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Doc. N.º PR-08-19– Rev. 0


PLANEJAMENTO DE RIGGING Tipo: Guindastes
Data: 12/2019
PATOLAMENTO DE GUINDASTES

7. RISCOS ASSOCIADOS AO RECALQUE


Sumário DO SOLO DURANTE UMA OPERAÇÃO COM
GUINDASTE ......................................................... 20
CASOS DE ACIDENTES DEVIDO AO
1. INTRODUÇÃO ............................................... 2 RECALQUE DO SOLO ..................................... 20
2. CONCEITOS BÁSICOS ................................. 3 MEDIDAS PREVENTIVAS .............................. 21
CARGA APLICADA PELAS PATOLAS DO RECOMENDAÇÕES AO OPERADOR DO
GUINDASTE ........................................................ 3 GUINDASTE ...................................................... 22
PRESSÃO.............................................................. 3 8. GERENCIAMENTO DE RISCOS.............. 23
ESTRUTURA DO SOLO ..................................... 3
COMPACTAÇÃO DE SOLOS ............................. 4

3. UTILIZAÇÃO DOS OUTRIGGERS ............ 5

4. USO DE DISTRIBUIDORES DE CARGA


SOB AS SAPATAS .................................................. 7
CONDIÇÕES GERAIS ......................................... 7
TIPOS DE DISTRIBUIDORES DE CARGA
COMUMENTE UTILIZADOS ........................... 10
IÇAMENTO SEM A UTILIZAÇÃO DOS
OUTRIGGERS .................................................... 11

5. NIVELAMENTO DO GUINDASTE ........... 12


NIVELAMENTO MANUAL .............................. 12
INFLUÊNCIAS DEVIDO AO
DESNIVELAMENTO......................................... 12
RISCOS ASSOCIADOS AO RECALQUE DO
SOLO ................................................................... 13
PATOLAMENTO SOBRE TERRENOS
PERIGOSOS ....................................................... 14

6. DIMENSIONAMENTO DAS BASES PARA


O GUINDASTE & CORRETA
ESTABILIZAÇÃO ................................................ 17
CÁLCULO DA CARGA EXERCIDA PELAS
PATOLAS DO GUINDASTE............................. 17
ÁREA NECESSÁRIA X CAPACIDADE DO
SOLO ................................................................... 19
CÁLCULO DA PRESSÃO EXERCIDA NO
SOLO ................................................................... 19

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1. INTRODUÇÃO sérias consequências em razão de um acidente com


guindaste, cujos impactos podem ter grandes proporções.
A segurança da operação com guindastes Será sempre importante manter a capacitação de
depende de muitos fatores. operadores, riggers e sinalizadores renovadas no intuito
Um dos fatores importantes a serem analisados de gerar preocupação e conscientização constante por
será o local onde o guindaste deverá operar e, em parte de quem está à frente dos serviços pois os trabalhos
especial neste capítulo, abordaremos as questões com guindastes requerem procedimentos detalhados que
referentes à capacidade do solo para receber as cargas devem ser apreciados por pessoal devidamente
provenientes do guindaste. capacitado para tal.
Em toda operação de movimentação de carga
com guindastes alguns procedimentos são básicos, ainda
Raio de Operação que se considere as diferenças entre equipamentos,
Configuração do Comprimento da condições ambientais e objetivos a serem alcançados.
Guindaste Lança As operações podem ter sido planejadas a partir
de estudos de rigging prévios ou podem ser operações
Área de que seguem um planejamento pré-determinado por
Numero de
pernas de Cabo Operação serem rotineiras.
Capacidade de Ao operador do guindaste e dos responsáveis da
Içamento atividade caberá a responsabilidade de realizar uma
Capacidade ANÁLISE verificando as condições de solo ou possíveis
Ângulo da Lança
Líquida interferências no nível do solo para o posicionamento e
patolamento do Guindaste.
Deduções de
Ainda que tenha sido feito um estudo de rigging
Capacidade Bruta prévio, os responsáveis da área civil devem checar esses
Capacidade
elementos, pois mudanças e alterações são comuns em
ambientes de obra.
Figura 1 - Fatores que influenciam na Capacidade de Içamento
É de extrema importância as avaliações
Em muitos casos, fatores importantes são realizadas por parte dos responsáveis e a possibilidade do
invisíveis na área de trabalho como tubulações uso de soluções para a redução de riscos de recalques
enterradas, envelopes elétricos, fossas sépticas, entre diferenciais superiores àqueles que garantem perfeita
outros fatores que podem não ter resistência suficiente utilização do guindaste.
para o guindaste trabalhar nestes locais. A adoção de uma postura de projeto que busque
Proximidades com taludes também exigem mitigar os riscos aos limites de recalque do solo
cuidados e verificações quanto aos riscos recalque e estabelecidos pelo fabricante, como por exemplo a
consequente tombamento. possibilidade substituição do solo ou, em casos
Quando o solo em que o guindaste for trabalhar extremos, a utilização de fundações profundas algumas
não tiver capacidade de suporte, será necessário trabalhar vezes podem ser necessárias.
sua fundação, como a troca de solo e compactação
adequada, execução de sapatas, blocos de apoio ou
mesmo estaqueamento.
A necessidade de executar fundações para apoio
do equipamento deve ser identificada por profissional
habilitado responsável por analisar as condições do solo
e a pressão máxima exercida pelo guindaste.
Algumas das principais dificuldades encontradas
em campo são falta de informações referentes à
capacidade de suporte do solo por parte do planejamento.
Escassez de informação quanto ao suporte do
solo gera uma falha no planejamento que pode levar à

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2. CONCEITOS BÁSICOS capacidades de carga bem como limites de distorção


angular requeridos. Como os guindastes possuem uma
Conceitos simples como a Carga aplicada pelas grande variedade de distância entre patolas, há
sapatas do guindaste devem ser perfeitamente entendidas possibilidade de que o efeito de grupo seja mais
na leitura de um plano de rigging por parte do pessoal de significativo a medida que a mesma diminua, aspecto
operação e demais responsáveis pelo içamento. que deve ser avaliado.
Como essas cargas deverão ser distribuídas no
solo de forma a eliminar os riscos de recalque do mesmo PRESSÃO
através de distribuidores de carga minimizando a pressão
são questões básicas para falarmos de boas práticas de
operação com guindastes.

CARGA APLICADA PELAS PATOLAS DO


GUINDASTE

Figura 3 - A Pressão é a razão da atuação de uma força


(Carga) e uma determinada área de atuação

Para todos os trabalhos com guindastes, é


comum o uso deste parâmetro para verificarmos se a
condição de patolamento será adequada ou não durante o
processo de planejamento.

ESTRUTURA DO SOLO

A análise da estrutura do solo será importante na


análise do local onde o guindaste irá trabalhar.
Nos manuais de diversos fabricantes
encontramos orientações ao operador do guindaste que
deve receber informações pertinentes à Capacidade de
Resistência do solo no local de trabalho e sua estrutura.
Podemos tomar como base a tabela abaixo para
Figura 2 - Distribuição de Tensão aplicada no Solo pelas as pressões máximas admitidas para cada tipo de solo,
sapatas do Guindaste mas no caso de haver dúvidas quanto à sua resistência,
deve-se realizar o exame do terreno com testes análises
O efeito do grupo de cargas aplicadas pelas adequadas.
patolas do guindaste é um aspecto importante a ser
considerado no caso de análise de recalques. Essa
abordagem mostra-se de extrema importância uma vez
que o uso dos guindastes é muito difundido e existem
diversos modelos, com diferentes tamanhos e

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da compressibilidade dos solos, ocorre a expulsão da


fase líquida, havendo alteração do teor de água dos solos.
A consolidação está associada a processos
relativamente lentos, provocados pela atuação de uma
solicitação estática e contínua, que dá origem à
aproximação progressiva das partículas, ao mesmo
tempo em que se verifica o escoamento (expulsão) da
fase líquida. Já a compactação é geralmente entendida
como um processo rápido, com a aplicação de cargas
variáveis no tempo por uma ação mecânica, através do
qual se procura alterar a estrutura do solo de forma a criar
uma nova disposição das partículas. Na compactação o
teor de umidade se mantem constante.

PEREIRA, Caio. Compactação de solos. Escola Engenharia, 2013.


Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/compactacao-
de-solos/. Acesso em: 2 de dezembro de 2019.
Figura 4 - Pressão Máxima Permitida de acordo com o terreno
- Fonte: Manual de Instruções do Guindaste LIEBHERR LTM
1500 8.1

COMPACTAÇÃO DE SOLOS

A compactação de solos é o procedimento de


melhorar as propriedades do terreno em termos de
resistência através de processos manuais ou mecânicos.
Geralmente, um solo quando é transportado e
aterrado está num estado relativamente fofo e
heterogêneo e, portanto, pouco resistente e muito
deformável. Os procedimentos de compactação visam
fornecer ao solo melhorias destes aspectos.
A compactação é um processo que visa melhorar
as propriedades do solo através da redução dos seus
vazios pela aplicação de pressão, impacto ou vibração
resultando no aumento do peso específico aparente do
solo.
Com a diminuição dos vazios do solo, espera-se
uma redução da variação dos teores de umidade, da
compressibilidade e da permeabilidade e um aumento da
resistência ao cisalhamento e à erosão.
Os estudos geotécnicos de compactação tiveram
início com a teoria de compactação desenvolvida por
Ralph Proctor.

Diferenças entre Compactação e Consolidação

A compactação é um processo adquirido através


da redução do volume de vazios, ou ar, entre as partículas
do solo. Já na consolidação, que também é um processo
que se deseja a redução do índice de vazios e

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3. UTILIZAÇÃO DOS OUTRIGGERS

Como vimos anteriormente, o uso dos outriggers


aumenta em muito a estabilidade do guindaste e devem
ser usados sempre que possível, independente da carga a
ser içada.
Durante a abertura ou fechamento dos
Outriggers, o operador do guindaste ou sinaleiro deve
sempre visualizar esta operação na qual estará no
comendo.

Figura 6 - Guindaste Trabalhando com um dos outriggers não


estendido completamente.

Muitos guindastes têm as suas capacidades


listadas apenas em tabelas de carga considerando os
estabilizadores totalmente estendidos. Porém, a grande
maioria dos guindastes têm suas capacidades listadas em
tabelas de carga considerando também os estabilizadores
parcialmente estendidos ou até mesmo totalmente
retraídos ou sobre pneus.
Obviamente, os riscos da operação de
movimentação de cargas nas condições com
Figura 5 - Abertura e Fechamento dos Outriggers - O operador
estabilizadores parcialmente estendidos aumentam
deve ter visibilidade da operação.
consideravelmente e mais ainda com os mesmos
Para que a tabela de carga “sobre patolas” seja totalmente retraídos em virtude da menor capacidade de
válida, todos os outriggers devem estar completamente estabilização.
abertos. Sempre que um ou mais outrigger não estiver
completamente aberto não poderemos utilizar a tabela de
carga com a abertura em 100% e deveremos utilizar a
tabela de carga “meia patola” ou “sobre pneus” conforme
o caso.
Quando manuseamos a carga no quadrante onde
o outrigger não está completamente aberto, a perda de
capacidade pode chegar a mais de 50%.
Antes de utilizar ‘meia patola”, é necessário
certificar-se de que existe uma tabela de carga fornecida
pelo fabricante para esta situação. Um outrigger aberto
parcialmente ou de maneira indevida pode causar tensões
em áreas não apropriadas da caixa de patola, resultando TOTALMENTE RECOLHIDA
FULL RETRACTION

em dano à mesma. PARCIALMENTE EXTENDIDA ("MEIA PATOLA")


Alguns fabricantes fornecem tabelas de carga INTERMEDIATE RETRACTION

para içamento com outriggers parcialmente estendidos. TOTALMENTE EXTENDIDA ("PATOLA 100% EXTENDIDA" / "PATOLA INTEIRA")
FULL RETRACTION

Quando isto ocorrer às instruções do fabricante devem


ser seguidas à risca, incluindo a “pinagem” do outrigger. Figura 7 - Posição dos Estabilizadores do Guindaste -
"Patolamento"

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Podemos ter as seguintes situações de


estabilização do guindaste:
- Sobre pneus;
- Estabilizadores totalmente retraídos;
- Estabilizadores totalmente estendidos;
- Estabilizadores intermediários estendidos.

A utilização de estabilizadores com extensão


menor que a completa pode ser essencial em espaços Figura 9 - Travas da Sapata
confinados. No entanto, o guindaste será
substancialmente menos estável. Quanto mais ampla a Se os cilindros verticais forem equipados com
posição do guindaste, mais distante o eixo basculante, pinos ou parafuso de trava, certifique-se de que eles estão
mais estável o guindaste. Alguns guindastes de esteiras aplicados.
têm a capacidade de estender suas esteiras e ampliar sua
posição para melhorar a estabilidade do guindaste ao
trabalhar nas laterais.

O guindaste deve ser “patolado” de modo que os


pneus estejam sem contato com o solo assegurando que
o eixo de tombamento esteja estabilizado e o chassis do
cavalo é utilizado para maximizar o contrapeso.

Figura 8 - Estabilização do Guindaste sem o contato dos


pneus.

Se essas condições não forem atendidas, as


tabelas de capacidade "sob pneus" devem ser utilizadas.
Se estiver trabalhando sob pneus, as
classificações da tabela de carga aplicam-se apenas
quando as pressões dos pneus estiverem em
conformidade com as especificações do fabricante e em
boas condições de utilização.

Assegure-se de que as travas da sapata estão


devidamente instaladas, caso contrário à mesma poderá
escorregar do cilindro vertical.

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4. USO DE DISTRIBUIDORES DE CARGA


SOB AS SAPATAS

CONDIÇÕES GERAIS

O peso combinado do Guindaste e Carga nunca


pode ser superior à taxa de resistência do terreno no qual
o guindaste irá trabalhar.
Sobre o solo que porventura possa sofrer
recalques, devem ser utilizados os distribuidores de
carga como “Mats” de modo a aumentar a distribuição
da carga aplicada nas patolas do guindaste.
A não utilização de distribuidores de carga sob
as patolas do guindaste podem acarretar grandes
concentrações de carga no solo com alto risco de
afundamento da mesma. Figura 12 - Afundamento da Sapata devido à alta concentração
de carga na Sapata do Guindaste

Figura 10 - Carga concentrada pela Sapata do Guindaste no


Solo sem a utilização de Distribuidor de Carga

Figura 13 - Afundamento da Sapata devido à alta concentração


de carga na Sapata do Guindaste

Figura 11 - Patolamento do Guindaste sem a utilização de


estruturas para distribuição de carga no solo. Maior
concentração da Carga e consequente elevação da pressão
exercida no solo.

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Figura 16 - Utilização de Distribuidor de Carga sobre as


Sapatas da Patola

Figura 14 - Afundamento da Sapata devido à alta concentração


de carga na Sapata do Guindaste

Figura 17 - Distribuição da Carga no solo em função da


utilização do Distribuidor de Carga garantindo menor
concentração da carga.

É necessário assegurar-se que o calçamento está


nivelado e que a sapata está a 90º em relação ao cilindro
vertical.

Figura 15 - Afundamento da Sapata devido à alta concentração


de carga na Sapata do Guindaste

Os Distribuidores de carga permitem que o peso


do guindaste e a carga aplicada por cada uma das sapatas
sejam distribuídos no solo por uma área maior,
diminuindo a pressão e concorrendo para uma maior
segurança quanto à recalques indesejados durante uma
operação de içamento.
“Mats” devem ser usados sob todas as patolas.

Figura 18 - Nivelamento correto do calçamento.

O calçamento deve ser sempre colocado sob as


sapatas das patolas e nunca sob as vigas do “outrigger”.
As vigas não estão projetadas para suportar esta carga, e
o guindaste perde a estabilidade.

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Figura 19 - Estabilização sob as vigas do Outrigger NÃO é


correta.

Figura 21 - Apoio Total da Superfície a Sapata

Figura 20 –Pressão exercida no solo minimizada com uso de


distribuidores de Carga (“Mats”, dormentes, chapas de aço,
etc.)

Será necessário utilizar um calçamento cujo


material tenha capacidade de resistir a choques,
dobramentos e cisalhamento.
O calçamento deve ser também resistente o
suficiente para vencer pequenos vãos no solo bem como
suportar o peso do guindaste e da carga.
Encontramos em diversos procedimentos de
empresas instruções referentes à Área mínima de
calçamento da sapata do guindaste onde estipulam que o Figura 22 - Apoio incorreto - a Superfície da Sapata NÃO está
calçamento deve ter 03 (três) vezes a área da sapata, mas totalmente apoiada em sua superfície
essa é uma referência que muitas vezes pode estar em
desacordo com capacidade de suporte do solo.
Quando utilizamos uma “fogueira” de
Para um apoio adequado, a sapata do guindaste calçamento de modo a elevar o nível da sapata, é
deve estar toda apoiada em sua superfície. necessário certificar-se de que o empilhamento dos
dormentes ou “Mats” está em condição estável afim de
evitar o deslizamento/desmoronamento.

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TIPOS DE DISTRIBUIDORES DE CARGA


COMUMENTE UTILIZADOS

Dormentes podem ser utilizados para aumento


da área de distribuição de carga. São muito utilizados em
guindastes de pequeno porte.
“Mats”: é um acessório bastante utilizado sob as
patolas de guindastes de médio e grande portes uma vez
que se tratam de estruturas compostas com maior
capacidade de carga e distribuição. Podem ser
construídos com dormentes de madeira ou a partir de
estruturas metálicas.
Geralmente são construídos com uma junção de
dormentes e podem ser compostos em sua construção
Figura 25 - Patolamento sobre "Mats" de Aço para distribuição
com materiais de aço como barras e chapas de aço. de carga no solo.
Os “Mats” permitem que o peso do guindaste e a
carga sejam distribuídos por uma área maior. “Mats” Chapas de Aço – Também podem ser utilizadas
devem ser usados sob todas as patolas. sob mats de modo a aumentar a área de distribuição de
carga no solo.

Figura 23 - Sapata do Guindaste posicionada sobre Mats de


Madeira para distribuição de carga no solo.
Figura 26 - Ex. de Distribuição de Carga no solo com a
combinação de acessórios sob a sapata do guindaste.

Figura 24 - Patolamento sobre "Mats" de Madeira para Figura 27 - Patolamento sobre Estrutura para distribuição de
distribuição de carga no solo. carga no solo com placas de concreto, chapas de aço e
dormentes sob as sapatas do guindaste.

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A utilização de estruturas para dissipação da


pressão exercida no solo deve ser utilizada sob as
sapadas e devem ser estáveis e rígidas, com área
suficiente para distribuição adequada da carga e também
devem ser totalmente apoiadas.

IÇAMENTO SEM A UTILIZAÇÃO DOS


OUTRIGGERS

A menos que seja absolutamente necessário, içar


enquanto o guindaste estiver estabilizado sobre pneus
deve ser uma situação a ser evitada.
Os riscos associados à desestabilização do
conjunto são muito inferiores quando comparado à
situação com a utilização dos “Outriggers” e com o
agravante de que o guindaste não pode ser nivelado.
Entretanto, quando houver
necessidade de trabalhar sobre pneus, as
instruções de operação por parte do
fabricante devem ser seguidas além de
algumas dicas que propomos a seguir:
 Os freios do cavalo devem estar acionados;
 Os cilindros trava dos eixos devem estar funcionando
adequadamente;
 A área de trabalho deve ser firme e nivelada;
 Os pneus devem ser do tipo adequado a este tipo de
operação e devem estar em boas condições.
 As pressões dos pneus estão de acordo com as
especificações do fabricante;
 Não devem ser utilizados Jibs e seções manuais;
 Lembre-se de que as deflexões dos pneus e da lança
são fatores que reduzem a capacidade do guindaste e
o modo de operação deve estar de acordo com estes
requisitos.

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5. NIVELAMENTO DO GUINDASTE INFLUÊNCIAS DEVIDO AO DESNIVELAMENTO

Lembre-se sempre: Numa condição de desnível, o cabo de carga


As tabelas de carga dos fabricantes de guindastes deverá se deslocar ou para frente ou lateralmente criando
são baseadas no fato de que o Guindaste irá operar uma condição perigosa de tombamento e/ou Carga
nivelado e, portanto, o nivelamento do Guindaste é de Lateral.
vital importância para a segurança da operação de
içamento.

As Tabelas de Cargas dos Guindastes CONDIÇÃO DE TOMBAMENTO


serão válidas somente quando os ou CARGA LATERAL

mesmos estiverem NIVELADOS.

CG GUINDASTE
NIVELAMENTO MANUAL
CG CARGA
A verificação do nivelamento do Guindaste
poderá ser realizada de forma manual, utilizando-se de
ferramentas como Nível bolha (Nível de Carpinteiro) na
região o mais próximo da lança para maior precisão.
É importante testar o nivelamento do Guindaste Eixo de Tombamento
Deslocamento da Linha de Carga
com posições diferentes de lança (Giro) bem como
verificar o nivelamento de forma regular durante as Figura 29 - Condição de Aumento de Raio ou Carga Lateral
operações de içamento. devido ao desnivelamento do Guindaste
O nivelamento preciso do guindaste é
particularmente importante quando o guindaste estiver Em declive sobre pneu também criamos uma
posicionado em local com desnível entra as patolas. condição de desnivelamento do Guindaste aumentando o
raio de operação e consequente redução da capacidade.

a
a

Figura 28 - Utilização de Nível "Bolha" para verificação do


nivelamento do Guindaste nas posições Transversal e
Longitudinal Figura 30 - Aumento de Raio devido ao desnivelamento do
Guindaste trabalhando sobre pneus.

Quando trabalhamos com guindastes sobre


Esteiras ou sobre pneus deveremos ter um cuidado

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especial com o nivelamento do terreno pois o Guindaste


estará nivelado de acordo com o nivelamento do terreno.
Para algumas tabelas é possível verificar a perda
de capacidade em função do desnivelamento do
Guindaste onde podemos chegar a uma perda de
Capacidade de até 50%.
A tabela a seguir mostra a redução de capacidade
de um guindaste específico com lança treliçada.
Essas informações podem ser obtidas nos
manuais de cada fabricante de guindaste.
Capacidade perdida quando fora de nível
Comprimento de Lança e
Raio 1° 2° 3°

Lança Curta Raio Curto 10% 20% 30%


Lança Curta Raio Longo 8% 15% 20%
Lança longa Raio Curto 30% 41% 50%
Lança longa Raio Longo 5% 10% 15% Figura 31 - Afundamento da Patola do Guindaste em função
da baixa capacidade de suporte em relação às cargas
Tabela 1 - Redução de Capacidade devido ao desnivelamento produzidas pela patola do guindaste.

RISCOS ASSOCIADOS AO RECALQUE DO


SOLO

A questão da falta de Resistência do Solo é uma


das principais Causas de acidentes com guindastes.
Durante um içamento, as cargas envolvidas
podem ser um fator importante na Análise do Içamento
bem como nas Avaliações de Risco e Ações tomadas
para a eliminação dos mesmos.
Ignorar uma Avaliação de Risco pode levar a
acidentes de grandes proporções.
O planejamento de Rigging deve conter
informações com relação às cargas envolvidas no
içamento para que os responsáveis possam avaliar as
medidas necessárias para uma operação segura com
relação à Resistência do Solo. Figura 32 - - Afundamento da Patola do Guindaste em função
Mostramos a seguir alguns casos de acidentes da baixa capacidade de suporte em relação às cargas
produzidas pela patola do guindaste.
ocorridos em função do Recalque do solo envolvendo
guindastes de grande porte.

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PATOLAMENTO SOBRE TERRENOS


PERIGOSOS

Patolamento em proximidades de Construções

Terrenos próximos a construções geralmente não


possuem compactação adequada e o terreno ao redor, em
geral, é aterro de preenchimento apresentando pouca
resistência a cargas concentradas.

Figura 34 – Diretriz para o Patolamento do Guindaste em Área


de Perigo como Taludes.

Figura 35 - Queda do Guindaste patolado em Talude devido


ao recalque do solo.

Figura 33 - Patolamento nas proximidades de construções

Patolamento em Taludes

Mesmo quando o “Patolamento” for


dimensionado corretamente, é preciso ter cuidado para
que os estabilizadores não estejam posições perigosas
como taludes.
A figura a seguir fornece uma sugestão de
diretriz para o posicionamento, para que a estabilidade
não seja comprometida mas devem ser evitados sempre
que possível estes locais próximos a aterros, barrancos e
Figura 36 - Queda do Guindaste patolado em Talude devido
margem de rios. ao recalque do solo.

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Patolamento sobre tubulações enterradas Desestabilização do Guindaste

Perigos “ocultos” como tubulação enterrada,


dutos, envelopes, tanques, etc podem ser muito perigosos
quando o posicionamento do guindaste seja realizado
sobre estes pois a vibração e os pesos do guindaste e da
carga podem fazer com que estes elementos se rompam
causando uma condição de recalque e consequente
tombamento do conjunto.

Recalque do Solo

Quebra da Tubulação

Tubulação sob o guindaste

Figura 39 - Perigo de patolamento sobre Tubulações abaixo da


Figura 37 - Patolamento do Guindaste sobre Envelope Elétrico superfície do solo.
de alvenaria abaixo da superfície.

Figura 40 - Ruptura de Tubulação de água abaixo do solo


Figura 38 - Patolamento do Guindaste sobre Envelope Elétrico durante a passagem de Guindaste sobre esteiras de grande
de alvenaria abaixo da superfície. porte na superfície.

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Patolamento sobre Estruturas

Sempre que o operador de guindaste ou


supervisor de movimentação de carga encontrar a
necessidade de posicionar o guindaste dentro de uma
“Área de perigo” uma consideração adicional de
engenharia deve ser dada ao caso antes de posicionar o
guindaste nessas áreas.
Sobre estruturas é essencial posicionar o
guindaste em zonas de risco somente após avaliação de
engenharia realizada por um engenheiro/empresa
competente.
Tais considerações também se aplicam a
guindastes sobre esteiras, guindastes telescópicos
Figura 43 - Acidente com Guindaste posicionado sobre
montados em caminhão ou qualquer outro. Estrutura de Lage que não suportou o peso do Guindaste

Figura 41 - Patolamento de Guindaste sobre Estruturas Figura 44 – (1) Acidente com Guindaste posicionado sobre
Estrutura de Lage que não suportou o peso do Guindaste

Figura 42 - Acidente com Guindaste posicionado sobre


Figura 45 – (1) Acidente com Guindaste posicionado sobre
Estrutura de Lage que não suportou o peso do Guindaste1
Estrutura de Lage que não suportou o peso do Guindaste

1
Fontes: News - 26 Sep 2008, NSW Fire Brigades e News - 06 Oct 2008

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6. DIMENSIONAMENTO DAS BASES PARA Onde:


O GUINDASTE & CORRETA ESTABILIZAÇÃO
CBE - Carga Bruta Estática;
CÁLCULO DA CARGA EXERCIDA PELAS RO - Raio de Operação;
PATOLAS DO GUINDASTE RS - Raio da sapata mais próxima;
PG - Peso do Guindaste;
É importante ressaltar no planejamento de CAD - Contrapeso adicional.
Rigging as cargas máximas exercidas pelas patolas do
guindaste durante o içamento. O método acima é uma determinação
Tais informações devem vir acompanhadas de conservadora que pode superar em até 20 % os valores
como essas cargas irão atuar sobre o solo em que o reais e será certamente uma referência válida para
guindaste ficará posicionado no instante do içamento. determinação da área dos suportes sob a sapata, em
As cargas aplicadas pelas Sapatas do guindaste função da resistência do solo.
concentram toda a carga do equipamento a ser içado mais
as cargas do próprio guindaste e geralmente tem um
valor considerado alto em relação à resistência do solo
onde irá atuar e podem ter elevado risco à segurança da
operação uma vez que essas cargas se concentram
pontualmente sobre as sapatas (Ponto de sustentação do
conjunto junto ao solo).
A verificação das cargas exercidas pelas patolas
do guindaste podem ser calculadas de acordo com a
configuração do içamento em questão e darão uma ideia
do risco quando comparadas à situação do solo onde o
guindaste irá atuar.

Outra metodologia de Cálculo manual, com base


no Centro de Gravidade do Equipamento e da Carga,
pode ser aplicada:

Para o cálculo da carga máxima aplicada numa


patola será necessário conhecer:

o Peso próprio do Guindaste (centro de gravidade


relativo ao peso próprio do guindaste);
o Peso da Carga Total a ser içada (o centro de
gravidade relativo ao peso da carga);
o Peso da lança (centro de gravidade relativo ao
peso da lança);
Figura 46 - Risco de Recalque do solo por influência da carga o Raio Máximo de Operação do Guindaste.
exercida nas patolas do guindaste durante o içamento de
Carga

Um método simples para obtenção da Carga


Máxima na Sapata (CMS) pode ser determinada pela
equação abaixo:

CMS = ( CBE x RO) / RS + (PG + CAD) / 4

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∑ 𝑀𝐸𝑖𝑥𝑜 𝑇𝑜𝑚𝑏𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0

𝑪𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑮𝒖𝒊𝒏𝒅𝒂𝒔𝒕𝒆 × (𝑳𝟏 + 𝑳𝟐)


CG Lança > 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂𝑰ç𝒂𝒅𝒂 × (𝑹 − 𝑳𝟐)
+ 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂𝑳𝒂𝒏ç𝒂 × 𝑳𝟑

Para efeito de Cálculo, podemos considerar que a maior


carga aplicada sobre uma das patolas do guindaste nunca
CG GUINDASTE excederá a carga total do conjunto:
CG CARGA

L3 𝐹 ≤ 𝑪𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑮𝒖𝒊𝒏𝒅𝒂𝒔𝒕𝒆 + 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂𝑰ç𝒂𝒅𝒂 + 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂𝑳𝒂𝒏ç𝒂


Carga
Patola

Mas, para o caso do içamento em questão poderemos


Eixo da Patola Traseira
considerar:
Eixo de Tombamento

L4 L1 L2
R
∑ 𝑀𝐸𝑖𝑥𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑜𝑙𝑎 𝑇𝑟𝑎𝑠𝑒𝑖𝑟𝑎 = 0
CG GUINDASTE
L4

R
Carga O guindaste nunca será utilizado na sua
Patola
L1

CG Lança capacidade máxima levando em consideração ao


L3

tombamento, as normas Europeias DIN/Isso determinam


L2

que limite é 75% da capacidade máxima, as Normas


Americanas ASME B 30.5 define o limite de 85% da
carga,
CG CARGA

As cargas sobre as patolas do guindaste também


Onde: podem ser obtidas através dos softwares de cálculo
disponibilizadas pelo fabricante, utilizando a própria
L1= Distancia do CG do guindaste até o centro de giro metodologia adotada por cada fabricante dos
do guindaste; equipamentos ou utilizando os métodos de cálculo acima
L2= Distancia as Sapata da patola sob a lança até o centro mencionados que concorrem a favor da segurança.
de Giro do Guindaste; Mostramos abaixo alguns exemplos de Cargas
L3= Distancia do CG da Lança até a sapata que esta obtidas através de softwares fornecidos pelo fabricante
comprimindo o solo; do Guindaste:
L4 = Distância do CG do guindaste até a Sapata da Patola
atrás da lança do guindaste;
F = Força de compressão atuando sobre a sapata

Considerando que a lança do guindaste esteja


posicionada sobre uma das patolas poderemos verificar a
carga máxima de içamento:

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Figura 48 - Base de Madeira (Dormentes) sob as Sapatas da


Patola

Ao preparar o patolamento do guindaste


devemos ter um planejamento detalhado (Plano de
Rigging) com especificações de capacidade do solo que
Figura 47 - Imagem retirada do Software LICCON V 6.12 - permitem definir os distribuidores adequados para o
Guindaste LTM 1500 8.1 – (LIEBHERR) patolamento do guindaste.
Os dados da base de apoio do guindaste
(Distribuidores de Carga) devem estar detalhados no
ÁREA NECESSÁRIA X CAPACIDADE DO SOLO plano de rigging.
Entre os dados da operação, devem estar
Medidas importantes de mitigação de riscos incluídos os dados da base de apoio para suportar o peso
devem ser tomadas a partir das informações de carga e do guindaste e da carga.
resistência do solo para minimizar os riscos aos limites
de resistência do solo.
Na grande maioria muitos casos, a capacidade de
CÁLCULO DA PRESSÃO EXERCIDA NO SOLO
carga do solo será bem menor que a máxima carga
atuante na sapata do guindaste e, portanto, haverá
A pressão exercida no solo será a razão da Carga
necessidade de utilização de distribuidores de carga com
Máxima atuante na patola do Guindaste pela área útil de
área suficiente para dissipar a carga proveniente das
atuação do distribuidor de carga.
sapatas do guindaste diminuído a pressão exercida no
mesmo.
O dimensionamento dos distribuidores de carga
de forma a aumentar a Área de atuação e diminuir a
concentração de carga pontual devem ser estudados e
praticados.
Para calcular a área necessária de patolamento
necessitamos dividir a carga aplicada pela patola do
guindaste “F” pela capacidade de rolamento do solo
obtendo assim a área necessária em relação à capacidade
de rolamento do solo.
É necessário que a informação de capacidade do
solo seja confiável, informada principalmente por
pessoal técnico qualificado baseado em critérios e testes
realizados pois a segurança envolvida nessas operações
depende destes fatores.

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7. RISCOS ASSOCIADOS AO RECALQUE


DO SOLO DURANTE UMA OPERAÇÃO COM
GUINDASTE

CASOS DE ACIDENTES DEVIDO AO


RECALQUE DO SOLO

A questão da falta de Resistência do Solo é uma


das principais Causas de acidentes com guindastes.
Durante um içamento, as cargas envolvidas
podem ser um fator importante na Análise do Içamento
bem como nas Avaliações de Risco e Ações tomadas
para a eliminação dos mesmos.
Ignorar uma Avaliação de Risco pode levar a
acidentes de grandes proporções.
Mostramos aqui alguns casos de acidentes
Figura 50 - Afundamento da Patola e consequente
ocorridos em função do Recalque do solo envolvendo
tombamento do guindaste durante operação de içamento
guindastes de grande porte.

Figura 51 - Afundamento da Patola do Guindaste em função


Figura 49 - Afundamento da Patola do Guindaste em função da baixa capacidade de suporte em relação às cargas
da baixa capacidade de suporte em relação às cargas produzidas pela patola do guindaste.
produzidas pela patola do guindaste.

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UTILIZAÇÃO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS

Figura 52 - Patolamento do Guindaste sobre Lage sem suporte


de carga para o Guindaste

MEDIDAS PREVENTIVAS Figura 54 - Estaqueamento no local para posicionamento do


Guindaste de Grande Porte em Usina Petrolífera

Os planos de Rigging devem trazer informações


com relação às cargas envolvidas no içamento para que
os responsáveis possam avaliar as medidas necessárias
para uma operação segura com relação à Resistência do
Solo.
Em alguns casos, somente a utilização de
acessórios sob as patolas dos guindastes pode não ser
suficiente para uma operação segura.
A Capacidade portante do Solo é um problema
típico de fundação direta e deve ser analisada pelos
projetistas de fundação e geotecnia.
Dependendo da condição das camadas menos
resistentes é preciso uma intervenção no mesmo de modo
a adequar às condições do içamento.
Figura 55 - Terreno preparado com estaqueamento e chapas
SUBSTITUIÇÃO DE SOLO de aço para posicionamento do guindaste de grande porte

ENSAIOS PARA MAPEAMENTO DO SOLO

A Primeira etapa do processo construtivo,


a sondagem do solo é procedimento técnico vital em
qualquer tipo de obra. Do ponto de vista técnico, sempre
há alternativas para contornar possíveis problemas
localizados pela sondagem.
Com a sondagem do solo, é possível conhecer as
características do terreno, como a espessura das camadas
que o compõe bem como sua resistência.
O projetista de Rigging, assim como os
responsáveis pela operação devem ter o conhecimento
Figura 53 - Exemplo de preparação do Solo para recebimento sobre o que existe abaixo do solo de forma a ter o
de guindaste de grande porte em Usina Petrolífera

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dimensionamento do patolamento do guindaste RECOMENDAÇÕES AO OPERADOR DO


calculado de maneira correta. GUINDASTE
Regida pela norma ABNT NBR 6484,
a sondagem à percussão com ensaio SPT (Standard Antes e durante as operações de içamento, a
Penetration Test) – para simples reconhecimento – é a pessoa que estiver responsável pelo levantamento deve
alternativa mais utilizada para investigação de solos no assegurar-se que:
Brasil. O ensaio é executado enterrando um amostrador - O Guindaste’ está nivelado, bloqueado
padrão no terreno, através do uso de martelo. Para cada (esteira);
metro de profundidade que o equipamento atinge, é - A carga está bem presa e balanceada na
informada qual a resistência da camada de subsolo. lingada ou acessório de içamento;
Se durante o processo forem encontrados - A área de operação está livre de obstruções
pedaços de rochas, torna-se necessário realizar outro tipo e pessoal;
de ensaio, a sondagem rotativa. Para esse trabalho, - Todas as pessoas estão fora do raio de giro.
utiliza-se uma coroa de diamante na ponta da tubulação
para perfurar as pedras e permitir a passagem dos O operador nunca deve manter-se atento
equipamentos. Esse teste permite determinar apenas a enquanto estiver operando o guindaste. Sua segurança e
qualidade de rocha. Para conhecer a resistência do a segurança dos envolvidos dependem de sua constante
minério, uma amostra deve ser retirada e enviada para atenção no trabalho.
verificação em laboratório.
Há outros ensaios complementares que podem Andando com o guindaste
detalhar ainda mais as características do solo,
determinando, por exemplo, a exata resistência do Antes de transladar na obra com a carga içada,
terreno. Entre as análises extras estão o ensaio de designe uma pessoa para acompanhar a operação.
penetração de cone (CPT) e o ensaio com dilatômetro de São ítens a considerar nas operações de andar
Marchetti (DMT). com carga (pick and carry).
- Redução na tabela de carga;
- Comprimento e posição da lança;
- Carga próxima ao chassi e ao chão;
- Condição do solo no caminho a ser
percorrido;
- Velocidade de deslocamento.
- Pressão e estado dos pneus;
- Evite planos inclinados.

Antes de andar num aclive, certifique-se de que a


lança está suficientemente abaixada para que não haja
tombamento para trás.
Para evitar que o guindaste “tombe” para frente num
declive, a lança deve ser erguida.
Quando o guindaste for trafegar de uma obra para
outra certifique-se:
- A lança está em posição de viagem;
- O freio do giro está engatado e o upper
pinado;
- O moitão está preso.
Figura 56 - Sondagem a Percussão

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8. GERENCIAMENTO DE RISCOS
NOTA: Este artigo NÃO se destina a fornecer o
Nesta seção vimos a importância de um bom treinamento necessário para operadores ou qualquer
gerenciamento de Riscos a iniciar por um bom plano de pessoa responsável por içar e manipular cargas com a
Rigging onde informações relevantes com relação a utilização de guindaste. É necessário treinamento
aplicação das cargas no solo irão delinear uma série de específico para o trabalho para garantir que os
ações de mitigação de riscos por pessoas capacitadas. operadores estejam qualificados para operar guindastes.
A estabilidade de um guindaste e as reações Muitas empresas não possuem, nos seus
exercidas nos estabilizadores do conjunto Guindaste + procedimentos internos, uma política de que especifique
Carga, devido aos esforços do equipamento, são os os procedimentos e responsabilidades em relação à
fatores que determinam a segurança no içamento de movimentação de cargas com guindastes.
cargas. O maior desafio a ser superado nas operações É razoável que as empresas tenham um
com movimentação de cargas é a instabilidade e, procedimento interno que definam as diretrizes de
considerando a existência de vidas humanas durante uma movimentação de cargas com guindastes por escrito
operação, qualquer erro é inadmissível. Visando instalar incluindo políticas, procedimentos e regras. Cabe aos
o guindaste em conformidade com as normas vigentes, é gerentes implementarem as políticas e procedimentos
necessário a elaboração de cálculos de estabilidade, estabelecidos de forma a contingenciar os riscos quanto
carga nas patolas e verificação do terreno onde o a possíveis acidentes, prejuízos e responsabilidades.
guindaste irá trabalhar. As empresas do setor devem garantir que os
Todas as fases do içamento em questão devem responsáveis pelo planejamento e execução das
ser analisadas bem como o devido planejamento. operações com guindastes tenham as ferramentas e
Em situações normais a área da engenharia informações necessárias para assumir suas
permite que sejam, por meio de estudos, análises, responsabilidades. Se não houver um plano para garantir
cálculos e testes, determinadas as condições de operação que eles tenham o que precisam e saibam o que devem
de máquinas e estruturas, assim como determinar as fazer, geralmente são deixados em uma posição em que
limitações de cada componente. A capacidade de antever podem cometer erros. Esses erros geralmente resultam
os riscos é uma das mais importantes atribuições do em ineficiência, perda de lucros e, do ponto de vista de
Engenheiro Mecânico e o diferencial de um bom projeto. segurança, acidentes e lesões ou doenças relacionadas ao
A correta interpretação das Tabelas de Carga trabalho.
fornecidas pelo fabricante do Guindaste e o respeito às Para, praticamente, todos os projetos de
suas orientações de segurança são de vital importância construção há exigências grandes de movimentação de
para uma operação de içamento segura. cargas, seja movimentação vertical (içamentos), ou
Nesta seção entendemos os conceitos das cargas horizontal (transporte) de materiais pesados, e é por isso
aplicadas no solo, os procedimentos e os cuidados que os guindastes desempenham um papel importante e
necessários para uma boa estabilização do guindaste no significativo no desenvolvimento de determinados
local de trabalho. projetos.
Um planejamento cuidadoso é essencial para o As condições do canteiro de obras e a área de
desempenho seguro e eficiente de qualquer atividade que operação também influenciam o tipo de guindaste que
envolva a movimentação e içamento de cargas com a você deve seguir bem como os cuidados necessários para
utilização do Guindaste. uma boa estabilização dos mesmos nos mais variados
O trabalho de gestão de riscos é a garantia de que locais de trabalho. Compreender as condições do solo,
o resultado final de cada operação terá um nível de fornecerá ótimas informações sobre como proceder de
desempenho adequado e a certeza da satisfação de uma maneira eficiente quanto à estabilização segura dos
tarefa bem executada. guindastes.
Essa breve explanação a respeito do Patolamento
de Guindastes tem como objetivo fornecer aos
operadores, riggers e gerentes um entendimento mínimo
dos cuidados e procedimentos para uma boa
estabilização do Guindaste no local de trabalho.

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