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Manual de Guindastes

(Crane Handbook)

Compilado por:
D. E. Dickie, P. Eng.
Associação de Segurança de Construção de Ontário - Canadá

Uma publicação da Associação de Segurança de Construção de Ontário - Canadá

Piratuba – SC.
Outubro de 2000
Coordenação:
Engº JOSÉ FRANCISCO BUCCO

Colaboração:
Sr. WILSON VITAL MODESTO
Sr. FRANCISO WEYNE GONÇALVES

Tradução, Editoração Eletrônica e Adaptações:


TAMAS HARSANY
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PREFÁCIO

O fato da construção ter se tornando mais eficiente no decorrer dos anos em parte se
deve a utilização de guindastes, maiores e melhores. Os mesmos foram aperfeiçoados,
tornaram-se mais avançados, mas esses melhoramentos cobraram um custo muito alto em
termos de acidentes.

Em termos de fatalidades em obras, guindastes e equipamentos de içamento, um


quarto das ocorrências, acontecerem, anualmente, na província de Ontário. Não existe
equipamento de construção, representando maior potencial de perigo, causando danos
pessoais e materiais do que os guindastes.

O número crescente de perdas de vidas humanas e de equipamentos indicaram a


necessidade imediata de voltar as atenções as ações preventivas para esse tipo de
equipamento. A situação é séria, devemos conhecer e pôr em prática imediatamente os
fundamentos de segurança.

Esse manual tem o propósito de identificar e descrever os requisitos mínimos de


segurança, diretrizes e procedimentos. Deve ser utilizado como guia, junto com as normas
de segurança aplicáveis, por construtoras, proprietários de guindastes, supervisores,
operadores e demais elementos que estão sendo responsáveis pela segurança da obra.

Esse texto foi endossado pelas autoridades trabalhistas e pelos envolvidos com o
gerenciamento, tem sido considerado como um “Documento de Acordo”. O Comitê de
Segurança de Trabalho da Província (composto pelos membros do Conselho Comercial de
Construção e Edificações da Província de Ontário e lideranças da indústria de construção
civil) trabalhou em conjunto com os Comitês Regionais de Segurança e Trabalho em sua
revisão e aprovação.

Oferecendo esse manual, a Associação de Segurança de Construção espera ter


contribuído para a compreensão ampliada sobre guindastes. A intenção é que esse guia de
trabalho seja utilizada para o treinamento do pessoal envolvido com guindastes e que seja
incluída nas instruções de trabalho para utilização segura de guindastes.

Tendo em vista a grande variedade de tipos e da maneira de utilizar guindastes, as


recomendações são formalizadas de maneira genérica e tem natureza de alerta, servindo de
complemento para as recomendações e requisitos dos fabricantes, que devem ser sempre
respeitadas.

A Associação de Segurança de Construção de Ontário deseja agradecer a todos que


a ajudaram no preparo desse trabalho. Agradecimentos especiais as entidades abaixo
mencionadas pela sua colaboração e apoio:

• Os maiores fabricantes de guindastes e seus distribuidores.


• Aos Comitês de Associação Normas de Guindastes de Torres e Móveis da Canada.
• Ao Comitê de Segurança de Guindastes da Província de Ontário.
• A Associação das Locadoras de Guindastes de Ontário.
• A Associação de Andaimes, Guindastes e Içamento de Ontário.
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• M. L. Baxter Ltda. Equipamentos.
• Capital Equipments Ltd.
• Construction Equipment Co.
• Contractors Machinery & Equipment Ltd.
• Equipment Sales & Service (1968) Ltd.
• Fedquip Inc.
• K. B. Kroll A/S.
• Maur Equipment Ltd.
• Ontario Equipment Ltd.
• Pecco Canada Ltd.
• Sheridan Equipment Ltd.
• Aos cavalheiros J. F. Kennedy; W. W. Lippett e H. Ingham, engenheiros da International
Union of Operating.

• Aos cavalheiros R. B. Martin; D. H. Campbell engenheiros do Ontario Hydro.


• Sr. A. D. McClynch da Junta de Trabalhadores de British Columbia.
• Sr. R. Thune da FMC Corporation

Associação de Segurança de Construção de Ontário - Canadá


INTRODUÇÃO

Desde que assumi a responsabilidade, pela operação de guindastes nas


obras da UHE Machadinho, tornou–se para mim, de suma importância, fazer
algo que pudesse capacitar mais e melhor, as pessoas que trabalham nesta
atividade tão importante e diria até ponto perigosa.

Busquei para isto informações, idéias e sugestões, que pudessem


agregar alguma mudança nesta atividade.

Desta vontade, e com o apoio de vários amigos e colaboradores, nasceu


este manual, que espero ser de grande valia, aos operadores e encarregados,
que constróem as grandes obras de nosso Pais.

Engº José Francisco M. Bucco


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PARTE 1
GUINDASTES
MÓVEIS
5
CAPÍTULO 1

REQUISITOS PARA ESCOLHA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

ESCOLHA DE MÁQUINAS

Um dos requisitos básicos de um programa de segurança para guindastes é a


seleção da máquina que melhor atende a necessidade da obra. Se as características
básicas da máquina não se enquadrem nos requisitos da obra, já criamos uma condição
insegura antes de iniciarmos os serviços. O pessoal do campo se vê forçado a improvisar,
em atmosfera de pressa e dessa combinação resultam os acidentes.

Não se deve escolher uma máquina, numa obra, enquanto não foram estudadas, seu
tamanho e características, levando em conta:

O guindaste deve ser


ajustado para os
pesos, dimensões e
raio de carga

Fig. 1.1 – O Guindaste deve ser adequadamente ajustado para o serviço


6
• Os pesos, dimensões e raios da carga maior e mais pesada a ser manuseada (Fig. 1.1)
• A altura e raio máximo de içamento e o peso das cargas a serem manuseadas. (H e R . .)
• O número de içamentos a serem executados e com que freqüência.
• O tipo de içamento e a precisão da descarga, tipo de carreteiro necessário. Isso
dependerá das condições do terreno e da capacidade da máquina em seus quadrantes
operacionais. A capacidade máxima é normalmente sobre a parte traseira da carreteira e
vai decrescendo na medida que a lança gira para os lados. A maioria dos guindastes não
são projetados para içar sobre a parte frontal e essa operação deve ser evitada exceto
no caso das capacidades serem fornecidas pelo fabricante. Se deve ou não ser
movimentada a máquina com as cargas. Se deve ser mantida suspensa a carga por
período prolongado.

• Condições locais, incluindo as condições do terreno onde a máquina será instalada.


Pistas e rampas de acesso nos quais a máquina deverá trafegar e o espaço disponível
para a montagem, operação e desmontagem. Obstáculos que podem interferir com a
operação.

• Disponibilidade de manutenção e custo unitário.


• Custos operacionais, como a montagem, desmontagem, transporte do e para o local e
eventuais alterações de comprimento da lança.

É recomendável que a máquina escolhida seja:

• Capaz de executar todos os içamentos com a sua configuração padrão. A máquina e


sua lança devem ter comprimento e capacidade para executar as tarefas previstas e
devem ter lança auxiliar, polias e contrapeso extra, de reserva, para situações
inesperadas (Fig. 1.2).

• Ter ao menos uma margem de capacidade de carga de 5% em cada içamento.


• Ter extrema mobilidade e orientabilidade com um mínimo de oscilação.
• Ter espaço suficiente entre a carga e a lança, e entre a carga e a cabeamento
necessário para o içamento (Fig. 1.3)

A escolha do guindaste ou guindastes para qualquer obra deve ser feita após o
exame meticuloso de todos os fatores envolventes. Ao alugarmos guindaste, devemos
expor todas as nossas necessidades a empresa locadora.

Ao fazer a escolha do equipamento, a locadora deve garantir que o equipamento


será seguro e utilizável durante o período de uso sob as condições que será exposta.
Nada poderá ser feito em forma experimental, as diretrizes expostas nessa seção são
destinadas a simplificar o processo, sem passarem despercebidas as situações críticas.

A responsabilidade da escolha de equipamento, significa ter o equipamento que não


só faça o serviço de maneira rápida e econômica, mas também devemos atentar para
eliminar as possibilidades de danos físicos ao pessoal envolvido no campo, ao público, bem
como evitar danos materiais.
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Não é necessário É necessário

Não use contrabalança


exceto na necessidade
aumentar a altura do
gancho, acima do bico

o içamento
deve ser feito
pelo bico da
lança

As lanças auxiliares não devem ser As lanças auxiliares são utilizadas


utilizadas para o aumento de raio para aumentar a altura
Fig. 1.2

Deixar
espaço
suficiente

Deixar espaço
suficiente

Fig. 1.3 - Deixar espaço suficiente nas áreas indicadas !


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Algumas considerações e requisitos são aplicáveis a todos os guindastes. Esses requisitos
podem ser especificados na compra de um equipamento ou definidos nos acordos de
leasing, podendo servir como guia para os superintendentes e proprietários.

A locação de equipamentos deve ser feita sempre através de empresas de reputação


reconhecida e de equipamentos de perfeitas condições de trabalho.

É importante de nos lembrarmos, que os guindastes de mesmo número de modelo


nem sempre tem a mesma capacidade de carga, mas a capacidade certa pode ser
descoberta pelo número de série, se consultarmos o fabricante. Se a carga a ser içada
estiver perto do limite de capacidade do equipamento, devemos consultar o fabricante,
fornecendo o número de série, marca e modelo do guindaste, para obtermos informações
precisas.

Mudanças de contrapeso e tipos de membros de lança podem ter sido introduzidos no


guindaste, assim antes do inicio da utilização devem ser verificados esses detalhes, pois
essas alterações afetam dados constantes na tabela de cargas.

REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS


Um dos primeiros requisitos para um programa de segurança de guindastes é verificar
se todos os equipamentos da máquina estão disponíveis e se estão em condições perfeitas
de trabalho. Se a máquina foi projetada, fabricada, inspecionada, testada e sua
manutenção em dia, conforme a Associação Canadense Normas – Código Z150 – para
Guindastes Móveis, isso é uma garantia adequada que todas as exigências, estaduais e
federais, estão satisfeitas. Se alguma coisa, partes ou informações faltarem, é
responsabilidade do proprietário de providenciar
e nos fornecer.

Identificação

Todos os guindastes móveis e a carreteira


devem ter placas de identificação permanentes,
Mod:.................
indicando o nome do fabricante, número de serie, N°série:............
Ano:..................
modelo, ano da 1ª venda e o peso da máquina.
Os componentes removíveis, as patolas,
contrapesos, seções da lança e dos auxiliares,
também devem ter identificação em cada peça,
permitindo a verificação se realmente são da
máquina que acompanham. É extremamente
importante que as máquinas utilizem as peças
próprias, projetadas para elas mesmo.
Os pontos de identificação estão
mostradas na ilustração ao lado (Fig. 1.4)

Fig. 1.4 – Todos os componentes


removíveis devem ser identificados
no equipamento, pontos indicados.
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Informações de capacidade de Carga
Todos os guindastes devem estar acompanhados com uma Tabela de Cargas,
duráveis e legíveis, fixados no cabine, em lugar visível para o operador em sua posição de
comando, com as seguintes informações, para permitir a determinar a capacidade do
guindaste:

• Número do Modelo, número de série e data de fabricação.


• Capacidade de carga para a lança em cada raio de operação, ângulos da lança,
comprimentos e tipos de lança.
• Método de determinação da capacidade de carga, relação de lança e lança auxiliar.
• Método de determinação capacidade para combinações de lança e lança auxiliar.
• Método de determinação capacidade para a lança auxiliar.
• Áreas de operação, listadas na tabela de cargas. O fabricante pode, por sua opção, listar
as capacidades uma ou mais áreas de trabalho, ou ainda para todas as combinações,
como indicado na página seguinte, carreteira sobre patolas, sobre pneumáticos e sobre
esteiras, posicionando a lança sobre a parte frontal, parte traseira e para os laterais, as
quatro alternativas. (Fig. 1.5).

Fig. 1.5 - Quadrantes de Operação de Guindastes Móveis

• Capacidades de carga alternativas podem ser obtidas, se usarmos equipamentos


opcionais e de geometria variável, como patolas, pórticos e contrapesos adicionais.
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Devemos lembrar que capacidades com patolas somente serão obtidas, com as
patolas completamente estendidas e todas as rodas suspensas, afastadas do solo.
• Onde a capacidade de carga é limitada pela resistência estrutural antes da estabilidade,
essa relação deve ser claramente identificada e separada em função dos limites
estruturais.

• Se o manual do guindaste na sua especificação indica taxas adicionais para as direções


menos estáveis, com montagem assimétrica, a faixa direcional deve ser indicada.

• Deve ser colocado um aviso adequado que não há compensação para fatores como o
efeito do vento, a oscilação da carga, peso do moitão, condições do solo, pressão de
pneus ou velocidade de operação.

• Componentes recomendados de polias, tamanho e tipo de cabos para diversas cargas.

• Notas essenciais de aviso referentes as limitações no equipamento e procedimentos de


operação.

• Dados do tambor, velocidade de cabo e capacidade de enrolamento.


• Pressão dos pneus, onde aplicável.
• Limites de operação em função da velocidade de vento.
• Limites de operação em função de baixas temperaturas.
Nos guindastes equipadas com lanças hidráulicas uma placa deve ser instalada no
cabine, constatando se o mecanismo é controlado mecânica ou automaticamente.

As informações referentes a lança telescópica devem ser incluídas na placa e no


manual de operador, constando as informações sobre:

• O comprimento máximo do movimento telescópico de cada seção da lança.


• Se a movimentação das seções da lança é manual ou motorizada.
• A seqüência e o procedimento para estender ou retrair as seções da lança.
• A carga máxima permitida durante a operação telescópica e as condições e precauções
limitadores para isto.

Estruturas de Proteção e Protetores

O proprietário do guindaste deve fornecer o equipamento com proteções adequadas


de todas as partes móveis, como engrenagens, polias, correias, correntes, eixos, etc., que
podem representar perigo em condições normais de operação. Como regra geral, todas as
proteções devem ser inspecionadas e receber manutenção, periodicamente. Essas
proteções devem suportar o peso de uma pessoa, sem deformação permanente, uma vez
que podem ser pisadas durante a manutenção. Os pontos de lubrificação devem ser de fácil
acesso, sem a necessidade da remoção de proteções, e as partes friccionadas, como freios
e embreagens devem ser protegidas contra as intempéries.

Os canos de descarga, escapamentos devem ter proteção para que os operadores e


o pessoal de manutenção não sofram queimaduras acidentais.
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A cabine deve ter uma estrutura de proteção contra queda de materiais para
proteger o operador.
Cabines e Postos de Controle

Os cabines de operação e postos de controle em todos


os guindastes móveis devem ser, onde aplicável:

• Projetados e construídos para proteger das intempéries,


os freios e os postos de controle.
• Projetados e construídos para permitir ao operador, visão
completa e irrestrita da carga, da ponta da lança nas
posições normais de operação, visibilidade para cada
lateral e para a frente de trabalho. (Fig. 1.6)
Fig. 1.6 – O
• Equipadas com janelas de vidro de segurança, e permitir Operador
a ventilação quando necessário. A janela frontal deve ter deve ter
uma seção removível ou poder ser aberta quando for visibilidade
para a ponta da
necessário e nesse último caso deve ter fixação segura lança
para poder mante-la aberta evitando fechamento acidental. a todo tempo.

• Provida de fechadura, para evitar acesso e operação de pessoas não autorizadas na


ausência do operador, exceto se o painel de controle pode ser fechado separadamente.

• As portas do cabine devem ter dispositivos de fixação para impedir aberturas ou


fechamentos acidentais durante a operação do quinaste.

• A passagem do e para o cabine, bem como do posto de comando, deve ser livre, segura
e desimpedida para não oferecer riscos de acidentes de queda.

• O ruído medido no cabine fechado, não deve exceder os 90 dBA.


• O cabine deve ter iluminação interna suficiente para o operador executar as suas tarefas.
• O assento do operador deve ter apoio de cabeça e ser ajustável nas cinco posições
(frente, trás, subir, descer e inclinar).

• Todas as superfícies onde se caminha, devem ser anti-derrapantes, para evitar a


queda do operador. Pode-se aplicar pintura anti-derrapante nas superfícies dos
passadiços (Fig. 1.7).

• Todas as plataformas e passadiços de serviço devem ter guarda-corpo ou corrimão de


proteção (Fig. 1.7).

• Degraus e corrimão para o acesso e saída do cabine e para eventual acesso sobre o
cabine, se necessário (Fig. 1.7).

• Dispor ainda dos seguintes acessórios:

a) Limpadores de parabrisa, permitindo visibilidade perfeita em todos os ângulos.


b) Aquecedor no cabine para manter uma temperatura de +10ºC internos, com a
temperatura externa de -28ºC.
c) Desembaçador de parabrisa.
d) Extintor de incêndio, CO2, pó químico seco ou equivalente, tipo recomendado: 5:B:C.
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superfícies anti-derrapantes

degraus de acesso
corrimão

superfícies anti-derrapantes

Fig. 1.7 As passarelas devem ter superfícies anti-derrapantes, degraus de acesso,


guarda-corpos e corrimãos, tendo em vista que os acidentes de queda são
responsáveis pela maioria dos acidentes dos operadores e do pessoal de manutenção
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Controles de Operação

Fig. 1.8 - Todos os Controles de Operação deve ser claramente identificados

Todos os Controles de Operação devem atender os seguintes requisitos:

• Todos os controles utilizados durante a operação normal do guindaste devem ser


localizadas de forma a ter acesso fácil para o operador e ter espaço suficiente para
manusear os comandos, respeitando as normas SAE J983.

• Os controles de içamento de carga, içamento da gôndola e das embreagens devem ter


dispositivos que mantém os na posição de ponto morto (neutro).

• Todos os Controles de Operação devem ser claramente identificados (Fig. 1.8).

• Todos os guindastes devem ter dispositivo que desative a alimentação do maquinário da


superestrutura, com comando de fácil alcance para o operador.

• Devem ter controles de “homem-morto” para caso de mal súbito do operador.

• Todos os controles devem ser instalados de maneira que se movimentem na direção dos
movimentos da carga ou da máquina (Fig. 1.9)
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Baixar

Subir

Giro Dir. Giro Esq.

Giro Esq. Giro Dir.

Estender

Retrair
Retrair

Baixar

Suspender

Fig. 1.9 - Todos os controles devem ser instalados de maneira que se


movimentem na direção dos movimentos da carga ou da máquina
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• Os controles manuais devem ser ajustados para uma sensibilidade, que a força
praticada para acioná-los não exceda 15 kg e no caso de controles nos pés, 22 kg. A
distância de movimentos nas alavancas manuais de 1 via deve ser no máximo 60 cm e
nas alavancas de 2 vias, 35 cm para cada lado do ponto morto (neutro). Nos pedais essa
distância não deve exceder os 25 cm.

Conjunto de Tambores

Com relação dos tambores, certifique-se que:


• Tenham características operacionais para executar as funções de içamento, segurar e
baixar cargas, em condições normais de operação conforme as recomendações do
fabricante.

• Sejam equipados com sistema adequada de embreagem, possibilitando partidas e


paradas imediatas dos tambores.

• Sejam providos de freios auto-ajustáveis que suportem todas as cargas em caso de falha
de energia (Fig. 1.10)
Os freios e embreagens terem ajuste de compensação de desgastes e ter pressão
suficiente nas molas quando utilizadas.

• Os mecanismos de içamento devem ter catracas de lingüeta, auxiliares ou outro


dispositivo de travamento (Fig. 1.11).

• Sempre devem sobrar pelo menos três voltas de cabo no tambor, em qualquer situação
de serviço (Fig. 1.12).

• Os tambores terem capacidade para enrolar o cabo,


da bitola recomendada, garantindo um enrolamento
uniforme no tambor.

• A ponta do cabo deve ser fixada ao tambor com dispositivo aprovado pelos fabricantes
do cabo e do guindaste. Os tambores devem ter bordas laterais, flanges, de tamanho
suficiente para o cabo não escapar do tambor.

• O diâmetro do tambor de içamento


da carga, deve ser suficiente para mínimo do
o diâmetro medido entre os eixos da D = diâmetrotambor
mínimodedo
primeira camada de cabo enrolado, carga
tambor de carga
não seja menor do que 18 vezes o
diâmetro do cabo utilizado.
O diâmetro do tambor de içamento
da lança, deve ser suficiente para o D=18x0 do cabo D = diâmetro
diâmetro medido entre os eixos da mínimo do
primeira camada de cabo enrolado, tambor da
não seja menor do que 15 vezes o D = diâmetrolança
mínimo do
diâmetro do cabo utilizado (Fig. 1.13). tambor da lança
D = diâmetro
D=15x0 do cabo

Fig. 1.13 – Requisitos de Diâmetros dos


Tambores
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Pressão A Pressão mantém o pistão aberto, conservando o freio aberto

Sem Soltando a pressão – a mola prende o freio


Pressão

Vazamento na linha – a mola prende o freio

Fig. 1.10 – Operação de freio de Segurança (de “prova da falha”)


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• Indicadores de giro de tambores devem ser instalados para a orientação do operador.
Certifique-se que os cabos estejam fixadas adequadamente nos tambores, ver
recomendações do “Manual de Rigging” da Associação de Segurança de Construção de
Ontário.

Fig. 1.11 - Catracas


Fig. 1.11 de lingüeta
– Catracas de lingüeta Fig.
Fig. 1.12
1.12 –– Nunca
Nuncamenos
menosdodo
queque
trêstrês voltas
voltas
de cabo sobrando no tambor.
de cabo sobrando no tambor.

• Os tambores sulcos devem ter o diâmetro adequado e a profundidade dos sulcos


correspondente ao diâmetro do cabo.

• Os flanges dos tambores sulcos devem se projetar acima da última camada de cabo
com dois diâmetros do cabo utilizado ou 5 cm acima da última camada de cabo enrolado,
sempre adotando a hipótese da medida maior (Fig. 1.14).

• Os flanges dos tambores lisos devem se projetar acima da última camada de cabo com
dois diâmetros do cabo utilizado ou 7 cm acima da última camada de cabo enrolado,
sempre adotando a hipótese da medida maior (Fig. 1.14).

2 x diâmetro do cabo ou 5 cm (o maior)

Tambores com Sulcos

2 x diâmetro do cabo ou 7 cm (o maior)

Tambores Lisos

Fig. 1.14 – A Borda dos Flanges deve passar sempre a última Camada de
cabo enrrolado, conforme mostrado nessa ilustração

• O angulo de oscilação do enrolamento do cabo em tambores com sulcos deve ficar,


entre ¼º e 1¼º , e para tambores lisos, entre 1º e 2º (Fig. 1.15; 1.16 e 1.17).
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Tambores
Tambores com Sulcos
com Sulcos
Polia
Tambores Lisos Lisos
Tambores
Polia

Ângulo Ângulo
Esquerdo Direito

Ângulo
Ângulo
Direito
Esquerdo
Eixo do tambor
Eixo do
Veja tambor
fig. 1.16

Prumoda
Prumo da Polia
Polia
Fig. 1.15 – Ângulo de Oscilação Fig. 1.16 – Ângulos de Oscilação

Em
Fig.caso
1.15de ângulo de
– Ângulo de oscilação
Oscilaçãomuito grande: Teremos sérios problemas de desgaste
de cabo, e da polia, teremos desgastes de cabo também do tambor,
Fig. 1.16 –roçando-o
Ângulos na
devolta
Oscilação
adjacente
Em caso deeÂngulo
teremosde ainda um enrolamento irregular e muito apertado.
Oscilação
Teremos sérios problemas de
desgaste de cabo, e da polia, desgaste de cabo, e da polia,
teremos desgastes de cabo
também no tambor, roçando-o na
volta adjacente e teremos ainda
um enrolamento irregular e muito enrolamento irregular
apertado.
desgaste de cabo, e da polia
Enrolamento irregular

ou

Enrolamento muito apertadoenrolamento muito apertado


Em
Em caso deÂngulo
caso de Ângulo de Oscilação
de Oscilação muito pequeno
muito pequeno - Teremos -um
Teremos um irregular
enrolamento enrolamento irregular
do cabo
do cabo

ou

Fig. 1.17 - Efeitos do Ângulo de Oscilação inadequado


Fig. 1.17 – Efeitos do ângulo de Oscilação inadequado
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Freios

• Se os freios não estiverem mecanicamente conectados aos pedais ou alavancas de


comando (freios de ar ou elétricos), o sistema de freios deve ser provido por sistema de
segurança, para ser acionada em caso de falta de energia ou pressão, e sem desativa-lo
enquanto não restituída a energia, para em seguida a serem desativados,
deliberadamente.

• Os pedais de freios devem ter superfície anti-derrapante e terem trava para fixa-los na
posição acionada.

• Os tambores de içamento de carga devem ser equipados com freio de segurança, que
possam ser ativados por meio elétrico, hidráulico ou por ar comprimido. O acionamento
desses freios deve ser direto, assim não é admitido o uso de cintas ou correntes
entre o freio e o tambor.

• Os freios de carga devem ter tamanho e capacidade térmica suficientes, para resistir
toda carga sem permitir a descida.

• A superfície dos tambores de freio devem ser lisos e livres de defeitos, os componentes
do freio devem ser acessíveis para regulagem das sapatas.

• Se o equipamento tiver freios de translado, os mesmos devem ter capacidade de parar o


equipamento bem como impedir o movimento do mesmo durante os ventos fortes.

• O freio de giro deve ser mecânico, de segurança, com a capacidade de parar no giro e
também segurar a lança na posição, com ventos de até 45 km por hora, e uma vez
acionado o operador não deve ter que se preocupar mais com o freio.

• O guindaste deve ser equipado também com trava positiva de giro, para evitar
acionamentos acidentais. Essa trava deve ser ativada sempre que o guindaste trafegar e
também sobre terrenos irregulares com carga suspensa pela lança.

• Nos guindastes móveis os freios devem ser de segurança e capazes de manter a


máquina estacionada em condições normais de trabalho, nos declives indicados pelo
fabricante, mesmo em caso de falta de pressão operacional.

• Em guindastes sobre rodas, os freios deve ter capacidade de parar o equipamento dentro
de uma distância de 9,75 metros com velocidade de 23 km por hora e manter a máquina
estacionada, nos declives indicados pelo fabricante. Os freios acionados por ar
comprimido, devem ter capacidade de parar a máquina, mesmo em caso de falta de
pressão operacional.

• Onde as ladeiras são muito longas ou acentuadas, deve ser instalado “retardador” ou
dispositivo similar, tipo Freio Jacobs.

Cabos, Estropos, Cabeamento e Acessórios


Para informações completas sobre esses componentes consultar o “Rigging Manual”
(Manual de Içamento) da Associação de Segurança de Construção de Ontário.
20
Roldanas

As condições do sulco das roldanas TOLERÂNCIAS DE SULCOS


tem grande influencia na vida útil dos cabos. DE ROLDANAS
Os sulcos devem ser lisos e um pouco mais Diâmetro Sobre-medida do sulco
largos do que o diâmetro do cabo para evitar Nominal do Cabo Mínimo Máximo
que o mesmo seja “mastigado” ou deformado 1/4” - 5/16” 1/64” 1/32”
pela roldana. Uma vez que os cabos novos 3/8” - 3/4” 1/32” 1/16”
sempre são um pouco mais grossos do que 13/16” - 1-1/8” 3/64” 3/32”
seu diâmetro nominal, os sulcos de roldanas 1-3/16” - 1-1/2” 1/16” 1/8”
devem acomodar os cabos novos como é 1-9/16” - 2-1/4” 3/32” 3/16”
indicado na tabela ao lado 2-5/16” e acima 1/8” 1/4”

Quando o sulco é ligeiramente maior do que o diâmetro nominal do cabo, o mesmo


oferece o suporte máximo ao cabo, mas se o sulco for mais largo do que o adequado, o
suporte será deficiente e o cabo poderá vir se “achatar”. Por outro lado o sulco muito
apertado danifica o cabo, prendendo-o e deformando, causa abrasão e aquecimento. (Fig.
1.18)

Combinação de Cabos e Sulcos de Roldanas

Cabos e Sulco Cabo muito grosso vai Cabo muito fino vai
combinados mastigar “achatar”
adequadamente
Fig. 1.18
O diâmetro dos cabos diminui ao decorrer do uso prolongado, em virtude do desgaste
e a perda de suporte do seu núcleo. Um cabo subdimensionado desgasta o sulco da
roldana e quando trocamos o cabo por um novo, o cabo novo pode ficar preso no sulco
desgastado (Fig. 1.19)

Para garantir a vida útil, prolongada e eficiente de um cabo, o sulco da roldana deve
estar perfeito, regular, liso e as bordas internas arredondadas. O fundo do sulco deve ter um
arco de suporte de ao menos 120º a 150º e os lados do sulco devem ser tangentes do arco
(Fig. 1.20). Quanto mais se aproxima o contorno do sulco, maior será a área de contato.
Isso minimiza a distorção e a fatiga do cabo facilita o giro da roldana. Se o diâmetro do
sulco for muito grande, não oferecerá suporte adequado ao cabo, causando achatamento e
distorção, o que acelera a fatiga dos fios de aço e leva a deterioraç ão prematura.

Se o sulco for muito estreito para o cabo, o peso da carga prenderá o cabo no sulco,
resultando o desgaste de ambos, do cabo e da roldana. Isso pode ocorrer se utilizamos
cabos novos em roldanas antigas, desgastadas.
21
Efeitos da Combinação inadequada de Cabo e Roldana.

Se o cabo for muito fino para a roldana (1) vai desgastar o sulco da roldana (2) e se
colocarmos um cabo novo de bitola correta na roldana desgastada (3), o mesmo será
seriamente danificado pelo sulco desgastado.

Fig. 1.19

Em condições de concordância ideal, o


suporte do cabo deve ser um arco de
120º a 150º

Condições ideais de arco de suporte do cabo no sulco da roldana.

Fig. 1.20

Se as roldanas não estiverem perfeitamente alinhadas, ocorre desgaste rápido tanto no cabo
como na roldana. É um sintoma fácil de observar, resultado de desalinhamento de roldana é o cabo
desgastado e um lado do sulco da roldana também (Fig. 1.21)

Desgaste na roldana

Desgaste na roldana
Quando há desalinhamento do eixo da linha do cabo e
das roldanas, o resultado é desgaste rápido do cabo e
das roldanas

Fig. 1.21 - Efeito de Desalinhamento de Roldanas


22
Uma das formas mais rápidas de arruinar um cabo é utilizando-o com roldanas
pequenas. O flexionamento e esticamento, excessivo e repetido dos fios de aço do cabo,
levam a fatiga prematura. Use o maior diâmetro possível de roldana no seu equipamento.
Roldanas de içamento de lança devem ter diâmetro não menor do que 15 vezes o
diâmetro nominal do cabo (Fig. 1.22)

Diâmetro mínimo de
Roldanas de Içamento
de Lança.
D = 15 x diâmetro do cabo

Verifique se os guias de cabos


estão corretamente instaladas

Diâmetro mínimo de
Diâmetro mínimo
Roldanas do Bloqueio
de
de Carga.
Roldanas de D = 16 x diâmetro do cabo
Içamento
de Carga.

D = 18 x diâmetro

Fig. 1.22 - Diâmetros mínimos de Roldanas de Guindastes

Roldanas de içamento de carga devem ter diâmetro não menor do que 18 vezes o
diâmetro nominal do cabo, e roldanas de bloqueio de carga devem ter diâmetro não menor
do que 16 vezes o diâmetro nominal do cabo (Fig. 1.22)

A profundidade dos sulcos das roldanas deve ser ao menos 1 e ½ vezes o diâmetro
do cabo e a inclinação das paredes do flange não deve ser mais do que 18º em relação do
eixo do cabo. As bordas do flange devem ser abaulados e as roldanas devem girar
realmente na direção da rotação do eixo do cabo (Fig. 1.23)
23

Bordas
Profundidade arredondadas
mínima
do sulco = 1,5 D
Diâmetro do A roldana
cabo = D deve
girar
realmente na
rotação do
eixo

Fig. 1.23 - Verifique se todas as Roldanas atendem os requisitos

O rolamentos devem ser de lubrificação permanente ou providos meios de


lubrificação. Lubrificação inadequada, ou uma roldana pesada para a carga, vai
resultar em deslizamento do cabo na roldana ao mudar a velocidade do cabo. O
momento da roldana pesada vai causar o giro contínuo da mesma após a parada do
cabo. Esse efeito de esmerilhamento causa um atrito severo, deteriorando
prematuramente o cabo. (Fig. 1.24)

Se a roldana é mal lubrificada ou Se a roldana for muito pesada,


é muito pesada o cabo vai continua girar,
mover-se antes de roldana mesmo depois da parada do cabo,
começar girar, causando danos causando danos sérios ao cabo.
e aquecimento do cabo.
Fig. 1.24 - Efeitos de roldanas pesadas e manutenção inadequada sobre o cabo.

Se as roldanas conduzem cabos que podem ser momentaneamente descarregados,


a roldana deve ser equipada com guias de cabos, para evitar que o cabo sem carga escape
da roldana. As roldanas de bloqueio de baixar a carga devem também ter guias de cabo,
fechados, que evitam a saída do cabo quando a carga está sendo depositada no chão com o
cabo solto. Essa guias devem ser fixas, sendo removidas apenas para manutenção,
inspeção ou ajustes. A não observância desse procedimento pode causar a saída do cabo
da roldana e ficar preso (Fig. 1.25)
24
Para evitar que o
cabo escape da
roldana, instale
guias de cabo
em todas as
roldanas

Fig. 1.25 – Guias de cabos para roldanas

As roldanas devem ser verificadas periodicamente e quando houver necessidade de


troca, use somente peça original ou recomendada pelo fabricante do guindaste. Em alguns
casos podem ser utilizadas roldanas remanufaturadas, mas sempre somente com a
concordância do fabricante, uma vez que existe um limite para a remoção do metal
danificado.

Inspecione as roldanas cuidadosamente para identificar qualquer sinal de trinca nos


flanges, qualquer parte lascada da roldana, por menor que seja, pode ser o responsável
pelo escape ou rompimento do cabo, com resultados desastrosos.

É importante saber que nunca devem ser utilizados cabos de fibra com roldanas que
já foram utilizadas com cabos de aço, bem como não utilizar cabo de aço com polias ou
roldanas projetadas para cabos de fibra.
Marcas de cabo
As superfícies dos sulcos de roldanas Marcas de
na roldana. A cabo
e dos tambores devem ser perfeitamente lisas, na roldana
roldana deve ser
as superfícies marcadas causam o desgaste A roldana
retificada ou deve
dos cabos novos (Fig. 1.26). ser
substituídaretificada ou
substituída.
.

Essas marcas são causadas pelo contato do cabo


sobre a superfície do tambor, com muita pressão,
e assim se forem detectadas essas marcas, o
tambor deve ser retificado ou substituído,
e a pressão do contato reduzido, assim:

a) reduzindo a carga no cabo; ou


b) aumentando o diâmetro do tambor; ou
c) substituição do tambor por outro de aço mais
duro.

Fig.
Fig.
1.26
1.26
– Sulcos
– Sulcos
danificados
danificados
Patolas

Todas as patolas devem poder ser fixadas seguramente, na posição recolhida durante
o translado do equipamento e na posição estendida, quando na hora do içamento. Os
macacos, se utilizados, devem ser de segurança, sem perderem a pressão e não devem ter
vazamentos sob carga.
25
Cada patola deve ser visível na sua posição de atuação, exceto quando o operador
é auxiliado por um sinalizador.

As placas de apoio das patolas devem estar em perfeitas condições e ter fixação
segura com a sua patola.

As vigas das patolas devem ser marcadas ou pintadas para indicação visível da sua
posição de totalmente estendida (Fig. 1.27).

Abaixamento Controlado.

É recomendável que a máquina seja equipada com um dispositivo, para permitir o


Abaixamento Controlado da carga, com capacidade suficiente para a carga e velocidade
totais, especificadas pelo fabricante, para possibilitar um abaixamento de carga com
precisão, aliviando assim o freio de abaixamento.

Fig. 1.27 - As vigas das patolas devem ser marcadas ou pintadas para indicação
visível da sua posição de totalmente estendida .
26
Batentes de Lança

Todos os guindastes móveis devem ter batentes de lança, para evitar que a lança
tombe ou caia em cima do cabine do operador (Fig. 1.28). Esse tipo de acidente ocorre
freqüentemente por causa de:

• O bloco do gancho puxado dentro da


cabeça da lança (Fig. 1.29)

• Translado com a lança em ângulo


muito elevado (Fig. 1.30)

• Andar com a lança muito alta em declive


acentuado e girando do lado baixo para
o lado alto (Fig. 1.31)

• Arrastando a embreagem que causa o


acionamento da lança mesmo quando é
para estar desconectado. Fig.
Fig. 1.28
1.28 –– Acidente
Acidentecomum
comumdede
Guindaste
guindaste

TOMBAMENTO TOMBAMENTO
Tombamento da Lança
DE LANÇA DE LANÇA
Tombamento de
lança

Fig. 1.29 - Causa comum de acidente Movimento Repentino para frente


com a lança é “duplo bloqueio” onde
Fig. 1.30 - O guindaste pode “andar
se continua puxando o cabo, batendo
o bloco do gancho na ponta da lança. para fora” por de baixo da lança.
27
• Escorregamento de estropo carregado com a lança alta, o abaixamento rápido da carga
pode causar o “chicoteamento” da lança para trás. (Fig. 1.32)

• Ação de vento muito forte sobre a lança elevada, forçando-a passar da posição vertical
(Fig. 1.33)

O melhor batente de lança é o tipo que combina as funções de desengatar a


embreagem principal e pára fisicamente a lança ao atingir um ângulo máximo,
predeterminado.

Esse dispositivo tem a forma de uma mola ou um pistão, acionado com ar


comprimido, correndo dentro de um cilindro, montado num suporte “A” para interceptar a
lança num ponto mais alto possível. Quando a lança chega ao ângulo predeterminado, ativa
a chave de fim-de-curso, que causa a parada do tambor de içamento (Fig. 1.34)

Esses cilindros, tubos, normalmente são instalados aos pares e conectados a cabeça
do cavalete, numa das extremidades e são estendidas a cada lado até a primeira emenda da
lança. Alguns batentes telescópicos são equipados com molas ou dispositivos de ar
comprimido, para amortecer o choque causado pela lança (Fig. 1.34)
Tombamento da lança

Giro Giro
para para
Cima Cima

Notas: - Num talude de 6º altere o ângulo da lança para 12º


(o dobro do ângulo do talude)
- O momento na mesa é aumentada
- O raio de carga é diminuída
- A lança pode tombar para trás

Fig. 1.31 - Transladar com a lança elevada em terreno inclinado é perigoso, o


giro do cabine contra o morro pode tombar a lança para trás.
28
• Alguns dispositivos utilizam os princípios de chave de fim-de-curso que desativam a
embreagem ou o motor quando a lança atinge a um ângulo predeterminado, que não é
recomendável, mas essas chaves não são efetivos para acidentes comuns de lança,
entretanto podem ser utilizados em conjunto de batentes de lança.

TOMBAMENTO
Tombamento da lança
Tombamento da lança

Vento

Fig. 1.32 - Se a carga cair


bruscamente o alívio repentino pode Fig. 1.33 - Ventos fortes podem
causar o repique da lança para trás. causar o tombamento da lança.
Batentes de lança

Batentes de lança
Batentes de Lança de Guindastes Móveis 29

Batentes de lança
Batentes da Lança

Aumenta a ação A pressão do ar


resistiva até a resiste a lança
lança parar ao chegar ao
ângulo máximo

Chave de fim-de-curso Embolo Mola Embolo


Cilindro
Pistão

Batente de ar Comprimido Batente de Mola

Fig 1.34
30
Dispositivos de Segurança

É recomendável que todos os guindastes móveis sejam equipados com os seguintes


dispositivos de segurança:

• Tampas de abastecimento auto-travante e anti-chama.


• Caixa metálica fixada permanentemente a estrutura do equipamento, para ferramentas e
equipamento de lubrificação.

• Iluminação adequada para operação noturna, inclusive luz-de-ré.


• Calços para as rodas, para calça-las para permitir paradas seguras em rampas, para
estacionamento ou manutenção (fig. 1.35)

Calço das rodas

Fig. 1.35 - Use sempre calços nas rodas ao estacionar em trampas

• Espelhos retrovisores de tamanho adequado (mínimo 25 x 25 cm), em ambas as laterais

• Extintor de incêndio, tipo 5:B:C. Os operadores e o pessoal de manutenção devem ser


treinados para uso e manutenção de extintores.

• Indicadores de inclinação de lança, legíveis e em local visível para o operador, em todas


as máquinas que tenham lanças que podem chegar a posição vertical (Fig. 1.36)

Fig. 1.36 – Indicadores de inclinação de lança, em todas as máquinas que


tenham lanças que podem chegar a posição vertical
31
• Indicadores de comprimento de lança em todas as máquinas com lança telescópica
(Fig. 1.37).

Polia

Contador digital
Cabo
Grampos
Conj.de cabo e
embreagem

Fig. 1.37 – Indicadores de comprimento de lança em todas as máquinas com lança


hidráulica, telescópica

• Deve ter um sirene na parte externa do cabine, cujo comando, interruptor acionador deve
estar de fácil alcance do operador (Fig. 1.38)

Sirene

Fig. 1.38 - Sirene montado na parte externa do cabine

• Batentes de lança, amortecidos (exceto para lanças telescópicas).


• Dispositivos automáticos de parada automática do tambor quando a lança atinge o
ângulo máximo permissível.

• Nível de bolha nos controles das patolas para nivelamento perfeito.


32
• Superfícies retificadas na mesa giratória, paralelo aos pinos do pé da lança no plano
horizontal, onde deve ser colocado um nível de carpinteiro de 1,2 m, para nivelamento
final (Fig. 1.39)

Placas de nivelamento Placas de nivelamento

Fig. 1.39 - Superfícies retificadas na mesa giratória, no plano horizontal, onde deve ser
colocado um nível de carpinteiro de 1,2 m, para nivelamento

• Uma placa instalada próximo aos pinos de pé de lança, indicando claramente a


distância de um ponto bem definido do centro do giro. Esse valor pode ser
adicionado a distância do ponto central da carga, para obter a distância até o centro
do giro (Fig. 1.40).

Os manuais dos fabricantes tem todos os dados relacionados a operação e manutenção


para cada modelo específico de guindaste, qual é o equipamento pertinente. O manual deve
conter, no mínimo, as seguintes informações:

• Designação ou tipo de equipamento.


• Nome do fabricante.
• Nome do projetista, se não for o próprio fabricante.
• Número de modelo e de série do equipamento.
• Data da venda pelo fabricante.
• Peso total do equipamento e as pressões sobre os pneus e as patolas.
• Peso das seções de lança.
• Uma cópia da tabela de cargas e toada as possíveis combinações, capacidades e
geometria.

• Procedimentos de Inspeção e Manutenção, incluindo:

a) Especificação de materiais das lanças e das patolas.


b) Especificação das soldas das lanças e das patolas.
33

Este local
é...........ft.........
interno
Para rotação
central

Fig. 1.40 - Verifique se a placa estiver instalada próximo ao pé da lança, indicando a


distância do centro do giro, valor essa que pode ser adicionada a distância do ponto
central da carga, para obter a distância da carga até o centro do giro.
Manuais e Registros de Equipamento
34
• Especificações de estropos.
• Especificação de montagem.
• Precauções operacionais.
Se o equipamento não é fornecido com livro de registros, deve-se abrir um livro de
registros e mante-lo atualizado com anotações sobre as inspeções, testes, reparos,
manutenção e as horas de serviço. Todos os registros devem ser datados e assinados pelo
operador, quem fez a manutenção e o supervisor. O proprietário deve conservar esse livro
por toda vida útil do equipamento.

Recuse a compra ou uso de peça, que foi modificada, alterada ou sujeitada a


qualquer desvio da especificação do fabricante, que possa por em risco a segurança
operacional, exceto se houver documentação comprovando quanto a aceitação dessa
modificação por parte de autoridade competente.
35
CAPÍTULO 2

INSPEÇÃO, TESTE E MANUTENÇÃO


INSPEÇÃO

A segurança de um equipamento só pode ser garantido se o mesmo recebe


inspeções, testes e manutenção regularmente. As inspeções regulares são particularmente
importantes, para possibilitar a detecção possíveis falhas, que poderão contribuir a
acidentes. Também pelas inspeções podemos detectar antecipadamente, falhas que
poderão representar despesas pesadas de manutenção.

É da responsabilidade do proprietário ou fornecedor garantir que sejam executadas as


inspeções periódicas conforme as recomendações do fabricante.

Devido a grande variedade de condições, nos quais equipamentos de mesmo tipo


podem operar, é impossível o fabricante determinar a periodicidade exata para inspeções e
manutenção. Todos os intervalos para inspeção, manutenção e lubrificação, publicados, se
referem a um período mínimo, para uma condição de operação média. Cabe ao proprietário
do equipamento se adequar de acordo as suas condições de trabalho.

É importante que o Livro de Registro indique o número de série do equipamento. Esse


livro deve ter todas as anotações detalhadas referentes - indicando sempre as datas e o
número total de horas de cada serviço registrado - a revisões, modificações, inspeções,
testes, reparos, manutenção e os incidentes (inclusive os danos e seus reparos). Também
importante constar no livro, detalhes sobre a lança e suas seções, bem como os elementos
estruturais, projetadas e fabricadas por terceiros. Só assim teremos um histórico real e
completo sobre o nosso equipamento (Fig. 2.1)

Fig. 2.1 - Um Livro de Registro, completo com todos os detalhes, devemos ter
para cada guindaste.
36
Também é recomendável que em caso de transferência ou venda do equipamento,
o Livro de Registros acompanhe o equipamento.

Todas as inspeções devem ser executadas por profissionais competentes e sob


supervisão, para evitar de deixar de verificar algum detalhe, interpretar sintomas de forma
errônea. O inspetor deve ter conhecimentos teóricos e práticos sobre o equipamento, para
não só detectar os defeitos, mas saber interpretá-los, relacionando com a importância no
funcionamento do equipamento. Ele deve manter atualizado o livro de registros e reportar
ao supervisor todos os detalhes.

Além da inspeção, é responsabilidade do proprietário ou de seu representante que


após a inspeção feita, se enquadrar nas condições abaixo descritas, certificar-se que o
equipamento se encontra em condições seguras de operação.

• Antes de iniciar o uso de um equipamento novo, equipamento usado recém adquirido, ou


equipamento locado.

• Após cada reparo maior ou modificação do equipamento.

• Após alterações de projeto.

• Após cada montagem de guindaste que foi transportado.

• Equipamento parado por período superior a 6 meses, retornando ao serviço.

• Equipamento envolvido em acidente, sinistro, retornando ao serviço.

Os períodos para inspeção e a natureza das inspeções de guindastes depende das


condições de trabalho e do equipamento, depende do seu grau de exposição a intempéries,
desgastes e depende da complexidade de seus componentes.

Qualquer deterioração deve ser examinada cuidadosamente e ponderadas as


conseqüências da continuação da utilização e da margem de perigo que isso representa.
Para isso, devem ser consideradas as freqüências e natureza da utilização, para quando
está prevista a próxima inspeção, as práticas operacionais e a probabilidade de causar
danos pessoas e materiais.

O inspetor deve determinar:

• Se o defeito observado representa possibilidade de falha, e

• Se o montante de deterioração ainda permite condição segura de operação até a


próxima inspeção programada.

Se o equipamento foi encontrado em condições que representem perigo ou condição


Insegura, deve ser emitida a ordem de “Máquina Parada” e o mesmo deve ser interditado,
até que as irregularidades sejam sanadas.
37
Máquinas Novas

Ao receber uma máquina nova, faça as seguintes verificações:


a) Geral (Superior e Carreteira)
• Verifique eventuais danos ocorridos durante o transporte, com atenção especial as
seções de lança. Se houverem danos notifique imediatamente a transportadora.

• Limpe a sujeira, tintas e outros materiais estranhos acumulados durante o


transporte.

• Verifique os compartimentos de óleo se o nível está correto, se necessário


substitua para atender as condições locais.

b) Motor (Superior e Carreteira)


• Verifique os níveis de combustível, água e óleo, dê partida e verifique a pressão
de óleo, temperatura da água, e a indicação do amperímetro, etc. Consulte o
manual do fabricante, fornecida com a máquina.

c) Sistema de Freios (Somente da Carreteira)


• Verifique a pressão máxima de ar.
• Verifique os dispositivos de aviso de baixa pressão de ar.
• Verifique o funcionamento do freio de pedal..
• Verifique o funcionamento de freio de escavação.
d) Embreagens e Freios (Somente Superior)
• Verifique o ajuste de todas as embreagens e freios antes de operar a máquina.
• Verifique as embreagens e freios, cupilhas, parafusos, porcas, porcas
autotravantes, desajustes, danos, materiais estranhos, óleos e graxas nas
superfícies de fricção, etc. Se houver irregularidade corrija, antes de começar a
operação do equipamento.

e) Sistema Hidráulico (Superior e Carreteira)


• Verifique se há danos e vazamentos e faça os reparos necessários, antes de por
o equipamento em utilização.

• Verifique se as pressões operacionais estão corretas.


• Verifique as tensões das correias.
• Verifique o nível do fluído hidráulico.
f) Sistema Elétrico
• Verifique az luzes, como: os faróis, sinalizações, indicadores de direção,
estacionamento, ré, de freios bem como o perfeito funcionamento dos limpadores
de parabrisas, buzinas, etc.
• Verifique o funcionamento correto dos instrumentos do painel.
38
• Verifique as conexões dos cabos da bateria e o nível da água, completando se
necessário.

g) Embreagem Mestre (só superior)


• Antes de acionar a embreagem, leia as instruções pertinentes, na íntegra, no
manual do fabricante. Inspecione a máquina para eventuais componentes que
possam interferir nas partes móveis, antes de acionar a embreagem. Deslize a
embreagem, acelerando um pouco o motor para verificar se não há peças
estranhas nas partes móveis.

h) Lubrificação
• Lubrifique toda a máquina conforme recomendado no manual.

Nota: Opere a nova máquina com o afogador meio ativado nos primeiros 16 horas
(dois turnos de trabalho). Um período de amaciamento com cargas moderadas vai
contribuir a um longo desempenho satisfatório e livre de problemas.

Inspeções Freqüentes

Todos os componentes que tem relação direta com a segurança do guindaste, cujo
estado pode alterar pelo uso de dia-dia, devem ser inspecionados diariamente, sempre que
possível, observando o funcionamento durante a operação.

Para determinar se a máquina está segura para uso imediato, as inspeções devem
ser executadas no início de cada turno, incluindo, mas não se limitando apenas, os
seguintes itens:

• Verificar lubrificação adequada, verificar os níveis dos reservatórios de: combustível,


óleo, refrigeração e fluído hidráulico. Verificar e limpar os filtros substituindo o óleo se
estiver contaminado ou de nível insuficiente, usando sempre óleo com a viscosidade
recomendada, de acordo com as especificações. Verificar os bujões de nível na
planetária e nas caixas de engrenagens.

• Completar a água das baterias se necessário.


• Verificar a pressão e a pressão de alívio dos tanques. Drenar os tanques de ar
diariamente e remover a água ao fim do turno no período de inverno.

• Inspecionar os freios e embreagens, testando os freios de carga, suspendendo cargas de


peso próximo ao limite de capacidade, só por alguns centímetros do solo, para testar.
Esse teste deve ser feito mesmo durante o trabalho se manuseamos cargas que estejam
próximo a limite de capacidade da máquina, para verificar se não há deslizamento.

• Fazer uma inspeção visual de cada componente, utilizado para içamento e


movimentação da lança, para evitar problemas de segurança nas operações.

• Verificar todos os cabos de aço, roldanas, tambores, acoplamentos e ferragens


auxiliares de içamento, conforme os requisitos do “Manual de Rigging” da Associação de
Segurança de Construção de Ontário. (Fig. 2.2). Os ganchos devem ter travas de
segurança, não devem ter deformações, desgastes ou trincas. Esses ganchos com
39
defeitos devem ser retirados, substituídos, e as peças condenadas devem ser
destruídas (Fig. 2.3)

Verifique o giro livre das articulações dos


1 – O cabo está em condição de
ganchos
utilização segura atualmente?
2 – Estará nessa mesma condição
até a próxima inspeção? Fig.2.4 – Todos os ganchos devem ter
Fig. 2.2 – Verificação dos Cabos movimentos de giro livres

Verificar desgaste
Verificação dos Ganchos
e deformações

Verificar sinais
de “abertura”

Verifique
trincas e
deformações Verifique as
deformações

Verifique trincas
e desgastes

Fig. 2.3
40
• Verifique todos os mecanismos, como roldanas, tambores, freios, mecanismos de
travamento, lança, contrabalança, ganchos e seus acessórios, chaves de fim-de-curso,
pistões hidráulicos, dispositivos de segurança, instrumentos e luzes. Verifique a mesa
de giro, se não apresenta trincas, parafusos soltos ou faltando. Os parafusos soltos
devem ser substituídos e não reapertados. Se os parafusos estiverem soltos, devem
ter sido distendidos, logo perderam a segurança. Verificando as patolas, confira os
braços e os pistões se não estão distorcidos. Confira todas as soldas se não apresentam
trincas, e verifique o movimento tanto do pistão como do braço, se seus movimentos são
suaves, estendendo e recolhendo e se mantêm a pressão adequada. Verifique as placas
das patolas (Fig. 2.5)

Verifique se tem trincas, pinos tortos,


parafusos soltos e deformações Verifique deformações
e soldas

Trincas e
doformações

Verifique deformações, trincas e


os pinos

Verifique trincas em volta dos pinos e das


soldas
Fig. 2.5 – Verifique os conjuntos de patolas cuidadosamente.
41
• Faça inspeção visual da lança e
contrabalança para detectar evidências de
danos, como trincas, deformações e sinais Treliças
Treliças
dobradas,
de solda. Observe cuidadosamente a pintura dobradas ,
deformada
cuja superfície pode revelar fadiga e futuras deformadas
s
falhas dos elementos metálicos. Verificando
as lanças treliçadas observe cuidadosamente
existência de treliças dobradas (Fig. 2.6).
Se as mesmas estiverem deformadas ou
amassadas, os membros principais perdem
sua capacidade de sustentação naquela área.
As deformações das treliças repuxam os
membros principais, fora da sua posição,
deformando a geometria do conjunto.
Essa preocupação é especialmente
importante em caso de lanças tubulares,
onde as peças devem ser absolutamente
retas e isentas de deformações.

• Nunca em hipótese alguma tente


endireitar treliças deformadas, seja
com martelada, seja por aquecimento.
Essas peças deformadas devem ser
recortadas, removidas e substituídas
por novas (Fig. 2.7). É importante que Verifique sempre
sejam seguidas na íntegra as soldas e ferrugens
recomendações do fabricante, no que se
refere as soldas dos elementos e que o
serviço tenha um acompanhamento de
profissionais especializados.

• Verifique se o comprimento está gravado,


nas seções de lança, de forma legível e
permanente, inclusive nas peças de base
Fig. 2.6 – Inspecionar todas as
e a peça final, bem como, devemos sempre
saber o comprimento total da lança . seções da lança, se apresentam
(Fig. 2.8). deformações ou amassamentos

NÃO !

Fig. 2.7 – As treliças deformadas devem ser recortadas e substituídas –


NUNCA DEVEMOS TENTAR ENDIRETÁ-LAS
42

Nº de Modelo:.......................
Nº de Série:..........................
Peso:....................................
Comprimento:.......................
Data:.....................................

Fig. 2.8 – Verifique se cada seção da lança está devidamente identificada

• Verifique sempre se as passarelas da máquina estão limpas, livres de tacos, óleo e


graxas.

• Verifique se as proteções das partes móveis estão fixadas em seus lugares.


• Verifique se os contrapesos estão bem fixadas e se os pesos estão estampados nas
peças e acessórios.

• Verifique se há extintores de incêndio e se estão carregados.


• Inspecione se não há vazamentos de fluídos hidráulicos e corrija os se houverem. Todas
as mangueiras devem ser verificadas, e se danificadas, devem ser substituídas,
especialmente as que se flexionam durante o serviço.

• Verificar os pneus se não apresentam cortes, trincas e se a pressão está correta. Fique
afastado dos aros de fixação ao calibrar pneus.

• Ao dar partida, confira o funcionamento correto de todos os instrumentos do painel, e o


movimento de todos os controles, se seu funcionamento é normal. Verifique a direção
(dos dois lados) e observe qualquer ruído ou vibração estranha. Confira se a área de
comando é segura para iniciar os trabalhos.

• Não mova a máquina enquanto a pressurização do ar não se estabilizar, e depois acione


os freios para conferir o seu funcionamento, observe se não há vazamento de ar.

• Observe o contagíro e teste a embreagem ou a posição do neutro em caso de


transmissão automática.

Essas verificações só tomam alguns minutos e são indispensáveis no início de cada


turno, para assegurar uma operação segura. Devemos lembrar que embora o equipamento
foi projetado e fabricado visando uma segurança absoluta, seu desgaste inicia no primeiro
dia de operação e esse processo evolui a cada dia de serviço até o ponto que a máquina
não é mais capaz de trabalhar com a sua capacidade de carga nominal, sendo necessária a
inspeção regular e os reparos ou substituição das peças que sofreram desgaste.
43
Inspeções Mensais

O procedimento de inspeção mensal é destinado a determinar as eventuais


necessidades de reparos ou substituição de peças para manter o equipamento em perfeitas
condições de segurança de operação como uma máquina nova. Isto inclui os itens listadas
para a inspeção diária, mais os itens abaixo relacionados, que são considerados como os
mínimos necessários. O conhecimento das condições locais, de operação e a idade da
máquina, afetam de forma fundamental o grau de inspeção adicional, necessária para uma
operação segura, devendo serem verificados os seguintes detalhes:

• Inspeção de toda estrutura do guindaste para constatar existência de danos estruturais,


com atenção especial voltada para deformações, trincas, na estrutura principal, nas
patolas e nos acoplamentos estruturais.

• Verificação cuidadosa de todas ligações soldadas Folga lateral e


para detectar trincas. Verificação dos elementos Empenamento
principais e das treliças, bem como outras partes Folga lateral e
estruturais quanto as falhas na pintura e trincas Empenamento
(que podem revelar pontos potenciais de
futuras falhas), deformações e pontos de corrosão.
As lanças hidráulicas devem ser cuidadosamente
observadas quanto a folgas laterais (Fig. 2.9) e
empenamentos. Aplique imediatamente as medidas
corretivas cabíveis.

• Inspecione as polias, roldanas e tambores para


detectar trincas e desgastes. (Fig. 2.10 )

• Inspecione os pinos, rolamentos, eixos, engrenagens, Fig. 2.9 – Verificar as lanças


dispositivos de travamento, acoplamentos e soldas hidráulicas, quanto a folgas
para detectar desgastes, trincas (Fig. 2.11). Fig. 2.9 –e Verificar
laterais as lanças
empenamentos.
hidráulicas, quanto a folgas
• Inspecione os freios, embreagens, roldanas e laterais e empenamentos.
as catracas para detectar desgastes e trincas.
Verifique se as lingüetas de segurança estão
em boas condições e se funcionam livres e
corretamente, se estão bem lubrificadas.

• Inspecione os indicadores, inclusive os da carga


e da inclinação da lança, se estão indicando, em
toda sua extensão de faixa, corretamente.
Nunca adultere os ajustes dos dispositivos de
segurança da lança.

• Inspecione as caixas de comando elétrico se


estão funcionando corretamente, que podem
afetar a operação segura do equipamento.

• Inspecione as rodas dentadas e as correntes Fig. 2.11 – Inspecione os roletes da


verificando desgastes e alongamentos, bem torre, freqüentemente
como os sistemas de direção e freios.
44
Adequado
Verifique
Verifiqueos
ossulcos
sulcos
das polias das polias

As marcas no fundo do
sulco da polia causam o
desgaste severo dos
As marcas
cabos no fundo do sulco
de aço.
da polia causam o desgaste
severo dos
Verifique oscabos de aço
rolamentos
por folgas e lubrificação Inadequado
adequada.
Verifique os rolamentos por
folgas e lubrificação adequada
Verifique os flanges, quanto
desgastes e trincas

Verifique os flanges, quanto


Verifique os sulcos
desgastes das
e trincas O ajuste adequado doOcabo
ajuste adequado
deve suportardo cabo deve
o cabo
polias e sua medidas. suportar o cabo
num raio de 135-150 graus da superfície do cabo.
num raio de 135-150 graus da
Verifique os sulcos das superfície do cabo.
polias e sua medidas.
Fig. 2.10 - Inspecione as polias, roldanas, rolamentos e moitões para
detectar trincas e desgastes.
• Inspecione todas as mangueiras, e suas conexões. Qualquer desgaste ou
deterioramento, deve ser razão para questionar se a peça oferece perigo ou não, caso
continuada sua utilização. As seguintes condições entretanto, são motivos para
substituição imediata:

a) Qualquer evidência de vazamento de óleo, fluído hidráulico ou ar na superfície das


mangueiras e nas conexões.
b) Qualquer deformação anormal na capa das mangueiras hidráulicas.
c) Qualquer vazamento nas conexões, que não possam ser sanados pelas vedações
convencionais.
d) Qualquer desgaste causado por abrasão, que possa comprometer a capacidade de
retenção da peça. Além disso, deve ser eliminada imediatamente a causa desse
desgaste.

• Verifique a existência de parafusos, rebites soltos (os quais devem ser substituídos e não
reapertados !) especialmente na mesa giratória.

• Verifique todos os mecanismos de controle para desgastes ou contaminação por


lubrificantes, de todos os componentes.
45
Equipamento parado a mais de um mês....mas período não inferior a seis meses,
deve receber tratamento similar ao descrito como inspeção freqüente, antes de retorná-lo ao
serviço ativo. As máquinas que ficaram paradas por mais de que seis meses, devem
receber uma inspeção completa, como descritas as inspeções, mensal e freqüente.
Equipamentos de reserva devem ser inspecionados ao menos anualmente de acordo as
exigências da inspeção freqüente.

Inspeções Anuais

A lança e o gancho de carga devem ser detalhadamente inspecionados uma vez por
ano:

• Os ganchos devem sofrer inspeção, anualmente, por agente credenciado contratado pelo
proprietário do guindaste, usando detecção magnética ou outro meio viável de
investigação, que localize trincas. Devemos exigir Relatório Certificado de Inspeção que
deve acompanhar sempre os documentos do equipamento.

• Elementos estruturais de carga/tensão, devem sofrer inspeção, anualmente, por agente


credenciado contratado pelo proprietário do guindaste, usando detecção magnética ou
outro meio viável de investigação, que localize trincas. Devemos exigir Relatório
Certificado de Inspeção que deve acompanhar sempre os documentos do equipamento.
Essa inspeção é crítica em todos os guindastes de torre devido a sua susceptibilidade de
trincas devido a fadiga. Essa inspeção deve ser executada por pessoal qualificado dentro
dos requisitos da norma CSA - Código W.178 - Código de Qualificação de Inspeção de
Soldas ou da Junta de Normas de Certificação de Pessoal de Testes Não-Destrutivos,
48-GP-4 (radiografia), 48-GP-7 (ultra-som), 48-GP-8 (partículas magnéticas) ou 48-GP-9
(líquido penetrante) do Governo Canadense.

Inspeções – Quando Necessárias

Essas inspeções são necessários, sempre que ocorreram incidentes como queda de
carga, tensão acima do normal ou danos por qualquer motivo. Todos os incidentes dessa
natureza podem afetar as condições de seguranç a do guindaste e devem ser imediatamente
seguidas por uma inspeção, utilizando todos os meios de testes não-destrutivos. Todos os
reparos que forem julgados necessários devem ser executados, antes de retornar o
equipamento ao serviço.

Na realidade uma inspeção visual meticulosa deve ser feita na lança, contrabalança,
cabo de carga e dos elementos estruturais, que poderiam vir serem danificados, após cada
movimento, oscilação, chicoteamento abrupto, por qualquer motivo que seja. Também
devemos inspecionar a placa base da lança e as soldas da cabeça da lança.

Nota: Os resultados de todas essas inspeções devem ser detalhadamente


registrados no livro de registro, datado e assinado pelo Inspetor.
46
TESTES
Os testes são necessários para comprovar que todos os serviços executados no
guindaste foram feitos corretamente e que a máquina é capaz de desempenhar as suas
funções com segurança, conforme previsto em seu escopo.

Isso aplica para máquinas novas e antigas e como recomendado, que todas as
máquinas novas devem ser testadas pelo fabricante ou pelo distribuidor, para comprovar
que seus componentes estão funcionando corretamente:

• Todos os freios e embreagens,


• Todos os controles,
• Todos os mecanismos de içamento e rebaixamento,
• Mecanismos de movimento da lança,
• Mecanismo de giro,
• Mecanismo de translado,
• Dispositivos de segurança.

Quando o guindaste completo não é fornecido por um único fabricante, esses testes
devem ser executados após a montagem final.

Todos os guindastes devem ser testados sem carga no início de cada turno, para
conferir que os itens mencionados na Inspeção Freqüente, estão funcionando corretamente
e se certificar que ninguém alterou nada no equipamento enquanto fora de serviço. Se a
máquina estiver em operação num lugar fixo, por uma temporada, verifique a estabilidade
do solo cada manhã, uma vez que a pressão dos pneus, esteiras e das patolas num local
constante, podem causar recalques e compactação em solos instáveis.

Devem ser executados testes de carga em equipamentos que sofreram reparos


prolongados ou alterações, para verificar:

• A integridade estrutural do equipamento,


• A estabilidade adequada,
• O funcionamento adequado sob as cargas previstas,
• Confirmar os bons resultados dos reparos e alterações.

Se em algum estágio dos testes a máquina falhar,


a mesma deve ser removida imediatamente do serviço
até os problemas serem sanados.

Se a pessoa que executa os testes considerar


que a carga máxima a ser levantada é menor do que
a carga normal de trabalho do equipamento, devido
as condições do terreno, a tabela de cargas, deve
ser substituída por diagrama de cargas adequado
as condições. Quando testando a estabilidade para Fig. 2.12 - Teste de patolas,
confirmar a capacidade carga das patolas, devemos coloque a carga, em seqüência
ter cuidado extremo, uma vez que uma possível sobre as patolas
sobretensão pode até comprometer os elementos
componentes estruturais durante os testes. Siga o
diagrama de aplicação de carga e faça o içamento sobre as patolas. (Fig. 2.12)
47
Os equipamentos nunca devem ser redimensionados, acima da sua capacidade nominal,
exceto se o fabricante aprovar isto e tendo engenheiro capacitado para acompanhar o
comportamento das estruturas.

Nota: Nunca sobrecarregue deliberadamente um guindaste móvel, independente com que


cuidados que se execute o teste. A tolerância é muito pequena entre a estabilidade e
a carga, quando elaborado o diagrama de cargas. Excedendo as cargas admitidas,
podemos danificar a estrutura do equipamento, da lança e esses danos, não
detectados em tempo, podem causar sérios acidentes. A margem de segurança nos
guindastes móveis é extremamente baixa, assim nunca devem ser sobrecarregados.

MANUTENÇÃO

Para manter a máquina dentro da faixa de segurança operacional, é essencial que a


manutenção seja executada antes de ser necessário e não depois. Isso exige a implantação
de um plano de manutenção preventiva, baseado nas recomendações do fabricante.

Mantenha registrado tudo que se refere a manutenção, o passado, o presente e a


futura manutenção no livro de registros do equipamento, registrando as horas trabalhadas,
verificações, ajustes, reparos, substituição de peças, inspeções e testes. Os preparativos e
a implementação de um plano de manutenção programado, baseados no livro de registros,
não só garante uma operação segura e livre de problemas, mas também representa
economia.

Devido a grande variedade de tipos de serviços, a atividade da máquina e o meio


ambiente, é difícil o fabricante desenvolver um programa de manutenção simples,
padronizado, que seja aplicável em todas as situações. O pessoal de manutenção deve
ajustar, estender ou modificar o programa, dentro das recomendações do fabricante, para
suas necessidades específicas.

A freqüência de uso afeta particularmente a vida útil dos componentes do


equipamento, como cabos de aço, cujas falhas geralmente resultam em conseqüências
sérias.

Todo pessoal de manutenção deve estar ciente dos perigos que a operação de
guindastes representam e é da responsabilidade do encarregado, de instruir todo seu
pessoal, quanto as precauções necessárias de operar um guindaste. O pessoal de
manutenção deve ter bons conhecimentos, baseados em literatura específica e devem estar
cientes das diretrizes básicas das medidas de segurança, como

• O equipamento deve estar localizado de forma a não interferir com outros equipamentos
e operações na área.

• Em caso de equipamento estar impossibilitado a se mover ou de ser removido,


representando perigo eminente, deve estar adequadamente sinalizado,
preferencialmente isolada a área, para evitar trafego em sua volta, de pessoas
estranhas dos serviços de reparos e manutenção (Fig. 2.13).

• A lança deve ser abaixada, ou se é impossível, deve ser calçada ou amarrada de forma
segura para evitar sua queda.
48
Nota: Calçar sempre a lança, ao montar ou
desmontá-la (Fig. 2.14). Nunca andar sobre,
parar sobre a lança durante essa operação e
nunca enfiar braços ou pernas dentro das
lanças hidráulicas, exceto que os seus
elementos estejam seguramente fixadas e
calçadas, estando essa lança instalada na
máquina ou fora dela (Fig. 2.15).

Fig. 2.13 - Isole a área e afaste as pessoas estranhas aos serviços de manutenção.

• Se a lança não pode ser abaixada os blocos de carga devem ser abaixados ao chão ou
fixados adequadamente contra quedas ou oscilações para não oferecerem perigo.

• Se houver risco de danos pessoais na montagem ou desmontagem de qualquer outra


parte da máquina, devido a queda ou movimento, essa componente deve ser calçado.

• Desligue o motor sempre que seu funcionamento não seja indispensável para os reparos.

• Em circunstância alguma o pessoal de manutenção deve ficar sobre ou sob a qualquer


componente da máquina, quando o motor funcionando, sem aviso explícito ao operador.

• Todos os controles devem ser neutralizados e travados para evitar acionamento


inadvertido ou acidental.
49

Fig. 2.14 – Calçar sempre a lança e todos os componentes que podem sofrer queda

Fig. 2.15 - Nunca enfiar as mãos ou os pés nas seções da lança


50
• Trave a partida e retire a chave de ignição
para garantir que a máquina não possa ser
ativada e ainda coloque um aviso visível de
“Não dê a partida” no cabine, junto aos
controles (Fig. 2.16).

• Coloque placas de aviso no exterior do


equipamento, alertando que a máquina
está fora de serviço (Fig. 2.17).

• Seja ordeiro.....mantenha limpo, isento de


graxa, óleo, cabos, correntes e as outras
peças usadas na manutenção. Conserve
as ferramentas em suas caixas e as peças
em suas respectivas embalagens. Só use Fig. 2.16 - Trave a partida e retire
produtos não inflamáveis para a limpeza. a chave de ignição e ainda coloque
Verifique seus sapatos que estejam secos um aviso visível: “Não dê a partida”
e limpos ao ter que acionar os freios.

Placas de aviso

Fig. 2.17 - Coloque placas de aviso no exterior do equipamento, alertando que a máquina
está fora de serviço

• Mantenha longe as mãos, os pés, suas roupas,


das engrenagens, cabos, tambores e polias.

• Nunca se escore nos cabos de aço ao subir no


teto do cabine.

• Use uma barra de guia para enfiar cabos


em moitões.

• Mantenha as mãos longe das correias do


ventilador quando o motor funcionando.

• Nunca use roupas folgadas, soltas ou


desabotoadas, que possam ser captadas
pelas partes móveis do equipamento. Fig. 2.18 - Nunca use roupas folgadas
Tenha sempre a mão um extintor de incêndio que possam ser captadas pelas partes
em perfeitas condições de uso (Fig. 2.18) móveis do equipamento e tenha a mão
sempre um extintor de incêndio. sempre um extintor de incêndio.
51
• Antes de retornar o equipamento ao
serviço, todos os componentes que
sofreram revisão, manutenção ou
reparo, devem ser sujeitos a inspeção
visual e os testes operacionais pelo
operador para certificar-se do seu
funcionamento adequado.

• Os painéis de proteção e as capas


sempre devem ser recolocados para
seus lugares, antes retornar a máquina
ao serviço regular.

• Nunca reinicie as operações, enquanto


não foi retirado da área todo pessoal
de serviço. Nunca dê a partida no motor,
enquanto todos os envolvidos não saibam
o que deve ser feito, quando e como a
ser feito (Fig. 2.19)

Os equipamentos hidráulicos oferecem


um certo perigo ao pessoal de manutenção,
quando sob pressão. Lanças e patolas são
mantidas em sua posição, sob pressão de fluído
hidráulico. Aliviando essa pressão, a lança vem Fig. 2.19 – Só dê partida na máquina
para baixo, as patolas se retraem. A pressão após a retirada completa do pessoal
do sistema pode ser mantida também por na área em volta do equipamento.
acumuladores. Essa pressão se não aliviada
adequadamente, pode causar os acidentes,
por jatos de óleo hidráulico ou “atirando” nas
pessoas, tampas, bujões de vedação, causando
danos graves (Fig. 2.20). Assim é uma questão
de bom senso, seguir as seguintes regras:

• Sempre baixar os acoplamentos ao chão


ou sobre dormentes de madeira antes de
iniciar os reparos.

• Sempre baixar o equipamento liberando


as patolas, antes de iniciar os reparos
(Fig. 2.21)

• Movimente as alavancas de comando para


cada uma das suas posições, antes de
iniciar qualquer reparo, para aliviar as
pressões acumuladas nos circuitos.

• Se estivermos obrigados a trabalhar com


a máquina sobre as patolas, ou com os Fig. 2.20 - Nunca trabalhe com os
acoplamentos suspensos, os mesmos circuitos hidráulicos pressurizados
devem ser seguramente calçados para
impedir seus movimentos. Movimente as
52
alavancas de controle (com o acoplamento
ou a lança calçada) para aliviar a pressão NÃO
acumulada e para verificar se os calços vão
suportar o peso, sem a ajuda da ação do
fluído hidráulico Fig. 2.22)

• Durante a operação, o óleo ou o ar nos


tanques não ventilados, aquecem e tendem
a expandir. Se removermos o tampão de
maneira brusca, a pressão interna pode
lançar fora o óleo aquecido. O óleo pode Nunca trabalhe em equipamentos
vir a ser muito mais quente do que a água, apoiados nas suas patolas.
podendo causar queimaduras graves.
Alivie sempre a pressão do tanque antes SIM
de remover completamente o tampão.

• Os ajustes de válvulas de alívio, nunca


devem exceder a especificação, sem o
consentimento do fabricante por escrito.
O reajuste dessas válvulas deve ser feita
por pessoal qualificado de manutenção. As maquinas devem repousar sobre
os seus pneus.
Equipamentos danificados necessitando
reparos mais complexos e demorados, devem SIM
ser completamente re-testados por inspetor do
fabricante ou seu representante, ou ainda por
entidade de testes licenciada, antes do seu
retorno ao serviço.

Cada seção de lança, se foi envolvido


em ocorrência, e é suspeito de danos, deve
ser removida do serviço até receber um uma
inspeção de engenheiro qualificado ou outra A máquina deve repousar sobre
autoridade competente, quem emite certificado dormentes adequadas de madeira.
de qualidade, atestando a integridade da
estrutura do componente. Fig. 2.21 - Diversas maneiras de apoiar
as máquinas, durante a sua manutenção
Nota: Reparos ou alterações de lança exigem
treinamento e conhecimentos especiais. Não
tente fazer reparos na lança, sem consultar o
fabricante, sua manutenção ou então o seu
representante. Necessitando de serviços de
solda, isto é particularmente importante !

Defeitos como descritos a seguir, devem


ser corrigidos imediatamente, para assegurar
operacionalidade segura:

• Todas as partes críticas dos mecanismos Fig. 2.22 – Antes de iniciar os


operacionais, que estiverem desgastadas, serviços de reparos, movimente as
corroídas, deformadas, trincadas ou alavancas de comando para aliviar a
quebradas. pressão hidráulica dos sistemas.
53
• Todas as partes críticas da estrutura, que estiverem trincadas, deformadas, quebradas
ou com desgaste excessivo.

• Os ganchos com defeito, devem ser descartadas, não sendo admitido seus reparos com
solda ou recondicionamento.

Todas as peças de reposição e os reparos devem ter a mesma confiabilidade e fator


de segurança como as peças originais e devem atender os requisitos das especificações do
fabricante. É recomendável adquirir peças de reposição genuínas do fabricante ou do seu
distribuidor.

É boa prática parar o equipamento durante a lubrificação, exceto em casos onde é


necessário o funcionamento para uma lubrificação eficiente. Os painéis de fechamentos e
tampas que são removidas para a execução dos serviços, devem ser reinstalados após a
conclusão e antes da devolução do equipamento ao serviço regular.

Todos os cabos e dispositivos de içamento devem ser inspecionados e receberem


manutenção, de acordo com as recomendações do fabricante e das normas da Associação
de Segurança de Construção de Ontário (“Rigging Manual”).

É importante que os reparos e ajustes sejam executados por pessoal especificamente


destinado e autorizado para isso. Durante a manutenção do guindaste, as orientações da
pessoa destinada a esse serviço devem ser obedecidas sem questionamento, exceto, se
essas instruções vierem de desencontro com as práticas seguras de operação, nesse caso
caberá o questionamento do operador, mas sempre deve ser avisado o supervisor de
manutenção, para obter a decisão final.

Nota: Em circunstância alguma devem pessoas não qualificadas se envolverem com


serviços de reparos e manutenção

Sugestões de Armazenamento da Máquina

Abaixo descritos estão alguns pontos a serem observados e seguidos para o


armazenamento da máquina. Em caso de armazenamento ao relento, as máquinas devem
ser muito bem protegidas para evitar corrosão.

• Baixar a lança para o solo e soltar a suspensão ou melhor ainda remover de uma vez a
lança, prender todos os cabos para evitar seu balanço ao vento.

• As máquinas devem ser cobertas para evitar ferrugem e deterioração.


• Se o armazenamento ocorrer ao relento as seguintes medidas de proteção devem ser
adotadas para a preservação contra as intempéries:

a) Limpeza completa, removendo todo tipo de sujeira e materiais estranhos.


b) Lubrificação completa como descrito no manual do fabricante.
c) Retocar a pintura danificada para evitar corrosão e deterioração.
d) Cobrir as superfícies usinadas e sem pintura com uma boa camada de graxa grossa,
para evitar ferrugem, exceto as superfícies da embreagem e os sapatas de freio.
Essas partes devem ser protegidas com material impermeável, lona ou plástico.
54
e) Calibrar todos os pneus, com a pressão de serviço normal e faça inspeções
periódicas para verificar se os mesmos não esvaziaram. Se possível suspenda todo
equipamento para que os pneus fiquem livres do solo, usando dormentes sólidos,
seguros para evitar instabilidades e tombamento.
f) Acione os freios de estacionamento e deixe solto os freios de escavação.
g) Faça a drenagem da água acumulada dos tanques de freio a ar para evitar ferrugem.
h) Recolher completamente as patolas e os macacos hidráulicos.
i) Cubra as entradas de ar e a descarga para evitar entrada de sujeira, pó e umidade.
j) Se não for utilizado solução de impedir congelamento (“anti-freezing”), drenar o
sistema de resfriamento nos dois motores (superior e inferior), deixando aberto os
drenos.
k) Remover as baterias e armazená-las em local adequado, para evitar congelamento e
tenha cuidado de recarregá-las periodicamente.
l) Proteger as aberturas, frestas no mecanismo de lança e dos freios com lona plástica
para impedir entrada de água de chuva. (Cubra completamente se possível).
m) Posicione todas as alavancas de controle para o Neutro e deixe os pedais soltos.
n) Trave todas a portas e se a área for suspeito de atos de vandalismo, cubra todos os
vidros com chapas de compensado ou de ferro.

Nota: Tenha cuidado redobrado na escolha do local de armazenamento, para evitar atrair
crianças para brincarem sobre a máquina, tendo em vista que isso representa perigo de
acidentes que poderão ser muito sérios.
55
CAPÍTULO 3

MONTAGEM E AJUSTE DA MÁQUINA

Mais de 50% dos acidentes envolvendo


guindastes móveis, são resultados de erros
cometidos em virtude de pressa desordenada,
falta de atenção na hora da montagem e os Fig. 3.1 - Mais de 50% dos acidentes
ajustes de pô-la em funcionamento. (Fig. 3.1)
ocorrem durante a montagem e ajustes
Todos esses acidentes poderiam ser evitados se fossem seguidos as recomendações
do fabricante, no que diz a respeito da desmontagem e montagem, utilizando os meios
corretos e observando as precauções. A improvisação pode ter conseqüências fatais.

Tendo em vista a complexidade de equipamentos e a vasta gama de variações dos


projetos de equipamentos, não é possível apresentar um sumário detalhado para
desmontagem, montagem e ajuste de cada modelo. Esse capítulo detalha alguns
procedimentos a serem seguidas.

O responsável pela operação segura de um guindaste é sempre a pessoa quem


ordena o serviço, seja o engenheiro, arquiteto, construtor ou o proprietário da obra.

Se essa pessoa ou entidade não preparar a área adequada de trabalho para o


guindaste, a operação será uma operação insegura, independente das condições do
equipamento e a habilidade do operador.

O responsável pela operação deve ter consciência da necessidade de observar certos


fatores de segurança com precauções quanto a segurança pública, patrimonial e pessoal:

• O equipamento tem acesso para o canteiro com a pista em condições adequadas,


quanto a qualidade da pista, inclinação, ausência de obstáculos, tubulações de utilidades
desprotegidas (água, telefone, esgoto e outros)? Existe área de manobras suficiente em
volta para o equipamento e caminhões de transporte de material e componentes do
guindaste? Espaço suficiente para montagem e desmontagem de lanças e torres? Há
condições para isolar a área de trabalhos para evitar riscos de acidentes para terceiros?

• Saber onde o guindaste deverá ficar para cada içamento, saber o maior raio de operação
e ter uma folga no mínimo de 60 cm entre o contrapeso e os obstáculos adjacentes
(Fig. 3.2). Isolar a área correspondente a essa distância em volta do equipamento. Está
perfeitamente nivelada e compactada a área onde vai estacionar o guindaste?
Lembre-se que essa área e o equipamento devem estar perfeitamente niveladas.
Nunca posicione um equipamento em beirada de taludes, aterros, muros de arrimo
frágeis, sobre tubulações, pois com a vibração do equipamento pode ocorrer
desmoronamento (Fig. 3.3). Tem que tomar cuidado especial com a proximidade de
outros equipamentos, mesmo que os mesmos tenham lanças de comprimentos
diferentes, para evitar colisões. Os guindastes devem ser posicionados de forma que o
operador tenha visibilidade perfeita e devem ter se possível comunicação direta via radio
(Fig. 3.4) para poderem alertar um ao outro em caso de perigo de colisão. É
recomendável que seja designada uma pessoa para coordenar a movimentação, também
equipado com radio.
56

Folga mínima de 60cm

Fig. 3.2 - Sinalizar a área com uma margem de folga de 60 cm o raio de giro do
contrapeso para evitar acidentes, preferencialmente isolar a área

• Os equipamentos devem ser posicionados


de maneira a não interferirem com áreas
destinadas ao tráfego do público, sejam
veículos ou pedestres. Se isso não for
possível deve ser bem sinalizada a área
e designada uma pessoa para alertar e
sinalizar, controlando o acesso para toda
área do raio de operação do guindaste.
Se a máquina estiver posicionada numa
via pública, o usuário deve providenciar
autorização para impedir faixas de pista
de tráfego e deve requerer auxílio das
autoridades policiais para o controle do
tráfego e dos pedestres.
(Fig. 3.5)

Fig. 3.3 - Nunca posicione o guindaste em


bordas de taludes, barrancos canaletas e
aterros, para evitar desmoronamento
devido a vibração do equipamento.
57

Fig. 3.4 – Quando dois ou mais guindastes estão trabalhando próximos, os operadores
devem ter comunicação direta via radio.
58

Fig. 3.5 - Se a máquina estiver posicionada numa via pública, o usuário deve
providenciar autorização para impedir faixas de pista de tráfego e deve requerer
auxílio das autoridades policiais para o controle do tráfego e dos pedestres.

• Nunca deve ser operada um máquina nas proximidades de linhas vivas de eletricidade,
sem as seguintes precauções:

a) Desenergizar a linha viva, ou


b) Providenciar isolação adequada, ou
c) Posicionar especificamente um operário sinalizador para alertar o operador quando
está se aproximando a linha viva.

Na seção Perigos Elétricos existem as definições exatas para esses procedimentos. Os


contatos acidentais com linhas vivas são uma das causas principais de acidentes fatais
na indústria de construção - não facilite (Fig. 3.6).

• O solo é firme e suporta o peso da máquina, da carga, dos momentos de esforço


causados em função do içamento, vento e oscilações durante as operações?

• O solo deve ter firmeza suficiente para não ceder, trincar ou recalcar durante toda a
operação (Fig. 3.7).
59

Fig. 3.6 - Os contatos acidentais com linhas vivas é uma das causas principais
de acidentes fatais na indústria de construção - não facilite !

• As pressões praticadas pelos guindastes


modernos podem variar de 14,6 a 70,3
kg / cm2 ( 200 a 1000 psi – libras por
polegada quadrada – A. L. Casillas), assim
é extremamente importante que o solo seja
firme e nivelado e ainda é recomendável a
utilização de dormentes sólidos de madeira,
para distribuir a essa carga.
(Fig. 3.8).
Em caso de instalarmos o guindaste sobre
uma laje ou outra estrutura existente, essas
precauções passam ter maior importância
ainda, tendo em vista que essa sobrecarga,
poderá até causar o desmoronamento de
toda a estrutura.

Fig.3.7-Nunca opere o guindaste


sobre terreno mole ou instável.
60
• Se o solo for especialmente instável ou alagado, medidas especiais devem ser
adotadas para garantir bases satisfatórias ao equipamento. Dormentes placas de aço ou
mesmo apoios de concreto devem ser utilizados, para distribuir o peso do guindaste (Fig.
3.9) e a consistência do solo deve ser continuamente controlada para eventuais ajustes
das patolas.

Calçamento inadequado Calçamento inadequado

O peso do guindaste deve ser


distribuído sobre grandes
Calçamento inadequado
dormentes de madeira sólida.

Fig. 3.8 - Precauções de apoio com dormentes de madeira sob o equipamento

• Quando a operação e taludes não pode ser evitada, a máquina deve ser nivelada pelas
patolas ou então, deve ser construída uma base nivelada e firme, especial, tipo
plataforma, para garantir uma superfície plana de trabalho (Fig. 3.10). Devemos lembrar
que um mínimo caimento de 1º pode afetar seriamente a estabilidade e a capacidade de
um guindaste.
61

Fig. 3.9 – Em caso de terreno fofo, dormentes de madeira devem ser utilizados, para
distribuir o peso do guindaste

Dormentes

Superfície do terreno natural

Aterro compactado

Fig. 3.10 - Quando a operação em taludes não pode ser evitada, deve ser construída
uma base nivelada e firme, especial, tipo plataforma, para garantir uma superfície plana
de trabalho

• Se o guindaste estiver parado em região de águas empoçadas o efeito erosivo da água


pode afetar a estabilidade do terreno, que pode abalar a estabilidade da máquina. Numa
situação dessas devemos ter atenção especial, podendo ser necessária uma fundação
mais profunda e sólida.
62
• Devemos considerar as variações climáticas, durante o inverno as esteiras, pneus e
patolas podem congelar ao solo, dando a falsa impressão de estabilidade. Na época de
degelo praticamente impossível determinar a capacidade de carga do solo. Assim,
sempre devemos nos basear em condições assumidas para o verão seco.

A responsabilidade do operador e do grupo de montagem inicia quando o guindaste


chega ao canteiro, mesmo, a despeito de outras afirmações, o operador também é
responsável, para que tudo esteja dentro das normas, mesmo antes de conclusão da
montagem e início da operação.

Independente da marca e tipo de guindaste, a montagem e ajuste devem ser


executados estritamente dentro das recomendações do fabricante e seu representante, de
tal maneira que os riscos pessoais e materiais sejam excluídos.

O manual específico do guindaste a ser utilizado deve estar disponível no canteiro, a


ser utilizado pelo equipe, que por sua vez deve estar familiarizado com todos os
procedimentos. Qualquer desvio desses procedimentos só poderá ser admitido após terem
sido discutidos com o fabricante e só mediante sua aprovação.

Tendo em vista que os manuais são volumosos, é preferível mante-los no escritório e


é recomendável disponibilizar para o pessoal de campo um sumário conciso dos
procedimentos de montagem e desmontagem em forma de lista de tarefas (check-list).

Durante a montagem ou desmontagem de lanças as seguintes precauções devem ser


observadas para garantir a segurança:

• Antes de montar a lança, determine o peso das cargas, dos içamentos, a altura do
içamento e o raio de operação. Depois, verifique na tabela de cargas a lança mais curta
que atende esses requisitos, nunca use lança mais longa do que o necessário (Fig. 3.11)

Lista de montagem (check-list)

Fig. 3.11 - Nunca instale lança mais longa do que o necessário


63
• Nunca inicie a montagem de uma lança,
sem saber antes qual é o contrapeso correto.
Para suspender lanças mais longas podem
ser necessárias contrapesos mais pesados
do que seria o normal necessário para
operação.
Em alguns modelos esse contrapeso
adicional deve ser removido antes de iniciar
a operação normal, para não comprometer
a estabilidade do guindaste (Fig. 3.12).
Trafegar com guindaste de pneus, com os
contrapesos de pára-choques é prática
errada, pois leva a danificar a suspensão e
o sistema de direção da máquina (Fig. 3.13)

Contrapesos de pára-choque

Fig. 3.13 – Não trafegar com os


contrapesos montados
Fig. 3.12 - O excesso de contrapeso
pode fazer tombar a máquina

• Nunca instale ou remove contrapesos sem antes ter certeza que a máquina está
estacionada em terreno firme e em nível, as patolas estão completamente estendidas
e os macacos ativados, e os pneus suspensos do solo (Fig. 3.14). Se a lança oscilar
para o lado, com a máquina sobre os pneus, a máquina pode tombar. É
recomendável – sempre - ativar a trava de giro, quando se trabalha nos contrapesos
ou durante a montagem ou desmontagem da lança (Fig. 3.15)

• É de mesma forma, muito importante montar, suspender, abaixar ou desmontar a


lança, direcionando a mesma para a parte posterior, traseira da máquina, uma vez
que essa é a área de maior capacidade de carga (Fig. 3.16 a / b). Se a máquina não
estiver suspensa do solo e as patolas estendidas, a parte dianteira do equipamento
pode se erguer do solo. No caso de guindastes de esteiras devemos calçar as
extremidades da esteira com dormentes para evitar deslocamentos.

• É importante que todos os componentes sejam marcados, devidamente identificados


durante a montagem, para assegurar que sejam utilizadas as seções corretas para
cada guindaste. Nunca utilize componentes que apresentem deformações,
amassamentos e soldas com trincas. Os pinos de montagem devem passar
livremente nos seus furos sem necessidade de forçá-las (Fig. 3.17)
64

Fig. 3.14 - Nunca instale ou remove contrapesos com a máquina sobre os pneus
devem estar sobre as patolas e com os pneus suspensos, livres do solo
65

Fig. 3.15 - Não estendidas as patolas pode causar o tombamento da máquina.


66

Fig. 3.16 a - Ao suspender ou abaixar a lança, a mesma deve ser direcionada para a
parte traseira do equipamento, as patolas devem ser completamente estendidas e
os pneus livres, suspensos do solo.
67
• Só devemos utilizar pinos, parafusos e porcas, de dimensões corretas, para a
montagem das seções, na seqüência correta, conforme as instruções do fabricante e a
identificação dos componentes.

• Sempre que possível, monte a lança, utilizando as seções mais curtas no pé da lança.
Duas seções curtas pesam mais do que um única seção de comprimento equivalente,
assim favorecemos a estabilidade da máquina (Fig. 3.18)

seções curtas
Fig. 3.18 - Sempre que possível, monte a lança, utilizando as seções mais curtas
no pé da lança.

Fig. 3.16 b – Calços de dormentes sob as extremidades das esteiras evitam


afundamento e instabilidade ao suspender ou abaixar a lança.
68

Fig. 3.17 - Os pinos de montagem devem passar livremente nos seus furos sem
necessidade de forçá-las
69
• Ao montar as seções de lança mantenha os cabos de sustentação atrás das seções a
serem montadas, alinhe os dois furos de montagem superiores das duas seções, insere
os dois pinos de topo e coloque as travas. Suspende um pouco o conjunto até os furos
da parte de baixo se alinharem e coloque os dois pinos inferiores com suas travas.
Repita esse procedimento, estendendo os cabos conforme necessário, até concluir a
montagem (Fig. 3.19 & Fig. 3.20). Nunca trabalhe em baixo da lança ! É
recomendável calçar cada extremidade de cada seção durante a montagem. Nunca pare
sobre ou perto da lança durante essa operação. Saiba o comprimento máximo da lança
que possa ficar em balanço e nunca exceda esse limite (Fig. 3.21)

Comprimento em balanço

Fig. 3.21 – Saiba o comprimento máximo da lança que possa ficar em balanço

• Devemos ter cuidado para os cabos e


cordas não se enrosquem nos pinos,
nos grampos e presilhas. Verifique esses
pinos se estão montados corretamente
com as suas travas – grampos de mola não
são recomendadas uma vez que tendem
sair das suas posições acidentalmente.
(Fig. 3.22).

• Lanças mais compridas requerem um


equipamento especial para a sua
suspensão, como pau de carga ou um
tirante intermediário. Nunca tente suspender
uma lança longa sem esses recursos a mão.
Os fabricantes de guindastes especificam o
comprimento da lança que pode ser suspensa
com os recursos do próprio guindaste, e os
que necessitam equipamento ou recursos Grampos mola
especiais.
Os cabos de sustentação intermediários são
designados para suportar a parte intermediária grampo mola
Fig. 3.22 - Não use grampos
da lança (Fig. 3.23).
mola no lugar da travas, uma
Em posições de montagem em ângulo baixo
vez que essas podem escapar
os cabos de sustentação oferecem algum suporte, Fig. 3.22 - Não use grampos
num ângulo em torno de 45º esse suporte já deixa de mola no lugar da travas, uma
ser confiável. vez que essas podem escapar
70

Inserir em 1º lugar
os pinos superiores

Alinhar as demais seções, juntando-as


e inserir todos os pinos superiores

Suspender um pouco o conjunto e inserir


todos os pinos inferiores. Nunca trabalhar
em baixo da lança !

Abaixar novamente a lança e mudar o cabo


de sustentação para a ponta da lança
3.19 – Seqüência de montagem das seções das lanças
71

(1)Instalar os pinos
superiores

(2)Alinhar as seções intermediárias, juntá-las


e colocar só todos os pinos superiores.
Suspender o conjunto e instalar todos os
pinos inferiores – abaixar de novo a lança
e mudar o(s) cabo(s) de sustentação para a
emenda da última seção já fixada

(3)Alinhar mais seções e repita o passo (2)

(4)O último passo agora é mudar o(s) cabo(s) de sustentação para a ponta da lança

Fig. 3.20 – Seqüência de montagem de lanças longas – requer a mudança


do(s) cabo(s) de sustentação na medida que aumentar o comprimento da
lança.Ponto intermediário
72

Ponto intermediário

Fig. 3.23 - Os cabos de sustentação intermediários são designados para suportar a


parte intermediária da lança

• Se o pau de carga do guindaste não pode ser estendido, é recomendável utilizar sempre
na sua posição mais alta, independentemente do comprimento da lança. Com a
solicitação de esforço menor garantimos maior durabilidade e mais segurança a máquina
(Fig. 3.24)

Fig. 3.24 - Se o pau de carga do guindaste não pode ser estendido, é recomendável
utilizar sempre na sua posição mais alta, independente do comprimento da lança.

• Quando a lança já montada, verifique o comprimento dos cabos de sustentação se são


suficientes para o comprimento da lança. Em máquinas de lanças curtas se os cabos de
sustentação forem só um pouco mais longas, o peso do mastro pode empurrar a lança
descarregada contra o batente quando aproximarmos ao raio mínimo (Fig. 3.25). Isso
significa que a lança deverá ser afastada dos batentes ao pendurar a carga no gancho.
Com lanças mais longas, usando cabos de sustentação muito curtos, vamos
sobrecarregar a lança, o mastro e os cabos de sustentação bem como o próprio sistema
de içamento ao manusearmos cargas próximas ao limite de capacidade (Fig. 3.26)
73

Cabo de
Sustentação

Mastro
Mastro

A lança
tomba

Fig. 3.25 - Em máquinas de lanças curtas se os cabos de sustentação forem só um pouco


mais longas, o peso do mastro pode empurrar a lança descarregada contra o batente
quando aproximarmos ao raio mínimo.

Mastro
O ângulo fica menor com
cabos de sustentação
mais curtos.

Fig. 3.26 - Com lanças mais longas, usando cabos de sustentação curtos, vamos
sobrecarregar a lança, o mastro e os cabos de sustentação bem como o próprio
sistema de içamento ao manusearmos cargas próximas ao limite de capacidade.

• É muito importante termos os cabos de sustentação todos do mesmo comprimento, para


evitarmos a torção da lança e mal distribuição de carga, que poderá resultar em danos da
estrutura. (Fig. 3.27)

• Para lanças longas devemos utilizar barras de espaçamento para os cabos de


sustentação, para evitarmos que os mesmos batam ou se enrosquem na lança ou nos
pinos de conexão. (Fig. 3.28)
74

É muito importante termos os


cabos de sustentação todos do
mesmo comprimento, para
evitarmos a torção da lança e
mal distribuição de carga, que
poderá resultar em danos da
estrutura

Fig. 3.27
75

Para lanças longas devemos utilizar


barras de espaçamento para os cabos
de sustentação, para evitarmos que os
mesmos batam ou se enrosquem na
lança ou nos pinos de conexão

Fig. 3.28
76
• Verifique o indicador de ângulo da lança, se está instalada e ajustada corretamente:
Suspenda a lança até sua posição horizontal, verifique o nível com um nível de
carpinteiro sobre o meio da lança e ajuste o indicador para leitura zero. Depois ergue a
lança lentamente e observe o movimento do pêndulo em diversas posições. Se o
indicador emperrar ou arrastar, faça os devidos reparos (Fig. 3.29)

Fig. 3.29 - Verifique o indicador de ângulo da lança com um nível de carpinteiro

Nota: Os indicadores de lança tem exatidão apenas aproximada. Ao suspender


cargas próximo ao limite de capacidade, o raio deve ser determinado,
medindo exatamente, do eixo do giro até o centro de gravidade da carga
(Fig. 3.30).

• Ao instalar a contrabalança, verifique antes de mais nada se seu comprimento atende a


combinação com a lança. Para isso a máquina deve estar nivelada, em local plano,
patolada e com a lança voltada para trás. Verifique se os batentes amortecedores
funcionam corretamente.

• Mantém as pessoas estranhas, não envolvidos desse trabalho, afastados, e as


passarelas limpas e livres de graxas e óleo.

• Nos guindastes equipadas com contrabalança articulável, as seções articuláveis devem


ter meio de controlar os movimentos de oscilação ao serem removidos os pinos para
serem dobradas e guardadas. (Fig. 3.31)
77

Fig. 3.30 – Não confie somente no indicador de ângulo ao suspender cargas pesadas,
faça a medição do raio real
78

Fig. 3.31 - Controle as oscilações da contrabalança

• Verifique que exista espaço para movimentar a contrabalança, do seu ponto de


armazenamento para a sua posição operacional, e para estender a lança.
79
• Alguns fabricantes especificam limites de velocidade de vento, para suspender lanças
muito compridas. Esse limite deve ser rigorosamente respeitada, uma vez que essa
operação exige mais dos componentes da máquina, do que o manuseio de cargas
pesadas acrescidas a pressão do vento e isso pode causar danos ao equipamento.

• Uma vez a lança levantada, verifique o dispositivo limitador de içamento, se está


instalado e funcionando adequadamente. Se ajustado adequadamente, o mesmo deve
desacoplar o levantamento da lança, logo que a mesma chegar próximo ao raio mínimo.
Para verificar isso, sobe a lança muito cuidadosamente até atingir o raio mínimo. Nesse
ponto os batentes devem acoplar nos seus encaixes na lança, mas as molas não devem
ficar completamente comprimidas. A chave limitadora da lança deve estar conectando.
As vezes pode ser necessário subir mais um pouco a lança para liberar a catraca, após o
funcionamento do dispositivo limitador. Ergue a lança com extremo cuidado, pois os
batentes ou a seção inferior podem ter sido danificados por ter sido passado o ponto de
raio mínimo.

• Para obter uma margem extra de estabilidade ao baixar a lança, baixa o bloco do gancho
ao nível do chão, antes de baixar a lança. Lembre-se para reajustar as patolas e colocar
contrapesos adicionais (se necessário), antes de baixar a lança.

Nos guindastes equipados com lanças e rodas dobráveis, a máquina deve estar em solo
firme e nivelado e com as patolas estendidas quando baixando a lança. Todos os
movimentos devem ser lentos para evitar choques abruptos sobre a lança. Verifique que
a roda basculante não se ache numa depressão no solo, pois se isso acontecer, a seção
dianteira da lança poderá se aliviar abruptamente e a seção traseira poderá vir a cair.
(Fig. 3.32)

Operários continuam sendo esmagados anualmente por seções de lança que caem
durante o desmonte. (Fig. 3.33). Todos esses acidentes poderiam ser evitados se
providenciados calços sob cada seção de junta e observados os procedimentos corretos.

Quando é necessário remover uma seção de lança, o operador nunca deve se


posicionar sob a lança, para tentar remover o pino de fixação. (Fig. 3.34)

A seguinte seqüência de operação deve ser praticada, exceto recomendações


diferentes do fabricante (Fig. 3.35 / Fig. 3.36 / Fig. 3.37) :

a) Mude o equipamento para uma área plana e livre de pessoas.


b) Posicione as patolas e nivele a máquina.
c) Verifique o contrapeso se é o correto.
d) Ative a trava de giro.
e) Baixe a lança sobre a parte traseira.
f) Posicione a lança para quase horizontal.
g) Coloque calços sob o bico da lança e por baixo de ambos os lados de cada junta.
80

‘’

Calços de dormentes sob as


Juntas em ambos os lados.

Fig. 3.34 – Nunca trabalhe em baixo da lança (Lado Externo = Lado seguro
Lado Interno = Suicídio)

h) Baixe a lança sobre os calços de dormentes até afrouxarem os cabos de sustentação.


h) Mude os cabos de sustentação para trás, reatando os na seção inferior da lança.
i) Suspenda a lança um pouquinho, o suficiente para tensionar os cabos de sustentação
para suspender o bico da lança.

j) Remova os pinos inferiores da emenda diante (da frente) dos cabos de sustentação.
k) Baixe a traseira da lança sobre os calços de dormentes, verifique se estão firmes.
l) Remova os pinos superiores da emenda diante (a frente) dos cabos de sustentação.
m) Repita essa seqüência de trabalho até o completo desmonte da lança.
Em alguns casos a plataforma da máquina pode ser usado como calço para apoiar as
seções de lança (Fig. 3.38) mas independente do processo de desmontagem utilizado,
nunca trabalhe ou ande sob a lança do guindaste, fique do lado de fora.

Em virtude dos acidentes que já ocorreram com pessoal de montagem bem treinado,
há sugestões de modificar o sistema de pinos de fixação, para torná -los inacessíveis por
baixo da lança, impossibilitando o montador ficar trabalhando por baixo da mesma.
81

Lança Dobravel

Fig. 3.32 - Verifique que a roda basculante não se ache numa depressão no solo,
pois se isso acontecer, a seção dianteira da lança poderá se aliviar
abruptamente e a seção traseira poderá vir a cair
82

Fig. 3.33 - Operários continuam sendo esmagados anualmente por seções de


lança que caem sobre eles durante o desmonte de uma lança.
83
A ilustração na (Fig. 3.39) mostra um pino
com ressalto, que só pode ser colocado entre os
olhais, só pelo lado interno, mas, para retirá-lo,
tem que ser pelo lado externo da lança.

Na (Fig. 3.40) está indicada uma lingüeta


soldada ao lado externo do olhal, que tem o papel
de impedir a introdução do pino pelo lado externo
da lança. Essa solução é pouco prático, e fácil
de burlar uma vez que, existem pinos sem
cabeça, pinos mais longos, pode ser cortada parte
da cabeça do pino – permitindo a passagem.

Ilustração na (Fig. 3.41) mostra um pino


de duas pontas, sem cabeça de uma vez. Nesse
caso pode se trabalhar, colocar e remover o pino
pelo lado externo, sem a necessidade de entrar
em baixo da lança.

Uma vez que a lança estiver instalada , a


máquina está pronta para entrar em serviço. Sua
localização deve ser escolhida, visando minimizar
a necessidade de giros e levantamentos, sempre
que possível sobre a parte posterior, que é a área
de maior capacidade de trabalho (guindastes de
pneus).

Mais de 50% de falhas e problemas com


guindastes sobre pneus é causado por:

• Falha na extensão total das patolas e na


Suspensão dos pneus do solo
(Fig. 3.43)

• Falha no uso das patolas


(Fig. 3.42)
• Condições precárias do solo
(Fig. 3.45)

• Calço inadequado sob as patolas


(Fig. 3.46)

• Falha no nivelamento do guindaste


(Fig. 3.44)

Fig. 3.35 - Escolhe uma área plana e


livre de movimentação de pessoas
para baixar e desmontar a lança
84
1 -Baixar a lança até quase horizontal

2 -Colocar calços sob o bico da lança e baixar até os cabos de sustentação aliviarem a tensão

3 - Mudar os cabos de sustentação para trás


até e refixar na seção inferior

4 - Suspender levemente a lança e remover os pinos


superiores da emenda, em frente dos cabos de
sustentação.

5 -Acrescente calços intermediários e


abaixe a lança sobre os calços

6 -Remover os pinos superiores da emenda,


em frente dos cabos de Sustentação.

7 -Repita os passos 3 a 6 até o completo desmonte da lança

Fig. 3.36 - Seqüência de operação que deve ser praticada, exceto recomendações
diferentes do fabricante

(Continua nas páginas seguintes)


,
85
Os pinos sendo removidos
Cabode
Cabo desustentação
sustentaçãoesticado
reconectado atrás, os
pinos sendo removidos, cabo de
Osustentaçã esticado
eixo da lança forma
uma linha reta
O eixo da lança forma uma
linha
Bico reta
da lança no solo
ou sobre calço
Bico da lança no solo
Os pinos inferiores podem ser removidos
ou sobre calço

Os pinos inferiores podem ser removidos

CORRETO

Cabo de sustentação tensionado em


frente dos pinos removidos

Pinos inferiores removidos

E R R A D O !!!! (A lança vai cair)

Cabo de sustentação conectado atrás, pinos sendo removios

O bico da lança não foi apoiado


no solo ou nos calços

Pinos superiores removidos E R R A D O !!!! (A lança vai cair)

Fig. 3.37 - Seqüência de operação que deve ser praticada, exceto recomendações
diferentes do fabricante

(Continuação da página anterior)


86

Lingüeta soldada para


impedir inserção do
pino trava pelo lado
externo da lança

Fig. 3.38 – A plataforma pode ser


Fig. 3.40 – Detalhe de lingüeta soldada
usada como calço temporário
para impedir a inserção do pino trava
pelo lado externo da lança

Pino com ressalto que só


pode ser inserido pelo
lado interno Pino de duas pontas, sem cabeça
permite inserção e remoção pelo
lado externo da lança

Fig. 3.39 – Detalhe do pino com ressalto

Fig. 3.41 – Detalhe do pino com duas


pontas e sem cabeça
87

Falha na extensão
completa das patolas

Falha na extensão
completa das patolas

Falha na suspensão das


rodas deixando as livres

Fig. 3.43 – Causas comuns de acidentes com guindastes


88
Em virtude dos freqüentes acidentes causados por erros de montagem é
recomendado que:

• Ao posicionar um guindaste de pneus para suspender uma carga, independente do peso


dessa carga, sempre use as patolas (se houverem) completamente estendidas sobre
área de solo compacto, sólido.

• Em caso de guindastes com patolas hidráulicas, todas as rodas na área das


patolas devem ser suspensas, livres do solo, e as patolas devem ser
completamente estendidas, mantendo as rodas do guindaste livres do solo. Assim
o equipamento trabalha com a taxa de segurança “sobre patolas”. Do contrário a
taxa de segurança será “sobre pneus” – não existe meio termo.
Fig. 3.47 - Fig. 3.48)

Nota: Não estenda todas as patolas e abaixe todos os macacos de uma única posição de
controle, uma vez que é impossível enxergar as laterais. Uma vez estendidas as
patolas e baixados os macacos, a máquina poderá ser nivelada de um ponto só.

• Certifique-se que as patolas estejam apoiadas, firmes e niveladas, se a superfície é


regular para suportar a carga. Área acidentada, pedras e solo mole devem ser evitadas
para não tombar a máquina ou as patolas afundarem e se danificarem. Observe
continuamente as patolas, especialmente antes do içamento de cargas próximas ao
limite de capacidade. Se as patolas chegaram a afundar, perderam seu efeito de apoio,
continuar a operação torna-se insegura (Fig. 3.49).

• Se o guindaste tiver que trabalhar sobre os pneus, use sempre os calços das rodas
(Fig. 3.50) e acione os freios de ar, para manter o equipamento na sua posição. Se a
máquina é de tipo de dois motores, conserve o motor da carreteira funcionando para
manter a pressão do ar. Não use os freios de mão ou de estacionamento durante esse
serviço, uma vez que se a máquina se deslocar a diferencial permite as rodas rodarem.
Tenha certeza da pressão correta dos pneus, pois se não estiverem, a capacidade de
carga fica reduzida.

• Todas as capacidades listadas no gráfico de cargas “sobre patolas” e “sobre pneus”, são
baseadas sendo peso morto.

A importância de manter o guindaste nivelado, não pode ser suficientemente


enfatizada. A tabela seguinte indica qual é a perda de capacidade da máquina se a mesma
estiver fora de nível, por graus de desnível.

Perda de capacidade em porcentos


em caso de desnível (em graus)
Comprimentos de Lança e Raio de Içamento 1º 2º 3º

Lança Curta – Raio Mínimo 10% 20% 30%


Lança Curta – Raio Máximo 8% 15% 20%
Lança Longa – Raio Mínimo 30% 41% 50%
Lança Longa – Raio Máximo 5% 10% 15%
O que representam 1º, 2º e 3º, está indicado na (Fig. 3.51) o que se relaciona com a
diferença em elevação entre os pneus, esteiras ou patolas e a distância entre as mesmas.
89
O melhor método para determinar o nivelamento da máquina é o uso de nível de
pedreiro (Fig. 3.52), e depois suspender a lança e baixá-la fora da linha da carga. Gire
para o lado e a linha ainda deve permanecer no centro da lança (Fig. 3.53).

Fig. 3.45 - Condições precárias do solo são fatores contribuintes aos acidentes

Fig. 3.46 - Maioria dos acidentes com guindastes é causada por calçamento
ineficiente sob as patolas
90

Fig. 3.44 - Falhas de nivelamento são também grandes responsáveis por acidentes
91

Fig. 3.42 – Acidente comum em virtude do uso inadequado de patolas

Em Nível Em Nível Fora de Nível


Fig. 3.53 – Use a linha de carga para determinar o nível da máquina,
a linha deve estar sempre no centro da lança
92

Fig. 3.52 - A melhor maneira de verificar se a máquina está nivelada, é a utilização de


um nível de carpinteiro. Nos guindastes modernos, os níveis vem incorporados ao
equipamento
93
mm

609.6
584.2
558.8
533.4
508.0
482.6 3º Fora de Nível
457.2 2º Fora de Nível
431.8
406.4
381.0
355.6
330.2
Diferença (Y) em 304.8
Elevação entre os 279.4
Pneus, Esteiras 254.0
ou Patolas 228.6 1º Fora de Nível
(Ver Detalhe A) 203.2
177.8
152.4
127.0
101.6
76.2
50.8
25.4

1,524 3 ,048 4,572 6,096 7,620 9,144 10,668 12,192


v a l o r e s e m m e t r o s

Distância (X) entre Pneus, Esteiras ou Patolas (Ver Detalhe B)

Detalhe A Detalhe B

Y Y Y Y

Fig. 3.51 - Perda de capacidade do guindaste em função do falta de nivelamento


94

Para manter as taxas máximas sobre


patolas” todas as patolas devem ser
estendidas completamente e as rodas
devem estar suspensas, livres do solo.

Fig. 3.47 - Para manter as taxas máximas “sobre patolas” todas as patolas devem ser
estendidas completamente e as rodas devem estar suspensas, livres do solo.
95

Não ! – As rodas estão suportando a carga.

Não ! – Todas as patolas devem ser estendidas completamente.

Sim ! – Utilização correta das patolas.

Fig. 3.48 - Utilização correta de


patolas
96

Suporte precário

Trabalhando em solo instável, ajuste


freqüentemente as patolas

Suporte precário

Use calços resistentes sob as patolas

Suporte precário

Fig. 3.49 - A utilização correta das patolas é muito importante para


garantirmos a estabilidade do guindaste.
97

Calços

Fig. 3.50 - Se o guindaste tiver que trabalhar sobre os pneus, use sempre os calços
das rodas e acione os freios de ar, para manter o equipamento na sua posição.
98
CAPÍTULO 4
PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO E PRECAUÇÕES

Esse capítulo detalha as normas de segurança e as recomendações , que


representam a experiência coletiva das associações de segurança, fabricantes, seguradoras
e grandes usuários de guindastes, no que se refere as causas mais freqüentes de danos
pessoais e materiais em equipamentos. A observação cuidadosa dessas recomendações
vai nos auxiliar a nos prevenirmos contra a maioria de acidentes comuns.

RESPONSABILIDADES DE GERENCIAMENTO

A responsabilidade não é individual somente da pessoa envolvida com operação do


guindaste. A gerência também tem sua responsabilidade.

É responsabilidade da gerência e da supervisão, garantir, que o pessoal envolvido


com a montagem e operação seja bem treinado quanto os procedimentos operacionais e de
segurança.

O empregador deve se assegurar que os guindastes sejam somente operados por


pessoas bem treinadas e competentes, habilitadas e possuidores da licença emitida pelas
autoridades. Os guindastes, como todos os equipamentos pesados, são equipamentos
potentes para poder cumprir a sua tarefa, não se confia uma potência mecânica em mãos
não qualificadas. Deve ter também certeza que o pessoal que manuseia as cargas seja
treinada para isso, conheça os princípios de operação e tenha capacidade de estimar pesos,
distâncias e alturas, bem como, ter visão de segurança, sua e dos demais envolvidos com a
operação.

A elaboração de um plano de segurança, o treinamento de todo o pessoal e a


delegação das responsabilidades individuais é de responsabilidade do empregador. É
responsabilidade do empregador ainda o planejamento de todas as fases de operação,
envolvendo guindastes. Isso inclui, acesso a área, as condições da área de operações, a
remoção de objetos e obstáculos que representam riscos e perigos, como as redes elétricas.
É importante designar um elemento para supervisionar a segurança, com autoridade
suficiente para interromper, suspender os trabalhos em caso de práticas operacionais
inseguras. Sem essa autoridade constantemente presente, não podemos contar segurança
absoluta para o pessoal e o equipamento.

OPERADORES

Em virtude dos requisitos necessários para a operação segura de um guindaste e a


responsabilidade que isto representa, cada operador deve estar consciente do seu limite
mental e físico para interromper sua atividade, caso não tenha condições seguras de
operação. É de importância fundamental considerar as condições de sua:

• destreza física,
• vista (usando óculos ou não),
• audição (usando aparelho ou não)

Adicionalmente, o operador deve ser um elemento de caráter, emocional estável.


Uma vez que não é possível escrever normas, prevendo todas as situações possíveis de
99
perigo, o operador deve ter capacidade de reagir rápida e corretamente em situações de
emergência. Devem ser intimamente familiarizados com a máquina, com as normas de
segurança para guindastes e conhecer todas as instruções do manual da máquina.

O Estado de Ontário analisa a escolaridade dos novos candidatos de operadores,


antes de emitir sua habilitação. As licenças graduadas só estão sendo emitidas para os que
receberam treinam ento completo, comprovadamente e assim são capazes de operar
qualquer tipo de guindaste, sem restrições.

Os operadores devem possuir um livro de registro, individual, onde constam os


registros dos seus treinamentos e da sua experiência em guindastes.

REQUISITOS GERAIS DE OPERAÇÃO

Devemos admitir que as regras escritas não cobrem todas as situações possíveis que
possam surgir durante a operação de uma máquina, assim, o operador deve ter habilidade
de em certos casos, usar seu bom senso e capacidade de ponderação.

Antes de Içamento

1- Nunca use ou permita usar um guindaste que não esteja em perfeitas condições
mecânicas. Nunca em sã consciência deve ser utilizado um equipamento que, mesmo
só parcialmente, ofereça a menor margem de perigo, sem antes de comunicar esse
problema ao supervisor, que por sua vez providencie solução, correção do problema.
Sempre que houver dúvida quanto a segurança, o operador não deve operar,
não deve ser mandado a operar o guindaste, até o problema ser sanado.

2- Antes de iniciar a inspeção de operação, teste e mantenha o guindaste dentro das


recomendações desse manual e do manual do fabricante. Substitua as peças que
apresentarem desgastes, danos e defeitos, que possam afetar a operação segura do
equipamento.

• Verifique todos os cabos e os acessórios de içamento conforme o “Manual de


Rigging”.

• Conserve a máquina limpa e em condições perfeitas de operação. Óleo, graxa e


lodo nas passadiços podem causar quedas perigosas. Sujeiras nas partes móveis
podem causar desgastes e conseqüentes falhas de funcionamento.

Nota: Sempre baixe a carga ao solo, antes de fazer algum ajuste ou reparo.

• Verifique se as tampas de proteção, de segurança, estão fixos em seus lugares.


• Verifique os níveis de combustível, radiador e água de bateria.
• Verifique todas as mangueiras, se estão corretas, sem danos ou vazamentos.
• Inspecione as caixas de engrenagens por vazamentos ou danos. Em caso de
vazamento evidente, complete o nível.

• Verifique se os comandos estão corretos e fáceis de manobrar.


100
• Verifique os pneus e sua pressão. Pneus gastos e de pressão baixa reduzem a
estabilidade do equipamento. Mantenha a pressão dos pneus sempre correta.
Isso é muito importante quando trabalhando sem as patolas.

• Verifique a pressão de ar dos freios.


• Verifique os indicadores de pressão e todos os instrumentos.
• Verifique os pedais de freio.
• Verifique as luzes, sinalização, indicadores de direção, luz de freio, buzinas e os
limpadores de parabrisas.

• Faça uma inspeção visual de toda máquina, parafusos soltos ou perdidos, pinos
de trava, trincas, cabos, deformações de lança, etc. Repare ou substitua todos os
componentes danificados, antes de iniciar a operação da máquina.

• Verifique as embreagens e as sapatas dos freios, quanto a evidência de desgaste,


óleo ou graxa. Ajuste as embreagens e freios se observar sinais de deslizamento.
Danos sérios podem ser causados ao pessoal, equipamento e patrimônio na
inobservância desse item.

• Mantenha as mão, pés e partes das roupas distante de engrenagens, cabos, se a


máquina estiver funcionando. Nunca se segure nos cabos ao subir no topo do
cabine, pois um movimento brusco pode deslocá-los das polias.

• Mesmo que o operador não esteja envolvido com os serviços de lubrificação, é


conveniente ele ter conhecimento das seções referentes do manual do fabricante.
Esses conhecimentos facilitam o operador detectar falhas de funcionamento, antes
de ocorrerem as paradas.

3- O operador deve estar alerto para eventuais falhas de funcionamento durante a


operação. Se observar funcionamento anormal, deve desativar o equipamento até
sanar os problemas. Durante a operação o operador deve:

• Estar atento para ruídos estranhos, queda de potência, respostas estranhas dos
comandos de controle .

• Observar constantemente os instrumentos do painel. Se observar leituras


estranhas, desligar o equipamento e procurar a causa.

• Observar a embreagem mestre se está deslizando.


• Observar todos os comandos de controle se operam normalmente.
• Observar ruídos estranhos do sistema hidráulico ou caixa de engrenagens.
• Observar vazamentos, se houver corrigi-los.
• Testar o freio de carga ao içar, quando a carga só alguns centímetros do solo,
para assegurar que os freios efetivamente funcionam, segurando a carga.

• Se o equipamento tiver mais do que um operador, o operador que assume no


turno seguinte deve ser comunicado de eventuais defeitos existentes.
101
4- Nunca opere ou permita operar guindaste se as condições de tempo oferecem
risco pessoal ou material. Assim as cargas a serem suspensas devem ser observadas
se não apresentam riscos devido a força do vento.

É recomendável não suspender cargas que ofereçam resistência ao vento, mesmo de


pesos menores, uma vez que existe o perigo do vento bater na peça e mesmo
derrubar um ajudante ou chocar contra as estruturas. A pressão do vento pode se
tornar critica em função de fatores como: o comprimento da lança, ângulo da lança,
velocidade e direção do vento. Na ausência de informações detalhadas, considere
uma velocidade de vento de 45 km/hora como limite para manter operações, com
ventos mais fortes deve-se suspender as atividades (Fig. 4.1).

Efeito do vento

O efeito que o vento pode a vir


causar em cargas resistentes ao
vento.

Fig. 4.1 - É recomendável não suspender cargas que ofereçam resistência ao vento,
mesmo de pesos menores, uma vez que existe o perigo do vento bater na peça e
mesmo derrubar um ajudantes ou chocar contra as estruturas.

5- Se a condição de visibilidade for restrita devido a escuridão, pó, neblina, neve ou


chuva forte, é recomendável também, visando a segurança interromper as atividades
de guindaste (Fig. 4.2)
102

Fig. 4.2 - Se a condição de visibilidade for restrita devido a escuridão, pó, neblina,
neve ou chuva forte, é recomendável também, visando a segurança interromper as
atividades de guindaste

6- Em caso de temperaturas baixas (abaixo de zero) deve-se ter cuidado extremo para
se assegurar que não ocorram choques de carga ou impacto sobre a estrutura de aço
do guindaste, que se torna mais frágil nessas condições.

7- Nunca opere ou permita operar um guindaste que está fora de serviço, parado, antes
de saber o motivo .
103
8- Ao reabastecer o equipamento (Fig. 4.3) certifique-se que:

• O motor e os aquecedores (cabine e carreteira) estejam desligados.


• O combustível esteja armazenado em tanque que atenda as normas locais de
incêndio

• Não tem perigo de chama ou faísca na área.


• Ninguém está fumando na área.
• Devem haver placas de aviso “Não Fume” nos pontos de abastecimento e nas áreas
de armazenamento de combustível (Fig. 4.3).

• Deve haver extintor de incêndio adequado e pessoa habilitada para seu uso, nos
pontos de abastecimento.

• As tiras anti-estáticas de aterramento estão em seus lugares.

9- Antes de voltar a operação, verificar o equipamento se não saiu do lugar, se está


nivelado. Verifique os controles, freios e engrenagens, se estão nas posições corretas
e se ao por o equipamento em movimento, não existem riscos danos para pessoas ou
materiais.

10 - Se houver um sinal de alerta na chave ou no comando de partida, não dê a partida


até esse sinal de alerta seja removida pelo responsável.

11- Antes de dar partida no equipamento, verifique se ninguém está nas proximidades,
exposto a riscos (Fig. 4.4).

Fig. 4.4 - Antes de dar partida no equipamento, verifique se ninguém está nas
proximidades, exposto a riscos
104

Fig. 4.3 - Devem haver placas de aviso “Não Fume” nos pontos de abastecimento e
nas áreas de armazenamento de combustível

12 - Ao dar partida no motor, as vezes pode ser necessário reduzir a carga na partida,
desengatando a embreagem. Após ter dada a partida dessa maneira, acelere um
pouco antes de engatar a embreagem, para reduzir o choque da carga no eixo da
bomba.

13 - Deixe o motor aquecer por alguns minutos para a bomba de óleo poder garantir a
circulação do óleo no motor. Nunca opere o equipamento sob carga, até o fluído
hidráulico não atingir sua temperatura operacional especificada no manual do
fabricante. Ative os mecanismos de giro, movimentos da lança, para garantir a
circulação de óleo. A falta de aquecimento pode resultar em danos as bombas ou
erros operacionais dos comandos devido a alta viscosidade do óleo frio. E muito
importante em tempo frio, começar a movimentar a lança lentamente devido a má
circulação de óleo frio.

14 - Se o motor da carreteira estiver funcionando por período prolongado durante as


operações de içamento, verifique se a rotação do motor é suficiente para manter o
amperímetro em leitura positiva, indicando carga satisfatória pelo alternador ou
gerador, nas baterias.

15 - Mantenha o motor do guindaste próximo a velocidade máxima controlada durante a


operação normal, especialmente, elevando cargas. Isso garante economia de
combustível, eficiência de operação, segurança e potência.

16 - Antes de desligar um equipamento que trabalhou exaustivamente, deixe funcioná-lo


sem carga, em marcha lenta, para permitir seu esfriamento.

17 - O motor não deve ficar funcionando em áreas escavadas, depressões e em


ambientes fechadas, sem assegurarmo-nos que os gazes de escapamento não
acumulem na área.
105

18 - Em caso de superaquecimento, precisando desligar o motor, verifique o radiador com


extremo cuidado, se possível aguarde seu esfriamento.
Para retirar a tampa do radiador, use luvas de proteção e folgue lentamente a tampa,
aguardando a saída da pressão. Só após silenciar o silvo característico de pressão,
remova a tampa com muito cuidado.

19 - Conheça a localização e o uso dos dispositivos de desligamento de emergência.

20 - Nunca ande de marcha-a-ré, sem se certificar que ninguém está atrás da máquina
para sofrer acidente. Se a visibilidade para trás for insuficiente, solicite um sinalizador.
Use o sirene de ré e a buzina, durante o movimento de marcha-a-ré (Fig. 4.5)

Fig. 4.5 - Nunca ande de marcha-a-ré, sem se certificar que ninguém está atrás da
máquina para sofrer acidente. Se a visibilidade para trás for insuficiente, solicite um
sinalizador
21 - Nunca trabalhe sozinho – use o sistema de parceria.

22 - Nunca suba ou desça de máquina em movimento, nunca pule da máquina, - desça e


suba segurando o corrimão da máquina com ambas as mãos (Fig. 4.6)

Fig. 4.6 - Nunca suba ou desça de máquina em movimento, nunca pule da máquina

23 - Utilize sempre todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como: capacete,


óculos de proteção, protetor auricular, botas e luvas de segurança, quando
trabalhando sobre ou em volta da máquina.
106
24 - Nunca tente ajustar, reparar ou lubrificar equipamento em movimento. Para isso,
sempre baixe a carga, trave ou calce a lança e desligue o motor.

25 - Com exceção dos que participam da operação, nunca deixe ninguém subir no
equipamento, parado ou funcionando e principalmente nunca dê carona! (Fig. 4.7)

Fig. 4.7 - Nunca deixe ninguém subir no equipamento, parado ou funcionando e


principalmente nunca dê carona !

26 - O operador nunca deve desviar sua atenção da operação e funcionamento do


guindaste. Deve ter prática em todos os controles, para perceber se um deles estiver
apresentando funcionamento anormal.

27 - Estude a seção pertinente nesse manual referente ao posicionamento do guindaste,


antes de começar a suspender uma carga. Esses diretrizes devem ser seguidas na
íntegra.

28 - Use sempre a lança mais curta possível (Fig. 4.8)

29 - Conheça a localização exata da rede elétrica, tubulações, esgotos e outros


obstáculos subterrâneos, evite-os e demarque-os para evitar erros de estimativa
(Fig. 4.9).

30 - Certifique-se que a máquina esteja posicionada na forma mais estável e sobre o solo
de maior capacidade. Isso significa que o içamento deve ser feito no quadrante
posterior.

31 - Nunca, exceto se especificado pelo fabricante, suspenda carga, ou gire, na parte


frontal do equipamento (Fig. 4.10)

32 - Posicione o guindaste o mais próximo possível da carga, de forma que se minimize a


necessidade de giro.
107

Fig. 4.8 – Nunca use lança mais longa do que o necessário, use sempre
a lança mais curta possível
108

Fig. 4.9 - Conheça a localização exata


da rede elétrica, tubulações, esgotos Fig. 4.10 - Nunca, suspenda carga, ou
e outros obstáculos subterrâneos, gire na parte frontal do equipamento
demarque-os para evitar erros de (exceto se é assim especificado pelo
estimativa. fabricante)

33 - Certifique-se de ter espaço suficiente, com uma folga de 60 cm., para a plataforma
giratória, especialmente em caso de tráfego de pedestres e veículos na área, para
evitar esmagamento de pessoas e danos materiais. Se isso for impossível, a área de
perigo deve ser demarcada, sinalizada e cercada (Fig. 4.11)

34 - Independente do tamanho ou peso da carga a ser suspensa, use as patolas do


guindaste, estenda a lança completamente e suspenda as rodas do solo.

35 - A parte giratória do guindaste deve ser nivelada antes de suspender a carga.

36 - Ao iniciar um içam ento, verifique que ninguém permaneça dentro do raio de giro ou
outra parte do guindaste, exceto a pessoa encarregada e nunca deixe ninguém
permanecer sob a carga (Fig. 4.12)

37 - Verifique se a trava de giro está desativada antes de iniciar a operação.


109

Giro

Fig. 4.11 - Certifique-se de ter espaço suficiente, com uma folga de 60 cm., para a
plataforma giratória, especialmente em caso de tráfego de pedestres e veículos na área,
para evitar esmagamento de pessoas e danos materiais. Se isso for impossível, a área de
perigo deve ser demarcada, sinalizada e cercada

38 - Se a máquina for equipada com tambor de catraca manual de hasteamento de lança,


esse dispositivo deve ser inspecionado com intervalos regulares.

39 - Trave a alavanca de suspensão da lança (se houver) quando fora de uso.

40 - Antes de executar qualquer trabalho com guindaste, verifique se está seguramente


parado, use calços se necessário, mas não esqueça remover os calços se precisa
movimentar a máquina.

41 - Se operar um guindaste de caminhão, certifique-se que a transmissão esteja em


ponto morto, para que os movimentos da máquina não sejam transmitidos a caixa de
marcha pelas rodas.
110
42 - Se tiver que suspender cargas estando sobre os pneus, verifique que a máquina
esteja em ponto morto, os freios a ar ativados e as rodas calçadas. Verifique a
pressão de ar freqüentemente.

43 - Mantenha atenção na lança, que tenha altura suficiente, para evitar bater no cabine.
44 - Faça uma viagem de ensaio, sem carga, passe por todos os movimentos que deverá
executar, planejando todos os movimentos que serão necessários para um içamento
seguro.

45 - Uma das precauções mais importantes


é determinar o peso de todas as cargas
antes de tentar suspende-las. Em casos
onde o acesso ao peso da carga for
impossível, devem ser instalados
indicadores de carga ou balanças
(Fig. 4.13).

46 - Ao determinar o peso da carga, tenha


certeza de ter incluído os calços, o
gancho e todos os acessórios de
içamento entre o bico da lança e a
própria carga. Verifique se o total não
ultrapassa o limite de capacidade do
guindaste. Leva menos tempo uma
estimativa assim, do que tentar
suspender e não conseguir, depois
ter que mudar a posição da máquina
para uma nova tentativa.
Esse procedimento também é mais
seguro (Fig. 4.14).
Fig. 4.14

Fig. 4.14 - Ao determinar o peso da carga, tenha certeza de ter incluído todos os
acessórios de içamento entre o bico da lança e a própria carga

47 - Antes de efetuar um içamento que excede 75% da capacidade de carga do guindaste,


é recomendável que além das precauções usuais, seja medida o raio de carga para
evitar qualquer possibilidade de erro (Fig. 4.15).

Fatores que Afetam a Capacidade

Antes de por em operação o equipamento, o operador deve conhecer a capacidade


do mesmo, sob qualquer condição e configuração. Os diagramas de carga são baseados
em condições ideais, e como é importante saber usar essas informações, também é muito
importante saber identificar, que fatores afetam, reduzindo a capacidade da máquina, abaixo
dos valores indicados no diagrama.

As capacidades atribuídas aos guindastes móveis, são baseadas em resistência e


estabilidade. É extremamente importante saber a diferença entre um caso de quebra de
componentes do guindaste e um caso de tombamento do guindaste.
111

Fig. 4.13 - Devemos saber o peso global das cargas antes de tentar suspende-las, ou
devemos instalar indicadores.
112

Medir o raio da carga antes de tentar suspendela

Fig. 4.15 –Caso seu peso exceda 75% do limite da capacidade do equipamento

Muitos operadores ainda trabalham “sentando nas rabo”, usando a estabilidade do


equipamento para determinar a capacidade máxima. Quando a máquina “fica leve” (começa
tombar) eles supõem que podem ergue-la. Esse método podia até funcionar com velhos
guindastes de caminhão mas fica tremendamente perigoso com guindastes modernos sobre
carreteiras. Esses são projetados e fabricados para trabalharem sobre base de operação
absolutamente sólida e quando “ficarem leves”, já estão muito sobrecarregados. A máquina
ou já está em processo de tombamento, ou já estão falhando suas patolas, lança, gancho ou
cabos de sustentação. Nunca use a estabilidade para determinar capacidade de
içamento, use o gráfico de cargas. (Fig. 4.16)

Fig. 4.16 - Nunca use a estabilidade para determinar capacidade de içamento, use o
gráfico de cargas.
113
172,9

163,8

154,7

145,6

136,5

127,4

118,3

109,2

100,1

91,0

81,9

72,8

63,7

54,6

45,5

36,4

27,3

18,2

9,1 Ponto “0” da tabela (para efeito de colagem)

carga em
toneladas 6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 48,8 54,9 61,0 67,06 73,15
R a i o de C a r g a em m e t r o s
GLOSSÁRIO: Load on rear outriggers = Carga sobre as patolas traseiras
Boom compression = Compressão da lança
Pendant tension = Tensão do cabo de sustentação
Load causing overturning = Carga causando tombamento
Rated load = Carga recomendada

Fig. 4.17 – Gráfico de cargas para um guindaste de 200 t equipado com uma lança
de ~ 55 metros, suspendendo carga no quadrante traseiro
114
A ilustração na (Fig. 4.17) mostra um gráfico de cargas para um guindaste de 200
toneladas equipado com uma lança de ~55 metros (180 pés = 54.864 mm) suspendendo a
carga no quadrante traseiro. O gráfico mostra quanto essas cargas variam e porque é tão
difícil determinar o que poderá quebrar e quando. As cargas sobre patolas são mais altas
com raio menor, a carga na lança diminui na medida que aumentamos o raio, depois
aumenta de novo quando a lança atinge a posição horizontal. As cargas sobre os cabos de
sustentação aumentam conforme aumentar o raio e são mais altas quando a lança está
horizontal. As cargas que causam o tombamento diminuem ao aumentar o raio. Em suma,
esse gráfico indica que com raios curtos as taxas são baseadas na resistência da lança e
das patolas, enquanto estabilidade de raios longos e a tensão nos cabos de sustentação
governam os fatores.

O fabricante conta com esses fatores variáveis ao compilar um gráfico de cargas que
limita as cargas admissíveis abaixo das cargas críticas. Se o operador exceder esses
limites, pode arranjar problemas.

Os guindastes hidráulicos, do contrário de máquinas de fricção, não tem a capacidade


de carga baseada em estabilidade. Em maioria dos casos suas taxas dependem de limites
de resistência e pressão hidráulica. Assim, o operador de guindaste hidráulico que espera
sinais de tombamento para se garantir, pode empenar a lança (Fig. 4.18), exceder os
limites de pressão ou danificar o equipamento, antes de aparecerem os sinais de
tombamento.

Fig. 4.18 - O operador de guindaste hidráulico que espera sinais de tombamento


para se garantir, pode empenar a lança, exceder os limites de pressão ou danificar o
equipamento, antes de aparecerem os sinais de tombamento.
115
Os operadores de guindastes hidráulicos devem se orientar exclusivamente pelas
recomendações dos gráficos de carga, considerando carga, comprimento de lança, raio da
lança, quadrantes de içamento e outros fatores indicados, como a posição das patolas e o
terreno.

Quando as patolas não estão sendo utilizadas, a resistência do guindaste em si já


governa a capacidade, mas novos fatores como: carga sobre os eixos, deflexão de pneus,
resistência do chassis da máquina e pressão sobre o solo, ganham importância.

A capacidade de içamento do guindaste móvel também é afetada pelo quadrante de


trabalho. Os quadrantes são definidos como: “sobre a frente”, “sobre o lateral” e “sobre a
traseira”. A carga que pode ser suspensa, varia consideravelmente de quadrante em
quadrante. É da responsabilidade do operador de não exceder as taxas indicadas no
gráfico de cargas, independente em qual quadrante está operando (Fig. 4.19).

Carga em Com Patolas


Toneladas Sem Patolas

81,9

72,8

63,7 Quadrante traseira

54,6 Quadrante lateral

45,5

36,4

27,3 Quadrante traseira

18,2 Quadrante lateral

9,1

6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 48,8 54,9


9,15 15,25 21,34 27,43 33,53 39,63 45,72 51,82

R a i o de Carga em met ros

Nunca gire de um Quadrante Quadrante


para o outro sem verificar a Traseiro
estabilidade

Fig. 4.19 – Alterações de capacidade de um Quadrante Lateral


Quadrante para o outro
116
Também é especialmente importante ao fazermos o giro sobre os quadrantes, não
o fazermos com carga admissível para um quadrante, girarmos para outro quadrante de
limite de carga inferior, sem suspender a lança para trazermos a carga para um raio de
operação segura. Nunca suspenda carga pelo quadrante frontal, exceto especificamente
autorizado pelo fabricante (Fig. 4.19).

A capacidade de suspender do guindaste, também é afetada pelo comprimento da


lança, seu ângulo e do ângulo do cabo de sustentação da lança. Na medida que esse ângulo
do cabo de sustentação diminui as tensões na lança aumentam. Assim, é recomendado que
o ângulo do cabo de sustentação seja mantido no máximo ao operarmos guindaste com seu
mastro na posição mais alta (Fig. 4.20)

A capacidade de içamento de um guindaste também depende dos contrapesos.


Operando com pouco contrapeso, o guindaste pode tombar para frente, enquanto o excesso
de contrapeso pode fazer tombar o guindaste para trás. O acréscimo exagerado de
contrapeso pode dificultar o tombamento, mas pode forçar a estrutura até o ponto de
colapso. Os contrapesos devem ser adequados a cada máquina, ao comprimento da lança
e o tipo de operação (Fig. 4.21).

Se houver contrabalança Para


Para aa distribuição
distribuição
instalada na máquina, as tensões adequada dede
adequada carga
carga nos
nos
estais dianteiro e traseiro
nos estais dianteiros e traseiros estais dianteiro e traseiro
os ângulos devem ser
dependerão do ângulo que fecham osiguais
ângulos
e osdevem
estaisser
com a contrabalança. Estais dianteiros
Estais dianteiros iguais e os estais traseiros
traseiros
Para a distribuição adequada da devem
devem ficar
ficar mais
mais longos
longos
carga, a contrabalança deve dividir o do que os dianteiros.
do que os dianteiros.
ângulo entre a contrabalança é a
lança. Infelizmente, só os estais
traseiros são ajustáveis, assim a
tensão vai variar com a posição da
contrabalança. Essas variações
podem ser mantidas dentro do Estais
limite de segurança, deixando os traseiros
Estais
estais traseiros iguais ou traseiros
mais longos do que os dianteiros
(Fig. 4.22).

A capacidade do guindaste
equipado com contrabalança assim é
afetada e só pode ser determinada
calculando os efeitos do:
(Fig. 4.23)

• O comprimento da lança;
• Ângulo principal da lança;
• Ângulo da contrabalança em
relação a lança (off-set);
• Peso dos acessórios de Fig. 4.22
Fig. 4.22
- Para
- Para
otimizar
otimizar
as cargas
as cargas
nos nos
içamento, gancho, lança e estais, os ângulos devem iguais e os eestais
estais, os ângulos devem iguais os estais
contrabalança, determinando traseiros
traseiros devemdevem ser mais
ser mais longos
longos
matematicamente:
- resistência da contrabalança – resistência da lança – estabilidade do guindaste -
117

Muito Pouco
Contrapeso Contrapeso

Fig. 4.21 - Os contrapesos devem ser corretos para cada máquina, em função do
comprimento da lança e o peso da carga.

Esses cálculos se tornam mais complicados uma vez que podemos:

(i) suspender só pela contrabalança;


(ii) suspender só com a lança principal (mas com a contrabalança acoplada);
(iii) suspender usando ambas, simultaneamente (quando tiver que virar a carga);

Esses são cálculos necessários para sabermos o que o guindaste pode suspender.

As cargas admissíveis também são prejudicialmente afetadas, quando:


• Qualquer máquina, exceto “Sky Horse” ou tipo “derrick” (de grandes pesos) estiver
atrelado para aumentar a estabilidade ou capacidade (Fig. 4.24)

• Os ajustes das válvulas de alívio forem alteradas na tentativa de obter capacidade


extra.
118
Os gráficos de carga valem somente para cargas livremente suspensas em
prumo. Se o cabo não estiver em prumo, e durante o manuseio temos que contar com
cargas laterais, a estabilidade fica comprometida e aparecem
tensões na lança para as quais a mesma não
foi projetada. Nessas circunstâncias podem
ocorrer falhas estruturais imprevisíveis e sem
aviso. Isso é muito perigoso especialmente em
guindastes hidráulicos onde a flexibilidade é
muito baixa, não suportando cargas laterais.
A base da lança também pode sofrer danos
sérios nessas situações (Fig. 4.25).

Movimentos rápidos de giro com cargas


suspensas fazem a carga se afastar da máquina,
aumentando assim o raio (Fig. 4.26). Isso pode
causar tombo da máquina para a frente ou
quebrar a lança. O mesmo efeito pode ocorrer
com o giro rápido com lanças longas, com ou
sem carga. O efeito da inércia pode tombar a
máquina ou destruir a lança. Com elevados
ângulos de lança e pouca carga pode haver
tombamento para trás (Fig. 4.27).

Fig. 4.26 - Movimentos rápidos de giro com Fig. 4.27 - Com ângulos elevados de
cargas suspensas, fazem a carga se afastar lança e pouca carga, pode ocorrer o
da máquina aumentando o raio, causando tombamento para trás ou a quebra
tombamento ou a quebra da lança. da lança.
119
Esses efeitos são multiplicados quando o giro é iniciado ou interrompido
abruptamente com a lança carregada no quadrante lateral. A carga deve ser mantida
sempre em baixo da ponta da lança (Fig. 4.28).

Fig. 4.28 – A lança pode tombar e quebrar quando o giro é iniciado ou interrompido
abruptamente com a lança carregada no quadrante lateral.

O carregamento seguro só é possível com guindastes em boas condições de


trabalho, sem elementos estruturais danificados, deformados. Os elementos principais e as
treliças devem ser retas e as conexões entre as seções não deve ter excentricidade. A
resistência da lança é muito sensível para as irregularidades do solo. Se o guindaste foi
danificado durante o serviço, devido um choque abrupto com a carga, o operador deve
notificar o supervisor imediatamente e a máquina afastada do serviço para providenciar os
reparos necessários (Fig. 4.29).

As cargas máximas para trabalhar com segurança são determinadas baseando-se em


cargas estáticas, não sendo considerados movimentos dinâmicos causados pelo vento
sobre a lança ou a carga. Para garantir uma operação segura, para a carga não exceder
durante a operação, devem ser considerados o vento e os movimentos normais de
operação. É essencial evitar movimentos abruptos como partidas, aceleradas, giros e
paradas, que sujeitam tensões a lança, principalmente com guindastes que usam lanças
delgadas.

O manuseio grosseiro da carga afeta a capacidade do guindaste. Paradas abruptas


com a carga, usando os freios de içamento produzem forças muito superiores do que os
cabos e a estrutura da lança possam suportar (Fig. 4.30). Suspensão abrupta da carga que
estiver presa ao solo, congelado por exemplo, podem causar efeitos idênticos, fazendo a
lança, se estiver em ângulo elevado, chicotear para trás e quebrar, caindo sobre o cabine.
120

Fig. 4.25 - ERRADO – Mantenha a carga sempre em baixo da ponta da lança, com o
cabo em prumo.

O gráfico de carga fornecido com o guindaste considera uma superfície de operação


em perfeito nível. Qualquer tendência para um caimento, o mínimo que seja, reduz a
capacidade de içamento, cujo grau depende desse caimento fora de nível. É importante
notar, que o guindaste operando fora de nível, num giro do lado mais alto para o lado mais
baixo, temos um aumento de raio e assim aumentamos os esforços sobre a mesa giratória,
sobre as patolas bem como sobre toda a estrutura. Uma lança no lado baixo, na sua
elevação máxima (com o raio mínimo) não poderá girar para o lado mais alto sem correr o
risco de desmoronamento sobre o cabine. Trabalhando em planos inclinados também são
introduzidos cargas laterais perigosas para a integridade da lança. Pode ocorrer
tombamento, se o guindaste com a lança elevada em ângulo alto e com a carga suspensa
próximo a ponta da lança, girar para o lado, executar uma partida ou parada abrupta
(Fig. 4.31).

Guindastes móveis não devem ser utilizados em superfícies instáveis, irregulares ou


com caimento, sem tomar precauções especiais para manter sua estabilidade. Base sólida,
nivelamento deve ser providenciado conforme as recomendações descritas na seção onde
se trata da montagem de equipamento. Também devemos lembrar que essas máquinas
nunca devem operadas próximo a valetas, taludes e arrimos, onde a vibração possa vir
causar desmoronamentos.
121
Ângulo do cabo de sustentação

Se a grua é abaixada,
o ângulo do cabo de
sustentação diminui e Comprimento da lança
a tensão aumenta Comprimento da lança
.

Se a grua é abaixada ,
o ângulo do cabo de
sustentação diminui e
a tensão aumenta

A capacidade do guindaste é
afetada pelo comprimento e
Âng.da lança
do ângulo da lança, o ângulo
entre a lança e os cabos
A capacidade dodeguindaste é afetada pelo
sustentação
comprimento e do â ngulo da lança, o ângulo
Ângulo da entre a lança e os cabos de sustentação
Lança
Carga em
toneladas

100,1

91,0 LANÇA DE 30 m

81,9

72,8

63,7 LANÇA DE 61 m

54,6

45,5 decréscimo 5 %

36,4

27,3

18,2

9,1 LANÇA DE 88,4 m

6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 8,8 54,9 61,0 67,0 73,2 79,3 85,4 91,4 97,5 103,6
R a i o d e C a r g a em m e t r o s

Fig. 4.20 - Efeitos do comprimento da lança sobre a capacidade.


122

Fig. 4.24 - NÃO !!! – É prática muito perigosa prender para baixo qualquer máquina
na tentativa de aumentar sua estabilidade.
123

Ficar longe
da área giro

Fig. 4.12 - Mantenha afastado da área do raio de içamento as pessoas que não estão
envolvidas com a operação
124
Ângulo da contrabalança (off-set)

A CAPACIDADE DO GUINDASTE EQUIPADO


COM CONTRABALANÇA É AFETADA POR:

- O comprimento da lança principal


- O ângulo da lança principal
- O comprimento da contrabalança
- O ângulo da contrabalança em relação
da lança (off-set)
- O peso dos acessórios de içamento e o
gancho, na lança e contrabalança, e a
determinação matemática se a capacidade
do guindaste é baseada no:
(I)resistência da contrabalança
(II)resistê ncia da lança principal
(III)estabilidade do guindaste

Comprimento da lança

Compri- “Off-set” pode ser


mento especificado também
da em medida (centímetro)
lança

Fig. 4.23 - Fatores que afetam a capacidade de um guindaste


equipado com contrabalança

Os limites de segurança das cargas para máquinas equipadas com patolas são
geralmente indicadas de duas maneiras. São mencionadas “sobre pneus” (ou esteiras), ou
“sobre patolas”. A consideração “sobre patolas” se refere a todas as patolas completamente
estendidas e rodas ou esteiras na área das patolas, completamente livres do solo. Se esses
diretrizes não forem respeitadas, a condição “sobre patolas” não é admissível e a segurança
atribuída válida é “sobre rodas”. Não existe meio-termo (Fig. 4.32).

As cargas admissíveis mencionadas nas especificações, não incluem blocos de


gancho e acessórios de içamento e de máquina, em geral. O peso desses dispositivos deve
ser adicionada a carga a ser içada para ver se estão dentro da faixa de peso admitido pelo
gráfico de cargas como capacidade de equipamento (Fig. 4.33)
125

As longarinas da
lança devem ser
absolutamente
A lança deve ser
retas.
absolutamente
reta, quando
montada, suas
treliças não
devem ter
deformações.

Fig. 4.29 - A lança deve estar absolutamente reta, suas longarinas, os elementos
principais e as treliças não devem ter deformações.

As capacidades atribuídas aos guindastes dependem do peso da carga e do raio de


operação, assim sempre devem ser conhecidas. Caso não exista dispositivo de medição,
instalado no guindaste, deve haver um elemento competente, em período integral, com a
responsabilidade para determinar o peso das cargas a serem suspensas ou baixadas, e o
operador não deve executar nenhuma operação sem a indicação dessa pessoa responsável,
quanto o peso a ser manipulado.

O raio é a distância horizontal entre o eixo do giro da máquina e o gancho de


içamento. Todos os gráficos de carga estão baseados nessa medida e qualquer erro nesse
sentido podem afetar o limite de resistência e a estabilidade do guindaste. Quando
utilizando a máquina em sua capacidade plena, esse raio deve ser determinado com muita
exatidão. Nunca deve ser aproximado o plano vertical da lança uma vez que a mesma
tenderá tombar.
126
Aumento Distância
da carga de parada
(em metros)

40 % 0,31

35 %

30 %

25 %

20 % 0,61

15 %

10 % 1,22

1,83

5% 2,44
3,05

0 9,1 18,3 27,4 36,6 45,7 54,6 64,0 73,2 82,3 91,4
V e l o c i d a d e d a Ca r g a em metros / minutos

Fig. 4.30 – Aumento de carga devido uma frenagem abrupta.

Deve ser considerado também o fato que o raio aumenta sempre que uma carga
pesada é suspensa do solo. Os cabos de suspensão da lança se tensionam e a lança tem
uma deflexão para a frente. Esse aumento pode ser substancial em máquinas de lança
longa (Fig. 4.34).

A carga indicada no gráfico também não inclui cargas de tensão na lança, os quais
surgem quando o cabo de içamento é desviado para um dos lados do moitão. A ponta da
lança deve ter o cabeamento sempre simétrico (Fig. 4.35 e Fig. 4.36)
127

Um giro do lado mais alto para o lado mais baixo, sem alterar
o ângulo da lança, aumenta o raio e pode causar o
levantamento da parte posterior da máquina e conseqüente
tombamento.

Carga laterais causadas por estar trabalhando


em declives podem causar o colapso da lança.

Giro do lado baixo para o lado mais alto com lança de


angulo elevado pode causar o tombamento e a queda
da lança sobre o guindaste.
Fig. 4.31 - Situações de perigo e risco de acidente em casos de operação de
máquinas em terreno com declives.
128

Fig. 4.32 - A menos que o equipamento esteja perfeitamente nivelado, as patolas


devem ser completamente estendidas e as rodas (esteiras) livres do solo, para termos
plena capacidade de carga.
129

Sem carga
Raio com carga

Sem carga
Raio com carga

Raio

O raio é sempre medido do eixo do giro e é


o raio medido após a lança defletir para a
Fig. 4.33 - Todos os acessórios de
frente quando sob a carga.
içamento devem ser contados
Fig. 4.34 – O raio sempre aumenta como Fig.
parte da -carga.
4.33 Todos os acessórios
ao suspendermos a carga içamento devem ser contados
como parte da carga.
130

Carga

Cabos assimétricos
no moitão fazem o Cabos simétricos
inclinar e prender o fazem o moitão
cabo. girar livremente.

Fig. 4.35 – O cabeamento no moitão deve ser sempre simétrico


para a perfeita distribuição de peso.
131

C a b o s G u í a

Moitão de
3 sulcos

Cabo 2 pernas Cabo 3 pernas


Cabo 4 pernas

C a b o s G u í a

Moitão de
2 sulcos

Cabo 2 pernas Cabo 3 pernas Cabo 4 pernas


Fig. 4.36 - O cabeamento no moitão sempre deve ficar simétrico para equilíbrio perfeito da
carga, evitando a inclinação do moitão.
132
Amarração da Carga (“Rigging”)

É tão importante de amarrar a carga adequadamente, como determinar o peso total


da carga a ser suspensa e a qualidade desse serviço depende também do operador da
máquina. Ele está na posição para orientar os ajudantes e assim deve ficar atento aos
seguintes itens:

• Saber a capacidade de carga que pode ser suspensa em condições seguras com seu
equipamento e nunca exceder essa carga (Fig. 4.37).

• Determinar o peso da carga antes de amarrá-la (Fig. 4.37).


• Usar sempre luvas de segurança ao manusear cabos de aço.
• Examinar o equipamento, os acessórios de içamento, estropos, antes de utilizá-los e
destrua e descarte os componentes que encontrar com defeito, para evitar que outros
eventualmente corram riscos de acidentes tentando usar essa peças .
(Fig. 4.38).

• Nunca utilize estropos danificados. Para assegurar a máxima eficiência operacional,


esses acessórios devem ser periodicamente inspecionados, além da inspeção diária.
Cuidados especiais são recomendados com a inspeção olhais, laços dos estropos.

• Os estropos devem ser identificados com um número e capacidade para carga vertical ou
para carga em 45º , batidos na parte chata de seu anel, comunicando a todos os
envolvidos como essa indicação funciona (Fig. 4.39).

• Ao fixarmos a carga com estropos deve se ter o cuidado para não danificar os estropos
com os cantos vivos da carga, usando protetores que podem ser feitos de tocos de tubos
de diâmetro grande (Fig. 4.40). Como regra pratica podemos adotar, que o arco de
contato do estropo com a carga seja maior do que 7 vezes o diâmetro do cabo do
estropo. Os estropos que ficam em contato com cantos vivos ou são dobrados em arco
menor do que antes descrito, podem deformar, seus fios quebrarem e assim sofrerem
danos permanentes.

• Nunca deixe estropos estendidos no solo, mesmo que seja para períodos curtos em
contato com umidade, terra ou agentes corrosivos.

• Nunca tente puxar, arrastar estropos, de baixo de uma carga, suspenda a carga para
liberar os cabos.

• Tenha a precaução de evitar proximidades do estropo a chama de maçarico e arcos de


solda elétrica

• Nunca enrole os cabos de içamento em volta da carga. A carga deve ficar suspensa no
gancho por estropos ou outros dispositivos adequados de içamento.

• Nunca tente reparos provisórios no estropos, nos reparos se houverem, deve sempre
seguir os procedimentos corretos.
133

Fig. 4.37 - Antes de suspender qualquer objeto, determine:


(A) O peso da carga - (B) A capacidade do equipamento

LIXO

Fig. 4.38 - Destrua e descarte os estropos Fig. 4.39 – Todos os estropos devem
que encontrar com defeito, para evitar ter sua identificação, indicando seus
que outros eventualmente corram riscos dados como diâmetro, comprimento
de acidentes tentando usar essa peças e sua capacidade de carga, vertical e
em 45º
134

Calços de madeira

Calços de madeira
O raio de contato deve ser
igual a camada de 1 cabo
(7 x o diâmetro do cabo)
Fig. 4.40 - Providencie sempre proteção para o estropo nos cantos vivos.

NÃO!

NÃO! SIM!
Fig. 4.41 - Nunca suspenda carga com estropos
não utilizados
Fig. pendurados,
4.41 - Nunca soltos,
suspenda cargaprenda-os.
com estropos Fig. 4.42 - Nunca enrole
cabos no gancho
135
• Nunca suspenda carga com os estropos não utilizados pendurados soltos, prenda os.

• Ao suspender uma carga com mais estropos, use todos os estropos do mesmo tipo e
material.

• Evite contato dos estropos com solventes e produtos químicos.

• Estropos danificados, amassados são devem ser utilizados, devem ser descartados.

• Nunca utilize refugo de cabo de aço como estropo.

• Nunca use estropos com laços feitos a mão, pois sob a carga podem desmanchar-se,
use estropos com olhais metálicos (“Flemish Spliced Eyes”)

• Nunca enrole cabos, estropos, sobre o gancho, a curvatura de raio pequeno danifica
permanentemente o cabo de aço (Fig. 4.42).

• Nunca dobre a extremidades dos estropos em volta de cantos, as emendas podem


danificar-se (Fig. 4.43).

• Os ângulos das pernas dos estropos, devem ser sempre acima dos 45º, a maneira mais
fácil para conferir isto, ao concluir a amarração, suspender a carga, só por uns
centímetros e medir a distância entre os pontos de suspensão, que deve ser menor do
que o comprimento do menor estropo. Confirmada essa medida, estamos com ângulo
superior a 60º (Fig. 4.44).

• Nunca suponha que um estropo múltiplo, tipo rédea suspenda uma carga de forma
segura, considerando a carga multiplicada pelo número de pernas. Estropos tendo mais
do que duas pernas, suspendendo uma peça rígida, duas pernas só sustentam a carga
enquanto as outras só equilibram (Fig. 4.45).

• Ao suspendermos peças rígidas, com estropos de três ou quatro pernas, duas pernas
devem ter a capacidade de sustentar a carga. Em outras palavras, os estropos só devem
ser considerados só dois, para efeito de capacidade. Quando a peça é flexível, podendo
deformar, se ajustar as pernas do estropo, aí sim podemos considerar cada perna do
estropo para sustentar sua parte de carga.

• Usando estropos de várias pernas, quando uma extremidade é bem mais pesada, a
tensão sobre o estropo correspondente a esse lado é mais importante do que a carga
total. Para essa carga deve ser selecionado o estropo, uma vez que essa é a perna mais
afetada e seu olhal sujeito a danos (Fig. 4.46).

• Ao usarmos estropos estrangulados, não forçar o olhal para baixo para não danificar o
estropo devido ao baixo ângulo (Fig. 4.47).

• Quando dois ou mais olhais devem ser engatados no gancho, use uma manilha com o
seu pino apoiado no gancho, para evitar a abertura do gancho e proteger os olhais do
estropo Fig. 4.48).
136

Dobras prejudiciais

Dobras prejudiciais
Fig. 4.43 – Evite dobras nos estropos, próximos as luvas e fixações.
Esses estropos suportamsuportam
Esses estropos
a carga a carga

Esses só
Esses só
equilibram
equilibram

Fig. 4.44 – Se “L” é maior do que “S”, o Fig. 4.45 – No caso de estropo de 4
Fig. 4.44 “A”
ângulo – Se “L” é maior
é suficiente parado
a que “S”, o
segurança Fig.
(ou 3) 4.45 – No
pernas caso de
2 pernas estropo de 4
devem
ângulo “A” é suficiente para a segurança (ou 3) pernas
suportar a carga2os
pernas devem
demais apenas
suportar
servem a carga
para os demais apenas
equilibrá-la.
servem para equilibrá-la.

A tensão sobre as pernas mais


carregadas é mais importante do
A tensão
que sobre
o peso as pernas
da carga total mais
carregadas é mais importante do
que o peso da carga total

Fig. 4.46 – No caso de um objeto de distribuição de carga não uniforme, a tensão


Sobre o estropo mais solicitado é mais importante do que o peso total da carga
137

Se forçar o olhal
Se forçar
para baixoo olhal
para baixo

Deixe subir o olhal para aumentar o


ângulo parasubir
Deixe maisode 45ºpara aumentar o
olhal
ângulo para mais de 45º

As cargas se tornam
As cargas muito
se tornam severas
muito em em
severas
função do baixo
função ângulo
do baixo nosnos
ângulo estropos
estropos

Fig. 4.47 - Ao usarmos estropos estrangulados, não forçar o olhal para baixo para não
danificar o estropo devido ao baixo ângulo.

Manuseio da Carga

1- Antes de fazer o içamento da carga


certifique-se, que:

- Se o guindaste está com estropos


suficientes para suspender a carga.

- Se a carga foi adequadamente


amarrada para evitar movimento ou
deslocamento da peça. Se as peças
soltas foram removidas.
(Fig. 4.49)

- Se tem cabos guia para controlar a


posição da carga.
(Fig. 4.50 ) Fig. 4.48 - Caso precisar engatar mais
olhais de estropos no gancho, use uma
- Se a carga está livre, não está manilha com seu pino voltado para cima
presa, parafusada ou fixada para proteger os olhais e o próprio ganch
de alguma maneira e se todos
os estropos estão presos.
Fig. 4.48 - Caso precisar engatar mais
olhais de estropos no gancho, use uma
manilha com seu pino voltado para cima
para proteger os olhais e o próprio
gancho
138

Fig. 4.50 - Use cabos de guia para controlar a posição da carga


Fig. 4.50 - Use cabos de guia para controlar a posição da carga

- Se o bico da lança está exatamente


sobre o centro de gravidade da
carga a ser suspensa e se o cabo
está na posição vertical.
(Fig. 4.51)

- Se os cabos múltiplos não estão


torcidos, embaralhados entre si.
(Fig. 4.52)

- Se os cabos estão assentados


sobre as roldanas e moitão, se não
houve embaraçamento nos cabos.
Tudo isso pode causar uma queda
abrupta da carga com resultados
desastrosos.

- Se as pessoas não envolvidas com a


operação foram retiradas da área.

Fig. 4.49 - Faça o carregamento e amarração


de forma segura, impedindo o deslocamento
e movimentação durante o içamento.
139

Instável !
O gancho não está A carga vai se deslocar até
sobre o centro de ! A carga
o centro vai se deslocar
de gravidade e se até
Instável
gravidade
O ganchoda não
cargaestá posicionar sob o gancho e se
o centro de gravidade
posicionar sob o gancho
sobre o centro de
gravidade da carga

Instável !
O centro de gravidade está
Instável
acima ! pontos de
dos
O centro de gravidade está
suspensão
acima dos pontos de
suspensão

Estável––oogancho
Estável ganchoestá
estásobre
sobreoocentro
centrode
degravidade
gravidadeda
dacarga
carga
Fig.
Fig.4.51
4.51- -OObico
bicodada
lança deve
lança estar
deve sempre
estar sobre
sempre o centro
sobre de gravidade
o centro da carga
de gravidade da carga

2- Evite impactos sobre a carga, causados por arranques ou paradas abruptas ao


suspender ou abaixar a carga. Suspenda o cabo lentamente até eliminar as folgas.

3- Mantenha as mãos afastadas dos pontos te possível esmagamento.

4- Suspendendo cargas pesadas, deve se ter muito cuidado de evitar “socos” por
movimentos abruptos de içamento ou descarga. Suspenda a carga, suavemente, por
alguns centímetros e segure, para testar os freios.

5- Nunca use a estabilidade da máquina para determinar se a carga está dentro da


capacidade da mesma, muitas vezes pode haver um colapso estrutural antes de
afetar a estabilidade.

6- Certifique-se que as pessoas estejam afastadas a uma distância segura quando


suspender ou baixar uma carga. Os ganchos sob a carga podem soltar e chicotear
abruptamente (Fig. 4.53)
140
múltiplos não estão
embaralhados entre si.

Verifique se os cabos
múltiplos não estão
embaralhados entre si.

Fig. 4.52
Fig. - Verifique
4.52 - Verifiquesese
ososcabos
cabosmúltiplos não
múltiplos estão
não embaralhados
estão entre
embaralhados si.si.
entre
Fig.
Fig.4.52
4.52- -Verifique
Verifiqueseseosos
cabos
cabosmúltiplos
múltiplosnão
nãoestão
estãoembaralhados
embaralhadosentre
entresi.si.
Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.
Fig. 4.52 - Verifique se os cabos múltiplos não estão embaralhados entre si.

7- Observe sempre a carga, sem tirar os olhos. Se tiver que olhar para outra direção,
pare a máquina de uma vez. Se não pode visualizar a carga o tempo todo,
providencie um sinalizador.

8- Atenda somente os sinais e avisos do sinalizador, exceto o sinal de parada, que deve
ser sempre atendida, seja de quem for.

9- Se a carga não subir adequadamente, baixe-a, e amarre adequadamente.

10 - Nunca permita que alguém “pegue carona” na carga que está sendo suspensa ou
baixada (Fig. 4.54)

11 - Nunca conduza carga suspensa, sobre pessoas trafegando na área


(Fig. 4.55)
141
12 - Tenha cuidado de não chocar a carga com obstáculos durante o içamento, giro ou
a descida.

13 - Tenha cuidado com partidas e paradas, que não sejam abruptas. A velocidade de giro
deve ser mantida tão baixa que a carga não oscile fora do raio seguro e previsto. É
importante manusear as cargas pesadas, evitando oscilações e balanços durante o
giro ou tráfego. Prenda a carga à máquina (Fig. 4.56).

14 - Antes de começar um giro com a carga, verifique se há espaço suficiente e se as


patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com cabos de
guia, quando necessário (Fig. 4.57).

15 - Nunca permita pessoas trabalhando sob a carga suspensa, exceto se a mesma está
seguramente calçada e as condições foram aprovadas pelo supervisor.

16 - Nunca suspenda ao mesmo tempo, duas ou mais cargas separadamente amarradas,


mesmo que a soma dos pesos dessas cargas não exceda a capacidade do guindaste
(Fig. 4.58)

17 - Nunca use a lança para arrastar uma carga, lateralmente. A lança não foi projetada
para esse tipo de operação e pode arruinar-se devido aos esforços laterais. Faça
somente içamentos verticais.

18 - Nem a carga e nem mesmo a lança deve


ser baixada até um ponto que não sobrem
pelo menos 2 voltas de cabo no tambor.
Se por ventura inadvertidamente foi
desenrolado todo o cabo do tambor, tenha
certeza de enrola-lo na direção correta.

19 - Não suspenda carga com estropos soltos,


pendurados. Isso é muito perigoso, fixe os
estropos não ocupados (Fig. 4.59).

20 - Nunca opere com o ângulo de lança mais


alto do que indicado no gráfico de cargas,
uma vez que ao soltar a carga a lança
poderá “chicotear” para trás e cair sobre
o cabine (Fig. 4.60)

21 - As vezes pode ser necessário passar o


limite da lança, para liberar a catraca.
Use o controle com extremo cuidado
uma vez que o dispositivo limitador Fig. 4.53 - Os ganchos liberados da
está desativado e a lança pode chegar carga podem “chicotear” causando
até o batente, com força suficiente acidente grave. Mantenha afastado
para danificar os batentes ou a lança, Fig.
as4.53 - Osna
pessoas ganchos
hora daliberados
descargadae
o que poderá causar um acidente. carga podem “chicotear” causando
liberação dos cabos e estropos.
acidente grave. Mantenha afastado
as pessoas na hora da descarga e
liberação dos cabos e estropos.
142

Fig. 4.54 - Nunca permita que alguém “pegue carona” na carga que está
sendo suspensa ou baixada

Fig. 4.55 - Nunca conduza carga suspensa, sobre pessoas trafegando na área
143

Fig. 4.56 - É importante manusear as cargas pesadas evitando oscilações e balanços


durante o giro ou tráfego. Prenda a carga à máquina
Fig. 4.56 - É importante manusear as cargas pesadas evitando oscilações e balanços
durante o giro ou tráfego. Prenda a carga à máquina

Fig. 4.57 - Antes de começar um giro com a carga verifique se há espaço suficiente e
se as patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com
cabos de guia, quando necessário
144
Fig. 4.57 - Antes de começar um giro com a carga verifique se há espaço suficiente e
se as patolas estão ajustadas adequadamente. Controle a posição da carga com
cabos de guia, quando necessário

Fig. 4.58 - Nunca suspenda ao mesmo Fig. 4.59 – Prenda sempre os estropos
tempo mais do que uma carga livres, não utilizados. Não os deixe
pendurados, soltos.

22 - Sempre mantenha a carga mais baixo possível e mais próximo a carreteira.


(Fig. 4.61)

23 - Mantenha a velocidade baixa ao suspender ou baixar cargas.

24 - Faça os giros cuidadosamente, lentamente....evite “chicoteamento” .

25 - Nunca deixe bater a lança ou as patolas.

26 - Deixe espaço suficiente entre o bloco


do gancho e as polias.
145
27 - Mantenha as cargas pesadas, próximas
ao limite de capacidade da máquina, o
mais próximo possível ao solo.

28 - Evite bater com a lança nas estruturas


adjacentes, se isso acontecer, faça a
inspeção da lança antes de um novo
içamento, para constatar se houve
danos a lança.

29 - Cuidado com “dois bloqueios” ao


operar guindastes com lanças
telescópicas. Ao estender a lança (ou
baixá-la) a carga será suspensa e se
não der “mais corda” no cabo o bloco
do gancho pode bater no topo da
lança, quebrando o cabo, derrubando
a carga. Ao retrair a lança, a carga vai
abaixar, assim o cabo deve ser sempre
recolhido simultaneamente.
(Fig. 4.62)

30 - Estenda sempre as seções telescópicas


simultaneamente se houverem alavancas
de controle disponíveis. Os gráficos de
carga dessas máquinas consideram as
seções estendidas por igual. Quando a
máquina só tem uma única alavanca de
comando de lança, essa precaução é
desnecessária (Fig. 4.63)

31 - Nunca tente fazer um içamento, com


uma única seção telescópica.

32 - O operador nunca deve abandonar a


sua posição de comando com carga
suspensa.

33 - Se a máquina estiver equipada com


travas nos pedais de freio, os mesmos
devem estar ativados, com os pés do
operador sobre os pedais. O operador
deve permanecer em sua posição de
prontidão, estando alerta para a
segurança do pessoal em volta da
sua máquina. O único propósito das Fig. 4.60 - Nunca opere o guindaste
travas é permitir o descanso dos pés com ângulo de lança superior a do
do operador para curto período, ao indicado no gráfico de carga, se a
suspender uma carga. carga baixar abruptamente, a lança
poderá “chicotear” para trás, poderá
causar acidente grave
146

Fig. 4.61 – Mantenha a carga o mais próximo possível ao solo e a máquina

34 - Ao carregar ou descarregar caminhões verifique que o motorista saia do cabine e


sempre trabalhe sobre a parte traseira do caminhão. Nunca passe com carga sobre o
cabine (Fig. 4.64).

35 - Faça a descida da carga controlada pelo motor, sempre que possível, para poupar o
freio de carga, do contrário, use a catraca de segurança do tambor.

36 - É recomendável que todos os guindastes móveis sejam equipados com dispositivos


de controle pelo motor, para baixar cargas. Esses dispositivos, geralmente funcionam
da seguinte forma: A embreagem de descida está acoplada ao eixo do tambor no
lado oposto da embreagem de içamento. Ativando a embreagem de descida se
conecta o tambor a caixa de engrenagens, assim a descida da carga é controlada
pelo mecanismo, que por sua vez é controlado pela velocidade do motor. O conversor
de torque impede o mecanismo girar mais rápido do que a rotação do motor.
Baixando cargas muito pesadas pode fazer o motor girar mais rápido uma vez que
agora a carga vai forçar o motor. A velocidade da descida pode ser controlada pelo
freio do tambor. Para parar a carga, o freio deve ser acionado e a embreagem
desconectado.

Cuidado: se houver planetária de velocidade variável instalada, a


mesma nunca deve ser deixada em ponto morto para não danificar
a máquina ou soltar a carga.
147

Fig. 4.62 - Ao estender a lança (ou baixá-la) a carga será suspensa e se não der “mais
corda” no cabo o bloco do gancho pode bater no topo da lança, quebrando o cabo,
derrubando a carga.
148

CORRETO

ERRADO

Fig. 4.63 - As seções da lança sempre devem ser estendidas uniformemente

Fig. 4.64 - Ao carregar ou descarregar caminhões trabalhe sempre na traseira e


certifique-se que o motorista saiu da cabine
149
37 - Com guindastes equipados com conversor de torque, é possível baixar cargas
pesadas (esse sistema é inoperante com cargas leves) da mesma forma como
funcionam as transmissões automáticas de automóveis. O carro com o seletor de
marcha em “Drive” numa subida, pode ser controlado só pelo acelerador, com a
rotação do motor, para que o mesmo suba ou fique parado, sem voltar para trás. A
mesma coisa acontece com a carga sendo controlada pelo conversor de torque,
deixando a embreagem acoplada e regulando a velocidade do motor para segurar a
carga ou aliviando a rotação do motor permitindo a descida lenta da carga. Usando
esse método, o motor gira no sentido normal e a máquina gira no sentido contrário. A
carga pode ser mantida suspensa, momentaneamente, ou acelerando um pouco o
motor, ou acionando o freio. Para paradas mais demoradas devemos acionar o freio
de carga e desengatar a embreagem de içamento. Esse método é recomendado
somente para posicionamento exato de cargas pesadas. Para evitar a descida da
carga é necessário manter a rotação do motor, suficiente para suspender a carga.
Com o motor acelerado, devemos soltar o freio gradativamente, quando a carga
começa subir, devemos aumentar a velocidade do motor, se necessário.

Cuidado: Ao utilizar esse método, baixando, segurando ou suspendendo carga, lentamente, não
engate outra função de embreagem, para não causar “arrasto” no conversor de torque. Se a carga
estiver sendo içada, pode parar ou começar a descer, se estiver sendo baixada a velocidade de descida
pode vir a aumentar. O mesmo efeito pode obter ao segurar ou baixar a lança pelo conversor de torque.

38 - Abaixamento de queda livre só deve ser utilizado em casos de cargas muito leves e
sempre controlado pelo freio. Em alguns guindastes mais antigos era possível, para
obter maior controle sobre a velocidade de descida, acoplar a caixa de engrenagens
ao tambor. Isso era feito segurando a carga no ar com o freio de içamento,
desativando a embreagem principal do motor, engrenando a embreagem de içamento
e depois soltar o freio. Assim a máquina girava ao contrário ao baixar a carga. Isso
era utilizado antes de começarem utilizar os rolamentos anti-fricção. Nos guindastes
novos, acoplando a caixa de engrenagens, a máquina vai reduzir a velocidade da
carga, inicialmente, mas vai acelerar rapidamente, o que vai dificultar a parada da
carga com os freios, uma vez que terá que ser freada a rotação da máquina também.
Esse método não é recomendado, exceto em casos de emergência.

39 - Durante as operações de içamento de carga, o operador deve ter seu pé, o tempo
todo, sobre o freio do guincho, para evitar a queda da carga em caso de parada do
motor. Esse freio de guincho deve ser solto simultaneamente ao iniciar o içamento.

40 - Os freios devem ser aplicados sempre que o motor estiver parado, ou a embreagem
principal desativado.

41 - A catraca de seguranç a deve ser ativada quando a carga é mantida suspensa por
período prolongado.

42 - A velocidade total do motor deve ser mantido em todas as operações.


43 - Observe o indicador de giro do tambor ao posicionar a carga em seu lugar.
44 - Ao baixar a lança faç a com controle de motor.

45 - Se faltar energia durante as operações, ative imediatamente todos os freios e


dispositivos de travamento e se comunique com o pessoal de apoio. Se possível, a
carga suspensa deve ser baixada sob o controle dos freios.
150
46 - Ao baixar a carga, a mesma deve ser

apoiada sobre dormentes ou calços


adequados para evitar de danificar os
estropos, providencie o calçamento
adequado, antes da liberação do gancho
Fig. 4.65 – As cargas devem ser
apoiadas seguramente, sobre os
dormentes e calçados de forma
adequada, antes da liberação do
gancho

Riscos Elétricos

A eletrocutação é um dos acidentes mais freqüentes nas obras de construção e a


maioria deles é causado por guindastes tocarem na rede elétrica. (Fig. 4.66).

Essa matança de gente boa deve finalizar. A única maneira para isso, é que todos os
envolvidos com serviços de guindastes, desde os gerentes até os operários mais simples,
obedecerem o procedimento descrito, muito simples, exposto a seguir:

Temos uma área em volta de cada rede elétrica, como limite de aproximação. É
estritamente proibido levar um guindaste dentro dessa área, sem antes desenergizar a rede
ou isolá-la. Não existem exceções! (Fig. 4.67).

É muito perigoso acessar com guindastes as áreas indicadas sem desenergizar a rede.

Raio deRaio de 3 metros


3 metros Raio deRaio de 4,5 metros
4,5 metros Raio deRaio de 7,5 metros
7,5 metros

Acima de 250.000 V
Acima de 250.000 V
Entre 125.000
Entree125.000
250.000eV
Até 125.000
Até VV
125.000 250.000 V
Fig. 4.67 - Restrições de acesso de áreas de rede elétrica

Fig. 4.67 - Restrições de acesso de áreas de rede elétrica


151

Fig. 4.66 – Contato com as redes elétricas é a causa mais freqüente das fatalidades
envolvendo guindastes.
152

Não é necessário sinalizador se


“X” é maior do que 3.0 metros
Não é necessário sinalizador se
“X” é maior do que 3.0 metros Sinalizador
Sinalizador é indispensável
é indispensável umaque
uma vez vez que
o cabo o cabo ou a lança
ou a lança podem podem
tocar tocar na rede
na rede
elétrica.
elétrica.

Sinalizador indispensável mesmo que “Y” seja maior do que 3.0 metros
Sinalizador indispensável mesmo que “Y” seja maior do que 3.0 metros

Fig. 4.68 – Limites para necessidade de sinalizador

O limite de distância de aproximação varia, conforme a tabela da Associação de


Normas Técnicas Canadense, conforme a tensão da linha viva:

Até 125.000 V = 3 m; de 125.001 a 250.000 V = 4,5 m; acima de 250.000 V = 7,6 m

Um segundo requisito que deve ser atendido, tão importante quanto o primeiro:

O guindaste deve ter um homem designado, cuja única tarefa e responsabilidade é a


observação e sinalização para alertar o operador se a lança, a carga ou qualquer outra parte
do equipamento se aproximar a “faixa de limite”. Isto é necessário, independente se o
guindaste está no limite da lança ou não. Isso significa que, se o guindaste tem uma lança
de 61 metros e é localizado a 55 metros da linha viva, é necessário o sinalizador. Se estiver
a 64 metros, não é mais necessário o sinalizador (Fig. 4.68)

Não há substituto para esses requisitos. Todos os dispositivos de proteção, protetores


de lança, isoladores, sensores de aproximação comercializados tem suas limitações sérias e
153
seu uso causa uma falsa sensação de segurança. Assim, o uso desses dispositivos não
isenta do cumprimento dos requisitos anteriormente citados.

Existem ainda outras precauções adicionais de segurança, quando se trabalha em


proximidades de linhas vivas:

• O operador deve trabalhar atento ao sinalizador.


• Reduzir a velocidade operacional no içamento,
giro e translado.

• Emitir avisos específicos para todo pessoal


da área, se manter afastado do guindaste.
Se a carga deve ser guiada pelas mãos,
uma verificação adicional deve ser feita junto
com o sinalizador, antes de tocar no cabo guia,
que nessas áreas deve ser de polipropileno no
lugar de cabos de aço convencional. Cordas
comuns e nylon retém umidade e pode se tornar
condutor de eletricidade (Fig. 4.69)

• Nunca use cordas úmidas


• Nunca use cabos de aço
• Use sempre cordas de polyéster,
polyetileno ou polypropileno por
suas propriedades isolantes.
• Coloque sinalização bem visível na máquina,
que realmente alerte as pessoas para se
afastarem da área para evitarem contatos
acidentais.

• Nunca empilhe, armazene, carregue ou Fig. 4.69 – Use somente cordas de


descarregue materiais nas proximidades material isolante, para guiar a carga
de rede elétrica (Fig. 4.70) nas proximidades de rede elétrica

• Nunca estabeleça rampas e vias de acesso nas proximidades ou sob rede elétrica.
• Se souber que haverá operação de guindastes nas proximidades de rede elétrica,
providencie a desenergização ou a relocação da rede antes da chegada das máquinas.

• Considere todas as redes elétricas como energizadas até não ter confirmação oficial, que
estão desativadas.

• Trafegue com o guindaste com extremo cuidado em terrenos irregulares, pois a lança
pode enroscar na rede elétrica.

• Se eventualmente houver a necessidade de trafegar com o guindaste, repetidamente,


sob rede elétrica, a rota deve ser visivelmente demarcada com piquetes, em ambos os
lados, e se possível por cima, para alertar o operador que a lança deve ser baixada para
posição segura. A rota deve passar o mais perto possível a torre ou poste de
154
suporte da rede, uma vez que a posição mais alta dos fios é sempre junto aos
suportes (Fig. 4.71).

Fig. 4.70 - Nunca descarregue ou armazene materiais nas proximidades de redes


elétricas

• Se a situação assim exigir, que o guindaste deve trabalhar em local fixo, próximo a risco
elétrico, a máquina deve ser aterrada por meio de haste de terra apropriada ou malha de
terra, o mais próximo possível ao equipamento (Fig. 4.72), sendo que, primeiro se
conecta o cabo de terra ao haste e depois à máquina. Deve ser sinalizado o ca bo de
aterramento e o pessoal alertado para sempre manterem-se afastados do local.

Nota: Tendo em vista que é muito difícil obter um aterramento eficiente, mesmo com
a utilização de aterramento, não é dispensado a exigência de sinalizador.

• Ao remover o aterramento, o cabo de terra deve ser desconectado da máquina em


primeiro lugar. Se foi utilizada malha de terra, a máquina deve ser posicionada sobre a
malha e conectada a mesma. A área da malha de terra deve ser cercada para evitar as
pessoas pisarem sobre a mesma ou tocarem na máquina.

• Deve-se ter muito cuidado ao trabalhar sob rede elétrica de vãos longos, os mesmos
tendem a oscilar lateralmente sob efeito do vento podendo ocasionar acidentes.
(Fig. 4.73) Devemos ter muito cuidado nas proximidades de torres de TV ou Radio, uma
vez que a lança pode agir como antena e acumular carga estática (Fig. 4.74)

É da responsabilidade do usuário do guindaste:


• Providenciar um sinalizador qualificado.
• Providenciar em tempo hábil a notificação para a concessionária elétrica, para obter a
isolação, desligamento da rede elétrica, informando a data de início e do encerramento,
bem como se está sendo planejado alguma alteração de localização.

• Comunicar a concessionária e ao inspetor de segurança, qualquer acidente envolvendo a


rede elétrica, para que possam ser executadas as inspeções e reparos necessários.
155
• Inspecionar meticulosamente o equipamento envolvido em acidente elétrico,
identificando os danos causados pelo contato elétrico. Os cabos de aço devem ser
substituídos em caso de terem sido atingidos, uma vez que o arco formado é suficiente
para os cabos fiquem “soldados” ou seus fios cortados (Fig. 4.75).

Fig. 4.71 - Se eventualmente houver a necessidade de trafegar com o guindaste,


repetidamente, sob rede elétrica a rota deve ser visivelmente demarcada com
piquetes, em ambos os lados, e se possível por cima para alertar o operador que a
lança deve ser baixada para posição segura. A rota deve passar o mais perto
possível a torre ou poste de suporte da rede, uma vez que a posição mais alta dos
fios é sempre junto aos suportes

Fig. 4.72 – Os guindastes sempre devem ser aterrados com haste ou malha de terra
156
É da responsabilidade do operador recusar a operar o equipamento enquanto os
requisitos não forem preenchidos.

Em caso de a carga ou o equipamento sofrerem descarga elétrica com linha viva o


operador deve:

• Permanecer no cabine. Não entrar em pânico; .......se está em condições de se


conscientizar do que aconteceu, você está seguro onde está....se sair daí, poderá se
matar (Fig. 4.76).

• Instrua as pessoas de se manterem afastadas do equipamento, do cabo e da carga, uma


vez que o conjunto todo deve estar energizado.

• Tente, sem ajuda de terceiros, sem ninguém se aproximar a máquina, afastar o


equipamento, de ré se for o caso, até ficar livre da linha viva.

• Se o equipamento não pode ser movido, ou desembaraçado da linha viva, permaneça


em seu lugar, peça para alguém avisar a concessionária, espere até comparecerem
para desenergizar o circuito e confirmarem que as condições estão segura.

Se o operador quer abandonar o equipamento, deve fazer isso pulando fora do


equipamento, sem ter contato com a máquina e o chão (Fig. 4.77). Devido as tensões
diferenciais perigosas, o pulo deve ser dado com as duas pernas juntas, e andar devagar,
arrastando os pés, sem levantá-los do chão. Nunca, sob hipótese alguma dar passos
largos para evitar áreas de potenciais diferentes que podem matar.

Torre de
Rádio ou TV

Fig. 4.74 - Outra área de perigo que exige muita atenção, são as torres de rádio e
TV, uma vez que a lança do guindaste pode vir atuar como antena e acumular
eletricidade estática, providencie aterramento adequado.
157

Fig. 4.73 - Deve-se ter muito cuidado ao trabalhar sob rede elétrica de vãos longos, os
mesmos tendem a oscilar lateralmente sob efeito do vento podendo ocasionar
acidentes.

Operação de Mais de Um Guinaste na Mesma Área

Se houver a necessidade de operarem mais do que um guindaste na mesma área,


existe sempre a possibilidade de uma colisão, choque de lanças de comprimentos
diferentes, ou da carga. Para minimizar a probabilidade dessa ocorrência, os guindastes
devem ser posicionados de tal forma, que os operadores tenham perfeita visibilidade das
outras máquinas na área de risco. Os operadores devem ter comunicação direta entre si, via
radio, para poderem alertar um ao outro de algum perigo eminente. É recomendado que
nesse caso o serviço seja controlado por uma pessoa específica, que por sua vez tenha
condições de contato direto com os operadores e demais envolvidos, determinando as
prioridades sobre as máquinas (Fig. 4.78).
158
Inspecione o cabo, os estropos, moitão e as roldanas
verificando existência de sinais de queimaduras, bem
como o equipamento nosInspecione
pontos de ocontato.
cabo, osNota:
estropos,
Verifique também os rolamentos do tambor.

Fig. 4.75 - Inspecionar o equipamento envolvido em acidente elétrico, identificando os


danos causados pelo contato elétrico.

Comportamento em caso de a máquina


Comportamento
sofrer contato elétrico: em caso de a máquina
sofrer contato
* Permaneça no seu lugar elétrico:
* Mantenha todos afastados
* Afaste• do Permaneça no seu
local a máquina, selugar
• Mantenha todos afastados
possível
- Se for•para
Afaste
descerdo local
– pule a máquina, se
de uma
possível
vez – nunca desça normalmente.
• Se for para descer – pule de uma
vez – nunca desça normalmente.

NÃO ENTRE
NÃO EM
ENTRE
PÂNICO !!!
EM PÂNICO!!!
Fig. 4.76 - Comportamento em caso de a máquina sofrer contato elétrico

Içamento com Mais do que Um Guindaste


Essas operações são extremamente complexas, requerem um bom planejamento
antecipado e muito cuidadoso, para salvaguardar a segurança das pessoas envolvidas, da
carga e dos equipamentos envolvidos (Fig. 4.79).

Uma pessoa qualificada deve ser o responsável pela a operação. Ele deve analisar a
situação e instruir todo pessoal envolvido sobre o posicionamento apropriado, amarrações e
os movimentações a serem feitas.
159

Se a máquina tocar na rede elétrica, NUNCA


DESÇA DA MÁQUINA AOS PASSOS - PULE !
NÃO
NÃO ! ! Se a máquina tocar na rede elétrica, NUNCA
DESÇA DA MÁQUINA AOS PASSOS - PULE !

SIM ! PULE - SEM TOCAR NA MÁQUINA !


PULE - SEM TOCAR NA MÁQUINA !
SIM !
Fig. 4.77 - Maneira correta de sair de uma máquina eletrificada
160
É extremamente importante que os sinalizadores e os operadores saibam
exatamente o que, quando, e como devem fazer, antes de iniciar o içamento. As máquinas
devem ser coordenadas e trabalharem em conjunto como fosse uma única unidade. É
recomendável que o coordenador, os sinalizadores e os operadores tenham condições de
comunicação direta por radio (Fig. 4.80). Os seguintes procedimentos devem ser
observados (Fig. 4.81):

• Use somente equipamentos e acessórios de primeira qualidade.


• Fazer todos os movimentos o mais devagar possível.
• Mantenha a rotação dos motores no máximo para evitar morrerem.
• Case as velocidades de içamento e de giro de todas as máquinas.
• Não utilize os freios e embreagens abruptamente.
• Use só um sinalizador e possibilite que ele tenha meios de comunicação via radio.
• Saiba quanta carga deve ser suspensa por cada máquina e verifique se os estropos
estão posicionados corretamente, dividindo as cargas como planejado.

• Lembre-se que a capacidade das máquinas é baseada para cargas suspensas


livremente e balanceadas, com a ponta da lança sobre o centro de gravidade da carga. A
utilização de duas ou mais máquinas introduz elementos perigosos como cargas laterais,
sobrecarga, erros de operador, condições diferentes de solo para áreas diferentes e
outros perigos que normalmente não encontramos.

NÃO!

Fig. 4.78 - Quando operando mais do que um equipamento na mesma área, os


operadores devem ter condições de se comunicarem via radio.
161

Fig. 4.79 - Operações em conjunto devem ser planejados com muita cautela.

Comunicação
via radio

Comunicação
via radio

Fig. 4.80 – Nos casos de içamento em conjunto os operadores devem ter condições de
comunicação direta via radio
162
EEm içamentos
m içamentos em conjunto
em conjunto observar:
observar:

ü• AsAs velocidades
velocidades de cabos
de cabos de giroedevem
do giro
ser
devem ser combinados.
combinados
ü Os movimentos de vem ser os mais lentos
• possíveis.
Os movimentos devem ser os mais
ü Manter no máximo a rotação do motor para evitar
lentos possíveis.
travamento
ü Não acionar abruptamente freios e embreagens
• Manter no máximo a rotação
do motor para evitar travamento.

• Não acionar abruptamente


freios e embreagens.

Fig. 4.81 - Diretrizes a serem observadas em operação de içamento em conjunto

Translado Com a Carga Suspensa

As capacidades de carga dos guindastes são baseadas na condição do equipamento


parado e nivelado. Não existem dados publicados sobre translado com a carga suspensa.

Essa operação é envolvida com tantos variantes, como condições do solo,


comprimento da lança, giros com a carga sobre os quadrantes lateral - dianteira e traseira,
momentos gerados por partidas e paradas, etc., que é impossível definir um padrão único de
procedimento para segurança absoluta. Se uma operação dessas for preciso, antes de mais
nada devem ser avaliadas as condições locais, determinadas as práticas de segurança e
trabalhar com as seguintes precauções:

Cuidado: As mesmas precauções são válidas para mover o guindaste com


a lança estendida ou com a lança suspensa.

• Os procedimentos de translado devem ser de acordo com as instruções dos fabricantes.


• A lança sempre deve ser apontada para a direção do translado (Fig. 4.82)
163
• Devem ser ativados o freio e a trava de giro. A trava, porque o freio não é confiável,
pode permitir giro durante o translado. Se for necessário utilizar o giro, durante o
translado, acione a embreagem antes de soltar a trava e os freios.

• Nunca trafegue com cargas próximas ao limite de capacidade da máquina. Como regra
geral, na ausência de recomendações de fabricante, a carga máxima que pode ser
transportada sobre a parte traseira do guindaste, nunca deve exceder a carga admissível
no quadrante lateral, sobre pneus (Fig. 4.83).

• É necessário extremo cuidado ao trafegar com cargas acima dos 50% da capacidade
da máquina. As irregularidades do terreno sujeitam a suspensão e a lança a choques
de cargas adicionais que devem ser compensadas, reduzindo a carga no gancho
(Fig. 4.84).

• Quando é permitido pelo projeto, o operador deve permanecer no cabine para controlar a
carga e um segundo operador deve conduzir o guindaste. O sinalizador deve orientar a
operação, caminhando na frente do equipamento e observar atento os perigos possíveis.

• A pressão dos pneus deve ser a especificada.


• A velocidade de translado deve ser o mais lenta possível e devem ser evitadas
acelerações e freadas bruscas. Cabos guia devem estar disponíveis para controlar a
oscilação da carga (Fig. 4.85).

• A carga deve ser mantida o mais perto possível ao solo, sendo o cabo mais longo
possível entre a ponta da lança e a carga. Isso contribui a aliviar o impacto da carga
sobre a lança, devido a elasticidade do cabo, elasticidade essa que aumenta conforme o
comprimento do cabo (Fig. 4.86).

• Nunca trafegar com cargas acima dos 50% da capacidade da máquina. Isso tenderá
aumentar o raio e pode causar tombamento da máquina. Trafegue lentamente com a
carga na parte frontal da máquina (Fig. 4.87).

• Se utilizar guindaste de esteira em solo mole, as vezes pode ser necessário trafegar com
a carga sobre a parte traseira para que a esteira possa agarrar melhor ao solo. Amarre a
carga à máquina para minimizar as oscilações e trafegue devagarinho com extremo
cuidado, a máquina pode tender levantar a frente (Fig. 4.88).

• Nunca trafegue com guindaste de pneus, com a carga suspensa pelos lados.
• Use sempre a lança mais curta possível.
• Não trafegue com a lança no ângulo mais elevado para evitar tombamento e queda da
lança sobre a máquina (Fig. 4.89).

• Se as condições parecem ser perigosas em função de inclinação de terreno, condições


de solo, etc., o guindaste deve ser escorado para evitar sua fuga em caso de falhas de
freio ou embreagem. Calce os dentes das esteira ao subir ladeiras antes de engatar as
embreagens de mudança de rumo, para evitar de voltarem para trás.

• Nunca põe a máquina em movimento enquanto o caminho da sua frente não esteja livre,
isento de pessoas ou obstáculos.
164

A carga aqui não deve exceder


o limite recomendado

Fig. 4.83 - Nunca trafegue com cargas próximas ao limite de capacidade da máquina.
Como regra geral, na ausência de recomendações de fabricante, a carga máxima que
pode ser transportada sobre a parte traseira do guindaste, nunca deve exceder a
carga admissível no quadrante lateral, sobre pneus

• Se trafegar com as patolas estendidas, observe se não batem em obstáculos para evitar
danificá-los.

• Nunca trafegue sobre solo irregular, instável ou fofo se isso representa perigo de
acidente ou possíveis danos ao equipamento.
165

Fig. 4.84 - Extremo cuidado deve ser tomado ao trafegar com cargas acima dos 50%
da capacidade da máquina. As irregularidades do terreno sujeitando a suspensão e a
lança a choques de cargas adicionais devem ser compensadas, reduzindo a carga no
gancho

Cuidado: Trafego sobre ladeiras com guindastes carregados sempre que


possível devem ser evitados. Se a operação for realmente
inevitável, é essencial que a máquina tenha uma margem de
carga generosa sobre as cargas a serem movimentadas. A carga
deve ser carregada pelo lado de “ladeira acima” do guindaste,
independente da direção do translado (Fig. 4.90). Evite girar
a carga exceto se é para manter na posição “morro acima”.
Posicione a carga no lado de “morro acima”, da máquina e
observe que nem a lança, nem o guindaste se tornem instáveis ao
liberar a carga (Fig. 4.91).
166

Fig. 4.85 – Ao trafegar com carga, faça com velocidade muito baixa, evite aceleradas e
freadas bruscas e use cabo guia para controlar as oscilações da carga
167

Mantenha oomaior
Mantenha comprimento
maior comprimentode de
caboque
cabo que for
for possível
possível entre
entrea aponta da da
ponta
lança eea carga,
lança para para
a carga, amenizar os
amenizar os
impactosdevido
impactos devido aa elasticidade
elasticidade do
docabo,
cabo,
queéécanto
que canto mais
mais longo
longo oocabo
caboé é
maior
maior
a sua elasticidade.
a sua elasticidade.

Mantenha a carga mais


próximo possível ao solo

Mantenha possível
solo

Fig. 4.86 – Trafegando com carga, mantenha-a mais próximo possível ao solo
168

Fig. 4.87 - Trafegue sempre na direção da carga se transportar peso com mais de 50%
do limite de carga do guindaste, considerando a capacidade “sobre pneus”.

Fig. 4.82 - A lança sempre deve ser apontada para a direção do translado
169

• Fig. 4.88 - Se utilizar guindaste de esteira em solo mole, as vezes pode ser
necessário trafegar com a carga sobre a parte traseira para que a esteira possa
agarrar melhor ao solo. Amarre a carga à máquina para minimizar as oscilações e
trafegue devagarinho com extremo cuidado, a máquina pode tender levantar a
frente

Sinalização

Seja quem for, o encarregado de uma operação (construtor, encarregado,


superintendente), usando um guindaste, deve se certificar, de que há um elemento
competente designado como sinalizador para trabalhar com o guindaste, enquanto essa
máquina está trabalhando sob sua área de responsabilidade.
170
A legislação pertinente requer que o sinalizador esteja presente sempre que:

a) O guindaste estiver operando em áreas de risco com linhas vivas.


b) O operador não tem visibilidade permanente do gancho e da carga.
c) A máquina está posicionada de forma que o operador não pode ver todas as
partes da máquina e seu caminho de translado.

O sinalizador deve:
• Se posicionar para ficar visto integralmente pelo operador e se usar sinais de mão
deve estar suficientemente próximo para oferecer boa visibilidade e interpretação.
Estar posicionado para enxergar constantemente a carga e o equipamento,
mesmo na ausência de perigos (Fig. 4.92).

• Ser qualificado e ter experiência nas operações.


• Ser o responsável para manter o público e as pessoas não autorizadas fora do
raio de ação do guindaste.

• Orientar o trajeto da carga para que a mesma nunca fique sobre as pessoas.

• Se manter em contato constante com o operador ou por meio de sinais de mão,


indicadas nas (Fig. 4.93 a e 4.93 b) ou via radio.

Movimento abrupto
Movimento abrupto

Fig. 4.89 - Não trafegue com a lança no ângulo mais elevado para evitar tombamento e
queda da lança sobre a máquina
171

Fig. 4.90 - Se houver necessidade de trafegar em declives:


• A carga deve ser muito menor do que a capacidade da máquina.
• A lança não deve estar muito alta.
• A carga deve estar posicionada no lado “morro acima”.
• Nunca execute giro exceto para manter a carga “morra acima”.
• Coloque a carga no lado alto.
172

Nunca posicione a carga


Abaixe e libere a carga lentamente,
para o lado “morro abaixo”.
para evitar instabilidade da lança
e conseqüente tombamento da
mesma para trás.

Mantenha o ângulo da lança Nunca posicione a carga


baixo, do contrário, a máquina para o lado “morro abaixo”.
pode tombar para trás.

Posicione a carga sempre


Mantenha o ângulo da lança
baixo, do contrário, a máquina no lado “morro acima” do
pode tombar para trás. guindaste

Fig. 4.91 - Posicione a carga no lado de “morro nem a lança, nem o guindaste
stornem instáveis ao liberar a carga

Posicione a carga sempre no


lado “morro acima” do guindaste

Fig. 4.91 - Posicione a carga no lado de “morro acima”, da máquina e observe que
nem a lança, nem o guindaste se tornem instáveis ao liberar a carga
173

Fig. 4.92 – O sinalizador deve se posicionar para ficar visto integralmente pelo
operador e se usar sinais de mão deve estar suficientemente próximo para oferecer
boa visibilidade e interpretação. Ele deve estar posicionado para enxergar
constantemente a carga e o equipamento, assim ele mesmo está protegido dos riscos.
174

PARE – Braço estendido, TRAVAR


TRAVAR TUDO
TUDO – – Cruzar
Cruzar as MOVIMENTE
PARE – Braço estendido, as MOVIMENTEDEVAGAR
DEVAGAR- -Use
Use uma das
palma da mão para baixo, mãos na frente do corpo. uma das mãos para dar o sinal de
palma da mão para baixo, mãos na frente do corpo. mãos para dar o sinal de movimento e
movimente a mão para a movimento e põe a outra mão
movimente a mão para a põe a outra mão parada na frente da
direita e a esquerda. parada na frente da mão sinalizador.
mão sinalizador. (O exemplo indica:
(O exemplo indica:
SUSPENDER DEVAGAR)
SUSPENDER DEVAGAR)

SUSPENDER
SUSPENDER – Com o antebraço
– Com BAIXAR
o antebraço BAIXAR – Com
– Com braço
braço para
para baixo,USE MOITÃO
baixo, BAIXAR – Com braço
PRINCIPAL - Bate para baixo,
vertical indicador
vertical para
indicador cima,
para giregire
cima, a a indicador
indicador aponta
aponta para
para baixo,
baixo, gire
gire a acom o punho
indicador aponta para
no capacete, baixo, gire a
depois
suasua
mão lentamente em círculos.
mão lentamente em círculos. sua mão lentamente em círculos.
sua mão lentamente em círculos. faça o sinal convencional.círculos.
sua mão lentamente em

USE USE o MOITÃO


o MOITÃO AUXILIAR
AUXILIAR – Bate SUBIR
– Bate A LANÇA
SUBIR – Com
A LANÇA a mão
– Com a mão BAIXAR
BAIXARA LANÇA
A LANÇA – Com
– Coma mão
a mão
o cotovelo
o cotovelo comcom a mão
a mão depois
depois façafaça fechada, polegar
fechada, para
polegar cima,
para o o
cima, fechada, polegar
fechada, polegarpara baixo,
para o o
baixo,
o sinal convencional. braço estendido lateralmente. braço estendido lateralmente.
o sinal convencional. braço estendido lateralmente. braço estendido lateralmente.

Fig.
Fig.4.93
4.93aa- - Sinais
SinaisConvencionais
Convencionaisde
deControle
Controlede
deOperação
Operaçãode
deGuindaste
Guindaste(1ª
(1ª parte)
parte)
175

GIRAR – Com o braço estendido SUBIR A LANÇA e BAIXAR A BAIXAR A LANÇA e SUBIR A
aponte para a direção do giro. CARGA – Com a mão aberta, CARGA - Com a mão aberta,
polegar para cima, o braço polegar para baixo, o braço
TRANSLADO – (Guindaste em estendido,
ESTENDER flexionar os dedos
A LANÇA - estendido, flexionar
RETRAIR A os dedos
LANÇA -
trilhos ou trolei) Braço para a até(Em
atingir
casoa posição desejada.
de telescópica) até atingir
(Em casoa posição desejada.
de telescópica)
frente, estendido, com a mão Braços dobrados, punhos Braços dobrados, punhos
aberta, para cima, fazer o fechados com os polegares fechados com os polegares
movimento de empurrar. apontando para fora. apontando para dentro.

TRANSLADO – (Guindaste em ESTENDER A LANÇA - RETRAIR A LANÇA -


trilhos ou trolei) Braço para a (Em caso de telescópica) (Em caso de telescópica)
frente, estendido, com a mão Braços dobrados, punhos Braços dobrados, punhos
aberta, para cima, fazer o fechados com os polegares fechados com os polegares
movimento de empurrar. apontando para fora. apontando para dentro.

TRANSLADO – Os braços TRANSLADO – (Em esteira)


em frente do corpo, punhos Travar a esteira no lado que é
fechados e fazendo indicado pelo braço erguido e
movimentos de empurrar movimentar a esteira do lado
na direção necessária. oposto, na direção indicada
pelo movimento circular do
punho da outra mão em frente
do corpo. (Guindastes de
esteira.)

TRANSLADO – Os braços TRANSLADO – (Em esteira)


em frente do corpo, punhos Travar a esteira no lado que é
fechados e fazendo
. indicado pelo braço erguido e
movimentos de empurrar movimentar a esteira do lado
na direção necessária. oposto, na direção indicada
pelo movimento circular do
Fig. 4.93 b - Sinais Convencionais de Controlepunho
de Operação
da outra mãode
emGuindaste
frente (2ª parte)
do corpo. (Guindastes de
esteira.)
Fig. 4.93 b - Sinais Convencionais de Controle de Operação de Guindaste (2ª parte)
176
Nota: Os sinais de mão só devem ser utilizados se a distância entre o sinalizador
e o operador não for muito grande e as condições atmosféricas são aceitáveis, ao
ponto de possibilitar a perfeita visualização. É recomendável que o sinalizador use
luvas especiais (laranja fosforescente) para a fácil distinç ão no meio de outras
pessoas.

É recomendável a utilização de radio transceptores em todas as operações de


guindastes, onde é necessária a sinalização. É muito grande o índice de acidentes devido
as falhas de interpretação de sinais de mão, enquanto o radio comunicação oferece muito
maior segurança (Fig. 4.94).

Para operação noturna deve ser providenciada iluminação adequada e radio


comunicação (Fig. 4.95)

Se o operador perder o contato com o sinalizador por alguma razão, deve paralisar a
operação até conseguir restabelecer a comunicação. Em caso de pegar carga num local e
baixá-la em outro, como no caso de lançamento de concreto, dois sinalizadores são
necessários, um em cada ponto de operação.

Se houver necessidade de dar alguma informação ao operador além dos previstos


pelo sistema de sinais, antes de mais nada o operador deve ser instruído de suspender a
operação de içamento.

Máquina Abandonada

• O operador nunca deve abandonar o equipamento, com carga suspensa, exceto casos
de extrema emergência. Qualquer falha técnica pode causar a queda ou descida brusca
da carga, sobre pessoas ou equipamentos. Os tambores de freio podem esfriar, soltando
o freio. Uma carga suspensa nunca deve depender apenas dos freios para ficar
suspensa exceto com o operador em seu lugar, em prontidão para manusear a carga se
necessário (Fig. 4. 96).

• Ao abandonar o posto de comando, os seguintes precauções devem ser observadas:

a) Levar o equipamento a um local plano;


b) Abaixar a carga ao solo;
c) Ativar os freios de ar, posicionar a alavanca de marcha em posição de “Neutro”, ativar
o freio de estacionamento e calçar as rodas;

d) Ativar o freio de giro;

e) Ativar a trava de giro, não confie no freio de giro como freio principal por não ser uma
trava positiva, podendo permitir o movim ento da mesa.

f) Abaixar a lança se possível verificando se a área está livre e desocupada sem nada a
ser danificado pela carga ou pela lança, e depois prenda o gancho.

g) Ativar as catracas da lança e do tambor.

h) Desacoplar a embreagem mestre ou desligue o motor.


177

Radio comunicação

Radio comunicação

Fig. 4.94 - É recomendável a utilização de radio comunicação nas operações com


sinalização entre os participantes do trabalho.

Fig. 4.95 - É importante providenciar iluminação adequada para operação noturna.


178

i) Travar todos os controles;


j) Trancar as portas para impedir entrada de pessoas não autorizadas;
k) As lanças hidráulicas são mantidas em sua posição por óleo sob pressão. Óleo tende
expandir-se quando aquecido e se contrair ao esfriar. Um mínimo de vazamento pelas
juntas também pode existir, mesmo nas máquinas novas. Assim, é essencial
estacionar a máquina num local que a eventual abaixada gradativa da lança, não
cause danos pessoais ou materiais Fig. 4.97).

Nota: Ao estacionar o equipamento para o pernoite, independente do comprimento da


lança, é recomendável abaixar completamente a lança (até apoiar), ou retrair. Se isso
for impossível devido as limitações locais, abaixar a lança até o ponto mínimo
possível e prender o bloco do gancho diretamente a lança. Isso é muito importante em
áreas de ventos fortes ou o local de estacionamento ser área de acesso público
(Fig. 4.98).

Transporte do Guindaste.

Os procedimentos e as precauções que envolvem a ter um guindaste móvel no local,


mudando de local para outro, não são as mesmas do que os recomendados para o
transporte de equipamentos, ou máquinas.

A consideração mais importante é de evitar de danificar o equipamento, pois esses


danos normalmente se manifestam na hora de utilizar novamente a máquina.

Para subir as máquinas de esteira na prancha, faça as rampas suaves, de baixo


ângulo de inclinação. Se estiver com a lança montada, posicione-a para a frente e baixe-a,
para evitar bater ou virar para trás (Fig. 4.99). A máquina deve ser cuidadosamente fixada,
para evitar movimentos. É recomendável acorrentar a torre para perfeita fixação, alem de
ativar o freio e a trava de giro. (Fig. 4.100 a - Fig. 4.100 b)

Precauções especiais devem ser adotadas no caso de lança treliçada. Em geral a


seção base viaja na máquina. Trafegar com as demais seções, aumenta a possibilidade de
danos, assim evite esse atitude exceto se o fabricante providenciou alguma proteção para
isso (Fig. 4.101).

Exceto especificação diferente do fabricante, a seção base deve ser suportada só


pelos seus cabos de suspensão durante as viagens, pois absorvem os choques e o peso da
lança não fica apoiada na estrutura da máquina. Assim não tem perigo de danificarem as
seções tubulares. O peso da lança deve ser suportada pelo cabo de içamento e deve ter
folga para permitir o balanço causado pela movimento durante a viagem(Fig. 4.102).

Se houver suporte de lança, o mesmo deve ser utilizado conforme as recomendações


do fabricante.
179

Fig. 4.96 - O operador nunca deve abandonar os controles com carga suspensa.
180

Fig. 4.97 - Estacione a máquina sempre num local que nada possa ser danificado se a
lança baixar acidentalmente.

Quando suspender as seções da lança nunca engate o gancho nas treliças para não
dobrá-las, fixe as sempre nas extremidades dos membros principais (Fig. 4.103). As seções
devem ser calçadas e se forem empilhadas devem ter calços intermediários entre os
mesmos, de firmeza e segurança absoluta. Se quiser prende-las providencie proteções
adequadas para não danificar, deformar seus membros. É recomendável usar tiras de lona
em lugar de correntes para as fixações (Fig. 4.104).

Antes de movimentar o guindaste, verifique se os freios e trava de giro estão


adequadamente posicionados e todas as patolas estão recolhidas e travadas em seus
lugares.

Sempre verifique as restrições locais para altura, largura e peso, para não exceder os
limites legais. Se houver necessidade de redução de peso, remova as patolas e o
contrapeso.

Os dispositivos de alerta e segurança como luzes, bandeiras, devem estar no


equipamento e em perfeitas condições de funcionamento.
181

Fig. 4.98 - Nunca estacione o guindaste em locais e em posição, que o abaixamento


acidental da lança possa afetar área com acesso público. A lança deve ser baixada até
o solo, se possível, ou ao mais baixo possível, o bloco do gancho deve ser baixado e
preso a lança.
182

Mantenha a lança baixa e


faceando na direção
Mantenha a lança da
baixa e
rampa.faceando na direção da
rampa.

Fig. 4.99 - Ao subir o guindaste a prancha, faça a rampa longa com baixo grau de
inclinação

Fig. 4.100 a – Transportando guindaste por qualquer meio, não confie só nos freios,
ative os freios e trava de giro e fixe a máquina atirantando-a
183

Fig. 4.100 b – Transportando guindaste por qualquer meio, não confie só nos freios,
ative os freios, a trava de giro e fixe a máquina atirantando-a
184

Fig. 4.101 – Trafegue com o guindaste, montado somente com a seção base da lança
185
O peso da lança não deve repousar
sobre
O pesoo da
suporte,
lança para não danificar,
não deve repousar
deformar seus membros.
sobre o suporte, para não danificar,
deformar seus membros

O peso da lança deve ser


sustentado pelo seu cabo e
deve ter folga suficiente para
permitir
O peso da lança deveseu
serbalanço durante a
sustentado
pelo seu caboviagem
e deve ter folga suficiente
para permitir seu balanço durante a
viagem

Fig. 4.102 - O peso da lança deve ser suportada pelo cabo de içamento e deve ter folga
para permitir o balanço causado pela movimento durante a viagem
186

Fig. 4.103 – Nunca suspenda as seções de lança pelas treliças, suspenda sempre nos
pontos de montagem na extremidade das longarinas .

Fig. 4.104 – Nunca use cabo ou corrente para prender as seções da lança, use tiras de
lona
187

Fig. 4.105 – Para trafegar com guindaste móvel, mantenha as luzes e demais
dispositivos de segurança de sinalização ligados, use bandeiras de sinalização e em
caso de guindastes muito grandes use batedores na frente e atrás da máquina.

Antes de começar trafegar, use o cinto de segurança do veículo, verifique as pressões


de ar e de óleo. Não começa movimentar enquanto a pressão de ar se estabilizar.

Trafegar com um guindaste requer extremo cuidado por parte do operador,


particularmente na escolha das marchas e no controle do equipamento. Evite buracos,
obstáculos, solo instável e ladeiras que podem sujeitar o equipamento a tensões prejudiciais
e eventual tombamento. Se a máquina vier estancar obtenha ajuda com veículo adequado
para empurrar, para não danificar a transmissão ou os eixos.

Trafegar em estradas e vias públicas valem as mesmas regras do que os para


veículos pesados (Fig. 4.105):

• Mantenha as luzes acesas;


• Use o sistema de sinalização;
• Em caso de máquinas grandes use batedores com radio comunicação;
• Verifique as alturas e todos gabaritos;
• Observe as limitações de carga sobre as pontes e estradas.

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