FICHAS DE TRABALHO

PRIMEIRO PLANO
Comportamentos Portugal apresenta valores idênticos aos dos restantes países europeus
São perturbações psiquiátricas que devem ser levadas a sério e já têm uma expressão preocupante

Bulimia e anorexia já são

problemas de saúde pública
Virgínia Alves
J. Paulo Coutinho

O
número de casos de anorexia e bulimia
nervosas em Portugal é idêntico aos dos
restantes países europeus.
Os números, divulgados ontem, no Porto,
não são muito elevados mas são
preocupantes. ”Trata-se de doenças
debilitantes, perturbações psiquiátricas graves, que devem
ser encaradas como um problema de saúde pública, que
atingem jovens que não têm idade para sofrer de pertur-
bações”, afirmou o psicólogo Paulo Machado, um dos
responsáveis por um estudo nacional destas doenças,
realizado pela Universidade do Minho.
Através do estudo epidemológico que, envolveu duas mil
mulheres com idades entre os 15 e os 20 anos, foram
detectados oito casos de anorexia nervosa e seis de
bulimia nervosa.
Foram ainda, diagnosticadas 53 situações de perturbação
alimentar. “Casos subclínicos de anorexia e bulimia, ou
seja, que não cumprem todos os critérios internacionais,
que são muito restritos, para diagnosticar as doenças, mas
já apresentam indícios graves para serem tratados”,
sublinhou Paulo Machado.
Um dos critérios para diagnosticar bulimia é a ingestão
compulsiva de comida, para depois provocar o vómito
duas vezes por semana durante três meses. “Imagine-se
que é uma vez por semana e que está a acontecer há dois
meses. Trata-se de igual modo de uma perturbação
alimentar que se deve tratar. O mesmo acontece em
relação à anorexia, que se supõe manifestar-se, entre
outras coisas, pela falha de ciclo menstrual pelo menos
três vezes. A anorexia e a bulimia são doenças vividas normalmente em grande secretismo
“Mas se uma mulher tiver um peso muito baixo para a
altura, também deve ser avaliado o seu comportamento
alimentar”, explicou o psicólogo. Mas estas perturbações resposta para estes casos como acontece noutros países, revistas científicas, partiu inicialmente de um questionário
alimentares têm tratamento. “É complicado e demorado, onde existem mais centros de tratamento de perturbações para identificar comportamentos e atitudes que poderiam
mas os tratamentos psicoterapeuticos e com psico- alimentares. sinalizar perturbações alimentares. Seguiram-se as
-farmacos têm tido alguma eficácia”, referiu Paulo O estudo, que foi ontem apresentado no congresso entrevistas clínicas aos casos detectados. De referir que
Machado, acrescentando que o “maior problema é o científico “Doentes em risco nutricional”, organizado pela a anorexia e a bulimia não são doenças da moda, embora
paciente assumir que sofre da doença”. Estas situações Associação de Estudantes de Ciências da Nutrição do sejam mais comuns agora, e em particular em países
“são vividas normalmente com grande secretismo”, Porto, integrado na XV Semana de Ciêncas da Nutrição, desenvolvidos, onde os padrões de beleza ganham mais
acrescenta. Um estudo efectuado na Holanda refere que revelou ainda que os números apurados para a bulimia adeptos. Mas, estas duas doenças surgem descritas em
apenas 30% das mulheres que sofrem de anorexia nervosa podem não ser os mais exactos, “isto porque é vários documentos da antiga Grécia e e ao longo do tempo
procuram ajuda, enquanto que só 6% das que sofrem de uma doença que afecta mulheres com idade superior às foram sendo estudadas.
bulimia é que recorrem a tratamentos. que foram envolvidas no estudo”. Por essa razão, está a
Em Portugal os números não devem variar muito, apesar ser iniciado um trabalho dirigido a essa faixa etária. A Fonte: Jornal de Notícias
do sistema de saúde não ter a mesma capacidade de investigação, que deverá ser publicada em breve em (Sexta-feira, 15 de Abril 2005)

Mais uma vítima mortal provocada pela anorexia

Complicações provocadas pela dieta mais que rigorosa seguida por Thayrinne Machado
Brotto resultaram na morte desta jovem brasileira. Eleva-se assim a quatro o número RISCOS E SINTOMAS
de casos fatais ocorridos nos últimos dois meses no Brasil, com origem na anorexia.
Esta perturbação alimentar caracteriza-se por um medo obsessivo de ganhar peso, Anorexia nervosa Bulimia nervosa
o que implica a rejeição quase total de comida. A jovem brasileira agora falecida num Jovens com perda de peso que resulta Jovens ingerem grandes quantidades
hospital há mais de seis meses que induzia os vómitos depois das refeições. de restrições alimentares e degenera de comida num curto espaço de tempo
Tinha apenas 16 anos e morreu num hospital da cidade de São Gonçalo, na região numa progressiva mudança de e a seguir provocam o vómito.
comportamento.
metropolitana do Rio de Janeiro. Thayrinne sucumbiu no passado Domingo devido a • Sintomas
problemas relacionados com a falta de alimentação. Este foi o quarto caso de anorexia • Sintomas Procuram sair da mesa logo a seguir à
conhecido em apenas dois meses no Brasil. A série dramática teve como primeira Discussões, tentativas de suborno. No refeição. Um calo debaixo do nó dos
protagonista uma modelo, Ana Carolina Reston Macan, de 21 anos. O seu internamento início, as vítimas tornam-se sérias e dedos, utilizados para provocar o
e a sua morte tiveram repercussões internacionais e levaram a que algumas agências introvertidas, depois raramente querem vómito.
de modelos e festivais de moda passassem a exigir certificados médicos a quem queira sair de casa. Comportamentos
desfilar nas “passerelles”. Dias depois, ainda em Novembro, morria a universitária obsessivos na cozinha e com a limpeza. • Riscos
Carla Casalle. Já na última noite de Natal seria a vez de Beatriz Lopes Bastos: pesava Fadiga, desidratação, irritação crónica
• Riscos da garganta, problemas de fígado e
35 quilos, quando a sua altura era de 1,57 metros. Infertilidade, falta de ar, problemas de rins, mãos e pés inchados, menstruação
A anorexia atinge sobretudo jovens do sexo feminino e caracteriza-se por uma pele, perturbações no ritmo cardíaco, irregular, dores no peito, paragem
valorização excessiva da própria imagem, que é deturpada pela ideia de que se é dores de estômago, paragem cardíaca cardíaca e morte.
gordo. E.F. e morte.

Guia dos Professores pág. 16


ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• Os títulos e a foto destas notícias remete-nos de
imediato para um tema da actualidade que tem
gerado crescente preocupação em Portugal e no
mundo. De que se trata?
• Agora leiam o texto com atenção para ficarem
com uma ideia geral sobre o assunto. Descubram
“de que falam as notícias?”, “o que nelas
acontece?”, “quem são os seus protagonistas?”,
etc.
• Por fim, analisem o esquema sobre os “Riscos e
Sintomas”, tirem dúvidas com o professor e troquem
impressões sobre “anorexia e bulimia” com os
vossos colegas.
PESQUISA
• Agora devem preparar-se para aprofundar os
vossos conhecimentos sobre o tema “doenças
alimentares do século XXI”. Numa primeira fase,
procurem mais notícias em www.jn.pt.
• Façam depois uma investigação mais detalhada
em “links” na Internet que falem sobre o assunto,
ou em publicações e enciclopédias especializadas,
etc. “o que é a anorexia?”, “o que é a bulimia?”,
“quais os motivos que as podem provocar?”, “quais
os sintomas de alerta a ter em conta?“ quais os
riscos para a saúde?”, “magreza Vs
gordura?”,“casos recentes de doenças
alimentares?”, “qual a dieta ideal para os jovens
da vossa idade?", entre muitas outras questões.
• Por fim, complementem a vossa opinião com
outras fontes de informação à vossa escolha, a
Televisão, a Rádio, conversas com amigos,
familiares ou outros meios que achem interessantes.
DEBATE
“Pró” ou “contra” o “culto da magreza”?
• Dentro do vosso grupo de trabalho, reúnam o
máximo de elementos e preparem-se para
defender a vossa posição.”Acham justo que a
sociedade nos imponha um padrão de beleza?”,
ou por outro lado, “consideram que cada um
deveria ser aceite tal como é?”.
• Como exercício, podem tentar estudar os
argumentos da posição contrária à vossa e tentar
defendê-la como se concordassem com ela pois
poderão ser confrontados com essa situação nos
debates de turmas, interturmas, campeonatos
distritais e 3.º fórum da leitura e debate de ideias.
ACTIVIDADES PARA CASA
Preparem em vossa casa o debate de turma, argumentando sobre o tema “magreza Vs gordura”. É muito fácil!!!
Dividam a vossa família em dois grupos, que podem ser de uma ou mais pessoas, uns pela “magreza” e outros
pela “gordura”. Cada grupo deve nomear um porta-voz para transmitir as suas ideias. Cada exposição não deve
durar mais de 10 minutos. Cada um de vocês será o moderador e, no fim do debate, resumirá as posições dos
dois lados.
Dicas
Definição
• Anorexia
É o comportamento persistente que uma pessoa
apresenta ao procurar manter o seu peso corporal
abaixo dos níveis esperados para a sua estatura,
juntamente com uma percepção distorcida em
relação ao seu próprio corpo, que leva o paciente
a ver-
-se como "gordo".
Apesar das pessoas em volta notarem que o paciente
está abaixo do peso, que está magro ou muito
magro, o paciente insiste em negar, em emagrecer
e perder mais peso. O funcionamento mental de
uma forma geral está preservado, excepto no que
se refere à imagem que este tem de si mesmo e ao
seu comportamento irracional de emagrecimento.
Fonte: PsicoOnline
• Bulimia
É uma disfunção alimentar associada à anorexia
nervosa, com um diferencial: a pessoa bulímica
tende a apresentar períodos em que se alimenta
em excesso, seguidos pelo sentimento de culpa por
causa do ganho de peso. Para "compensar" o ganho
de massa, o bulímico exercita-se de forma
desmedida, vomita o que come e/ou faz uso
excessivo de purgantes e diuréticos.
Além dos mesmos danos à saúde causados pela
anorexia, a bulimia nervosa tem outras complicações,
tais como danos severos ao esófago, às glândulas
salivares e aos dentes, por causa do ácido estomacal,
presente no vômito, que corrói tais órgãos.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
Contexto
• Os distúrbios alimentares ocorrem
predominantemente nos países
industrializados, tendo uma incidência menor
nos países pouco desenvolvidos e fora do
mundo ocidental. Afectam sobretudo as
mulheres jovens, aparecendo no homem
apenas em cerca de 10 % dos casos. A
importância relativa das influências
socioculturais, biológicas, psicológicas e
familiares e a forma como interagem entre si
pode ser diferente consoante o período
desenvolvimental da jovem, influenciando o
aparecimento ou não do distúrbio alimentar e
a sua cronicidade.
Fonte: www.huc.min-saude.pt
FICHA Nº 1
• Dentro de dez anos os portugueses vão ser
muito mais obesos do que são hoje. E as
perturbações do comportamento alimentar
vão continuar a crescer. Por um lado, comemos
de mais, por outro queremos ser cada vez
mais magros, e o paradoxo pode desencadear
doenças graves. Obesidade, bulimia e
anorexia nervosa vieram para ficar, concluiram
os maiores especialistas nestes temas que
reuniram em Lisboa no Simpósio Internacional
“As Doenças Alimentares do Século XXI”.
Fonte: Notícias Magazine
Dicas
• Refeições fraccionadas (três principais e
duas a três intercalares);
• O pequeno almoço é muito importante, não
deve ser omitido;
• É obrigatório o consumo diário de leite e
derivados (queijo e iogurtes,...);
• Comer legumes, saladas e frutas frescas
diariamente;
• Os cereais, leguminosas secas e batata são
importantes em alimentação saudável;
• O azeite á a melhor gordura, quer como
tempero, quer para confecção;
• Consumir carne, peixe ou ovos em duas das
refeições principais;
• Evitar o consumo de gorduras saturadas
(pizzas, batata frita, molhos, bolos,
hambúrguer, charcutaria,..);
• Moderar o consumo de açúcar e alimentos
açucarados.
Fonte: www.huc.min-saude.pt
Curiosidade
• O governo espanhol e os principais
fabricantes de roupa de Espanha estão a
negociar um acordo que unificará os tamanhos
da roupa e promoverá uma imagem física mais
saudável, longe da magreza extrema.
Fonte do Ministério da Saúde espanhol revelou
que o acordo, que deverá ser assinado no
início do próximo ano, conta com a
participação de marcas como a Zara, o El Corte
Inglês, a Mango, o Corterfiel e a Associação
de Criadores de Moda de Espanha. Promovido
pelo Ministério da Saúde espanhol, o acordo
insere-se num pacote de medidas que Espanha
quer aprovar para combater a anorexia e
outros problemas alimentares que continuam
a aumentar entre as jovens.
Fonte: www.rtp.pt
Guia dos Professores pág. 17
 2

NACIONAL
Novo despacho passa a exigir descrição, “com objectividade“, das actividades realizadas com
os alunos na falta do professor Estruturas sindicais contestam a nova legislação, alegando que
antecipa normas que necessitam ser negociadas com docentes

Ocupação dos alunos registada

nos sumários das aulas Leonel de Castro
Fernando Basto

M uito embora a expressão “aulas de

substituição” tenha sido retirada do
elenco de actividades de ocupação
dos alunos aquando da falta de um
professor, tudo indica que elas continuarão a existir nos
mesmos moldes em que foram concretizadas no ano
lectivo passado. Agora, passa a ser obrigatório que o
professor registe, “com objectividade”, as actividades
desenvolvidas no sumário da aula, que deverá ser anotado
pelos alunos no caderno diário.
As novas orientações para a organização do ano escolar
já são conhecidas pelos gestores escolares, depois das
reuniões organizadas, com esse intuito, pelo ME. O
despacho contendo as orientações para a planificação do
ano escolar já foi divulgado e recebeu protestos das
organizações sindicais.
Como já havíamos noticiado, os professores passam a ser
obrigados a comunicar, com antecedência, o dia em que
pretendem ausentar-se do serviço, deixando na escola o
plano de aula que deveria ser cumprido nas turmas a que
pretendem faltar. Este plano servirá à escola para designar
o professor substituto – com formação adequada –, a
quem caberá cumprir com o plano traçado pelo professor
titular.
As “aulas de substituição” foram retiradas do elenco –
que, de resto, é o mesmo do ano anterior – do que agora
o ME designa por “actividades de enriquecimento e
complemento curricular”. Assim, quando o professor
substituto não vai cumprir o plano deixado pelo colega
faltoso, não estará a dar uma “aula de substituição”, mas Organização do ano lectivo está sujeita a novas regras já definidas pelo Ministério da Educação
a cumprir com uma “actividade de enriquecimento e com-
plemento curricular”.
E todas as actividades realizadas nesse espaço passarão A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) contesta conheceu alterações. O ponto 4 do artigo 13.º mantém
a constar “com objectividade” – como diz o ponto 10 do o facto da referida legislação antecipar “a aplicação de que a falta do professor a parte ou totalidade de uma aula
artigo 12.º do referido despacho, que ainda aguarda um conjunto de normas que, em Setembro, deveriam de 90 minutos é obrigatoriamente registada como falta a
publicação – do sumário da aula. estar em aberto em sede de negociação da revisão do dois tempos lectivos.
A legislação referida estipula, ainda, que, no início do ano Estatuto da Carreira Docente”. Contudo, a legislação abre uma excepção nos casos em
lectivo, a escola faculte aos encarregados de educação o Segundo o despacho, os professores podem leccionar que, em situações de atraso, o professor “inicie a aula tão
currículo de cada disciplina, bem como o número de aulas qualquer disciplina para a qual detenham habilitação cedo quanto possível”. Neste caso, a direcção executiva
previstas em cada uma delas. E, no final de cada período, adequada, independentemente do grupo de recrutamento da escola poderá considerar a falta a apenas um tempo
o director de turma deverá informar os pais sobre os ou de docência. Num caso concreto, um professsor com lectivo.
conteúdos que foram leccionados em cada disciplina, formação académica em Português/Inglês agora passa a
assim como revelar o número de aulas previstas e as que poder leccionar a disciplina de Inglês no 3.º ciclo e Ensino Fonte: Jornal de Notícias
foram na realidade ministradas. Secundário, em caso de necessidade de distribuição do (Quarta-feira, 28 de Junho 2006)
O despacho, assinado pela ministra da Educação, já serviço docente.
mereceu protestos por parte das organizações sindicais. Também a falta dos professores a aulas de 90 minutos

NOVIDADES
Aulas de substituição
Passam a ser aquelas em que o professor-substituto cumpre com o plano
de aula deixado pelo colega. Caso isso não aconteça, o espaço será
considerado como uma “actividade de enriquecimento e complemento
curricular”.
Registo
As actividades desenvolvidas pelo professor-substituto são descritas “com
objectividade” no sumário, que os alunos registam nos cadernos diários.
Informação aos pais
A escola faculta aos pais o currículo de cada disciplina, bem como o número
de aulas previstas em cada uma. No final do período, cabe ao director de
turma comunicar aos pais os conteúdos programados e leccionados, assim
como o número de aulas previstas e as realmente ministradas.
Conselho de turma
No final de cada ano lectivo, cabe ao conselho de turma proceder a uma
rigorosa avaliação do trabalho realizado e efectuar o planeamento do ano
lectivo seguinte.
Professores
As escolas poderão passar a fazer um melhor aproveitamento dos seus
professores, dando-lhes a leccionar disciplinas para as quais detenham
habilitação adequada, independentemente do grupo de recrutamento ou
de docência pelo qual foram recrutados.

Guia dos Professores pág. 18


ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• O título da notícia sugere um tema que tem
gerado controvérsia nas nossas escolas, entre
alunos e professores. De que se trata?
• Agora leiam o texto com toda a atenção para
ficarem melhor documentados. Descubram as
novas orientações para a organização do ano
escolar 2006/2007, actualmente em curso, e
troquem impressões gerais sobre o assunto
com os vossos colegas e professores.
• De seguida, façam um esquema no qua-
dro, dividido em “alunos” e “professores”, e
anotem as opiniões mais relevantes recolhidas
de ambas as partes. Poderão também
questionar os professores das restantes
disciplinas para conhecer outras perspectivas.
PESQUISA
• Preparem-se agora para aprofundar os
vossos conhecimentos em relação ao tema
“aulas de substituição”. Procurem mais
dados no «Jornal de Notícias» em www.jn.pt.
• Façam uma investigação mais detalhada
sobre o tema, utilizando “links” e “blogs” na
Internet ou outros meios que abordem o
assunto. Talvez o jornal ou “site” da vossa
escola vos possa ajudar.
Descubram “quais as novas orientações para
a planificação do ano escolar?”, “a
comunicação de faltas com antecedência?”,
“a obrigatoriedade do professor facultar o
plano da aula que deveria ser cumprido?”,“a
designação de um professor substituto com
formação adequada?”, “aulas de substituição
Vs actividade de enriquecimento e
complemento curricular?”, “anotação das
actividades no sumário?”, etc..
DEBATE
“Pró” ou “contra” as “aulas de
substituição”?
• Reúnam o máximo de elementos e preparem-
-se para defender a vossa posição.
“Concordam com a existência das ‘aulas de
substituição’?”, ou por outro lado, “acham que
o ‘furo’ até seria útil, por exemplo, para
descansar ou estudar para outras disciplinas?”.
• Como exercício, podem anotar os
argumentos diferentes dos vossos para
analisarem com mais pormenor as razões que
ACTIVIDADES PARA CASA
• Com as opiniões recolhidas junto dos vossos colegas e professores, redijam uma reportagem sobre “as
novas orientações para a organização do ano escolar”. Criem um título mais apelativo, uma entrada ou “lead”
que prenda a atenção do leitor e informe resumidamente a conclusão geral retirada das várias posições dos
intervenientes. Partam então para o corpo da notícia, citando nomes e contextualizando detalhadamente os
diferentes pontos de vista reunidos.
estão por detrás das vossas divergências. Às
vezes, percebendo as opiniões dos outros
vemos como não estamos assim tão seguros
das nossas.
Dicas
Contexto
• A falta de espaços condignos para a
organização de actividades educativas
extracurriculares parece ser o grande
obstáculo à implementação das novas
orientações do Ministério da Educação (ME).
Se no 1.º ciclo apenas um terço das escolas
pode ver o seu horário alargado, nos restantes
níveis a organização de actividades educativas
de ocupação de alunos parece estar mais
voltada para a de mais fácil implementação:
as aulas de substituição. Na verdade, essas
aulas – as de “actividade educativa” que são
dadas por um docente de outro grupo
disciplinar – poderão ser o rastilho para o
agravamento dos protestos dos professores.
O ME não as quer considerar como trabalho
extraordinário e, portanto, irá recusar o direito
ao seu pagamento, até aqui imposto por lei.
Realidade
• EB 2,3 Júlio Saul Dias –Vila do Conde
“Gostaríamos de ver a ministra a dar uma
aula de substituição”
Na Escola EB 2,3 Júlio Saul Dias, de Vila do
Conde, a tarefa das aulas de substituição não
tem sido fácil, porque nem sempre os alunos
estão dispostos a obedecer a professores que
não são os deles, e porque, na maioria dos
casos, os docentes desconhecem a realidade
emocional e pedagógica das turmas para as
quais são chamados.
A Júlio Saul Dias, com 1110 alunos distribuídos
por 42 turmas, até não se pode queixar da falta
de meios: “Somos uma escola privilegiada,
dotada de uma boa biblioteca e de muitos
computadores”, exemplificou Anabela Silva,
presidente do Conselho Executivo, que
esclarece: “As aulas de substituição são dadas
em função das necessidades dos alunos, muitas
delas servem para rever matérias, mas se
acontecem nos finais dos tempos lectivos são
FICHA Nº 2
preenchidas com jogos didácticos, como
palavras cruzadas”.
Ainda assim, os professores que asseguram
as referidas aulas “inventam modas” para
cativar o interesse dos alunos. É o caso de José
Carlos Correia, professor de Educação
Tecnológica, que desde o início do ano lectivo
já efectuou quatro substituições. “Comprei
livros de actividades, de acordo com os vários
níveis de ensino e sobre várias matérias, mas
de nada me valeu, pois os jovens não vêem
em nós qualquer tipo de autoridade… diz que
o principal erro do Ministério foi não ter ouvido
os professores e lança um desafio a Maria de
Lurdes Rodrigues: “Gostaria que viesse à Saul
Dias e experimentasse dar uma aula de
substituição”.
• EB 2,3 da mealhada
“Sempre que havia um ‘furo’ podíamos
estudar para o teste da aula seguinte”
“Aulas de substituição? São a pior coisa que
nos podiam ter feito”, responde, desanimado
e cabisbaixo, Diogo Luís, 14 anos, aluno do
9.º ano da EB 2,3 da Mealhada. O jovem
continua: “Sempre que havia um ‘feriado’,
podíamos descansar das aulas. Também dava
para estudar, caso tivéssemos um teste na
hora seguinte. Assim, não dá para aproveitar,
porque ficamos com um professor, sem fazer
nada”.
Também os docentes estão descontentes com
a nova legislação. José Neves da Costa,
professor de Educação Física na escola, é um
exemplo. Enquanto ajusta os óculos ao nariz,
refere que as aulas de subsituição, para alguns,
são vistas como uma forma de “ocupar os
alunos que faziam disparates nas horas livres”.
O que o leva a concluir que os docentes apenas
executam a “função de guarda, uma tarefa que
não cabe aos professores. Porque, tratando-
-se de uma função social, terá de ser resolvida
com o reforço de auxiliares de acção
educativa”, atira, indignado. Isabel Lemos,
professora de Língua Portuguesa, já viveu a
experiência. Em 33 anos de serviço nunca
teve qualquer problema disciplinar, até ao dia
em que deu aulas de substituição: “Provocam
questões disciplinares por falta de
entendimento mútuo e de relação pedagógica
que não pode ser criada no minuto. Tento
arranjar temas, mas é impossível interessar
os alunos, porque estão de má vontade. Não
acho que promovam o sucesso escolar, bem
pelo contrário”.
Fonte: Jornal de Notícias
Guia dos Professores pág. 19
 3

POLÍCIA E TRIBUNAIS
Queixas 80% das queixas de violência doméstica são, especificamente, de violência conjugal
Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher

… “Não insulte… Não

humilhe”…
Alfredo Cunha
Leonor Paiva Watson

N ão insulte, não humilhe”. A frase é dita por

um actor português e está nos cartazes de
mais uma campanha da Estrutura de Missão
Contra a Violência Doméstica (EMCVD). É
uma clara alusão à violência psicológica, “a
mais praticada e a menos denunciada”,afirmou Elza Pais,
presidente da EMCVD, e esta será justamente uma das
mensagens deste Dia Internacional para a Eliminação da
Violência contra a Mulher.
Uma realidade que só chega à esquadra de polícia quando,
regra geral, já há violência física envolvida, porque esta
é mais fácil de verificar. E aqui, os números dão conta de
18.192 queixas registadas nas esquadras, em 2005.
Da totalidade, 9.816 foram participadas à PSP, que verificou
que, destas, 65% indicavam relação de conjugalidade entre
a vítima e agressor e que 8% indicavam relação de ex-
-conjugalidade. Ou seja, 73% das queixas de violência
doméstica efectuadas à PSP, no ano de 2005, são de
violência conjugal. Das restantes 8.377 registadas pela
GNR, 90% são de violência conjugal.
Contas feitas, 81% das queixas de violência doméstica
feitas à PSP e GNR, no ano passado, são, especificamente,
de violência conjugal. E destas, os homens, enquanto
vítimas, não ultrapassarão os 15%.
Só em 2006, o JN registou 37 mortes de vítimas de violência doméstica
Um terror difícil de provar
Queixas que, na maior parte dos casos, chegam à polícia humilhar, ameaçar, isolá-la”, pormenorizou a presidente desigualdades de género (homem/mulher)”.
no limite da paciência da vítima, trazem um historial de da EMCVD. Daniel Cotrim, psicólogo da APAV, concorda, já que “a
repetição, que esconde uma outra forma de violência, a É antes de mais um padrão cultural que precisa de ser causa da agressividade é sobretudo a natureza da pessoa
psicológica, “muito mais difícil de provar”, afirmou Elza alterado. Para ajudar nessa odisseia, a Estrutura de Missão e a forma como aprendeu a relacionar-se com os outros”.
Pais, e que embate nas impossibilidades da polícia. levou a cabo, ainda na semana passada, uma formação de
“Quando fazem a queixa, fazem-no porque já foram vítimas técnicos, com especialistas americanos, para que os Consequências drásticas
de violência física e, na maior parte dos casos, muitas primeiros possam trabalhar melhor com vítimas e Um padrão que implica posse e que, no limite, mata. Só
vezes”, corroborou fonte da PSP. “Apresentarem queixa agressores. em 2006, o JN já registou 17 mortes, 15 das quais mulheres,
só por violência psicológica é muito raro, até porque sabem “Sendo que o trabalho com agressores não passa por que morreram às mãos dos seus companheiros ou ex-
que é algo que vai esbarrar na prova”, reiterou ainda fonte desculpabilizá-los, mas, ao contrário, investir na sua -companheiros.
do Comando Geral da GNR. responsabilização para que possam assumir o que fizeram Por outro lado, um estudo relizado, em Santo Tirso, com
Curiosamente, o último estudo de prevalência, realizado e, posteriormente, alterarem comportamentos”, mulheres de todo o país, e cujos resultados foram
em Portugal, em 1995, sobre esta matéria, dava conta, contextuallizou. apresentados ontem e avançados já pelo JN, dá conta que
informou Elza Pais, que a violência psicológica é a mais “Não podemos desculpabilizar. E muitas vezes há essa mais de metade das mulheres que são sujeitas a violência
praticada. tentação. Muitas vezes dá-se, por exemplo, a desculpa do conjugal tentam o suicídio por overdose medicamentosa.
E violência psicológica é controlar a carteira da álcool, mas a verdade é que quando estão alcoolizados Grande parte das mulheres sujeitas a esta realidade
companheira, impor-lhe a roupa que há-de vestir, limitar não vão bater, insultar ou humilhar a vizinha do lado, ou aguentam- na por muitos anos, numa posição de submissão,
o seu círculo de amigos, implicar quando sai com as em alguém do tamanho deles. É na mulher. Não é o álcool, esperando que algo mude...
amigas, em suma, invadir por completo, não deixando é o padrão que está atrás”, acrescentou, concluindo que
margem ou liberdade para decidir o que quer que seja, “é preciso interiorizar a ideia de que os problemas não se Fonte: Jornal de Notícias
sequer sobre si mesma. “É, ainda, insultar a pessoa, podem resolver com violência; e acabar com as (Sábado, 25 de Novembro 2006)

142 Salas específicas 33 Casas de abrigo 17 Mortes

de apoio às vítimas de crimes mais violentos,
são facultadas pela PSP. A intenção é dar mais
privacidade à vítima. Também a GNR tem 249
salas destas. Esta força policial tem também 23
núcleos de apoio à mulher e ao menor,
espalhados pelo país.
estão preparadas para receberem mulheres Só este ano, o JN registou 17 mortes, 15
que tenham sido vítimas de violência conjugal. mulheres e dois homens que foram
Estas casas estão preparadas para receber assassinados pelos companheiros (as) ou
também os filhos das vítimas. ex-companheiros(as).

Guia dos Professores pág. 20


ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• Antes de lerem a notícia prestem atenção
ao título e à foto. Ambos induzem um tema
actual que afecta principalmente as mulheres,
mas também idosos, crianças e pessoas
portadoras de deficiência, qual é?
• Agora leiam os textos com atenção e
descubram alguns dos motivos que levam os
agressores a praticar acções de violência
sobre pessoas da própria família ou que
partilham com eles o mesmo espaço de
habitação.
• Por fim, conversem um pouco com os vossos
colegas sobre o tema da “violência
doméstica”. Falem de casos que conheçam e
outras questões que o diálogo suscite.
PESQUISA
• Preparem-se para aprofundar os vossos
conhecimentos em relação ao tema da
“violência doméstica”. Procurem mais dados
no «Jornal de Notícias» em www.jn.pt.
• Façam uma investigação mais detalhada
sobre o tema noutros “sites” da Internet e em
revistas, publicações, folhetos, etc, que
abordem aspectos como “a diferença entre
violência doméstica e violência conjugal?”,
“as principais vítimas deste tipo de violência?”,
“os motivos que levam os agressores à
violência doméstica?”, “os mecanismos de
apoio?”, “o II Plano Nacional Contra a Violência
Doméstica?”, “a legislação existente sobre o
assunto?”, “as campanhas já realizadas?“,
entre muitas outras questões.
DEBATE
“Pró” ou “contra” a “denúncia do
agressor à polícia”?
• Com base em todos os elementos que
pesquisaram, preparem-se para defender a
vossa posição. “Consideram que a vítima deve
denunciar o agressor à polícia?”, ou por outro
lado, “deve antes calar-se por temer as
represálias?“.
• Anotem no quadro as “vantagens” e
“desvantagens” que podem resultar da
denúncia do agressor à policia e debatam qual
a melhor resolução a tomar, tendo em conta
a protecção da vítima, a actuação da polícia,
a legislação existente e outros pontos que
achem relevantes.
ACTIVIDADES PARA CASA
• Façam uma recolha de “casos de violência doméstica”. Juntem vários recortes, “prints” e imagens
de jornais, revistas, “sites” na Internet e outros suportes que achem relevantes para sustentar a
posição que irão defender nos debates turmas e interturmas.
FICHA Nº 3
todas, a colaboração transversal entre diversos
Dicas organismos públicos; como pelo rigoroso
calendário que se propõe cumprir.
Está organizado em sete capítulos principais
que se desdobram em várias medidas
concretas, e tem como principal objecto de
Contexto intervenção a violência doméstica exercida
sobre as mulheres. O XV Governo
• A violência doméstica não é, infelizmente,
Constitucional tem presente, como já ficou
um problema dos nossos dias, assim como
explícito, que também prefiguram situações
não é um problema especialmente nacional.
de violência doméstica as praticadas sobre os
Muito pelo contrário, a sua prática atravessa
homens, crianças, pessoas idosas e pessoas
os tempos, e o fenómeno tem características
deficientes.
muito semelhantes em países cultural e
geograficamente distintos, mais e menos
desenvolvidos.
• A violência doméstica é o tipo de violência Legislação
que ocorre entre membros de uma mesma
• A Constituição da República Portuguesa
família ou que partilham o mesmo espaço de
preconiza, no seu artigo 9º alínea b), entre as
habitação. Estas circunstâncias fazem com
tarefas fundamentais do Estado a de "garantir
que este seja um problema especialmente
os direitos e liberdades fundamentais e o
complexo, com facetas que entram na
intimidade das famílias e das pessoas
respeito pelos princípios do Estado de direito
democrático", assim como na sua alínea h), a
(agravado por não ter, regra geral,
de "promover a igualdade entre homens e
testemunhas, e ser exercida em espaços
mulheres". O princípio da igualdade (artigo
privados).
13º), e o direito à integridade pessoal (artigo
26º), entre outras disposições constitucionais,
Incidência reforçam esta tutela que apesar de
constitucionalmente protegida é
sistematicamente violada.
• A violência mais comum é a exercida sobre
• No âmbito das Nações Unidas, a Convenção
as mulheres. Segundo o Conselho da Europa,
sobre a Eliminação de Todas as Formas de
a violência contra as mulheres no espaço
Discriminação contra as Mulheres, adoptada
doméstico é a maior causa de morte e invalidez
pela Assembleia Geral em 1979, deu um
entre mulheres dos 16 aos 44 anos,
grande passo ao proibir todas as formas de
ultrapassando o cancro, acidentes de viação
discriminação contra as mulheres, nelas se
e até a guerra. Os indicadores disponíveis em
incluindo a violência. Na mesma linha vai a
Portugal sugerem que mensalmente morrem
Resolução nº 48/104, de 20 de Dezembro de
mais de cinco mulheres por razões directas e
1993, contendo a Declaração sobre a
indirectamente relacionadas com actos de
Eliminação da Violência contra as Mulheres.
violência doméstica.
Merece um relevo particular a muito recente
• Somos também crescentemente confrontados
Resolução da Comissão dos Direitos Humanos,
com o aumento de situações de violência
2002/52, sobre a Eliminação da Violência contra
perpetrada contra as crianças, as pessoas
as Mulheres.
idosas e as mais frágeis, como é o caso dos
cidadãos portadores de deficiência.
• Também o Conselho da Europa abordou o
assunto de diversos modos e desde há vários
Esta violência pode assumir diversas formas,
anos, tendo o Comité dos Ministros adoptado,
que vão dos maus-tratos e espancamento até
a 30 de Abril de 2002, a Recomendação Rec
ao abuso sexual, violação, incesto, ameaças,
(2000) 5 sobre a Protecção das Mulheres
intimidação e prisão domiciliária.
contra a Violência.
• Por outro lado, várias presidências da União
Politica Europeia mostraram uma particular
sensibilidade sobre a violência doméstica
tendo sido adoptadas várias recomendações
• II Plano Nacional Contra a Violência
nesta área, de que se destaca a Presidência
Doméstica
Espanhola em 2002. Também em reunião de
Foi elaborado por um grupo de trabalho
Dezembro do mesmo ano, do Conselho de
integrado por representantes dos vários
Ministros do Emprego, Política Social, Saúde
ministérios mais directamente relacionados
e Consumidores, realizada no final da
com esta área. Trata-se de um Plano ambicioso:
Presidência Dinamarquesa, foram aprovados
tanto pelo número e características das
indicadores estatísticos na área da violência
medidas apresentadas que requerem, quase
doméstica. Fonte:www.cidm.pt
Guia dos Professores pág. 21
 4

SOCIEDADE E VIDA
Estudo OEDT Uso pelos jovens europeus é esporádico Em Portugal, 4% dos alunos já
experimentaram

Consumo irregular de
cogumelos Direitos reservados

Entre os estudantes europeus, a prevalência de

O
consumo de cogumelos alucino-
génios pelos jovens europeus é es-
porádico e motivado pelo desejo de
viver uma "experiência intensa", sem
que haja tendência para uma utilização regular, de
acordo com a agência europeia para a matéria.
O Observatório Europeu das Drogas e da Toxi-
codependência (OEDT) apresenta, hoje, Dia Inter-
nacional contra a Droga, os resultados de um estudo
que indicam que a prevalência de consumo de
cogumelos alucinogénios ao longo da vida se situa
entre 1% e 3% para os jovens europeus.
Valores que são semelhantes aos registados, em
Portugal, num dos últimos inquéritos sobre a
matéria (realizado em 2001), adiantou à agência
Lusa a coordenadora nacional de estudos em
meio escolar do Instituto da Droga e Toxicode-
pendência (IDT), Fernanda Feijão.
Este trabalho, realizado em 2001, com alunos do
3.º Ciclo e do Secundário de todas as capitais de
distrito e concelhos da Grande Lisboa e Grande
Porto, indica que a média nacional da prevalência
do consumo destas substâncias era de 4%. O estudo
vai ser actualizado em Novembro deste ano e, de
acordo com Fernanda Feijão, o valor apurado "não
é elevado" e "denota que há um consumo apenas
por experimentação".
Segundo o primeiro de um conjunto de estudos a
Cogumelos alucinogénios provocam percepções
alteradas da realidade, que “assustam um bocado”
publicar pelo OEDT, no âmbito de um projecto-
-piloto para detectar novas tendências de consumo
de drogas na União Europeia (UE), a prevalência
estimada do uso de cogumelos mágicos na UE é
consideravelmente mais baixa do que a da
cannabis, mas similar à registada para o ecstasy.
Para Fernanda Feijão, esta "não é uma droga com
a qual seja fácil lidar", devido às alucinações e
percepções alteradas da realidade que provoca,
que "assustam um bocado".
uso de cogumelos mágicos ao longo da vida é
igual à do ecstasy na República Checa, Dinamarca,
Itália, Holanda, Áustria e Polónia, revelam os dados,
recolhidos entre Julho e Outubro de 2005.
O OEDT adianta também que, desde 2001, seis
países europeus (Dinamarca, Holanda, Alemanha,
Estónia, Reino Unido e Irlanda) apertaram o controlo
à comercialização de cogumelos alucinogénios e
que esta iniciativa teve impacto na prevenção da
difusão do seu uso.
De acordo com o OEDT, a cannabis é a droga mais
consumida em toda a Europa, onde 62 milhões
(20% da população adulta) já a experimentaram
ao longo da vida, mas a cocaína aparece logo em
segundo lugar, apontando as estimativas do
Observatório para que mais de nove milhões de
europeus já tenham consumido esta substância.
No que se refere a outras substâncias, os dados
do OEDT referem também uma tendência para o
crescimento do consumo de ecstasy e anfetaminas
entre os jovens adultos na maioria dos países da
UE e estimam que cerca de 2,6 milhões de adultos
(0,8% da população adulta) consumiram ecstasy
recentemente.
Fonte: Jornal de Notícias
(Segunda-feira, 26 de Junho 2006)

Selvagens ou cultivados Venda pela Internet

Alucinogénios Os cogumelos alucinogénios, também designados por
cogumelos mágicos, crescem em estado selvagem em
A utilização destas substâncias foi impulsionada pela sua
venda, frescos ou secos, em lojas de plantas medicinais
crescem entre muitos países europeus, embora os utilizados a título
recreacional sejam maioritariamente cultivados. Podem
holandesas e em mercados do Reino Unido e da Irlanda
no final da década de 90, tendo a sua disponibilização
venenosos ser encontrados em estado selvagem, mas é preciso saber
distinguir dos venenosos.
através da internet contribuído decisivamente para a
expansão do seu uso.

Ecstasy já não é uma droga de consumo marginalizado

Lurdes Lomba é enfermeira pediátrica de formação. A
vivência próxima de um caso que, em seis meses,
experimentou ecstasy e acabou detido, dependente
de heroína, levou-a a escolher as drogas para tese de
mestrado. Falou com 223 consumidores dos 14 aos 25
anos (optou por não usar respostas dos mais velhos)
e descobriu que "o que está nos livros não é bem a
realidade".
"Quase todos bebem álcool, ao contrário do que diziam
estudos anteriores, e consomem mais comprimidos
por toma", explica a investigadora. Em números, 54%
consomem ocasionalmente (não mais de uma vez por
mês), mas a maioria revela consumo excessivo em
quantidade (60% usam mais do que uma pastilha por
toma) e de policonsumo: 58% associam outras
substâncias, nomeadamente álcool, cocaína e haxixe.
Até para relaxar depois da excitação.
A idade média do primeiro consumo é de 17,8 anos,
contra os 21,3 encontrados num estudo de 1996. Este
inquérito registou casos de iniciação aos 13 anos e "um
deles até tomou a primeira pastilha aos 8 anos, dada
por um irmão!" Um dos dados que mais chocou Lurdes
Lomba, docente na Escola Superior de Enfermagem
Ângelo da Fonseca, foi o facto de 19% dos consumidores
apontarem uma "atitude permissiva ou condescendente
dos pais face ao consumo de drogas!" E 8% admitem
pais consumidores de substâncias ilícitas.
Mais de 90% tomam ecstasy com amigos e 85% fazem-
-no ao fim-de-semana, em "raves" (86%), discotecas
(72%) e "after hours" (61,6%). A estas festas que batem
o pleno nas primeiras horas da manhã vão, inclusive,
jovens que se levantam propositadamente, diz Lurdes
Lomba. "Os pais julgam que elas vão estudar com
amigos ou fazer desporto".
Cerca de 84% apreciam sobretudo música "house", um
estilo que se ouve a toda a hora em qualquer estação
de rádio. Além disso, e dada a crescente circulação de
comprimidos que misturam outras substâncias (até
para rentabilizar o tráfico), 72% preferiria saber o que
está a consumir, embora o faça à mesma se não souber.
"Quanto mais novos e menos habilitados, mais
comprimidos consomem", acrescenta a investigadora,
segundo a qual o policonsumo é mais frequente entre
os apreciadores de música "trance", que misturam
drogas alucinogénias (LSD, cogumelos).
Tudo em busca do "prazer" e da "aprovação social",
além de os jovens encontrarem no ecstasy uma forma
de contornar "a fraca tolerância à frustração". É o famoso
"love effect", a sensação de empatia que facilita a
comunicação. "Como é que se conversa com música
aos berros", questiona a investigadora, apontando o
dedo a uma sociedade de consumo que insta à procura
contínua e sempre maior da excitação e do prazer.
I.C.

Guia dos Professores pág. 22


ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• Num primeiro olhar sobre as duas
notícias acima transcritas analisem,
primeiro, a foto, depois, os títulos, e
façam um breve comentário com os
vossos colegas de turma.
• Agora leiam os textos com atenção e
tentem descubrir as motivações que
levam os jovens da vossa idade a
procurarem as novas drogas, ditas
alucinogénios, como os cogumelos e o
ecstasy.
• Por fim, conversem mais um pouco com
os vossos colegas sobre a dependência
de estas e de outras drogas, das mais
inofensivas às mais perigosas. Falem
sobre o que se passa na vossa escola e
noutros locais que frequentam.
PESQUISA
• Preparem-se para aprofundar os
vossos conhecimentos em relação ao
tema “toxicodependência”. Procurem
mais dados no «Jornal de Notícias» em
www.jn.pt.
• Façam uma investigação mais
detalhada sobre o tema, reunindo livros,
publicações, folhetos, etc, que foquem
aspectos como “as novas drogas?”, “as
motivações para a experimentação?”, “a
difrença entre drogas estimulantes,
depressoras, cannabinóides e
alucinogénias?”, “as espécies mais
procuradas?”, “a droga na escola?”, “os
comportamentos de risco?”, “os meios
de prevenção?”, “os organismos de
apoio aos jovens?”, “a despenalização
da droga?”, entre muitas outras
questões.
DEBATE
“Pró” ou “contra” a “experimentação
de drogas leves”?
• Reúnam o máximo de elementos e
preparem-se para defender a vossa
posição. “Concordam com a experiências, a procura do prazer / diversão,
experimentação de drogas consideradas
leves?”, ou por outro lado, “acham que
o melhor é não arriscar e até tentar
evitar o consumo de outras substâncias
ACTIVIDADES PARA CASA
• R e ú n am o máx imo de e le me n to s par a cr iar u m mu r al n a v o s s a e s co la s o br e o te ma da
“to x ico de pe n dê n cia”. Co mpile m v ár io s te x to s , image n s e gr áfico s r e lativ o s ao te ma.
Complementem com as opiniões de alguns especialistas, médicos, psicólogos, professores,
e tc..
viciantes como o álcool e o tabaco?".
• Anotem no quadro os argumentos “pró”
e os argumentos “contra” e vejam qual
dos lados consegue reunir o maior
número de razões e os testemunhos mais
convincentes.
Dicas
Números
• O Relatório Anual 2006 sobre a evolução do
fenómeno da droga na Europa atesta que 65
milhões de europeus (jovens/adultos com
idades compreendidas entre 15 e 64 anos) já
consumiram cannabis - consumo ao longo da
vida (20%), cerca de 10 milhões já consumiram
cocaína (mais de 3%), 10 milhões já
consumiram anfetaminas (3%) e 8,5 milhões
já consumiram ecstasy (2,6%).
• O consumo de cogumelos alucinogénios é
de 1% a 3% para os jovens europeus.
• Estima-se que existem, actualmente, na União
Europeia 1,7 milhões de consumidores
problemáticos de droga (sobretudo
consumidores de heroína).
• Na Europa registou-se uma diminuição dos
preços, indexados à inflação, da resina de
cannabis (19%), da cannabis herbácea (12%),
da cocaína (22%), da heroína (45%), das
anfetaminas (20%) e do ecstasy (47%).
Fonte: Observatório Europeu da Droga
e da Toxicodependência (OEDT)
Tipos
• Existem 4 tipos de drogas, de acordo com
os seus efeitos a nível do Sistema Nervoso
Central (SNC):
as estimulantes (ex. cocaína), as depressoras
(ex. heroína), os cannabinóides (ex. cannabis)
e as psicadélicas ou alucinogénias (ex. LSD,
cogumelos, ecstasy)
Motivações
• São variados os factores que levam ao
consumo e geralmente estão combinados, por
exemplo:
a curiosidade, o desejo de viver outras
o desejo de testar limites e transgredir regras,
a pressão dos pares, o desafio à autoridade,
o desejo de afirmação, a informação incorrecta
ou ausência de informação, entre muitas outras.
FICHA Nº 4
• As drogas podem ser consumidas de
diferentes formas, que vão do consumo
experimental, ao frequente, do consumo
recreativo ao abuso ou à dependência. Um
consumo experimental não conduz
necessariamente a uma dependência. É
importante saber a diferença entre o uso de
substâncias e o seu abuso. Do mesmo modo
é fundamental responsabilizar o jovem pela
consequência das suas decisões. Não são só
os adolescentes que consomem drogas. Os
consumos podem existir em qualquer idade
e as razões para tal variam consoante as
pessoas.
Dicas
• Os meus amigos fumam droga. Se eu
não fumo dizem que sou um careta. Como
posso evitar que me digam isso?
Talvez não o possas evitar, pelo menos ao
princípio. Com o tempo aprenderão a aceitar-
te como és e valorizarão a tua atitude de seres
tu próprio. E um dia talvez possas ser uma
referência que lhes possa ser útil e agradável.
• Quando saio com amigos de vez em
quando fumo haxixe – irei ser um
toxicodependente?
Pode-se dizer que há quatro tipos de
utilizadores de drogas: o que experimenta, o
que ocasionalmente consome uma droga, o
que consome habitualmente e o
toxicodependente. Felizmente que nem todos
os que experimentam ou consomem uma
droga com alguma frequência se tornam
toxicodependentes, mas a verdade é que todos
os que são toxicodependentes começaram
por experimentar uma droga.
• O que posso fazer por um amigo que
se drogue?
Continuar a tratá-lo como um amigo, o que
não implica fazer o mesmo que ele.
Se te parecer que é uma situação perigosa
para ele, podes aconselhá-lo a procurar ajuda
nos Centros de Atendimento de
Toxicodependentes (CAT) e tentar informar-
-te sobre a melhor forma de intervir nesse
caso concreto ou ligando para a Linha Vida
SOS Droga (1414).
Fonte: Instituto da Droga e da
Toxicodependência (IDT)
Guia dos Professores pág. 23
5

MUNDO
Depois do fim da guerra fria, falou-se do fim da própria História, mas avançou a “guerra global
contra o terrorismo” Até hoje

Mundo em mudança desde

11 de Setembro de 2001
Paulo F. Silva

A
viões, Torres Gémeas, Pentágono,
fogo, George W. Bush, Osama bin
Laden, al-Qaeda, Afeganistão,
taliban, eixo do mal, Iraque, invasão,
Saddam Hussein, Irão. Os atentados
de 11 de Setembro de 2001
marcam o início de um novo capítulo da História
Universal: a guerra fria tinha acabado, acreditava-
-se no fim da História, mas a "guerra global contra
o terrorismo" avançou.
Mas o que mudou, então? Bush prometeu bin
Laden, "morto ou vivo". O líder da al-Qaeda
continua vivo e multiplicam-se as suspeitas
terroristas quanto ao seu papel em Madrid,
Londres ou Istambul, entre outras cidades. O êxito
das campanhas militares no Afeganistão e no
Iraque é cada vez mais duvidoso. No ataque às
Torres Gémeas morreram 2973 cidadãos, mas,
desde a invasão, mais de 2650 soldados norte-
-americanos perderam a vida no Iraque, outros
333 caíram no Afeganistão e mais de 18 mil
ficaram feridos com gravidade, e entre 35 mil e
50 mil iraquianos morreram desde Abril de 2003.
E o custo financeiro de ambas as frentes militares
ultrapassa os 430 mil milhões de dólares.
Nada faz prever o fim das operações da al-Qaeda,
nem do terrorismo em geral. Todo o Mundo está
sob ameaça. E o medo apossou-se de toda a
gente e passou até a ser um instrumento político.
"A guerra contra o terrorismo, a islamofobia
histérica como frente central da luta antiterrorista
e o abandono do papel de mediados EUA no
Médio Oriente prejudicaram os interesses norte-
-americanos", disse Zbigniew Brzezinski,
conselheiro de Segurança Nacional de Jimmy
Carter.
E agora? Interrogamo-nos todos.
Fonte: Jornal de Notícias
(Segunda-feira, 11 de Setembro 2006)

FUNDAMENTALISMO
Após o 11 de Setembro, o islâmico
passou a merecer maior atenção. A
palavra designa teses segundo as
quais os estados árabes,
corrompidos pelo Ocidente,
perderam a pureza dos valores
tradicionais. O secularismo é
abertamente recusado pelos
fundamentalistas islâmicos,
defensores de estados teocráticos,
onde a acção política se subordina
à religião.

Guia dos Professores pág. 24


ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• O título da notícia induz uma realidade que
ameaça o nosso planeta de forma cada vez mais
frequente e implacável, fazendo milhões de vítimas.
Qual é?
• Leiam o esquema ao lado com toda a atenção,
nele descobrirão os principais atentados terroristas
decorridos nos últimos 5 anos, desde os ataques
ao World Trade Center e ao Pentágono, a 11 de
Setembro de 2001.
• Por fim, anotem no quadro todas as palavras e
expressões que vos sugiram o "terrorismo", como
al-Qaeda, Osama bin Laden, George Bush,
Afeganistão, etc., e troquem breves impressões
com os vossos colegas sobre as razões associadas
aos atentados, as vítimas na sua maioria inocentes,
a eficácia das medidas de segurança, o terror de
uma ameaça terrorista à escala mundial, etc.
PESQUISA
• Preparem-se agora para aprofundar os vossos
conhecimentos em relação ao tema
"fundamentalismo". Procurem mais dados no «Jornal
de Notícias» em www.jn.pt.
• Façam uma investigação detalhada sobre o tema
visitando "sites" na Internet, livros e publicações
ligados à história e à religião, enciclopédias e
documentos ilustrados, etc. Descubram "o que é o
fundamentalismo?", "qual a sua relação com a
religião?", "as diferentes religiões existentes?", "as
motivações dos terroristas?", "os atentados suicidas
e os seus responsáveis?", "as medidas tomadas
pelos governos para socorrer as vítimas?", "a guerra
global contra o terrorismo?", "Estados-Unidos Vs
Mundo Árabe?", entre muitas outras questões.
DEBATE
"Pró" ou "contra" a guerra declarada ao
terrorismo por parte dos eua"?
• Reúnam o máximo de elementos e preparem-se
para defender a vossa posição. “Concordam com
a intervenção dos EUA na resolução das questões
políticas de alguns países árabes?”, ou por outro
lado, “acham que devem ser os próprios países
árabes a resolver os seus conflitos à sua maneira?".
• Debatam alguns casos concretos de que tenham
ouvido falar, por exemplo "a invasão ao Iraque
pelos EUA", "o conflito Israel Vs Palestina", entre
outros.
ACTIVIDADES PARA CASA
• Criem um painel intitulado “mundo ocidental Vs mundo árabe”, compilando declarações dos principais
intervenientes neste conflito. Podem ser líderes políticos, como George Bush ou Saddan Hussein, religiosos,
como Osama Bin Laden ou o papa Bento XVI, soldados no terreno, instituições responsáveis pela ajuda
humanitárias, ou outras entidades envolvidas.
Dicas
Definição
• Fundamentalismo
É o nome dado a movimentos, cujos adeptos
mantêm uma estrita adesão aos princípios
fundamentais.
O Termo fundamentalismo popularmente
empregue refere-se pejorativamente a
qualquer grupo religioso de infringentes de
uma maioria, conhecido como
Fundamentalismo religioso, ou refere-se a
movimentos étnicos extremistas com
motivações (ou inspirações) apenas
nominalmente religiosas, conhecido como
Fundamentalismo étnico. O Fundamentalista
acredita nos seus dogmas como verdade
absoluta, indiscutível, sem se abrir, portanto,
à premissa do diálogo.
Tipos
• Islão, islã, islame ou islamismo
É uma religião monoteísta que surgiu na
Península Arábica no século VII, baseada nos
ensinamentos religiosos do profeta Muhammad
(Maomé) e numa escritura sagrada, o Alcorão.
A mensagem do islão caracteriza-se pela sua
simplicidade: para atingir a salvação basta
acreditar num único Deus, rezar cinco vezes
por dia, submeter-se ao jejum anual no mês
do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar,
se possível, uma peregrinação à cidade de
Meca.
• Judaísmo
É o nome dado à religião do povo judeu e é a
mais antiga das três principais religiões
monoteístas. Surgido da religião mosaica, o
judaísmo defende um conjunto de doutrinas
que o distingue de outras religiões: a crença
monoteísta em YHWH (às vezes chamado
Adonai Meu Senhor, ou ainda haShem) como
Criador e Deus e a eleição de Israel como
povo escolhido para receber a revelação da
Torá que seriam os mandamentos deste Deus.
Dentro da visão judaica do mundo, Deus é um
Criador activo no universo e que influencia a
sociedade humana, na qual o judeu é aquele
que pertence a uma linhagem com um pacto
eterno com este Deus.
FICHA Nº 5
Cristianismo
• É uma religião monoteísta baseada na vida
e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais
como estes se encontram recolhidos nos
Evangelhos, parte integrante do Novo
Testamento. Os cristãos acreditam que Jesus
é o Messias e como tal referem-se a ele como
Jesus Cristo. O cristianismo é hoje a maior
religião mundial. Começou no século I como
uma seita do judaísmo, partilhando por isso
textos sagrados com esta religião, em concreto
o Tanakh, que os cristãos denominam de
Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo
e do islão, o cristianismo é considerado uma
religião abraâmica.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
Declarações
• "Sabemos que o Iraque e a rede terrorista
al-Qaeda partilham um inimigo comum - os
Estados Unidos da América. Sabemos que o
Iraque e o al-Qaeda tiveram contactos de alto
nível que remontam a uma década. Alguns
dirigentes do al-Qaeda que fugiram do
Afeganistão foram para o Iraque... Não pedimos
o presente desafio, mas aceitamo-lo. Tal como
outras gerações de americanos, cumpriremos
com a responsabilidade de defender a liberdade
humana contra a violência e a agressão. Com
a nossa resolução, daremos fortaleza a outros.
Com a nossa coragem, daremos esperança a
outros. E com as nossas acções, asseguraremos
a paz e conduziremos o mundo para dias
melhores..."
fonte: discurso George W. Bush (Outubro
2002)
• "Eu [Osama] ofereço uma trégua a países
europeus, e o seu núcleo é o nosso compromisso
para cessar operações contra qualquer país
que não executar uma carnificina contra
muçulmanos ou interferir nos seus assuntos
como parte da grande conspiração americana
contra o mundo islâmico... A trégua começará
quando o último soldado deixar os nossos países.
[Iraque]... Quem quer que seja que queira
reconciliação e seguir o caminho correcto,
parem de derramar o nosso sangue que nós
pararemos de derramar o vosso... O que
aconteceu no 11 de Setembro e no 11 de Março
foram as vossas prendas a serem-vos
devolvidas..."
fonte: gravação misteriosa Osama bin
Laden (Abril 2004)
Guia dos Professores pág. 25
 6
OPINIÃO
Estudo Diferenças de conhecimentos dos activos e não-activos não são substanciais, um dado
preocupante para o investigador Informação transmitida não é assimilada pelos jovens
Jovens com vida sexual não
estão mais informados
Virginia Alves
O
s jovens sexualmente activos não
têm mais informação sexual que
os não-activos. Esta é uma das
conclusões de um estudo realizado
pela Universidade Fernando
Pessoa, do Porto, que Sampaio
Gomes, responsável pela investigação,
considerou "preocupante".
"Não existem normas sobre o que é
considerado um conhecimento médio ou
normal sobre esta área, mas é de pressupor
que os jovens com vida sexual deveriam ter
mais informação que os restantes", referiu
Sampaio Gomes, acrescentando que
"constituem um claro grupo de risco por não
utilizarem sempre, ou então irregularmente,
os métodos contraceptivos e o preservativo".
Menos de metade dos inquiridos assumiu que
usava o preservativo de forma sistemática.
O estudo, intitulado "conhecimentos, atitudes
e comportamentos sexuais em adolescentes
sexualmente activos e não-activos, estudantes
do 9.º ao 12.º ano de escolaridade", foi
realizado com 204 adolescentes com idades
entre os 14 e os 21 anos (45,6% raparigas,
54,4% rapazes) sendo que 19,6% têm vida
sexual (um grupo de 40, dos quais 11,8% são
rapazes e 7,8% raparigas) e 80,4% não têm.
Os participantes são alunos de uma escola
pública de uma zona urbana do Norte.
Uma outra conclusão deste estudo, de acordo
com o seu autor, é a necessidade para uma
melhor e mais eficaz informação sobre a
sexualidade. "A informação existe, mas pode
não estar a ser transmitida da forma mais
eficaz, porque não está a ser assimilada pelos
Números
7376
partos
Registados em 2000 de jovens com idades
entre os 15 e os 19 anos. 116 foram de jovens
com menos de 15 anos.
Teleconfidente sexual já ajudou cem mil jovens
Elas querem saber como evitar uma
gravidez; eles demonstram interesse por
questões de outra natureza: "Como se faz?".
Elas telefonam duas vezes mais, mas todos
telefonam bastante. Em 2002, o serviço
"Sexualidade em Linha", da Associação para
o Planeamento da Família, registou mais de
100 mil atendimentos. De acordo com Ana
Simões, coordenadora dessa linha, são
sobretudo jovens com idades entre os 16 e
os 21 anos que marcam o 808 222 003 para
procurar respostas.
Guia dos Professores pág. 26
J. Paulo Coutinho
Informação sobre a sexualidade tem que ser mais eficaz
75%
dos jovens
sexualmente activos usa regularmente
contraceptivos. Uma estimativa nacional que
varia entre 75 e 89%.
Ligam de todo o país e até das ilhas. À
frente daquele serviço há cinco anos, Ana
Simões conclui que os jovens portugueses
mostram grande preocupação com "as
questões do crescimento, o relacionamento
sexual e afectivo e a contracepção". Fazem
perguntas do género: "O meu corpo está a
mudar... o que é que me vai acontecer?; que
pílula devo tomar, esse é um bom método
de contracepção?; o preservativo rasgou-
-se e agora? O que devo fazer para conquis-
tar?; o contacto físico provoca sida?".
jovens", salientou.
"A escola terá que ter a preocupação de
estruturar esta informação para uma eficaz
transmissão de conhecimentos.
Normalmente associa-se essa responsabilidade
aos pais, família, mas é necessário fazer mais
e passar da responsabilidade privada para a
pública", sublinhou Sampaio Gomes.
Dos questionários respondidos pelos
participantes verifica-se que as raparigas têm
mais conhecimentos sobre métodos
contraceptivos que os rapazes, "talvez pelo
facto do seu maior envolvimento no que diz
respeito a evitar uma gravidez".
Outro dado que também não surpreendeu foi
o facto dos adolescentes mais velhos terem
mais conhecimentos sobre métodos
contraceptivos e doenças sexualmente
transmissíveis do que os mais novos.
Quanto às fontes de informação, os
sexualmente activos dão preferência à mãe e
a leituras, os não-activos à mãe e aos
professores.
No que se refere aos motivos para a prática
sexual já existem diferenças de género.
Enquanto que os rapazes mencionam "mero
prazer" e "estar apaixonado", as raparigas
dizem "estar apaixonada" e "exprimir
proximidade emocional".
Os motivos apontados por ambos os sexos para
a abstinência sexual são "medo da sida" e
"medo de uma gravidez".
Fonte: Jornal de Notícias
(Quinta-feira, 19 de Janeiro 2006)
14,93
é a idade
Média de iniciação sexual em Portugal.
Estimativa que varia entre os 14,93 e
os 16,9.
Para a técnica, o facto da "Sexualidade em
Linha" ser tão procurada pelos jovens, não
significa que tenham dificuldade em obter
essas informações em casa ou na escola.
"Nós não nos pretendemos substituir a
ninguém", avisa, admitindo, no entanto, que
talvez "seja mais fácil pegar num telefone e
fazer uma chamada gratuita, que garante
toda a confidencialidade e rapidez na
resposta". C.V.

ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• Num primeiro olhar sobre a notícia "Jovens com
vida sexual não estão mais informados" digam se
concordam ou não com o seu título.
• Agora leiam-na com atenção e façam um
apanhado geral sobre o que revelou o
estudo "conhecimentos, atitudes e comportamentos
sexuais em adolescentes sexualmente activos e
não activos, estudantes do 9.º ao 12.º ano de
escolaridade". Sublinhem no texto as principais
conclusões do estudo. O quadro "números" poderá
ajudar-vos nessa tarefa.
• Por fim, analisem estas conclusões oralmente com
os vossos colegas, emitindo a vossa opinião sobre
cada um dos aspectos focados. Podem também
falar de outras questões que o tema vos suscite.
PESQUISA
• Preparem-se para aprofundar os vossos
conhecimentos em relação ao tema "sexualidade
nos jovens". Procurem mais dados no «Jornal de
Notícias» em www.jn.pt.
• Façam uma investigação mais detalhada sobre o
tema, reunindo livros temáticos, enciclopédias,
publicações especializadas, folhetos de saúde, etc,
que foquem aspectos como "a sexualidade?", "a
relação sexual?","os vários métodos anti-
-concepcionais?", "os comportamentos de risco?",
"os meios de prevenção?", "a gravidez?", "a
reprodução?", "a homossexualidade?", entre
muitas outras questões.
• Depois entrevistem os vossos colegas e
descubram quais são as suas principais dúvidas
sobre o tema "sexualidade". Lembrem-se que é
sempre bom ter a opinião de amigos e amigas da
vossa idade, mas essa informação deve ser
seleccionada e adaptada às necessidades de cada
um.
DEBATE
"Pró" ou "contra" as "linhas telefónicas de
apoio à sexualidade"?
• Após experimentarem ligar para uma dessa linhas,
com base no que vos é pedido na rubrica
"actividade para casa", preparem-se para defender
a vossa posição: "Acham que é útil existirem linhas
de telefone que esclareçam os jovens sobre a sua
sexualidade?", ou por outro lado, "consideram que
essas linhas são uma perda de tempo, pois já
existem muitas informações sufientes em revistas,
ACTIVIDADES PARA CASA
• O serviço telefónico gratuito "Sexualidade em Linha" da Associação para o Planeamento da Família está aí
para vos ajudar. Aproveitem para tirar todas as vossas dúvidas sobre "a sexualidade nos jovens", façam
perguntas sobre "as questões do crescimento", "o relacionamento sexual e afectivo", "os métodos de
contracepção", etc. Experimentem, o número é o 808 222 003 !!!
filmes, etc. ?".
• Anotem no quadro os argumentos "pró" e os
argumentos "contra" e vejam qual dos lados
consegue reunir o maior número de razões e os
testemunhos mais convincentes.
Dicas
Contexto
• Quando o rapaz ou a rapariga atinge a
puberdade, sente de forma acentuada a
necessidade de obter satisfações sexuais e
sente-se fortemente atraído/a por inúmeros
estímulos sexuais, de acordo com os seus
gostos e preferências pessoais. A satisfação
destas necessidades implica sempre um
determinado comportamento - o
comportamento sexual.
O sexo deve ser encarado de uma forma
saudável, uma vez que é algo natural.
• Quando tiveres relações sexuais é importante
que o faças de forma segura e informada, para
que, sem medos e receios, e de forma tranquila
e agradável, possas viver a sexualidade e as
relações sexuais em condições que te sintas
bem.É importante pensar sobre o que queres
e sentes, procurar na tua cabeça e no teu
coração se de facto desejas iniciar a vida
sexual, se estás preparada(o) e informada(o)
sobre a contracepção e sobre as tuas ideias
e valores sobre sexualidade.
• Por outro lado, é muito importante que tudo
seja vivido de um modo responsável e muito
saudável a fim de evitares infecções, uma
gravidez que não desejas neste momento, ou
uma recordação menos agradável de um
momento que se espera divertido e bem
disposto.
Prevenção
• A pílula
É um método contraceptivo muito seguro
quando correctamente usado. É um
comprimido que contém hormonas sintéticas
semelhantes às que são produzidas pelos
ovários das mulheres: o estrogéneo e a
progesterona. As hormonas que compõem a
pílula têm como missão principal suspender
a produção hormonal habitual, impedindo a
ovulação, ou seja a libertação mensal do óvulo.
Ora se não existem óvulos, não pode haver
fecundação nem tão pouco gravidez.
FICHA Nº 6
• O preservativo
É um método contraceptivo muito antigo, a
sua forma e o material utilizado tem vindo a
evoluir ao longo dos tempos mas o princípio
continua a ser o mesmo: o preservativo retém
o esperma, que assim não pode encontrar o
óvulo, fecundando-o e originando uma possível
gravidez. O preservativo também sempre foi
utilizado como forma de prevenir infecções
sexualmente transmissíveis (IST), e hoje é
mesmo considerado o método mais importante
para prevenção do contágio, nomeadamente
do VIH, hepatites B e C, herpes genital e sífilis.
• Contracepção de emergência
É conhecida como "Pílula do Dia Seguinte" e,
tal como o nome indica, é um método de
emergência que pode ser utilizado após a
falha na utilização de um método contraceptivo
ou após uma relação sexual não protegida. A
toma desta pílula específica, em situações de
emergência, pode prevenir com eficácia e
segurança uma gravidez não desejada.
Contudo, não deves facilitar utilizando-a só
porque é mais prático e não te obriga a
assumires responsabilidades face à tua
sexualidade, ou seja, utilizando o preservativo
SEMPRE.
• Outros métodos
Preservativo feminino (não comercializado em
Portugal), dispositivo intra-uterino (DIU),
contracepção hormonal injectável, diafragma,
espermicida, adesivo contraceptivo, implantes
dérmicos, anel vaginal, contracepção de
emergência
Estatísticas
• Portugal é o 2º país da Europa com maior
número de adolescentes grávidas, apenas
suplantado pelo Reino Unido, destacando-se
também no quadro europeu do aborto
clandestino.
• Na Europa, a incidência de doenças
sexualmente transmissíveis diminuiu, mas em
Portugal subiu.
• Mais de 40% dos portugueses nem sempre
usa preservativo em relações sexuais
ocasionais, ou quando têm mais do que um
parceiro sexual e 20% admite nunca o utilizar.
• Ultimamente Portugal tem registado
melhorias significativas nos indicadores
relativos à saúde sexual e reprodutiva. O
aumento do uso de métodos contraceptivos,
a diminuição da gravidez na adolescência e a
melhoria dos indicadores de saúde materno-
-infantil são disso exemplo.
F o n t e : www. j u v e n t u d e . g o v . p t
Guia dos Professores pág. 27
 7

CULTURA
Expressão portuguesa Maioria dos músicos ouvidos pelo JN avalia alteração de forma positiva
Director da RDP considera imposição “mal menor” e José Cid acha que a medida é “ridícula”

Opiniões divergentes
Cláudia Luís e Cristiano Pereira
Alfredo Cunha
era um dos critérios

“É
fundamentais:
uma lei rídicula. Própria de garantir a protecção
um país cheio de complexos da língua e da
culturais". José Cid é decla- cidadania de forma
radamente contra às mais equitativa".
recentes alterações da Lei da Rádio em Portugal,
mas a maioria dos músicos ouvidos pelo JN não Mais fácil em inglês
partilha da opinião. Se tudo indicava que a "Quando os Abba
aplicação de quotas obrigatórias fosse ao optaram por
encontro das exigências há anos reivindicadas escrever em inglês
pelos artistas em Portugal, o facto é que as posi- e não em sueco
ções continuam a dividir-se entre a comunidade queriam penetrar
de criadores. Segundo o futuro diploma, 35% da num mercado
quota de música portuguesa que será global. O mesmo
obrigatoriamente passada pelas rádios nacionais sucede com as
terá que incluir uma percentagem de 60% de bandas portuguesas
música composta ou interpretada em língua que escrevem em
portuguesa por cidadãos da União Europeia. inglês: querem
O autor de êxitos da música portuguesa - e atingir o âmbito
cantada em português - como "A rosa que te dei", internacional". Na
"O dia em que o rei fez anos" ou "A cabana" - opinião de Jorge
considera que se trata de mais uma prova de que Prendas, dos Vozes
"esta gestão cultural não sabe assumir a cultura na Rádio, a
nacional na sua plenitude". E salienta: "Uma vez salvaguarda de
perdida a identidade política para a Europa, projectos cujo modo As rádios terão de passar entre 25 a 40% de música portuguesa, entre as 7 e as 20 horas
resta-nos isso mesmo, a cultura". de expressão é a
José Cid ressalva que não é contra o facto de as língua portuguesa é "útil, na medida que X-Wife, outra das bandas nacionais a cantar em
rádios nacionais passarem música estrangeira, beneficiam quem tem essa preocupação inglês - afirma: "É normal. Em França já se faz
mas "contra o facto de passarem má música criada acrescida". isso.
lá fora em detrimento da boa música que os Aliás, o também professor de música destaca o O problema é se há uma percentagem maior de
portugueses fazem". E sublinha o caso particular facto de ser "muito mais fácil escrever em inglês: música de portugueses cantada em inglês com
dos "artistas brasileiros e cabo verdianos que se a língua é mais simples, as rimas mais acessíveis maior qualidade do que temas cantados em
expressam na língua de Camões através de e as maiores trivialidades soam sempre bem". português com qualidade duvidosa".
composições de óptima qualidade". Para o director de programação da Rádio Difusão
Já Miguel Guedes, responsável pela Cooperativa Portuguesa, trata-se de "uma discriminação
de Gestão dos Direitos dos Artistas no Porto e positiva". Rui Pêgo diz perceber "a boa vontade
vocalista dos Blind Zero (banda cujo idioma é o do legislador em defender a língua nacional". Fonte: Jornal de Notícias
inglês), revela-se satisfeito com a medida. "Esse Por sua vez, João Vieira - DJ Kitten e vocalista dos (Domingo, 15 de Janeiro 2006)

Essencial da lei
quota mínima língua e cidadania música nova multas horário

25% 60% 35% 50.000 7

é a quota mínima de música
portuguesa que as rádios nacionais
têm que colocar no ar. A quota
máxima é de 40%. A Antena 1 é a
excepção: já cumpre uma quota
de 60%.
da música portuguesa a difundir
tem que ser composta ou
interpretada em língua portu-
guesa por cidadãos da União
Europeia.
da música portuguesa a emitir é o valor máximo da multa horas marca o início do horário
deve ser nova, ou seja, editada aplicada aos infratores da lei. obrigatório de difusão de
num espaço de tempo não O valor mais baixo em que música portuguesa. Termina às
superior a 12 meses. incorrem é de 3 mil euros. 20 horas.

Nova lei impõe 40% de música nacional

As rádios generalistas vão ser obrigadas a
passar entre 25 a 40 por cento de música
portuguesa. Esta nova lei da Rádio foi votada e
aprovada na noite de terça-feira pela Comissão
Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura e
só não contou com a aprovação do PSD. Na
próxima semana, a lei seguirá para votação
global em plenário na Assembleia da República.
A definição de quotas nunca foi um assunto de
unanimidade. José Faustino, presidente da
Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR),
disse ontem ao JN que esta "é uma medida
popular e demagógica". O presidente da APR
deixou ainda uma questão no ar: "E por que não
há quotas de imposição às editoras?". Na sua
óptica, "também não se compreende que se
defenda a música portuguesa quando nesta
quota se inclui música cantada em inglês". A
rematar, José Faustino lamentou que "os
deputados tenham feito uma alteração avulsa e
com tanta rapidez".
Eduardo Simões, da Associação Fonográfica
Portuguesa, assume uma posição oposta,
considerando a aprovação da nova lei como
"um mal necessário" e "feito com ponderação"
uma vez que "prevê uma quota móvel, ou seja,
todos os anos, a quota vai ser revista". "Não
está em causa uma ingerência na programação
das rádios mas antes um conjunto de regras
mínimas e de limites mínimos de difusão",
acrescentou. Para Eduardo Simões, "continua a
haver uma liberdade de escolha muito ampla
para os programadores das rádios" e "a
produção nacional é suficiente para preencher
as quotas". "Não há aqui nenhuma utopia",
concluiu. C.P.

Guia dos Professores pág. 28


ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• Olhem para a foto e para os títulos
das 2 notícias e digam que tema vos
sugerem logo de imediato.
• Nos dois textos vão encontrar opiniões
divergentes sobre a nova lei da rádio
aprovada recentemente na Assembleia
da República. Leiam-nos com atenção
e, no quadro, apontem as opiniões
"contra" e "a favor" e o nome dos seus
defensores.
• Por fim, troquem impressões
oralmente com os vossos colegas. Falem
sobre as vossas próprias preferências
musicais e digam o que gostam mais de
ouvir na rádio, se música cantada em
português ou em inglês.
PESQUISA
• Preparem-se para aprofundar os
vossos conhecimentos em relação ao
tema "música portuguesa Vs música
inglesa". Procurem mais dados no
«Jornal de Notícias» em www.jn.pt.
• Façam uma investigação mais
detalhada sobre o tema, reunindo
revistas e publicações especializadas
ligadas à área da música. Recolham
informações sobre "a história dos
dois tipos de música?", "algumas
particularidades que as caracterizam?",
"as principais bandas e cantores
nacionais e estrangeiros?", "as músicas
que estão nos tops de vendas?", "as
faixas que integram as 'playlists' nas
diversas rádios?", entre muitas outras
questões.
DEBATE
"Pró" ou "contra" a "obrigação das
rádios passarem música
portuguesa"?
• Reúnam o máximo de elementos e
preparem-se para defender a vossa
posição: "Concordam que as rádios
sejam obrigadas a passar entre 25 a
40% de música portuguesa?", ou para
vocês, "a música inglesa tem mais
adeptos e deve continuar a ter maior
tempo de antena?".
ACTIVIDADES PARA CASA
• Escolham duas, três, ou mais estações de rádio da vossa preferência e experimentem contar,
no espaço de uma hora de programação, quantas músicas cantadas em português passam em
cada uma das estações seleccionadas. Façam depois um esquema contendo as diferentes "playlists"
das rádios que escutaram e apresentem-no nos debates de turmas e interturmas.
FICHA Nº 7
• Em seguida, criem um artigo de
opinião sobre as conclusões do debate,
isso implica de perda de Identidade
transpondo para o papel o resumo das
ideias do vosso grupo de trabalho. N a c i o na l.
• Aos problemas mais antigos, como
a pirataria e o atraso no
reconhecimento por parte de muitos
utilizadores dos direitos da
Propriedade Intelectual, vieram juntar-
-se flagelos mais recentes, como o
consumo não autorizado nem
remunerado da Música através da
Dicas Internet e a programação de algumas
Rádios, que quase interdita a
divulgação das novas criações e
silencia a Música Portuguesa...
• Nos últimos 3 anos, metade do
Legislação mercado discográfico português
desapareceu. E quando isto sucede
• Ao contrário do que acontece em
num mercado já muito pequeno as
França ou Portugal, no Reino Unido a consequências não podem
lei não obriga as rádios a passarem su rp re e nd e r.
música britânica, são as próprias F o n t e : www. sp au t o r e s. p t
estações que decidem internamente a
percentagem de música britânica que
irão passar. No entanto, com uma
diminuição no tempo de antena
Exemplo
dedicado aos artistas britânicos, • " P la y lis t " RFM
muitos são os que pedem à Ofcom -
entidade reguladora das emissoras TEMA HORA
britânicas - para introduzir um sistema
de quotas igual ao que vigora em An a s t a cia
França. Segundo a British One Day in your Life 17: 57
Phonographic Industry (BPI), nos
D ire St ra it s
últimos dez anos a emissão de música Walk of Life 17: 54
britânica terá diminuído em cerca de
30% provocando uma baixa na venda
An d re Sa rd et
de álbuns. Por outro lado, a BBC Radio Foi Feitiço 17: 46
1, que segundo a indústria musical
tem a obrigação de promover os Wa t erb oy s
artistas britânicos, afirma que tem The Whole of the Moon 17: 37
antes a obrigação de promover as
melhores músicas que entram no P et Sh op Boy s
Numb 17: 34
mercado, independentemente de
serem britânicas ou não. Esta atitude
P ed ro Ab ru n h os a
tem provocado críticas por parte de Tudo o que Eu te Dou 17: 30
músicos que acusam a Radio 1 de ser
mais Americana do que Britânica. Ch ris t in a Ag u ilera
Fon t e: www.s a p o.p t Hurt 17: 26
U2
Sunday Bloody Sunday 17: 19
Contexto
M a d on n a
• Ao longo dos últimos anos, tem vindo Hung Up 17: 16
a agravar-se de forma dramática a
situação da Música Gravada em
G a vin D eg ra w
Portugal, desrespeitando-se os Follow Through 17: 09
direitos, consignados na lei, de
Autores, Artistas e Produtores, M od jo
impedindo-se a divulgação de novos Lady (Hear Me Tonight) 17: 06
valores e novas obras e pondo-se em
risco a própria sobrevivência da
Música Portuguesa, com tudo o que F o n t e : www. r f m . p t
Guia dos Professores pág. 29
 8
ÚLTIMA
Web Versão “2.0” da Net promove a participação
investimento
Nova geração de lazer
e negócio
Sandra Alves
P artilhar fotografias, mostrar vídeos, contar
aventuras, promover concertos, conhe-
cer "amigos" dos quatro cantos do Mundo,
e os amigos desses novos amigos, através
de sites que albergam comunidades online com milhões
de utilizadores. É assim a "web social". Porque a Internet
já não é só um meio de pesquisa e consulta de
informação, mas sim uma autêntica rede de
interactividade com ferramentas que permitem a criação
de conteúdos e promovem a socialização.
A cada dia que passa, mais pessoas ficam rendidas a
esta forma de entretenimento. E há quem junte o útil
ao agradável e ganhe dinheiro a sério. As empresas
norte-americanas estão naturalmente atentas ao
fenómeno e esta é uma área em que já começaram a
investir.
A larga quantidade de jovens com quem as empresas
conseguem contactar através destas comunidades
apresenta uma oportunidade de negócio que pode ser
muito mais explorada do que tem vindo a ser.
Especialistas defendem que estamos perante uma nova
geração da Internet. O conceito "web 2. 0" surgiu no
passado mês de Outubro, numa conferência que
decorreu em São Francisco, nos Estados Unidos. E se,
em Janeiro, esta referência tinha menos de 250 milhões
de resultados no motor de busca Google, em Junho
esse valor mais do que triplicou para os 805 milhões.
"Viver" online
"Há dois fenómenos que explicam o sucesso das
comunidades online", na opinião de João Paulo Luz,
director comercial do portal Sapo. "Por um lado, os
jovens têm tempo para estar na Internet e criar páginas
ricas, com fotografias e vídeos... e por outro lado
dominam as ferramentas", explicou ao JN. Luís Santos,
investigador do Centro de Estudos de Comunicação e
Sociedade da Universidade do Minho (UM), acrescenta
que "da televisão para o computador, foi um salto
natural", uma vez que "os mais novos têm grande ligação
Era da criação e participação na Net
57%
dos jovens, entre os 12 e 17 anos, criam conteúdos
online, segundo um estudo da organização Pew
Internet & American Life Project.
“Fenómeno poderoso” atrai investimento
O acesso às comunidades online é geralmente gratuito.
As receitas provêm da publiccidade. O MySpace soma
mais de 70 milhões de membros e, segundo a CNN,
encaixa mensalmente dez milhões de euros de
publicidade. O Hi5 conta cerca de 20 milhões de
membros. E tanto no MySpace como no Hi5, já há
anúncios em Português.
Este é um suporte "extraordiriamente importante pelo
Guia dos Professores pág. 30
Comunidades online atraem
visual com
interfaces
múltiplos, como
o telemóvel e os
jogos de vídeo.
Eles "vivem
online.
Compram online.
Jogam online. O
seu poder está a
crescer", escre-
veu a revista
norte-americana
"Business Week",
em Dezembro,
num artigo inti-
tulado "A geração
MySpace".
A Internet está
"diferente quanto à
forma e ao con-
teúdo", sublinha
Manuel Pinto, Flickr para amantes da
também investigador fotografia divulgarem os seus trabalhos
na UM, porque
"agora há ferramentas
que permitem gerir as informações", de forma simples, imagens organizado (em vez de ocupar espaço no
sem exigir grandes conhecimentos técnicos. Ou seja, disco rígido). E o Second Life?
ao alcance de qualquer um. Um mundo virtual a três dimensões em que a
imaginação não tem limites.
É só escolher "Apesar das comunidades on-line ainda estarem na sua
Entre as comunidades online mais populares destacam- infância (...) já criaram novas formas de comportamento",
-se o MySpace, no universo anglo- saxónico (EUA, defende a "Business Week". "A maioria dos adultos vê
Reino Unido e Austrália), o Orkut, no Brasil, e o Hi5, na a Internet como um complemento do seu quotidiano"
Europa. mas a "geração MySpace vive confortavelmente nos
Outros exemplos da "web social" são os sites de dois mundos".
distribuição de conteúdos. O Truveo é um motor de
busca de vídeos dispersos pela Net. O Flickr permite
aos amantes da fotografia manter o seu arquivo de Fonte: Jornal de Notícias
(Quarta-feira, 5 de Julho 2006)
33%
dos 1100 inquiridos pela Pew Internet & American
19 %
dos jovens, entre os 18 e os 24 anos, elegem a Net
Life Project disseram partilhar os seus conteúdos como meio mais importante para ler notícias,
online, como textos, fotografias e vídeos. segundo uma sondagem da GlobeScan.
número de utilizadores e, mais do que isso, nos mais online)", defende. O negócio "ainda não tem expressão
novos tem taxas de contacto muito altas, porque passam em Portugal, mas vai ter "porque este é um "fenómeno
muitas horas nesses sites", sublinha João Paulo Luz. poderoso", considera João Paulo Luz.
"O taget juvenil está cada vez mais afastado da imprensa" "Os utilizadores têm um perfil definido, o que ajuda a
e "a televisão já não é o único escape lúdico. Hoje, o segmentar o público-alvo, aumentando a eficácia da
foco da atenção está no computador", salienta o director mensagem publicitária", explica. "É o sonho das marcas".
comercial do Sapo. "Os anunciantes para os encontrar
(os jovens) vão ter de estar aqui (sites de comunidades

ACTIVIDADES PARA OS GRUPOS DE TRABALHO
LEITURA
• Antes de lerem as notícias prestem atenção
aos títulos e à foto. Ambos induzem uma
realidade que tem vindo a crescer na internet
e que conta já com milhões de utilizadores,
qual é?
• No primeiro texto vão descobrir porque é
que as comunidades online, autênticas redes
de interactividade, com ferramentas que
permitem a criação de conteúdos e promovem
a socialização, conseguem alcançar tanto
sucesso junto das camadas mais jovens.
• Depois conversem um pouco com os vossos
colegas sobre a "socialização na internet".
Falem sobre sites de comunidades
participativas que conheçam, como souberam
da sua existência, de que temas tratam, quais
as vantagens de aderir, etc..
PESQUISA
• Agora devem preparar-se para aprofundar
os vossos conhecimentos sobre as
"comunidades de socialização online". Numa
primeira fase, procurem mais notícias sobre
o tema em www.jn.pt.
• Façam depois uma investigação mais
detalhada na Internet. Naveguem por algumas
das comunidades sugeridas nesta ficha, ou
por outras que conheçam, e desvendem mais
sobre "a nova era da internet?", "o que
oferecem as comunidades online?", "os vários
tipos de comunidades existentes?", "a
possibilidade de criar e partilhar conteúdos?",
"um meio privilegiado para fazer amigos?",
"uma poderosa ferramenta de trabalho?", "um
fenómeno que atrai o investimento?", entre
muitas outras questões.
DEBATE
"Pró" ou "contra" a "participação em
comunidades online"?
• Dentro do vosso grupo de trabalho, reúnam
o máximo de elementos e preparem-se para
defender a vossa posição. "Acham que aderir
a uma comunidade online oferece vantagens
que vos podem ser úteis?", ou por outro lado,
"não é mais do que uma violação da
privacidade de cada um que é preferivel
evitar?"
• Depois, com a ajuda do vosso professor,
ACTIVIDADES PARA CASA
• De acordo com a vossa pesquisa na Internet, façam um TOP TEN daqueles que são para
vocês os "10 melhores sites de comunidades online", nomeando-os por ordem de
preferência, do Nº10 para o Nº1, e explicando, para cada um deles, as razões da vossa
escolha.
inscrevam-se numa comunidade à vossa
escolha e alarguem o vosso debate sobre "as
vantagens e desvantagens das comunidades"
aos amigos que entretanto fizerem na internet.
Divirtam-se!
Dicas
Interactividade
• Fazer "amigos" aos cliques
Ao todo, são 199 os "amigos" que Tânia tem
no seu perfil do Hi5. Há uma semana, eram
153... Registou-se há cerca de nove meses,
por insistência de uma colega de trabalho e
rendeu-se. "É um meio espectacular para
mostrar a nossa página sempre actualizada
aos amigos", disse a designer de interiores,
de 24 anos, ao JN.
Confessa que consulta o Hi5 todos os dias, tal
como faz com o email. "Vou ver o que há de
novo, se alguém me convidou (para amiga),
se há mensagens novas (deixadas por quem
visita o meu perfil), se tenho testemunhos ou
comentários novos às fotografias", explica. "É
giro quando se encontra alguém que tem os
mesmos gostos ou que frequenta os mesmos
sítios", acrescenta.
Mas Tânia não revela muitos dados pessoais.
Se é verdade que reside em Sintra, adora ouvir
música e sair à noite, o mesmo já são se aplica
quando diz que a música favorita é o recente
sucesso infantil "Doidas, doidas, doidas andam
as galinhas" e que o livro que mais gosta é o
"clássico" Borda d'água.
• "Trabalho no Second Life!"
O Second Life é "um mundo virtual em três
dimensões, no qual é possível criar, lucrar,
socializar e jogar ". A definição é de Jorge
Lima, ou melhor, Eggy Lippman, como é
conhecido neste universo onde a imaginação
não tem limites.
O programador informático de 26 anos já teve
uma "empresa" no Second Life, com um
utilizador da Florida e outro do Quebec, através
da qual desenvolveu um projecto para o banco
Wells Fargo que lhe rendeu 1500 dólares (mais
de 1100 euros).
Actualmente, está a "desenvolver um jogo de
golfe para um outro utilizador que está a
construir uma estância tropical no Second Life".
Vai receber quatro mil dólares (mais de três
mil euros).
FICHA Nº 8
E tem ainda em mãos um projecto destinado
à BBC e outro para a Warner Bros. "Eu não
tenho emprego. Eu trabalho no Second Life",
dispara com entusiasmo o "eterno finalista" de
Engenharia Informática, da Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa, como se
intitula, em jeito de brincadeira.
Exemplos
• Comunidades on-line para todos os gostos:
www.myspace.com
É actualmente a maior comunidade online,
com 70 milhões de membros.
www.hi5.com
Tem 20 milhões de membros. Fazendo
pesquisa pelo país de origem surgem 860 mil
registos de Portugal.
www.orkut.com
Comunidade online cuja "entrada" é só por
convite de actuais membros.
www.last.fm
Site sobre música para partilhar preferências,
ouvir novos artistas ou criar a própria rádio.
www.youtube.com
Disponibiliza vídeos pessoais, desde
gravações caseiras a clips amadores.
"Transmita-se a si próprio" é o lema.
www.flickr.com
Permite aos amantes da fotografia manterem
o seu arquivo de imagens online. Trabalhos
variados e de grande qualidade.
secondlife.com
Mundo em 3D onde não há impossíveis. Tudo
se pode criar, comprar e vender.
www.Blogger.com
Ferramenta baseada na web que permite que
os utilizadores criem e publiquem conteúdos.
O número de utilizadores e blogs alojados no
seu domínio ascende às centenas de milhares.
www.SAPO.pt
De simples motor de busca passou a ser uma
rede de sites temáticos e serviços de internet:
pesquisa, email, messenger, partilha de fotos,
etc. Um projecto nacional que ainda tem mais
adesão que o Google.
Fonte: Jornal de Notícias
Guia dos Professores pág. 31
 PARTICIPAÇÃO

Os referidos trabalhos deverão ser

enviados junt amente com a ficha de
Inscreva já a sua inscrição, no envelope R SF que junto
escola nos campeonatos enviamos, até ao dia 23 de Março de
distritais!!! 2007 para “FÓR U M NACIONAL
E N T R E | PA L AV R A S ” – A p a r t a d o
Quem sabe se não será uma das 5203 9 – 4202-8 01 Porto ou via fax
grandes vencedoras da p ara o 2 2 6 1 0 6 0 7 5 .
finalís s ima da 3 . ª edi ção do
“E ntre|P alavras ” ! N o t a : S e p r e f e r i r, p o d e r á t a m b é m
enviá-los para o e-mail
en t rep al avras@j n .p t

C O M O PARTI CI PAR
Para qualquer esclarecimento adicional,
Até ao dia 23 de Março de 2007, as contacte por favor o Gabinete de
escolas que queiram participar deverão Comunicação do Projecto pelo
apresentar um trabalho, com o máximo e-mail entrepalavras@jn.pt, pelo
de 4500 caracteres (equivalendo telefone 22 619 99 73 ou pelo
a p r ox i m a d a m e n t e a 2 f o l h a s A 4 , t i p o d e f ax 2 2 6 1 0 6 0 7 5 .
l e t r a c o u r i e r, c o r p o 1 1 ) , n o q u a l
exponham as suas posições e
argumentos “pró” e “contra”
relativamente a 1 dos 8 temas do Guia
do Professor. Serão seleccionadas para
represent ar o seu distrito as escolas que
apresentarem os 18 melhores
trabal hos .

FICHA TÉCNICA:
Promotor do projecto: Jornal de Notícias
Criação e desenvolvimento: DMP + ASO

Guia dos Professores pág. 32