)
Nm 14.1-4, 10-12, 20-23.
1 Levantou-se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo
chorou aquela noite. 2Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e
contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na
terra do Egito ou mesmo neste deserto!3 E por que nos traz o Senhor a
esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam
por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?
4E diziam uns aos outros: “Levantemos um capitão e ‘'voltemos para o Egito... 10Apesar
disso, toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do
Senhor apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel.11 Disse o Senhor
a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando não crerá em mim, a
despeito de todos os sinais que fiz no meio dele? 12 Com pestilência o ferirei e o
deserdarei; e farei de ti povo maior e mais forte do que este...
21 Porém, tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do Senhor,
22nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e
no deserto, todavia, me puseram à prova já ‘'dez vezes e não obedeceram à
minha voz, 23 nenhum deles Verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim,
nenhum daqueles que me desprezaram a verá.
Resposta de Deus: pesou sua mão contra eles, além de proibi-los de entrarem em
Canaã.

CONCLUSÃO

1 - A murmuração de Israel no deserto fez com que uma jornada de 3 dias durasse
dolorosos 40 anos.
Ex 5.3 “... caminho de três dias no deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao Senhor”.
Dt 29.5 “Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas
vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália”.

2 - A murmuração de Israel no deserto fez com que fossem reprovados, mesmo


comtemplando os feitos benevolentes de Deus, não s ser aprovado por Deus.
Nm 14.22 “nenhum dos homens que tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no
Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha
voz”.
3 - A murmuração de Israel no deserto os impediu de herdarem a bênção da terra
prometida.
Nm 14.23 “...nenhum deles verá a terra...”
Obs.: Já ouvi de alguém que se denomina cristão dizer que ficou com raiva de Deus.

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