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COMUNICAÇÃO
2. PREPARADO
Você precisa estar preparado para não agradar todas as pessoas
logo no início. Você já viu que quando nós comunicamos alguma
coisa, quando você é chefe de uma organização, líder de uma
igreja, você que é pai e mãe, você comunica uma direção e no
primeiro momento existem as resistências e aquela vontade inicial
de agradar a todos, a vontade inicial de empatizar, de comunicar,
que todos ao imediato possam lhe aplaudir nem sempre acontece.
Quero dizer que muitas vezes existe a necessidade de
compreendermos e esta é uma fase preparatória, saber que nossos
sonhos ao serem comunicados e eles precisam ser comunicados
com clareza e nós precisamos estar preparados para que estes
mesmos sonhos possam se encontrar resistência.
Assim como aconteceu na vida de José. Quando você for fazer uma
apresentação no trabalho, na escola, na igreja com a sua liderança,
no primeiro instante, na primeira comunicação, quando você traz
a mensagem, quando você projeta um caminho, quando a sua voz
lança ao futuro, você precisa também estar preparado para
entender que nem sempre esta primeira abordagem vai ser
acolhida de pronto. É muito natural que as pessoas ao não
saberem para onde irem, ou por terem resistência própria,
fortalezas, objeções que são pessoais, elas erguem barreiras e
dizem que daquele lugar elas não querem sair e neste caso é
necessário que aquele que está comunicando e aquele que tem a
intenção de colocar aquelas pessoas no futuro, porque esta é a
visão da voz que projeta o futuro, você tem que tirar as pessoas de
um lugar e transpô-las para outro lugar e é necessário que você
esteja preparado, que você possa dimensionar as resistências que
você vai enfrentar e a partir de então prosseguir na sua jornada,
como aconteceu com José. A ideia aqui é nós sabermos aquilo que
nos espera, é óbvio que muitas vezes os imprevistos, as situações
que nós não temos como dimensionar virão sobre nós e de alguma
maneira vão trazer alguma dificuldade, é verdade que isto vai
acontecer. No entanto quando você consegue comunicar com
clareza o seu sonho, você consegue projetar as pessoas no futuro,
as resistências vão cedendo, você consegue trabalhar com isso de
uma maneira mais tranquila.
Não se esqueça, esteja preparado, assim como aconteceu com
José, no momento em que ele comunicou o sonho aos seus irmãos,
todos eles foram se convencendo a tomarem uma decisão de
lançá-lo em uma cova e assim no primeiro instante aquele sonho
pareceu que estava enterrado, é importante você entender isto
para sua boa comunicação, na sua oratória, estar preparado para
enfrentar as resistências.
3. MANTER O RITMO:
Após enfrentar as resistências, após você lançar o sonho, projetar
sua voz no futuro, você precisa manter o ritmo ao longo do tempo
e isso quer dizer que mesmo depois de muitas situações adversas
você precisa encontrar um caminho de prosseguir. No momento
que você começa a construir uma identidade de comunicação,
dentro da sua visão, sendo você mesmo com simplicidade, você
começa a comunicar com mais clareza os seus sonhos, a grande
dificuldade das pessoas muitas vezes e por experiência própria é
você conseguir tirar uma pessoa do estado em que ela se encontra,
lançá-la no futuro, comunicar alguma coisa e fazer com que ela
comece a sonhar acerca daquilo que não existe ainda, que precisa
ser construído. Com José foi a mesma coisa, ele lançou isto para os
seus irmãos, seus irmãos o colocaram em uma cova, a história
depois nos relata toda a trajetória dele, quando ele foi preso, as
situações que ele enfrentou e mesmo assim ele manteve um ritmo,
um ritmo de comunicar o seu sonho.
Em nenhum momento, nós percebemos na vida de José, nenhum
retrocesso neste sentido, ele tinha claro aquilo que Deus havia
dado a ele como uma promessa, como um sonho, ele se apropriou
deste sonho, ele começou a construir a sua identidade em cima
deste sonho e a partir dali ele manteve um ritmo, ao longo do
tempo, durante anos e anos, ele conseguiu estabelecer uma visão
a longo prazo e estando preparado para enfrentar todas as
situações e ele enfrentou muita coisa ruim. Apesar de tudo isso o
ritmo permaneceu inalterado, quando ele foi preso, quando ele foi
acusado injustamente, ele tinha uma visão clara, o sonho havia se
apossado dele e a partir daquele instante ele tomando ciência
daquela situação toda, manteve um ritmo claro, é como se nós
pensássemos assim dentro de uma visão de um cantor que ao ir a
um show, começa o show e ele não sabe qual será o tipo de plateia,
ou pelo menos dimensiona a plateia que vai estar ali junto a ele.
Então ele começa, canta a primeira canção, a plateia não recebe
muito bem, na segunda canção alguns ruídos de vaias, um canto
e outro, até que a coisa explode e todos começam a vaiar este
cantor. Ele terá duas escolhas, ou ele para naquele instante e pega
o seu violão, vai para o camarim e encerra o show, ou ele continua,
mantém o ritmo até conquistar, através de uma comunicação que
seria musical neste caso, a plateia que estaria a frente dele.
Assim também é conosco, quando você faz uma reunião por
exemplo na sua igreja, com a sua liderança, que você tenta
explicar, tenta apontar um caminho e as resistências aparecem é
natural que isso traga algum tipo de incômodo, mas assim como
aconteceu com José e esta é uma chave da comunicação que
projeto o futuro, é necessário manter o ritmo, acolher sim,
entender aquilo que está acontecendo, como no caso do cantor,
as vaias que chegam até o palco, no entanto sem perder o ritmo,
mantendo o mesmo ritmo ao longo do tempo, por que? Porque
tem um sonho, há um promessa, a um desejo de construir algo de
valor, de comunicar com excelência.
4. DIFERENÇAS:
Você que está fazendo o curso aqui conosco já esteve
provavelmente a frente de dez, de cem ou talvez até de mil
pessoas, é necessário ter essa maleabilidade de entender que você
fala a todos e fala a cada um e eu vou explicar isso, é uma regra
básica para que você possa se sair melhor quando você for
comunicar algo para uma plateia que é muito heterogênea.
Quando você chega num lugar e percebe que vai enfrentar algum
tipo de resistência e você não conhece a maioria das pessoas deste
ambiente, é natural que você comece devagar a comunicação,
tentando falar a todos, isto é uma regra básica da comunicação,
que você fale para que todos tenham o mesmo nível de
entendimento, que todos comecem do zero, eu costumo dizer que
este é o movimento “zero a zero”, não há vencedores, nem você e
nem a plateia, você iguala, você equilibra tudo, colocando as
pessoas que estão ali a sua frente, seja em qualquer tipo de
reunião.
Na sua casa por exemplo, tratando um filho que tem uma
personalidade “x” e outro que tem uma personalidade “y”. Quando
você equilibra, você traz a cada pessoa, uma visão de que todos
estão entendendo e todos estão no mesmo nível, no mesmo
patamar de comunicação. Vamos lembrar da história de José,
quando ele é colocado na prisão de forma injusta, a vida dele
construída diante destas dificuldades faz com que ele passe a se
comunicar, a ter outros amigos, personagens que aparece ao lado
dele dentro da prisão. Se você lembrar do texto, você vai verificar
que em nenhum momento houve qualquer tipo de discordância
dele em relação aquilo que Deus havia colocado no coração dele.
Ele sonhava em relação ao futuro, tinha certos sonhos, no entanto
naquele instante ele precisava comunicar aquelas pessoas que
estavam com ele ali no cárcere, trazendo uma palavra, orientando
de alguma forma e acolhendo, falando a cada um, fazendo com
que naquele instante toda prisão fosse equilibrada, ele fala a um,
ele fala a outro, ele é entendido de uma forma, ele é compreendido
da mesma forma por outro, ele equilibra, quando nós falamos a
dez, a cem, ou a mil pessoas, nós precisamos entender desta
maneira, a comunicação tem que ser de tal forma que eu
comunique a todos no primeiro instante, ou seja que todos partam
do zero a zero e depois de um tempo eu costumo dizer que você
consegue identificar em quais áreas, em quais pontos você precisa
tocar para poder se comunicar desta maneira com aquele grupo,
desta maneira com este grupo e uma outra forma ainda com um
terceiro grupo, dentro do mesmo ambiente e eu vou dar um
exemplo claro aqui para você que é professor e está conosco em
nosso curso.
Existe isso todos os dias na sala de aula, você tem uma sala de aula
completamente diversificada, você tem meninos e meninas e já
começa uma grande diferença de sexo, alunos que vêm de bairros
opostos, camadas sociais, criações diferentes, famílias com
estruturas diferenciadas, onde o professor está ali para apresentar
uma aula de matemática, ou geografia por exemplo e ele vai
começar do zero a zero, ele vai tentar equilibrar, os professores
fazem muito isso no início do ano nas classes iniciais, no ensino
infantil, tentando equilibrar para saber em que ponto a turma está
e isso é interessante porque eles conseguem equilibrar e a partir
de então qual a estratégia, falar a cada um como se estivesse se
dirigindo individualmente, você consegue identificar os
personagens dentro da sala de aula e você precisa comunicar a
mesma coisa, a mesma matéria para tal aluno de uma forma e
para outro de uma outra forma. Assim também é uma ótima
comunicação, você parte do zero a zero, você equilibra, mas você
está atento para saber que existem diferenças da forma como as
pessoas recebem, este canal receptor é diferente. Eu preciso
comunicar com clareza a todos, mas tendo sempre isso como uma
chave de ouro que pode abrir inúmeras portas, mesmo em um
ambiente heterogêneo, você comunica a uma pessoa de uma
forma, você comunica a uma outra pessoa de uma outra forma e
assim você consegue trazer a sua informação, a sua mensagem de
uma maneira assertiva, de uma maneira que todos possam
compreender.
José fez isto na prisão, ele foi bem visto por todos, a ponto de ser
chamado novamente a corte, mas também porque ele cria um
ambiente de comunicação, ele cria um ambiente de transferência
de informação sem nenhum tipo de ruído, sem interferências
maiores.
5. MOVA-SE:
Eu falo sobre o movimento da voz que projeta o futuro, movimento
de se ver no futuro, de mover-se em direção ao futuro, de
responder duas perguntas básicas, “PARA ONDE?” e “POR QUE?”.
Primeiro vamos pensar no “pará onde”, quando nós começamos a
projetar nossa voz através de uma boa comunicação, projetando o
futuro, trazendo clareza aos nosso sonhos, nós precisamos apontar
o “para onde”, você que é pai e mãe, você que lidera um grupo de
pessoas, você reúne estas pessoas, você tem uma ideia
maravilhosa na sua corporação, na sua empresa, você está
estabelecendo um novo planejamento para a sua empresa e quer
transferir isso para todos os seus subordinados, os seus
cooperadores. Você prepara uma apresentação maravilhosa, você
prepara um ambiente, você deixa tudo perfeito e chega no dia da
reunião todos estão sentados a mesa e você começa a falar sobre
este novo momento, sobre o novo projeto, novo serviço ou produto
que você pensou em implementar e traz para sua equipe para
pensarem igual a você e também trabalhar na mesma dinâmica.
Quando você começa a fazer isso, você precisa responder esta
primeira pergunta “PARA ONDE?”, para onde estamos indo, esse
produto, este serviço nos levará para onde?
Esta mudança estrutural dentro do corpo da igreja nos levará para
onde? Em casa, pai e mãe, nós estamos fazendo esta mudança de
consumo, aqui em casa nós estamos freando o consumo de alguns
produtos, nós estamos reduzindo o consumo de um outro serviço
e isso é muito fácil de se explicar quando você traz aos filhos,
aquele que estão na casa e responde para onde estão indo, essa é
a pergunta número 1 básica. A segunda pergunta fundamental, é
o “POR QUE?”, nós estamos indo para cidade “x” e porque nós
temos que ir para lá? Esta é a segunda pergunta que precisa ser
respondida de uma maneira clara. Quando nós conseguimos
responder para onde e por que, nós começamos a fazer com que
a nossa voz seja projetada de uma forma clara e as pessoas ao
nosso redor, começam a comungar dos nossos sonhos. É
interessante notar na vida de José que ele responde de uma
maneira evidente, conclusiva as duas perguntas, “para onde?”ele
declara isso logo no início quando ele compartilha o sonho com
seus irmãos, ele tem isso claro no coração dele em todos os
momentos que ele passa no cárcere, até quando ele é alçado de
novo a presença do rei e ele começa um segundo momento na
vida dele, governando, tendo controle sobre as situações e quando
os irmãos vem até ele e ele se apresenta aos irmãos naquele
tempo, ele tem a certeza de que Deus havia colocado ele naquele
momento para que algo fosse realizado pela vida dele e esse
“porque” é respondido de forma clara. Quando ele diz aos irmãos
que ele não os culpava por ele ter passado por tudo que passou,
porque havia sido da vontade de Deus que fosse assim, o “porque”
estava claro, evidente na vida dele, “para onde” e “por que”.
Quando nós começamos a construir isso, é como se nós tivéssemos
colocado debaixo dos nossos pés, duas lajes de concreto e sobre
estas lages nós tivéssemos posicionados para falar e para entoar a
nossa voz, projetando a nossa voz para o futuro.