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SUMÁRIO

CAPÍTULO I – LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO


Seção I - Exigência de Apresentação e Metodologia ................................................ art. 2º
Seção II - Temporalidade .......................................................................................... art. 3º
Seção III - Tipologia .................................................................................................. art. 4º
Seção IV - Tecnologias de Proteção .......................................................................... art. 5º e 6º

CAPÍTULO II - DOS FORMULÁRIOS..................................................................... art. 7º e 8º

CAPÍTULO III - DOS AGENTES NOCIVOS


Seção I - Calor ........................................................................................................... art. 9º
Seção II - Ruído ......................................................................................................... art. 10
Seção III - Radiações Ionizantes ................................................................................ art. 11
Seção IV - Pressões Atmosféricas Anormais ............................................................. art. 12
Seção V - Vibração/Trepidação ................................................................................. art. 13
Seção VI - Agentes Químicos .................................................................................... art. 14
Seção VII - Poeiras .................................................................................................... art. 15
Seção VIII - Agentes Biológicos ............................................................................... art. 16
Seção IX - Associação de Agentes ............................................................................ art. 17

CAPÍTULO IV - DOS AGENTES ENQUADRÁVEIS EXCLUSIVAMENTE ATÉ 5/3/1997


Seção I - Radiações Não-Ionizantes ........................................................................... art. 18
Seção II - Frio ............................................................................................................ art. 19
Seção III - Umidade .................................................................................................. art. 20
Seção IV - Eletricidade .............................................................................................. art. 21

CAPÍTULO V - DA ANÁLISE DOCUMENTAL ..................................................... art. 22 e 23

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REVOGA

DIRETORIA DE BENEFÍCIOS

ORIENTAÇÃO INTERNA Nº 187 INSS/DIRBEN, 19 DE MARÇO DE 2008.

Recomendação para análise de tempo especial.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Lei nº 8.213, de 24/7/1991 e alterações
posteriores;
Lei nº 9.732, de 11/12/1998 e alterações
posteriores;
Decreto nº 3.048, de 6/5/1999 e alterações
posteriores;
Normas Regulamentadoras nº 01, 09 e 15 do
MTE;
Parecer CJ/ nº 2.042, de 21/2/2000;
Parecer CGMBEN nº 8, de 3/10/2006;
Nota Técnica CGMBEN/PFE-INSS nº 71/2006;
Nota Técnica CGMBEN/PFE-INSS nº 108/2006;
Instrução Normativa INSS/PRES nº 20, de
10/10/2007;
Normas de Higiene Ocupacional nº 01, 02, 03, 04,
05 e 06 da FUNDACENTRO;
Enunciado nº 21 do Conselho de Recursos da
Previdência Social;
Súmula nº 09 da Turma de Uniformização dos
Juizados Especiais Federais.

O DIRETOR DE BENEFÍCIOS DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL-INSS, no uso da competência que lhe confere os incisos I, II e V do art. 13, do Anexo I da
Estrutura Regimental do INSS, aprovada pelo Decreto n° 5.870, de 8 de agosto de 2006,

Considerando a necessidade de uniformizar as atividades de perícia médica, quanto


aos critérios para as análises técnicas, em todas as instâncias de tramitação de requerimento de
aposentadoria que envolva condições especiais,

RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar a Recomendação para Análise de Tempo Especial, que deverá ser
adotada para análise de tempo especial e emissão do Formulário para Análise e Decisão Técnica de

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Atividade Especial (DIRBEN-8248), Anexo XI da Instrução Normativa nº 20 INSS/PRES, de 10 de
outubro de 2007.

CAPÍTULO I
DAS DEMONSTRAÇÕES AMBIENTAIS
Seção I
Exigência de Apresentação e Metodologia

Art. 2º As Demonstrações Ambientais que fundamentarão tecnicamente o


preenchimento dos formulários de requerimento de Aposentadoria Especial serão exigidas conforme a
seguinte distribuição temporal:

I - até 13/10/1996, exigidas exclusivamente para o agente físico ruído;


II - de 14/10/1996 a 17/11/2003, exigido Laudo Técnico de Condições Ambientais de
Trabalho-LTCAT - para todos os agentes nocivos, de acordo com a Norma Regulamentadora - NR 15,
da Portaria nº 3.214/78, do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE;
III - de 18/11/03 a 31/12/2003, exigido LTCAT de acordo com as Normas de Higiene
Ocupacional-NHO da Fundacentro;
IV - a partir de 1º/1/2004, data de introdução do Perfil Profissiográfico Previdenciário-
PPP, não é exigida a apresentação do LTCAT no requerimento, podendo ser solicitado à empresa, se
necessário.

§ 1º A exigência da Demonstração Ambiental que embasou o preenchimento do PPP,


deve ser justificada, não cabendo fazê-lo, sistematicamente, para o total dos processos analisados, ou
sem elementos técnicos motivadores específicos ao caso concreto.

§ 2º A partir de 5/9/2003, as empresas obrigadas a observar as Normas


Regulamentadoras do MTE (NR 01: empresas privadas e públicas e órgãos públicos da administração
direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho-CLT) deverão substituir o LTCAT pelo
PPRA, PGR ou PCMAT. Portanto, formulários emitidos a partir dessa data devem ser acompanhados
de tais demonstrações ambientais, bem como os PPP para os quais a Perícia Médica faça exigência
conforme inciso IV do caput do artigo 161 da Instrução Normativa nº 20 INSS/PRES, de 10 de
outubro de 2007.

Seção II
Temporalidade

Art. 3º A Demonstração Ambiental será considerada contemporânea ou extemporânea


segundo época do levantamento das condições ambientais de trabalho:

I - contemporânea: levantamento realizado durante o período em que o segurado


laborou na empresa;
II - extemporânea: levantamento realizado em data anterior ou posterior ao período
laborado e, nestes casos, observar se está expressamente indicado que o layout do posto de trabalho e
as condições de trabalho não sofreram alterações.

Seção III
Tipologia

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Art. 4º. As Demonstrações Ambientais poderão ser:

I - LTCAT Coletivo:
a) documento emitido pela empresa de vínculo, contemplando o resultado de
avaliações das condições ambientais dos locais de trabalho, o registro dos agentes
nocivos e as conclusões quanto à exposição ocupacional dos trabalhadores desta
empresa;
b) na análise técnica, o LTCAT coletivo deverá ser aceito, desde que o posto de
trabalho do requerente esteja contemplado;

II - LTCAT Individual:
a) laudo individualizado, referente exclusivamente ao requerente;
b) no caso de o profissional que elaborou o LTCAT não ser funcionário da empresa,
observar se há autorização desta para a sua execução, se consta o nome do
acompanhante e se existe documentação da contratação formal deste por parte da
empresa;
c) o laudo deverá estar assinado por Médico de Trabalho ou Engenheiro de Segurança
do Trabalho, devendo o profissional que elaborou o laudo comprovar a sua
especialização, por meio de cópia do certificado de especialização ou da carteira do
conselho profissional (CRM/CREA);

III - substituto do LTCAT:


a) até 28/4/1995: Laudos da Delegacia Regional do Trabalho-DRT, da Justiça do
Trabalho em ações trabalhistas individuais ou coletivas, acordos ou dissídios coletivos
e da Fundacentro, desde que esteja contemplado o setor de trabalho do requerente;
b) de 29/4/1995 a 4/9/2003; além dos documentos descritos na alínea anterior, são
aceitos também: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais-PPRA, Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho-PCMAT, Programa de Prevenção da
Exposição Ocupacional ao Benzeno-PPEOB, Programa de Gerenciamento de Riscos-
PGR e Programa de Proteção Respiratória-PPR;
c) após 5/9/2003: para as empresas obrigadas a observar as Normas
Regulamentadoras do MTE (NR 01: empresas privadas e públicas e órgãos públicos
da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT) somente serão aceitas as
Demonstrações Ambientais PPRA, PGR ou PCMAT;

IV - laudos não aceitos:


a) laudo elaborado por solicitação do próprio segurado;
b) laudo relativo à atividade diversa, exceto quando efetuada no mesmo setor;
c) laudo relativo a equipamento ou setor similar;
d) laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o exercício da
atividade;
e) laudo realizado em empresa diversa daquela em que o segurado trabalhou ou
trabalha.

Seção IV
Tecnologias de Proteção

Art. 5º. Será considerada a informação de emprego de Equipamento de Proteção


Coletiva-EPC ou Equipamento de Proteção Individual-EPI, com exigibilidade variável no tempo.

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I - Tecnologia de Proteção Coletiva-EPC: exigida para laudos elaborados a partir de
14/10/1996;
II - Tecnologia de Proteção Individual-EPI: será apenas considerada para os períodos
laborados a partir de 11 de dezembro de 1998, não descaracterizando a especialidade nos períodos
anteriores a esta data.

Art. 6º A simples menção à utilização de EPI eficaz, não basta para descaracterizar a
natureza especial da atividade/exposição. É necessário o registro expresso, no formulário e
Demonstração Ambiental, de que o mesmo elimina, minimiza ou controla a intensidade do agente
agressivo a limites de tolerância, bem como da recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento
respectivo, observando-se:

I - a hierarquia entre medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou


de organização do trabalho e utilização de tecnologia de proteção individual, nesta ordem. Admite-se a
utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção
coletiva ou quando estas não forem suficientes ou se encontrarem em fase de estudo, planejamento ou
implantação, ou ainda, em caráter complementar ou emergencial;
II - seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à
atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o
conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário, conforme especificação técnica do
fabricante, ajustada às condições de campo;
III - programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e
orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
IV - estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso,
a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI (comprovada mediante
recibo assinado pelo usuário em época própria), visando a garantir as condições de proteção
originalmente estabelecidas, conforme Certificado de Aprovação do MTE;
V - quando a descaracterização da natureza especial do período trabalhado for
conseqüência do emprego de EPI eficaz, a Perícia Médica deverá consignar no formulário DIRBEN-
8248 a consideração dos requisitos listados nos incisos I a IV.

CAPÍTULO II
DOS FORMULÁRIOS

Art. 7º Quanto aos formulários SB 40, DISES-BE 5235, DSS 8030 e DIRBEN 8030:

I - todos os campos deverão estar preenchidos:


a) nome da empresa e endereço do local onde foi exercida a atividade;
b) identificação do trabalhador;
c) nome da atividade profissional do segurado - contendo descrição minuciosa das
tarefas executadas;
d) descrição do local onde foi exercida a atividade;
e) duração da jornada de trabalho;
f) período do trabalho;
g) informação sobre a existência de agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à
integridade física a que o segurado ficava exposto durante a jornada de trabalho;
h) ocorrência ou não de exposição a agente nocivo de modo habitual e permanente,
não ocasional e nem intermitente;
i) assinatura e identificação do responsável pelo preenchimento do formulário,
podendo ser firmada pelo responsável da empresa ou seu preposto;

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j) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica-CNPJ ou matrícula da empresa e do
estabelecimento no INSS;
k) esclarecimento sobre alteração de razão social da empresa, no caso de sucessora;
l) transcrição integral ou sintética da conclusão do laudo;
m) data da emissão do documento;

II - são válidos todos os documentos emitidos até 31/12/2003.

Art. 8º. Quanto ao PPP:

I - constitui um documento histórico-laboral do trabalhador, emitido pela empresa de


vínculo e que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados
de monitoração biológica, durante todo o período em que exerceu suas atividades;
II - o responsável pela emissão será conforme a categoria do segurado:
a) empregado = Empresa;
b) avulso portuário = Órgão Gestor de Mão-de-Obra-OGMO;
c) avulso não portuário = Sindicato da categoria;
d) cooperado filiado = Cooperativa de trabalho ou produção;
e) contribuinte individual/autônomo, em períodos até 28/4/1995 = o próprio
requerente;

III - o PPP é válido:


a) a partir de 1º/1/2004;
b) se emitido com data atual, mas referente a períodos anteriores, observar que:
1. alguns campos poderão não estar preenchidos (GFIP, Certificado de
Aprovação-CA do MTE, entre outros);
2. deverão ser aceitas as informações pertinentes à época da exposição;
3. deverá ser aceito sem atualização anual, para períodos laborados anteriormente
a 1º/1/2004;
4. em caso de dúvida justificada, solicitar Demonstração Ambiental;

IV - o PPP trará informações sobre:


a) tecnologias de proteção: quando houver elementos técnicos para concluir que o
EPC ou EPI são eficazes, não haverá o enquadramento, uma vez que não há efetiva
exposição;
b) GFIP: dado obrigatório a partir de 1º/1/1999;

V - códigos mais freqüentes:

CÓDIGO SITUAÇÃO RECOLHIMENTO


0 Não existe exposição ocupacional ou a exposição fora atenuada
Não
pela proteção eficaz.
Já existiu a exposição sem proteção no período ou atividade
1 Não
anterior.
2 Existe exposição ocupacional - 15 anos Sim = 12%
3 Existe exposição ocupacional - 20 anos Sim = 9%
4 Existe exposição ocupacional - 25 anos Sim = 6%

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CAPÍTULO III
DOS AGENTES NOCIVOS
Seção I
Calor

Art. 9º. A análise da exposição ao agente nocivo calor atenderá aos critérios de:

I - exposição: exclusivamente a fontes artificiais com exposição direta;


II - avaliação: quantitativa;
III - limite de tolerância:
a) até 5/3/1997: acima de 28ºC, não sendo exigida a medição em IBUTG;
b) a partir de 6/3/1997: deverá estar em conformidade com o Anexo 3 da NR 15,
Quadros 1, 2 e 3, atentando para as taxas de metabolismo por tipo de atividade e os
limites de tolerância com descanso no próprio local de trabalho ou em ambiente mais
ameno;

IV - Demonstrações Ambientais:
a) LTCAT:
1. até 13/10/1996, não exigido;
2. de 14/10/1996 a 17/11/2003: exigida Demonstração Ambiental, de acordo com
o Anexo 3 da NR15;
3. de 18/11/2003 a 31/12/2003: exigida Demonstração Ambiental, de acordo com
a NHO 06, da Fundacentro;
b) PPP: a partir de 1º/1/2004, início da vigência do PPP, não é exigida a apresentação
da Demonstração Ambiental no requerimento, podendo ser solicitada à empresa, se
necessário.

Seção II
Ruído

Art. 10. A análise da exposição ao agente nocivo ruído atenderá aos critérios de:

I - exposição: deve haver especificação da fonte ruidosa;


II - avaliação: quantitativa;
III - limite de tolerância:
a) até 5/3/1997, o limite de tolerância é de até 80 decibéis(A);
b) de 6/3/1997 a 17/11/2003, o limite de tolerância é de até 90 decibéis(A). Avaliar de
acordo com a jornada de trabalho exercida pelo trabalhador, considerando o Anexo 1
da NR 15;
c) a partir de 18/11/2003, o limite de tolerância é até 85 decibéis(A) - NEN (Níveis de
Exposição Normalizado), conforme NHO 01 da Fundacentro;

IV - Demonstrações Ambientais:
a) na análise dos laudos deverão ser respeitadas as normas vigentes à época da
emissão destes, podendo ser aceitas medições pontuais, nível equivalente, média ou
dose;
b) a partir de 18/11/2003, aceitar apenas a metodologia definida na NHO 01 da
Fundacentro;
c) no caso de não ser apresentada dose ou média, qualquer medição inferior ao limite
de tolerância vigente à época impedirá o reconhecimento de tempo especial;

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d) sendo apresentada a dose ou média de medição, deverá ser anexada à memória de
cálculo ou histograma de, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) da jornada de
trabalho;
e) não cabe a exigência específica de histograma, uma vez que nem sempre houve
disponibilidade de equipamentos de medição passíveis de gerar essa apresentação de
resultados, devendo ser aceita memória de cálculo.

Seção III
Radiações Ionizantes

Art. 11. A análise da exposição ao agente nocivo radiações ionizantes atenderá aos
critérios de:

I - exposição: fontes que emitem raios X ou substâncias que emitam partículas alfa, beta
ou nêutrons e ondas gama;
II - avaliação:
a) até 5/3/1997 = qualitativa;
b) a partir de 6/3/1997 = quantitativa;
III - limite de tolerância:
a) não existe limite de tolerância para as radiações ionizantes na legislação
previdenciária, até 5/3/1997;
b) a partir de 6/3/1997, o limite de tolerância corresponde à dose individual, aferida
por meio de dosímetros 1 , não devendo ultrapassar 5mSv anual, não excedendo 20mSv
em cinco anos e 50mSv em nenhum ano, conforme Resolução CNEN 12/1988
(Sv=Sievert);
c) para exposição aos raios X, a dose anual individual não deve exceder 20mSv em
qualquer período de cinco anos consecutivos, não excedendo 50mSv em nenhum ano
(Portaria nº 453, de 1º/6/1998 da ANVISA);

IV - Demonstrações Ambientais:
a) de 14/10/1996 a 17/11/2003, a metodologia é a definida no Anexo 5 da NR 15;
b) a partir de 18/11/2003, serão considerados a metodologia e o procedimento
definidos conforme NHO 05 da Fundacentro.

Seção IV
Pressões Atmosféricas Anormais

Art. 12. A análise da exposição ao agente nocivo Pressões Atmosféricas Anormais


atenderá aos critérios de:
I - exposição: na legislação previdenciária, considerar as pressões hiperbáricas 2 ;
II - avaliação: qualitativa;
III - limite de tolerância: não existe limite de tolerância na legislação previdenciária;
IV - Demonstrações Ambientais: não existe Norma de Higiene Ocupacional da
Fundacentro para este agente. Considerar Anexo 6 da NR 15.

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instrumento utilizado para medir a radioatividade, capaz de determinar e registrar uma dose de radiação.
2
é um equipamento que permite manter a pressão interna constante ou controlada

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Seção V
Vibração/Trepidação

Art. 13. A análise da exposição ao agente nocivo Vibração/Trepidação atenderá aos


critérios de:

I - exposição: utilização de máquinas acionadas por ar comprimido;


II - avaliação:
a) até 5/3/1997 = qualitativa;
b) a partir de 6/3/1997 = quantitativa;
c) o agente Vibração está associado ao agente ruído de impacto, ocasionando um
sinergismo positivo de nocividade, sendo necessária a análise concomitante da
exposição ao ruído;
III - limite de tolerância:
a) não existe limite de tolerância até 5/3/1997;
b) a partir de 6/3/1997, considerar o limite de tolerância de acordo com o Anexo 8 da
NR 15;
IV - Demonstrações Ambientais:
a) enquadramento previsto para vibrações localizadas e de corpo inteiro;
b) não existe NHO da Fundacentro para este agente. Considerar o Anexo 6 da NR 15.

Seção VI
Agentes Químicos

Art. 14. A análise da exposição ao agente nocivo Agentes Químicos atenderá aos
critérios de:

I - avaliação:
a) até 5/3/1997 = qualitativa;
b) a partir de 6/3/1997, quantitativa, ou qualitativa, de acordo com o agente (quadro
anexo);

II - exposição:
a) considerar exclusivamente a relação de substâncias descritas nos Anexos dos
Decretos nº 53.831/64; nº 83.080/79; nº 2.172/97 e nº 3.048/99;
b) até 5/3/1997, analisar em conformidade com o código 1.0.0 do Anexo do Decreto
nº 53.831/64 ou Código 1.0.0 do Anexo do Decreto nº 83.080/79 (presunção de
exposição);
c) a partir de 6/3/1997, analisar em conformidade com o Anexo IV dos Decretos nº
2.172/97 ou nº 3.048/99, dependendo do período. O que determina o reconhecimento
de condições especiais é a presença do agente no processo produtivo e sua
constatação no ambiente de trabalho em condição (concentração) capaz de causar
danos à saúde ou à integridade física;

II - limite de tolerância:
a) até 5/3/1997 não existe limite de tolerância. As substâncias relacionadas nos
Anexos 13 e 13-A da NR 15 não possuem limite de tolerância, para qualquer período;
b) a partir de 6/3/1997, considerar os limites de tolerância previstos no Anexo 11 da
NR 15;
c) para as substâncias que estão assinaladas no Quadro nº 1 do Anexo 11 da NR 15
que possuam “valor teto”, o limite de tolerância não pode ser ultrapassado em

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momento algum da jornada de trabalho. Quando qualquer uma das concentrações
ultrapassar o limite de tolerância, fica assegurado o enquadramento;

III - Demonstrações Ambientais:


a) as atividades mencionadas nos Anexos dos Decretos nº 53.831/64; nº 83.080/79; nº
2.172/97 e nº 3.048/99, nas quais pode haver a exposição, são exemplificativas;
b) a partir de 18/11/2003, são exigidas a metodologia e procedimentos definidos
conforme a Norma de Higiene Ocupacional 02 da Fundacentro.

Seção VII
Poeiras

Art. 15. A análise da exposição ao agente nocivo Poeiras atenderá aos critérios de:

I - avaliação:
a) até 5/3/1997 = qualitativa;
b) a partir de 6/3/1997, quantitativa ou qualitativa, de acordo com o agente (Anexo);

II - exposição:
a) até 5/3/1997, deverão ser consideradas as poeiras de sílica, carvão, cimento,
asbesto e talco. A análise deve ser realizada em conformidade com o Código 1.0.0 dos
Anexos dos Decretos nº 53.831/64 e nº 83.080/79 (presunção de exposição);
b) a partir de 6/3/1997, deverão ser consideradas as poeiras de carvão, sílica, asbesto
(amianto) e manganês. O que determina o reconhecimento de tempo especial é a
presença do agente no processo produtivo e sua constatação no ambiente de trabalho
em condição (concentração) capaz de causar danos à saúde ou à integridade física;

III - limite de tolerância:


a) até 5/3/1997, não existe limite de tolerância;
b) a partir de 6/3/1997, considerar o limite de tolerância de acordo com o Anexo 12 da
NR 15;

IV - Demonstrações Ambientais:
a) as atividades nas quais pode haver a exposição são exemplificativas;
b) a partir de 18/11/2003, são exigidos metodologia e procedimentos definidos
conforme as Normas de Higiene Ocupacional 03 e 04 da Fundacentro.

Seção VIII
Agentes Biológicos

Art. 16. A análise da exposição ao agente nocivo Agentes Biológicos atenderá aos
critérios de:

I - avaliação: qualitativa;
II - exposição:
a) somente considerar os agentes biológicos de natureza infecto-contagiosa;
b) até 5/3/1997, o enquadramento poderá ser caracterizado para trabalhadores de
assistência médica, odontológica, hospitalar ou outras atividades afins, expostos ao
contato com doentes ou materiais infecto-contagiantes, independentemente desta
atividade ter sido exercida em estabelecimentos de saúde. Analisar em conformidade
com o código 1.0.0 dos anexos dos Decretos nº 53.831/64 e nº 83.080/79,
considerando as atividades profissionais exemplificadas (presunção de exposição);

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c) a partir de 6/3/1997, o que determina o reconhecimento como período especial é a
exposição permanente aos agentes biológicos de natureza infecto-contagiosa
unicamente nas atividades relacionadas no Anexo IV dos Decretos 2.172/97 e
3.048/99. Em relação a estabelecimentos de saúde, deverão ser consideradas as áreas
(isolamentos, UTI), os serviços ou ambulatórios específicos que tratem de pacientes
portadores de doenças infecto-contagiosas e os que manuseiam, exclusivamente,
materiais contaminados provenientes dessas áreas;
d) as atividades de coleta, industrialização do lixo e trabalhos em galerias, fossas e
tanques de esgoto, de modo permanente, poderão ser enquadradas no código 3.0.1 do
Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, mesmo que exercidas em
períodos anteriores, desde que exista exposição a microorganismos e parasitas
infecto-contagiosos vivos e suas toxinas;

III - limite de tolerância: não existe limite de tolerância;


IV - Demonstrações Ambientais: não existe Norma de Higiene Ocupacional da
Fundacentro para este agente.

Seção IX
Associação de Agentes

Art. 17. A análise da exposição a associação de agentes nocivos atenderá aos critérios
de:

I - avaliação: qualitativa;
II - exposição:
a) o enquadramento por associação de agentes só é previsto na legislação
previdenciária a partir de 6/3/1997 (Anexo IV do Decreto nº 2.172/97) e a análise
deverá levar em consideração os agentes combinados, exclusivamente, nas atividades
especificadas no Anexo IV dos Decretos nº 2.172/97 e nº 3.048/99;
b) até 5/3/1997, as atividades de mineração estão contempladas no Código 1.2.10 do
Anexo do Decreto nº 53.831/64;
III - limite de tolerância: não existe limite de tolerância;
IV - Demonstrações Ambientais: não existe Norma de Higiene Ocupacional da
Fundacentro para este agente.

CAPÍTULO IV
DOS AGENTES ENQUADRÁVEIS EXCLUSIVAMENTE ATÉ 5/3/1997
Seção I
Radiações Não-Ionizantes

Art. 18. A análise da exposição ao agente nocivo radiações não-ionizantes atenderá aos
critérios de:

I - avaliação: qualitativa;
II - exposição: enquadramento previsto apenas no Código 1.1.4 do Anexo do Decreto nº
53.831/64;
III - limite de tolerância: não existe limite de tolerância;
IV - Demonstrações Ambientais: não exigido até 13/10/1996.

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Seção II
Frio

Art. 19. A análise da exposição ao agente nocivo Frio atenderá aos critérios de:

I - avaliação: quantitativa;
II - exposição: considerar as fontes artificiais;
III - limite de tolerância: temperaturas inferiores a 12ºC;
IV - Demonstrações Ambientais: não exigido até 13/10/1996.

Seção III
Umidade

Art. 20. A análise da exposição ao agente nocivo umidade atenderá aos critérios de:

I - avaliação: qualitativa;
II - exposição: enquadramento previsto apenas no Código 1.1.3 do Anexo do Decreto
53.831/64 - operações em locais com umidade excessiva capaz de ser nociva à saúde e proveniente de
fontes artificiais;
III - limite de tolerância: não existe limite de tolerância;
IV - Demonstrações Ambientais: não exigido até 13/10/1996.

Seção IV
Eletricidade

Art. 21. A análise da exposição ao agente nocivo Eletricidade atenderá aos critérios de:

I - avaliação: quantitativa;
II - exposição: enquadramento previsto apenas no Código 1.1.8 do Anexo do Decreto
53.831/64 - operações em locais com eletricidade em condições de perigo de vida;
III - limite de tolerância: tensões elétricas acima de 250V;
IV - Demonstrações Ambientais: considerar quando as exposições forem habituais e
permanentes a tensões elétricas superiores a 250V (linhas vivas) na geração, transmissão, distribuição
e manutenção de energia.

CAPÍTULO V
DA ANÁLISE DOCUMENTAL

Art. 22. O processo deverá ser identificado com nome do requerente, número do
benefício e do protocolo, se for o caso, atentando-se para os seguintes aspectos:

I - analisar se os documentos anexados apresentam rasuras, se são originais ou cópias


autenticadas ou se consta a conferência com o original pelo setor administrativo da Agência da
Previdência Social-APS;
II - verificar se consta a análise administrativa do setor de benefícios da APS, quanto ao
enquadramento por Categoria Profissional, de forma prioritária sobre a exposição a agentes nocivos,
quando for o caso;
III - observar se o formulário “Despacho e Análise Administrativa da Atividade
Especial-DIRBEN 8247”, está preenchido pelo setor de benefícios da APS, em conformidade com o
Anexo X da Instrução Normativa nº 20 INSS/PRES, de 10/10/2007;

12
IV - separar os documentos (SB-40, DISES-BE 5235, DSS-8030, DIRBEN-8030, PPP)
por períodos e proceder à análise técnica da exposição aos agentes nocivos;
V - todos os agentes ambientais informados nos formulários e Demonstrações
Ambientais deverão ser objeto de análise e pronunciamento. O não enquadramento por um dos agentes
informados não inviabiliza o possível reconhecimento pelos demais agentes referidos;
VI - preencher o formulário “Análise e Decisão Técnica de Atividade Especial-
DIRBEN 8248”, em conformidade com o anexo XI da Instrução Normativa nº 20 INSS/PRES, de
10/10/2007;
VII - se houver enquadramento, codificar conforme os Anexos dos Decretos nº
53.831/64; nº 83.080/79; nº 2.172/97 e nº 3.048/99, de acordo com a época;
VIII - lançar o resultado da análise no Sistema PRISMA e devolver à APS solicitante.

Art. 23. Quando apresentado PPP, somente solicitar Demonstração Ambiental em caso
de controvérsia, dubiedade de informação ou contradição.

Parágrafo único. Constatada irregularidade no preenchimento do formulário ou


Demonstração Ambiental ou identificado descumprimento de normas previdenciárias ou de segurança
do trabalho, caberá à Perícia Médica emitir Representação Administrativa, Representação para Fins
Penais ou Informação Médico-Pericial para o Ministério Público do Trabalho, Delegacia Regional do
Trabalho, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia, Ministério Público Estadual ou Federal e/ou Procuradoria Federal Especializada junto ao
INSS.

Art. 24. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação, tendo caráter restrito, e
destina-se a disciplinar procedimento administrativo de interesse interno, sendo vedada a sua
divulgação externa, total ou parcial e sua publicação será exclusivamente em Boletim de Serviço-BS e
revoga a Orientação Interna nº 165, de 26 de março de 2007.

BENEDITO ADALBERTO BRUNCA


Diretor de Benefícios

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ANEXO
ORIENTAÇÃO INTERNA Nº 187 INSS/DIRBEN, de 19/3/2008

QUADRO DOS AGENTES QUÍMICOS DO ANEXO IV DO DECRETO Nº 3.048/99

VALOR
CÓDIGO AGENTE AVALIAÇÃO LT LT
TETO
1.0.1 Arsênio e seus compostos tóxicos qualitativa - - -
1.0.2 Asbestos quantitativa Não 2,0 f/cm³ -
1.0.3 Benzeno e seus compostos tóxicos qualitativa - - -
1.0.4 Berílio e seus compostos tóxicos qualitativa - - -
Bromo e seus compostos tóxicos: quantitativo Não 0,008 ppm 0,6 mg/m³
Brometo de etila quantitativo Não 156 ppm 695 mg/m³
1.0.5 Brometo de metila quantitativo Não 12 ppm 47 mg/m³
Bromofórmio quantitativo Não 0,4 ppm 4 mg/m³
Dibromometano quantitativo Não 16 ppm 110mg/m³
1.0.6 Cádmio e seus compostos tóxicos qualitativa - - -
Carvão mineral e seus derivados (piche alcatrão, qualitativo - - -
betume, breu, parafinas, antraceno)
1.0.7

Negro de fumo quantitativo Não - 3,5 mg/m³


1.0.8 Chumbo e seus compostos tóxicos qualitativo - - -
Cloro e seus compostos tóxicos quantitativo Não 8 ppm 2,3mg/m³
Ácido Clorídrico quantitativo Sim 4 ppm 5,5 mg/m³
Cloreto de etila quantitativo Não 780 ppm 2.030mg/m³
Cloreto de Metila quantitativo Não 78 ppm 165 mg/m³
Cloreto de Metileno quantitativo Não 156 ppm 560 mg/m³
Cloreto de Vinila quantitativo Sim 156 ppm 398 mg/m³
Cloreto de Vinildeno quantitativo Não 8 ppm 31 mg/m³
1.0.9 Clorobenzeno quantitativo Não 59 ppm 275 mg/m³
Clorobromometano quantitativo Não 156 ppm 820 mg/m³
Clorodifluormetano (Freon) quantitativo Sim 780 ppm 2.730mg/m³
Clorofórmio quantitativo Não 20 ppm 94 mg/m³
1-cloronitropropano quantitativo Não 16 ppm 78 mg/m³
Cloroprene quantitativo Não 20 ppm 70 mg/m³
Percloroetileno quantitativo Não 78 ppm 525 mg/m³
1-1 Dicloronitroetano quantitativo Sim 8 ppm 47 mg/m³
1.0.10 Cromo e seus compostos tóxicos qualitativa - - -
1.0.11 Dissulfeto de Carbono quantitativa Não 16 ppm 47 mg/m³
1.0.12 Fósforo seus compostos tóxicos qualitativa - - -
1.0.13 Iodo qualitativa - - -
1.0.14 Manganês seus compostos tóxicos quantitativo Não - 5 mg/m³ para
extração e 1
mg/m³ para
atividade
industrial
1.0.15 Mercúrio qualitativo - - -

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VALOR
CÓDIGO AGENTE AVALIAÇÃO LT LT
TETO
Níquel qualitativo - - -
1.0.16 Níquel Carbonila quantitativo Não 0,04 ppm 0,28 mg/m³
Sulfeto de Níquel qualitativo - - -
1.0.17 Petróleo, Xisto betuminoso, gás natural e seus qualitativo - - -
derivados
1.0.18 Sílica livre quantitativo - Vide fórmula Vide fórmula
do anexo 12 do anexo 12 da
da NR 15 NR 15
Outras substâncias químicas:
Estireno quantitativo Não 78 ppm 328 mg/m³
1-3 butadieno quantitativo Não 780 ppm 1.720mg/m³
Acrinonitrila quantitativo Não 16 ppm 35 mg/m³
Cloropreno quantitativo Não 20 ppm 70 mg/m³
Diisocianato de tolueno (DTI) quantitativo Sim 0,016 ppm 0,11mg/m³
Etilenoamina quantitativo Não 0,4 ppm 0,8 mg/m³
Mercaptanos qualitativos - - -
1.0.19 n-hexano qualitativos - - -
Aminas aromáticas qualitativos - - -
Auramina qualitativos - - -
Bisclorometileter qualitativos - - -
Biscloroetileter qualitativos - - -
Bisclorometil qualitativos - - -
Clorometileter qualitativos - - -
Nitronaftilamina qualitativos - - -
Benzopireno qualitativos - - -
Outras substâncias químicas
Cresoto qualitativos - - -
4-aminodifenil qualitativos - - -
Benzidina qualitativos - - -
Betanaftilamina qualitativos - - -
Aminobifenila qualitativo - - -
1-4 ciclofosfamida qualitativo - - -
1.0.19
4-dimetilaminoazobenzeno qualitativo - - -
Betapropillactona qualitativo - - -
Dianizidina qualitativo - - -
Diclorobenzidina qualitativo - - -
Metilenoortocloroanilina (MOCA) qualitativo - - -
Nitrosamina qualitativo - - -
Ortotoluidina qualitativo - - -

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VALOR
CÓDIGO AGENTE AVALIAÇÃO LT LT
TETO
Propanosulfona qualitativo - - -
Estilbenzeno qualitativo - - -
1-cloro-2-4-nitrodifenil qualitativo - - -
3-poxipropano (epicloridrina) qualitativo - - -
Azotioprina qualitativo - - -
Clorambucil qualitativo - - -
Dietilestilbestrol qualitativo - - -
Dietilsulfato qualitativo - - -
1.0.19
Dimetilsulfato qualitativo - - -
Etilenotiuréia qualitativo - - -
Fenacetina qualitativo - - -
Iodeto de metila qualitativo - - -
Etilnitrosuréias qualitativo - - -
Oximetalona qualitativo - - -
Procarbazina qualitativo - - -
Oxido de etileno qualitativo - - -

Publicada no BS-INSS nº 58, de 26/3/2008

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