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Jeremias Carlos Maxaieie
ARTE E DIAGRAMAÇÃO
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Principios do
PACIFICADOR
Respostas Bíblicas para os Conflitos
PACIFICADOR
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SUMÁRIO
Respostas Pacificadoras 8
Galeria 17
PACIFICADOR
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Este material for adaptado do panfleto “Peacemaking Principles – Responding to Conflit
Biblically”, publicado originalmente pela “Peacemaker Ministries”
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A Ladeira Escorregadia do Conflito
Os conflitos são muitas vezes causados pelos desejos do coração. “De onde vêm as guerras e
discórdias que há entre vós? Será que não vêm dos prazeres que guerreiam nos membros do vosso
corpo? Cobiçais e nada conseguis. Matais e invejais, e não podeis obter; brigais e fazeis guerras.
Nada tendes porque não pedis.” Tiago 4:1-2.
Mesmo os bons desejos podem se transformar em demandas pelo controlo ou em ídolos que nos
levam a julgar o próximo, punindo-os e evitando-os até que consigamos satisfazer o nosso desejo
(Leia Lucas 10:38-42). Esta progressão de acções geralmente inicia com pequenas diferenças, mas
antes que nos apercebamos estaremos caindo numa ladeira escorregadia do conflito.
Respostas ao Conflito
As pessoas tendem a usar respostas evasivas quando estão mais interessadas em evitar pessoas ou
situções ao invés de resolver as diferenças. Alguns métodos de escape seriam:
Negação
Uma maneira de fugir dum conflito é fazer de conta que o problema não existe. Outra maneira é
recusar-se a fazer o que deveria ser feito para resolver o conflito permanentemente. Este tipo de
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Fuga
Outra maneira de escapar do conflito é fugindo. Pode ser em forma de intenromper uma relação,
abandonar o trabalho, pedir divórcio ou mudando de igreja. Em certas circunstâncias a fuga pode ser
legitimada (Leia 1 Samuel 19:9-10), mas muitas vezes ela só adia a verdadeira solução do problema.
Suiscídio
Quando toda esperança de resulação do conflito está perdida, as possoas procuram a todo custo
escapar da situação a qual estão expostas (ou clamar desesperadamente por ajuda) através do
suiscídio (Leia 1 Samuel 31:4). O suicidio nunca é a maneira correcta de lidar com o conflito.
As pessoas tendem a atacar quando estão mais interessadas em controlar a outra parte ou em
atravessar o seu caminho do que em preservar o relacionamento.
Assalto
Muitos tentam vencer o seu oponente usando a força ou a intimidação, como por exemplo ataques
verbais (como insultos e ofensas), violência física, ou acções que poderão efectar a pessoa
financeiramente ou profissionalmente (Leia Atos 6:8-15). Tais condutas só produzirão piores
resultados.
Litigação
Contudo, alguns conflitos podem ser levados para a justiça civil (Leia Atos 24-1-26:32: Romanos
13-1-5). Processos judiciais podem deteriorar relacionamentos, diminuir a a nossa comunhão cristã e
são, muitas vezes, falíveis, não trazendo uma solução completamente justa. Esta é a razão pela qual
os cristãos são aconselhados a resolverem as suas diferenças dentro da igreja ao invés de recorrerem
aos tribunais (Leia Cor.6:1-8; Mateus 5:25-26)
Homicídio
Em casos extremos, as pessoas podem estar desesperadamente interessadas em ganhar uma
disputa que tentarão assassinar todos aqueles que se opoem a elas (Leia Atos 7:54-58). Mesmo que
muitos de nós não recorresse ao homicidio, seremos culpados por homicidio perante a justiça de
Deus se passarmos para os outros o ódio que temos no coração (Leia 1 João 3:15, Mateus 5:21-22).
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Evangelho, a chave para a
Paz
Negociação
Mesmo que se tenha resolvido com sucesso questões ligadas ao relacionamento entre as partes,
poderá haver a necessidade de trabalhar com questões materiais ligadas a valores monetários,
propriedades e outros direitos. Isto pode ser feito através dum processo negocial no qual os
envolvidos procurarão atingir, que satisfaça e legitime as necessidades de cada lado. “Cada um não
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se preocupe somente com o que é seu, mas também com o que é dos outros.” (Filip.2:4)
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Pacificação Assistida
Quando as partes envolvidas não podem chegar, por sí, a um entendimento, Deus nos chama a
buscarmos a assistência de outros crentes.
Mediação
Se duas pessoas não alcançam entendimento em privado, devem pedir a presença de uma ou mais
pessoas não envolvidas no conflito para que, num encontro, ajudem a alcançar uma comunicação
mais efectiva e a explorar as possiveis soluções. “Mas se ele não te ouvir, leva ainda contigo mais uma
ou duas pessoas” (Mateus 18:16).
Os mediadores podem fazer perguntas e aconselhar, mas as partes detêm a responsabilidade de
tomar a decisão final sobre como resolver as suas diferenças”
Arbitragem
Quanto voçê e um oponente não podem alcançar um acordo sobre uma questão material, podem
ser indicados uma ou mais pessoas para arbitragem, para escutarem os argumentos de ambas partes
e proporem uma solução consensual para a questão. “Assim, quando tendes negócios desta vida
para serem julgados, constituis como juizes (mesmo) os que são de menos estima na Igreja?” (1
Cor.6:4).
Prestação de Contas
Se alguêm que provessa ser critão aparta-se do Senhor por recusar a reconciliação e fazer o
correcto, Jesus ordena os líderes da igreja para que, amavelmente, possam intervir. Assim será levada
ao arependimento, à justtiça e ao perdão. “Se alguém tiver cem ovelhas, e uma se extraviar, não
deixará as noventa e nove nos montes para ir em busca da que se extraviou?...Se le se recusar a
ouví-las, dize-o á igreja” (Mateus 18:12,17).
Negação
Respostas de Escape ou Evasivas Fuga
Suiscídio
Assalto
Respostas de Ataque Litigação
Homicídio
Esquecer as Ofensas
Pacificação Pessoal Reconciliação
Negociação
Respostas Pacificadoras
Mediação
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Os 4 R’s da Pacificação
Não deveriam culpar aos outros ou refutarmos os erros que cometemos, resistindo
assim à correcção, devemos confiar no Senhor, tomarmos a responsabilidade da nossa parte
no conflito, confessando nossos pecados para aqueles a quem ofendemos, pedindo o apoio
de Deus para que mudemos de actitudes e hábitos que nos conduzem ao conflito, e
procurando a todo custo reparar qualquer dano que tenhamos causado. (Prov. 28:13; Mateus
7:3-5; Lucas 19:8; Col.3:5-14; 1João 1:8-9)
Não se deve fingir que o conflito não existe ou falar sobre o assunto `pelas costas’. Ao
invés disso, melhor será perdoar pequenas ofensas ou falar pessoalmente com o oponente
caso a ofensa não possa ser ignorada, procurando reconstruir o relacionamento ao invés de
julgar o oponente.
Se um conflito entre irmãos da Igreja não pôde ser resolvido em privado, será
prudente buscar apoio de outros meios da igreja para que se resolva o problema à luz das
escrituras (Prov.19:11; Mat. 18:15-20; 1Cor.6:1-8; Gal.6:1-2; Efes.4:29; 2Tim.2:24-26; Tiago 5:9)
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Os 7 E’s da Confissão
E specifique o erro;
Não seja genérico, especifique o erro envolvido na confissão.
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PAUSA; O princípio de negociação
P repare
Ore
Obtenha os factos
Identifique os assuntos e interesses
Estude a Bíblia
Procure conselhos de pessoas consagradas (espíritualmente maduras)
Antecipe as reacções
Escolha um bom momento e local
Planifique suas observações de abertura
A perfeiçoe os Relacionamentos
U niformise os interesses
S eja criativo
Quando tiver problemas de solução difícil, separe invenções (ideias) das decisões.
Procure muitas ideias criativas enquanto adia a avaliação e julgamento.
Expanda a “torta” (“amplia os horizontes”) – (em vez de competir para o sucesso à custa dos
outros, procure interesses adicionais e procura formas de os alcançar).
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Olhe pare a palavra de Deus; a que dâ orientação totalmente segura - Salmo 19:7; Salmo
111:10.
Adquira factos objectivos e uma avaliação neutra.
Então Daniel foi ter com o ecarregado que Aspenaz tinha nomeado para cuidar dele e dos
seus três colegas Ananias, Michael e Azarias e pediu-lhe: Faça uma experiência connosco,
durante dez dias. Dê-nos legumes para comer e água para beber. No fim desses dias
compare-nos com os jovens que comem ementa real e então decida sgundo o resultado que
encontrar. O encarregado concordou em fazer com eles a experiência, durante dez dias.
Ao fim deste prazo, verificou-se que eles tinham um aspecto mais sadio e
robusto do que dos jovens que comiam da ementa real. Por isso, o
encarregado permitiu que continuassem a come legumes, pondo de parte as
comidas e bebidas que lhes eram destinadas. (Daniel 1:11-16).
(Nota: Porque a Bíblia não dá uma informação detalhada sobre algumas destas
situações, nem está claro se uma determinada resposta foi sábia ou imprudente.
A resposta de Abrão à fricção entre Sarai e Agar (Génesis 16:6): Negação combinada com a
arbitragem; é indiferente; tola.
A resposta de José quando a esposa de Potifar tentou o seduzir (Génesis 39:11-12): Fuga;
sábia.
A resposta da esposa de Potifar quando José rejeitou os seus conselhos (Génesis 39:13-18):
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Assalto, aparentemente orquestrado para insistir sobre falsos custos legais; tola.
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A resposta de faraó às pragas que Deus lhe trouxe (Êxodo 7:1-12:36): Daniel; tola
A resposta de Saul à David quando este converteu os corações das pessoas (1 Samuel. 18:1-
16): Assalto e tentativa de assassinato; tola.
A resposta de David as tentativas de Saul para o matar (I Samuel. 19:9-12): Fuga; Sábia
(David fugiu para evitar uma confrontação directa com Saul)
A resposta de Daniel quando foi ordenado para comer a comida imprópria (Daniel 1:8-16):
negociação; sábia (Este é um dos melhores exemplos de negação colaborativa na Bíblia).
A resposta de José ao Herodes quando este estava a procura de Jesus (Mateus 2:13-15):
Fuga; Sábia.
A resposta de Judas Iscariotes ao conflito interno que este sentira depois de trair Jesus Cristo
Mateus 27:5: suícidio; tola.
A resposta dos Coríntios aos conflitos um contra outro (I Coríntios 6:1-8): litígio; tola.
A resposta dos apóstolos no conflito sobre distribuição de comida (Actos 6:1-7): mediação
e/ou arbitragem (a usa solução proposta “agradou ao grupo todo”; está obscuro se era
simplesmente uma sugestão misercordiosa ou uma decisão conjunta); sábia (os líderes bons
criam consensos e não impoem soluções).
A resposta de Pedro quando os cristãos judeus se queixaram sobre ensinamento aos Gentios
(Actos 11:1-18): Debate e negociação; sábia.
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A resposta de Paulo ao apoio de Pedro ao grupo de circuncisão (Actos 15:1-29; o Gálatas
2:11-21): debate, seguindo por uma solicitação de arbitragem da igreja e disciplina
(deliberação em Jerusalém); sábia.
A resposta dos Fariseus a Jesus: Inicialmente tentaram discutir as sua diferenças com Jesus,
sem precisar de entender e fundamentar com ele, mas para armadilhar Jesus. No fim eles o
prenderam e arrastaram-no antes do julgamento corrupto da Igreja (corromper a disciplina
da Igreja), então o levou antes de uma regra civil corrupta (litigío injusto), então resultou
numa agressão geral contra ele (verbal e física), e finalmente instigaram o seu assassinato.
Tudo aquilo que eles fizeram foi absurdo e pecaminoso. Só Nicodemus respondeu
correctamente a Cristo (Debate que conduz a conversão).
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Um compromisso para a
resolução bíblica dos conflitos
Sendo que estamos reconciliados com Deus pela morte e ressureição de Jesus Cristo,
acredtamos que somos convidados a responder aos conflitos em moldes bastante diferentes
dos moldes usados pelo mundo (Mateus 5:9; Lucas 6:27-36; Gal.5:19-26). Acreditamos
também que o conflito nos dá a oportunidade de glorificar a Deus, de servir aos outros e a
crescer em Cristo (Romanos 8:28-29; 1Cor.10:31-11:1; Tiago 1:2-4).
Nisto, em reposta ao amor e à graça de Deus, nos comprometemos a responder aos
conflitos através de princípios bíblicos.
Pela graça de Deus, aplicaremos estes princípios, considerando o conflito como uma
oportunidade e não como um desastre. Teremos em mente que, aos olhos de Deus, o
sucesso não são apenas resultados, mais também a fé e a obediência incondicional.
Oraremos, então, para que o ministério da pacificação engrandeça ao Senhor e que muitos
aceitem o seu infinito amor (Mateus 25:14-21; João 13:34-35; Romanos 12:18; 1Pedro 2:19;
4:19).
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